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História Fate Brought Us Together - Lutos e constrangimentos.


Escrita por: whitecamellia e Medusafire

Notas do Autor


Eu não sei nem com que cara eu venho aqui me pronunciar. Provavelmente muitas já desistiram e eu sei que a culpa é toda minha. Me perdoem, do fundo do coração. Eu passei por muitas turbulências em 2016 e agora estou naquela fase chata de terceiro ano/ENEM/tenho que entrar pra faculdade. Uma merda que traz ansiedade, nervosismo, se sentir incapaz... etc etc. MAS, como muitas sabem, esses dias a PWT veio pra cá e enquanto eu escutava Purpose ao som da voz do amor da minha vida, eu pensei: tantos objetivos deixados para trás simplesmente por preguiça. POR PREGUIÇA, me entendem? Então eu decidi largar a vida de protelação e voltar a me dedicar 100% ao máximo tudo que eu gosto/amo/devo fazer. Como não sou eu que escrevo (só beto e troco algumas falas), não depende 100% de mim, mas a Medusa também está nessa comigo. A gente promete se esforçar ao máximo por vocês e por nós mesmas, então, vamos alegrar um pouquinho da nossa segunda feira entendiante ever com fanfic? YAAAAYYY, VAMOS! <3

Capítulo 15 - Lutos e constrangimentos.


Fanfic / Fanfiction Fate Brought Us Together - Lutos e constrangimentos.


Lohana.

Ouvi batidas na porta.

—  Vai embora! – gritei. Era tão difícil assim me deixar em paz?

Paz. Se algum dia eu tiver paz de novo.

Se algum dia eu deixe de pensar em Ben. Pensar no que poderia ter acontecido. No que poderia não ter acontecido. 
Eu sinto tanto a falta dele.

—  Sou eu. Deixe-me conversar com você – ouvi a voz abafada do meu pai.

Com muito esforço, saí da cama e destranquei a porta.

Meu pai me deu um abraço apertado. Ele estava realmente preocupado comigo. Retribuí.

—  Eu definitivamente não queria fazer isso. Eu queria ficar com você e te acompanhar nesse momento horrendo que você está passando. – Ele disse nas minhas costas. – Mas eu preciso voltar a trabalhar e mais que isso... Eu preciso avisar à família dele.

—  Família?! – Gritei, empurrando-o de seu abraço. – Aquilo não é uma família! A vida que ele teve não deve nem ser chamada de vida! Talvez sobrevivência! E eu nunca.... Eu nunca vou poder fazer com que não seja mais isso.

Comecei a chorar mais uma vez. Minha cabeça doía.

Meu pai colocou as mãos nos meus ombros e se curvou para ficar no meu tamanho. Olhando-me com seus olhos verdes gentis.

—  Filha, eu concordo com tudo o que você disse. Tudo. Mas eles precisam saber. Ele está nos jornais, na tv. E eu tenho medo que você o veja em todos os lugares e piore. Eu te prometo que a madrasta dele nunca irá saber nada sobre o que aconteceu aqui.

Olhei para o chão. Eu não queria falar mais nada.

—  E antes de eu ir embora – ele continuou. Tirou as mãos dos meus ombros e colocou no bolso, procurando alguma coisa. Tirou o brasão do Ben dele. Prendi a respiração. – Acho que é justo você ficar com isso.

—  Obrigada – respondi e peguei cuidadosamente. Era pesado.

Ele deu um beijo na minha testa e comentou que me amava e iria voltar assim que pudesse. 

Enxuguei as lágrimas caminhei até sentar na ponta da cama, encarando o brasão em minhas mãos.

—  Ahn... – meu pai disse antes de sair. – Seu amigo Artur está na sala, querendo falar com você. Não sei se quer vê-lo, então pedi para esperar.

Pensei sobre isso. Talvez eu não devesse ficar sozinha, com os meus pensamentos idiotas. Eu precisava me distrair.

—  Pode – falei baixo. 

Meu pai encostou a porta.

Talvez tivessem se passado dias ou semanas desde que eu matei Ben. Eu. Eu matei. Eu não deveria ter conversado com ele ou o beijado. Ele ainda estaria aqui, sendo aquele cara estranho que eu tanto gosto.

Que eu tanto amo.

