História Fascínio - Pode me chamar de Suga!

Meu pai e eu brigávamos muito isso não era segredo para ninguém,as minhas decisões pareciam agredi-lo fisicamente, todos os dias a mesma cena se repetia dentro de casa. Meu pai gritava enquanto minha mãe se encolhia nos cantos, eu era a vergonha da família, diferente do meu irmão mais velho e graduado.Ir para a faculdade não foi uma decisão minha, mas desistir dela sim, eu odiava as disciplinas e tudo me causava tédio, o que fazia meu sangue pulsar era a música e era por ela que eu saia todas as noites, sozinho e curioso eu vagava pelas ruas movimentadas buscando o rap , mesmo parecendo frágil eu sei que nasci para o hip hop, no dia em que falei sobre minha decisão uma chuva de meteoros caiu sobre minha cabeça, não foi apenas uma discussão,  apesar do meu medo irracional enfrentei o meu pai e me coloquei como homem, neste dia ele quebrou meu piano e o incêndiou, foi a última linha. Minha mãe tentava me convencer a não ir embora, insistia que ele não quis me mandar sair de casa , apesar de sofrer por mágoar a única pessoa que se importava comigo, eu precisava ir! a imagem do meu piano em chamas não saia das minhas lembranças, peguei um ônibus e fui para Seul , saltei na estação e tive vontade de chorar, para onde eu ia? não tinha ninguém esperando por mim. olhei para os lados e avistei um banco, me dirigi até ele em passos largos sentei no concreto  frio e úmido como se esperasse alguém, a estação estava ficando vazia e eu ainda fingia, quando encerrou o horário das conduções me deitei usando minhas roupas de travesseiro e dormi. aquele banco se tornou minha casa, eu saia de dia em busca de algum trabalho que me desse comida , a noite eu volltava para o banco, nem sempre conseguia alimentos por isso quardava a maioria e comia aos poucos, um dia vi uns rapazes rindo, algo neles me chamou a atenção então os segui, eles pararam perto de um monte de jovens eufóricos, senti meu coração palpitar , era uma batalha, uma batalha de rap, observei de longe cada competidor, (eu sou melhor que eles, eu posso vencê-los), mas não sabia como entrar no meio, vi algo no chão entre eles, era dinheiro!  se você mora na rua e não tem comida sabe que dinheiro é realmente necessário,  usei de ser pequeno ( atributo que sempre me incomodou) e entrei no meio de todos, pulei algumas vezes com a mão levantada , infelizmente ninguém me viu, quando a s pessoas ja tinham se dispessados me sentei na calçada e encostei a cabeça na parede derrotado. Nem percebi quando fechei os olhos,  mas um garoto começou a me chamar, o encarei com raiva e ele riu.

_ Quer participar da próxima batalha? _ me levantei mais rápido que o possível. 

_ sim!_ ele riu de novo. 

_ amanha vai acontecer uma,  próximo a setima estação, na saída,  onde tem um viaduto, vou participar , se eu te ver !

_ entendi_ disse rápido _ quanto vou ganhar? _ ele me olhou com sarcasmo. 

_ se você for bom, no máximo, vai ganhar um lanche. você não é conhecido aqui! 

 Eu já esperava por isso, no underground se você não tem fama , também não tem respeito. A  sétima estação ficava a 1h de viagem, se estivesse de carro, se fosse de ônibus 1:40h á 2:00h , agora... se você estivesse a pé, como eu estava.. bom , eu cheguei e isso é o que importa.

  O luga estava vazio, conseguia ouvir minha própria voz, esperei, apesar de achar que o infeliz tinha zoado comigo, fiquei aliviado quando as pessoas começaram a chegar, a batalha estava seguindo e eu já tinha me posicionado a frente. perdi a minha primeira batalha, mas não desisti, eu dormia três horas por dia e estava ficando exausto, de dez batalhas eu venci oito, eu treinava feito louco, fazia rap até das pichações das paredes, felizmente estava dando um bom resultado e os rapper's da região começavam a me respeitar.

 A minha última batalha underground foi um mês antes de me tornar um Ídol, e foi a mais impressionante, eu via meus rivais se esforçarem ao máximo, eles não me incomodavam, não todos, la conheci alguém hoje conhecido como Rap Monster,  mas não era como ele era conhecido na época,(ele não era meu heroi ainda), não preciso dizer que tremi ao enfrentá-lo e nem de como fiquei surpreso ao vencê-lo.