História Fascínio - Eu prefiro a lua!

Quem era aquele no reflexo do meu espelho? Porque todos insistiam que era eu? Eu não me via nele, eu não gostava dele, segurei a pele de seu rosto e puxei, gostaria de poder arrancá-la, me virei diante do espelho analisando os ossos, me sentia preso no corpo de outra pessoa.
Nunca entendi o porque de todos me fazerem elogios, nos meus ouvidos eles soavam vazios e enganosos um insulto. Meu pai me olhou intrigado, ele sim era um homem feliz!  mesmo que não  entendesse sua felicidade a admirava, não saíram palavras de sua boca, mas sim de seus olhos eles diziam "vai passar" , sei que parece confuso , muitos não entendem como conversamos assim e realmente não tem uma explicação válida, talvez algum tipo de elo entre pai e filho, não sei.  Ele pegou minha mochila e saiu, era hora de ir para a escola , olhei novamente para o reflexo e me prendi . 
Na koreia a regra é clara : se você não fizer, farão com você. Eu sou uma exceção, sempre me relacionei muito bem com as pessoas por isso gostavam do lindo e amável Taehyung  e  quando não gostavam ficavam perto porque outro gostava, essa era minha vida na escola, cheia de Gaturamos, com belas penas, mas ainda sim imitadores, seus sons me irritavam. 
A escola não era de todo ruim por mais que considera-se a maioria a minha volta falsa tinha também aqueles que me faziam feliz e uma dessas pessoas era Hyunná.
Hyunná é a garota mais bonita que meus olhos já viram,  é meiga, simpática e o próprio aegyo em pessoa , sou apaixonado por ela há  três anos e finalmente tínhamos marcado um encontro.
Quando o dia chegou eu entrei em colapso,  eu queria deixá-la impressionada e como qualquer garoto da minha idade fiz daquele dia um dia de noiva, marcamos de nos encontrar no shopping fiquei  esperando por ela quando notei um homem que me observava atentamente  ele riu se aproximando ficou bem perto, com educação me curvei, começou a falar comigo em tom amigável e me entregou um cartão, nunca quis ser um Ídol e muito menos por ser apresentável, as vezes eu cantava , mas nunca levei a sério.
Quando avistei Hyunná acenei para que ela me encontra-se, seus olhos estavam desatentos e até receosos , perguntei se algo de ruim estava acontecendo, mas disse que não, me pediu para irmos em outro lugar e eu fui, sei que tinha dito aos meus pais que estaria no shopping,  só que não consegui dizer que não. 
Estávamos distraídos falando de tudo, quando ela parou diante de uma casa, a olhei de forma interrogativa, recebi um puxão, quando vi  já estava na escada. Entramos em silêncio, não parecia ter ninguém, por um momento pensei que ela ia me apresentar a alguém, mas não, tinha um sofá de chão na sala onde nos sentamos. 
- Hyunná por que. ..- fui beijado, esqueci o que significava respirar , a empurrei um pouco,  era imprudente, como uma moça sua atitude era vergonhosa , a garota me beijou de novo.
- Eu te amo oppa - literalmente eu estava sendo atacado, não me fiz de bom moço por muito tempo retribui seus beijos como a mesma vontade, mas algo estava errado, talvez fosse nervosismo, algo que deveria reagir não reagia e a ansiedade castigava, seus beijos eram bons e me deixavam sem ar "porque essa porra não sobe" , sua blusa estava no chão , coloquei a mão em seu seio , pensei que ficaria ruborizada, mas ouvi um gemido, coloquei sua mão onde queria e depois de algum tempo finalmente subiu, quando se transa a primeira vez você tem consciência de que será rápido isso é previsível, posso não entender muito sobre sexo, mas já conversei muito com meus colegas da escola, me ajeitei entre suas pernas tomando cuidado para não machucá-la, como minha obrigação eu teria que tornar sua primeira vez inesquecível, eu só não contava com o fato dela não ser virgem, isso aí,  quando coloquei não senti resistência nenhuma, era como se ela tivesse transado a algumas horas, eu devia ter parado,  mas continuei , de início fiz de tudo para não assusta-lá , só que Hyunná não era tão inocente assim e isso me irritou muito eu a penetrava com força, sem dó , mas não sentia prazer a ponto de gozar, demorou tanto que pensei em desistir, o sofrimento parecia ser só meu, ela não se mexia apenas ficava me chamando de "oppa" , tapei sua boca com a mão e ela se desmanchou, olhei bem para ela, seu sorriso era de vitória, me levantei a deixando deitada no chão, apenas quando já estava na rua respirei aliviado.
Quando cheguei em casa contei para meus pais  sobre o cartão, eles ficaram surpresos e cismados, demorou um bom tempo para que meu pai e eu ficássemos a sós aproveitei a oportunidade e contei o que tinha acontecido.