—  Lou? – Ouvi a voz do Artur na fresta da porta.

—  Hey, Art. Entra aí.

Ele abriu a porta e a encostou atrás dele. Colocou as mãos nos bolsos da calça e me encarou.

—  Você tem comido? – ele perguntou tímido.

— Comer? Sim. Só não lembro qual foi a última vez. – Deixei de olhá-lo para voltar a encarar o brasão de Ben.

Ele caminhou lentamente pelo quarto e sentou-se ao meu lado.

— Lou, eu não sei nem o que te dizer. Assim que eu soube vim pra cá. Eu só queria te dizer que sinto muito pelo seu amigo. E eu entendo que você mentiu sobre Justin Bieber. Aquilo foi infantilidade minha, eu não deveria ter agido da forma que agi. 

Sinto muito – repeti e ri sarcasticamente, me lembrando das palavras de Ben no dia que nos conhecemos: "’Ah, o seu parente morreu? Sinto muito.’ Por que sente por uma coisa que não fez?”

— Eu disse algo errado? – ele perguntou preocupado.

— Não, não é nada. É bom ter um amigo de volta. – Mudei de assunto e encostei minha cabeça do ombro dele.


(...)


Justin.

— Acalme-se! – eu disse a Julia, que caminhava pela sala nervosa. Eu a observava do sofá.

— Calma?! Eu ficar calma? Ela ficou dias ali dentro sem querer que ninguém entrasse lá. Até eu. E agora ela está deixando todo mundo entrar?

— Ela já deve estar lidando melhor com isso – eu respondi calmamente. – Tenta subir lá também. Aposto que ela ia gostar de falar com você.

— Será? – Ela parou de andar e me olhou.

Artur apareceu das escadas e Julia olhou para ele desesperada por notícias.

Ele deu um sorriso tímido enquanto descia as escadas. Esperamos pacientemente que ele chegasse até nós. Quer dizer, eu. Julia estava quase avançando nele devido seu passo lento.

— E então? Como ela está? Posso subir? Ela já sente fome ou algo assim? – Julia disparou.

— Melhor – disse Artur – Ela irá descer. Conversamos e eu consegui convencê-la de que seria bom ela tomar um ar fora do buraco.

Julia abriu um sorriso. 

— Vou pedir à Alberta trazer um sorvete pra esfriar essa cabeça quente dela – Julia saiu apressada para a cozinha.

Artur sentou ao meu lado e apoiou os cotovelos nos joelhos, para que as mãos segurassem seu queixo.

— Ela está... Bem? – Perguntei cauteloso. 

— Ela está tentando – ele respondeu. 

— Ah – falei, sem ter mais o que dizer.

Depois de alguns minutos de silêncio desconfortável, apareceu Lohana, que começou a descer as escadas olhando para o chão. Ainda de pijama. Seu cabelo estava bagunçado e sua cara inchada, por mais que tentasse esconder.

Ela chegou à sala no mesmo momento que Julia chegou da cozinha. 

Então Julia correu para abraçá-la.

— Lo! Você não sabe a falta que faz! – ela exclamou enquanto apertava a amiga.

— Obrigada, Juli – Lohana disse enquanto retribuía o abraço. – Eu precisava sair um pouco da toca. Onde estão os seus pais?

— Eles foram atrás de comida brasileira. Estão morrendo de saudades de comer, mas Alberta tem dificuldade pra encontrar feijão. Só eles sabem onde. – Julia soltou Lohana. 

— Meu pai voltou a trabalhar – Lohana comentou, enquanto Julia a levava pra cozinha.

— Eu sei – Julia respondeu, enquanto puxava Lohana para a cozinha. – Ele já se despediu de todos nós.

Eu estava surpreso em como Lohana estava tão... Não Lohana. Aquela pessoa não era ela. Aquilo me incomodava num nível que eu não conseguia me sentir à vontade perto dela.

Artur permaneceu quieto, não tirava os olhos da Lohana. Ele realmente estava preocupado com ela. Ele parecia ser uma boa pessoa.

Enquanto Lohana estava saindo da sala por Julia, ela me notou.

— Oi, Justin – ela me cumprimentou.

— Oi Lohana – eu respondi, esperando que ela pudesse ouvir, pois quando eu falei, ela já tinha saído da sala.

Era isso mesmo? Sem me atacar? Sem fazer alguma piada? 

Eu me sentia tão mal...

Eu não sabia se ia para cozinha com as meninas ou se conversava com o Artur. Mas pensei que seria melhor deixá-las terem o momento delas. Julia precisava daquilo. E Lohana também.

— Você vai ficar por aqui hoje? – Perguntei, para puxar assunto.

— Hã? Ah, sim. Se ninguém se incomodar... – Ele respondeu. Parecia que eu tinha tirado ele de um transe. 

Os pais de Julia chegaram, sendo ajudados pelo motorista. Prontifiquei-me a ajudar e Artur também. 

Chegando à cozinha, senti-me incomodado por estar atrapalhando um momento das duas. Estavam sentadas do lado da outra na mesa, dando as mãos. O sorvete da Lohana estava quase intacto e o da Julia não tinha quase mais nada.

Os pais de Julia deram um abraço em Lohana e um beijo nas bochechas de Julia e depois saíram pra dar privacidade a elas. 

Fiz o mesmo. Por mais que eu queira passar o maior tempo possível com Julia, Lohana precisa mais dela que eu.


(...)


— Sobre o que vocês conversaram? – perguntei a Julia, enquanto fazia carinho na cabeça dela.

Estávamos deitados na cama dela. Ela com a cabeça no meu peito, eu respirando o perfume de seu cabelo. Já estava de noite e eu desconfiava que estavam quase todos dormindo.

— Sobre o que ela sente – ela respondeu e suspirou. – Ela não está nada bem. Nem um pouco. Ela realmente conversou comigo sobre sentimentos, consegue assimilar isso?

— Com dificuldade.

Depois de elas passarem o dia inteiro juntas e eu passar o dia inteiro com um Artur preocupado, Lohana resolveu tomar um banho e voltar pra sua toca. Artur se ofereceu para ver filmes com ela e ela aceitou. Mas não antes que ela dissesse que queria que Julia ficasse um pouco comigo. Aparentemente, até de luto ela se preocupa com a Julia, que já estava desmoronada.

— Se ela não ficar bem... Eu não sei nem o que vai ser de mim – Julia disse, com a voz trêmula.

— Ela vai – eu a consolei. – A perda sempre estará lá, mas ela vai aprender a lidar com isso. A sua Lohana vai voltar.

Julia apenas suspirou.

Ouvimos batidas na porta. Julia sentou-se na ponta da cama.

— Entre – ela disse. 

No momento que eu percebi que era a mãe de Julia, sentei rapidamente ao lado de Julia, mas infelizmente ela já tinha percebido.

— Boa noite, senhora Westwick – disse timidamente e pigarreei, para limpar a garganta.

— Oi mãe! – Julia exclamou, sorrindo.

— Olá filha. Boa noite, Justin – ela disse, sorrindo de volta. Ela não parecia surpresa de ver um garoto estirado na cama da filha. Fiquei mais relaxado.

— Então Julia, será que eu podia conversar com você... Sozinha? - A mãe de Julia olhou para mim. Entendi o recado.

Levantei prontamente para sair.

— Se precisar de mim, estarei na cozinha - eu disse e dei um beijo na testa de Julia.

Passei pela mãe de Julia e encostei a porta ao sair.

Eu não podia resistir em ouvir o que elas iriam conversar. Será que seria sobre mim? Eu precisava muito saber.

Então, como qualquer pessoa que respeita a privacidade dos outros faria, encostei o meu ouvido na porta, com cuidado para ela não se mexer.
— Então filha - Alice começou. - Eu deveria ter tido essa conversa com você há muito tempo, porque claramente você está aqui por sua conta. E também porque daqui a três semanas você irá fazer dezesseis anos. Por mais que eu não queira que você cresça, não vai mudar o fato de que você irá transar logo.

Abafei uma risada. Eu fiz muito bem em ficar para ouvir.

— Ai, não mãe. Essa conversa não! - Julia gemeu de nervosismo. - Eu já sei como é. Não, não é o que está pensando, sou virgem! - Julia disse na defensiva. Sua mãe deve ter ficado espantada. - Quero dizer que hoje em dia tem tudo na internet.

— Você não pode confiar em qualquer coisa que se vê na internet - a mãe de Julia suspirou. - Além disso, sou uma mulher bem experiente, você pode confiar nas minhas dicas. Não que todas as mulheres sejam iguais na cama...