No outro dia eu estava viajando rumo a Big Hit, cheguei a recepção e mostrei o cartão, não fiz inscrição, mas fiz audição e passei, meu pai e eu fomos para um hotel pequeno, voltei no dia seguinte a empresa para assinar uns papéis e ficar com os outros trainees, fiquei sentado em um banco esperando os adultos resolverem meu futuro, nesse tempo de espera um garoto sentou-se ao meu lado, ele era muito tímido e fofo , me apresentei e ele disse seu nome entre dentes, tentei conversar, mas nada adiantava ele apenas  ria de maneira fofa. Eu sabia que futuramente encontraria jungkook novamente e não fui decepcionado, ele também se tornou trainee da empresa e iria entrar no grupo BTS o mesmo que eu. 
As vezes parece que parte de você está perdida, como se sua alma estivesse separada em fragmentos, encontrar Jungkook foi como encontrar um desses fragmentos não foi nenhuma surpresa nos tornamos inseparáveis em pouco tempo, surpresa foi não termos nos encontrado antes. Quando se tem um amigo como essa criança você se sente privilegiado e amado era assim que eu me sentia. 
Dificilmente eu encontrava alguém que não gostava de mim, mas quando fui apresentado aos outros fiquei desconfortável, por mais simpático que eu tentasse ser mais eles me olhavam estranho isso me deixou deprimido.
O tempo passou e ainda sim eles me tratavam como se eu fosse de outro planeta, fiquei muito infeliz , meu coração apertava e eu não sabia o que eu tinha feito errado, em certo momento pensei em fugir e ir para casa, infelizmente isso não era possível, as vezes não conseguia resistir e fugia do dormitório, quando os superiores descobriam o grupo sofria penalidades e isso os deixavam mais irritados comigo eu não sentia vontade de falar com eles e muito menos me relacionar afetivamente, tudo mudou quando Jimim começou a treinar conosco, nele encontrei mais um fragmento de mim.
Todos amávam aquela criatura e ninguém brigava com ele , não tinha como ficar zangado com Jimim por muito tempo, ele era como um urso de pelúcia, mas quando se é trainee não importa se você é bondoso ou adorável eles não ligam e pronto, ver Jimim sendo punido mesmo doente me fez ter raiva, desprezo e nostalgia, vi meus hyung's em expressões silenciosas de raiva, eles o amavam, ouvi um click do meu cérebro, eu já vi essas expressões antes, as vejo sempre que sou castigado. No caminho para casa fiquei pensando sobre isso, se eles realmente tinham raiva de mim ou se eu apenas imaginava.
De manhã perguntei a Nanjoon hyung o porque deles me desprezarem se eu nunca tive intenção de prejudicá-los ele riu fechando um livro que lia atentamente.
- Não desprezamos Taehyung, apenas não entendemos, gostamos de você! 
- então porque me tratam como se eu não fizesse parte do grupo ?
- Criança, é você que sempre agiu como se fosse indiferente a nós, vive em um mundo particular não deixando ninguém além do Jungkook e do Jimim entrarem, mesmo quando age com carinho parece estar se protegendo. Não temos culpa de sua mente não funcionar de maneira sã- a última parte foi dita entre sorrisos de deboche ,  Nanjoon hyung colocou a mão no topo da minha cabeça bagunçando meus cabelos, a partir deste momento eu iria tentar deixar minhas reservas de lado, isso éra uma promessa, o vendo agir como um irmão mais velho me deu confiança para contar sobre Hyunná, eu não tinha contado para ninguém além do meu pai que foi bem dramático apesar de tentar ser compreensível, talvez Nanjoon me fizesse eu me sentir melhor. 
- Hyung  você sabe como vim parar aqui? - fiquei de cabeça baixa .
- um olheiro da Big Hit te achou bonitão- ele riu e eu também.
-  eu gostava de uma garota na escola.
- ela não gostava de você - disse me interrompendo
- na verdade eu não sei, depois de um bom tempo trocando mensagens ao longo de três anos nós marcamos de sair - ele me olhava intrigado e comecei a pensar se realmente era uma boa idéia abrir meu coração, mas eu sentia que podia confiar nele - eu fiquei esperando por ela no shopping, mas quando ela chegou parecia triste e ansiosa .
- E ?- me encorajou
- nós trasamos- disse de uma vez, seu rosto ficou congelado em uma expressão de espanto. 
- seus pais te mandaram para cá por isso? - 
- meu pai! E sim!
- É a moça?
- Hyunná!  O principal motivo de vir foi que Hyunná não era virgem e parecia muito ansiosa em ...você sabe. .. comigo - ele fez uma cara de "sei, se sei"
- você a ama Taehyung? 
Contei tudo para Nanjoon hyung sem cortes o que senti e até o fato de não conseguir levantar e de não conseguir abaixar, ficamos muito tempo conversando disso e de outras coisas relacionadas ao grupo, não pedi para quardar segredo, mas para ser seletivo ao contar.
Quando estava perto do debute começamos a ensaiar como loucos, todos os dias, várias horas por dia, ficávamos tão exaustos que mal aguentavamos em pé. Um dia acordei e vi Jungkook dormindo na cama de Jimim que não estava, suga também não estava, cobri o kookie e voltei  a dormir.