— Mãe, não! Por favor, não preciso de detalhes do que você faz com o meu pai!

— Ok, isso não é importante também - Disse a voz de Alice, com divertimento. Ela também estava achando a situação engraçada. - A coisa mais importante que eu quero te dizer é: use camisinha! Sempre! Não importa se ele não gosta ou não quer. O controle da situação é sua e somente sua. E também eu não tenho paciência e nem idade para ser avó. E muito menos quero ver minha criança cuidando de outra. 

— Tudo bem. Já acabou?

— Não! Me ouça, mocinha. Outra coisa que eu já te digo logo é: vai doer. Não entre em pânico, porque só vai piorar. Pelo menos espero que ele seja bom de língua porque...

— Mãe, por favor! - Julia a interrompeu. - Isso é tortura.

— Espera! Última coisa e eu juro que já vou. Só faz se você quiser. Está ouvindo mocinha? Não importa se ele é legal ou coisa assim. Você não deve nada a ele. Só a você mesmo.

Não se preocupe, senhora Westwick. Eu jamais faria algo na qual ela não tivesse vontade.

— Muito obrigada mãe - Julia disse apressadamente, antes que sua mãe pudesse dizer mais alguma coisa. - Eu te amo demais por você se preocupar comigo assim. Espero que algum dia conversemos sobre sexo e isso não me mate de vergonha.

— Isso só irá acontecer depois que você fizer. Ah, e antes que eu me esqueça... - Disse Alice. Ouvi um barulho de plástico. - Aqui tem um pacote de camisinha para o caso de acontecer e vocês estarem despreparados. 

— Ok, mãe. Obrigada. 

— Boa noite, porcelana. - A mãe de Julia riu.

— Boa noite, mãe superproterora.

Assim que ouvi essas palavras, corri para as escadas o mais rápido e silencioso que pude para que não saibam que eu estava ouvindo. 

Eu mal podia pensar na alegria que eu sentia de poder me juntar com ela, fisicamente. Será que ela queria? Eu sei que eu queria. Bastante. Mas não agora, porque eu não estava preparado mentalmente para isso. 

A verdade é que eu sou virgem, por mais que eu não goste de admitir. O mais longe que eu cheguei foi acariciar uma garota enquanto nos amassávamos. Eu precisava me preparar para dar a melhor noite que ela pudesse ter.

Ouvi um barulho de porta se fechando. Eu subi as escadas devagar para ir ao quarto de Julia, enquanto eu pensava no que eu poderia treinar a minha língua...


(...)


Lohana.


Abri os olhos e gemi com a luz que entrava pela janela.

Mais um dia, pensei.

Os dias se arrastavam e não acontecia nada de novo. Eu acordava, Artur tentava me animar, Julia tentava me animar, seus pais tentavam me animar, eu tentava me animar...

Até quando tudo iria ficar desse jeito? 

Eu nem sabia o que se passava comigo mais. Depois de ter ido pro fundo do poço nesse luto, eu comecei a me sentir... Anestesiada. Como se meus sentimentos estivessem adormecidos.

Me sentei na cama e quase pisei no Artur, que dormia profundamente no chão. Ele estava enrolado no lençol e seus cabelos estavam bagunçados. Quase abri um sorriso vendo sua boca aberta.

Eu só tinha a agradecer a todos eles por estarem comigo nesse momento horrível. Até... Justin, que mesmo nervoso e obviamente sem saber o que fazer, parecia preocupado. Nunca achei que pensaria isso. Finalmente me permiti abrir um sorriso.

— Lo? Você está acordada? – a voz de Julia sussurrava abafada atrás da porta.

Me levantei da cama, me equilibrando para não pisar no Arthur. Assim que abri a porta dei de cara com uma Julia desanimada.

— Estou acordada sim. Bom dia... Ou tarde – eu disse. Passei a falar mais e até comer um pouco. Mesmo assim, eu não me sentia bem.

— Boa tarde. São três da tarde. Eu não te acordei, não, certo? – ela arregalou os olhos.

— Não! Eu já estava acordada — fechei a porta atrás de mim. — Vamos tomar um café da manhã?

— Sim... — ela me respondeu, hesitante. 

Descemos as escadas. Eu esperei ela falar o que estava a incomodando. No fim das escadas, não aguentei mais.

— O que foi, Juli? – eu parei no caminho dela, fazendo-a parar.

— Hm, não é nada.

— Se você foi no meu quarto me chamar sem saber se eu estava dormindo ou não, não parece que você não tem nada pra me falar. Além disso, olha pra você! Não está normal.

— Ah, ok. – Julia suspirou. — Os professores estão perguntando por você. Já faz quase um mês que você não vai as aulas. Mas eu não sei se você quer que eu conte a eles.

— Quase um mês? — Pensei a respeito. Parecia que tinha se passado um ano. Eu não estava afim de aula. Mas talvez eu precisasse ir. Não deixar a memória definhar, essas coisas. — Não precisa dizer nada... Eu bolo alguma coisa. Amanhã é quarta feira, não é? Eu vou amanhã.

— Isso é muito bom – ela me respondeu. Percebi que seu semblante desanimado não se desfez.

— Não é isso que você quer me falar — eu disse desconfiada.

— Eu não quero fazer uma festa de aniversário — ela respondeu desconfortável. — Minha mãe já separou uma lista de convidados e anotou o que vai ter de comida. Ela só queria que eu saísse com ela pra escolher a decoração e os vestidos. Mas eu não quero. Não com você assim. Como eu vou comemorar alguma coisa? Como eu poderia?

Fiquei chocada. Se eu achei que aparentava estar bem, estava falhando completamente.

— Não! Você precisa comemorar os seus 16 anos! Você sonha com isso desde que se mudou pra cá! — Eu disse. Ela estava errada. Ela não precisava se preocupar comigo, eu que precisava me preocupar com ela. — Eu estou muito melhor pra sua informação. O que importa é que você vai se divertir e isso vai me divertir.

— Eu não vou cair nessa — Julia me olhou cética. — Eu sei que você está pensando no meu bem estar. Mas não estou em clima para isso. Além disso, está na hora de você pensar em você.

— Eu pensei em mim por quase um mês — revirei os olhos. — Mas essa festa pode me deixar melhor mesmo. Não é mentira. Eu posso me animar e pelo menos por um momento não pensar em... Você sabe.

E eu não estava mentindo. Nessa altura do campeonato eu aceitava qualquer coisa que não me fizesse pensar nele.

Julia me olhou pensativa. Seus olhos verdes tentando me sondar, tentando achar qualquer indício de mentira. Numa tentativa de mostrar que eu estava bem, mostrei a língua para ela.

Julia abriu um sorriso.

— Tudo bem. Mas se você se sentir mal ou ficar desconfortável, me diz na hora.

— Pode deixar — concordei. Puxei o braço de Julia para continuarmos para a cozinha.

Entramos e lá estava Alberta, sentada num dos bancos da mesa lendo um livro de receitas em alemão. Assim que nos viu, deu um sorriso caloroso. 

— Eu fazer um milk shake de morango com torradas — ela apontou para a mesa, a comida esperando para ser devorada.

 Julia e eu sentamos. Pensei numa coisa.

— Juli — eu comecei. 

— Sim? — ela  murmurou, enchendo o seu prato

— Onde está Justin? 

— Ah, dormindo. Ficamos conversando até madrugada. Só eu que vou as aulas mesmo.

Era até estranho o quanto aquela casa estava silenciosa. 

— E os seus pais? — perguntei.

— Eles estão em algum lugar desde que saíram de mansinho de madrugada. Deixaram um recado que dizia que eu não deveria esperá-los — Julia respondeu, com a boca cheia. — eu que não quero saber.

Sorri. Era bom ter pais apaixonados. Era bom ter pais assim e saber que ela tem também.

Quando terminamos o café da manhã da tarde, eu comentei:

— Por que não vamos a West Los Angeles? Lá tem muitas lojas boas e o Westside Pavilion, aquele shopping gigante. Com certeza encontraremos tudo o que você precisa pra sua festa.




Notas Finais


Sobre a Lo: vontade de colocar no colo e tratar como bebê ):
Sobre o Justin: TARADO
Sobre a Julia: HMMMM ELA GOSSSSTAAAA

E, acho que é só isso, gente. Eu realmente espero que me/nos perdoem. <3


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