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História Fate Brought Us Together - É dia de praia.


Escrita por: whitecamellia e Medusafire

Notas do Autor


Meus amores, eu não sei nem o que dizer. Eu estava tão down esses tempos que pensei em até jogar tudo pro alto. Mas sentei, respirei fundo e cá estou eu. Não está enorme, mas recompensarei vocês. Muito obrigada por quem ainda está aí. Aproveitem o capítulo. <3

Capítulo 12 - É dia de praia.


Fanfic / Fanfiction Fate Brought Us Together - É dia de praia.

Justin.


Alguém abriu as cortinas, fazendo com que toda a luz do mundo entrasse no quarto.

— Argh – gemi e joguei o lençol na minha cabeça. - Não vou sair daqui.

— Ah, vai sim! - Ouvi Julia soltar uma risadinha. - Porque hoje, meu caro, está fazendo 32°C, e não faz tanto calor desde o ano passado. É dia de praia!

— Praia? - Abri os olhos, tirando o lençol para enxergar e vi Julia com um vestido simples rosa. – Mas eu não tenho uma bermuda de praia.

— Tem sim! Eu comprei para você e para Ben ontem, antes da gente ir pro McDonald’s e acontecer toda aquela confusão.

— Se as compras não ficassem na limusine, eu nem sei o que teria acontecido com todas as coisas que compramos ontem – dei uma risada. Julia jogou uma bermuda azul na minha cara.

— Não demore, meu amor. São sete da manhã, mas o sol de setembro deve ser aproveitado o máximo possível – ela se aproximou, tirou a bermuda, me deu um selinho, colocou a bermuda no meu rosto de novo e saiu do quarto.

Havia três coisas que eu não conseguia parar de pensar: a primeira era que eu veria Julia de biquíni. A segunda era que ela tinha me chamado de meu amor.

A terceira era que eu veria a Julia de biquíni. Tirei a bermuda de cima de mim e sorri.

Sorrindo como um idiota, isso sim. 

Sorrindo igual a um idiota, me dirigi ao banheiro do quarto com a bermuda azul.


(...)


Lohana.

— Quanto tempo falta pra esse menino ficar pronto? – perguntei impaciente, rolando no tapete.

Estávamos eu, Julia e Ben na sala, esperando o príncipe que há meia hora estava se arrumando.

— Dá um desconto – Julia me disse do sofá. – Você sabe como demora virar Daniel.

Bufei.

 — Eu ainda não consigo entender de onde veio tanta vontade de ir à praia se nunca fez questão – disse Julia pensativa, mudando de assunto. – Desde que viemos morar aqui nunca foi à Paradise Cove.

— Pra falar a verdade, Ben me levou para lá no dia que nos conhecemos, na rocha acima da praia – desviei o olhar do rosto de Julia. Eu queria ficar o mais longe o possível da escola, até pensar em alguma coisa. – E depois disso sempre me deu vontade de ir – menti.

— Por que vocês querem ir ver o mar no meio da semana? – Ben perguntou, se remexendo no sofá. Ele parecia estar desconfortável por estar tão exposto. Usava uma camiseta leve branca e uma bermuda verde escura. E por mostrar tanto corpo, percebi que ele tinha músculos muito bonitos. Além disso, para melhorar, sua barba estava crescendo e ele aparentava ter mais que apenas dezessete anos. Desde que ele apareceu assim eu tentava não olhar para ele porque sabia que não iria conseguir tirar os olhos.

Mas como será que ele ficaria sem essas roupas? 

AI. MEU. DEUS! POR QUE EU PENSEI ISSO?

— Bom, pergunte a Lohana que quer que faltemos aulas... Isso se ela tiver na mesma dimensão que nós – Julia me tirou do transe estalando os dedos na frente dos meus olhos. – Lo, eu sei que o Ben está lindo, mas você está exagerando.

— Eu estou prestando atenção – eu disse ofendida. Julia gargalhou enquanto Ben ficava vermelho. – Eu só estava pensando em outra coisa. Não precisamos ir pra escola num dia lindo assim. E Ben, não é ver o mar – eu respondi sem olhar para ele. – Nós vamos mergulhar e pular umas ondas.

— Por que as pessoas fazem isso? – Ben perguntou com preocupação. – Não tem medo de se afogar?

Eu nem precisava perguntar se ele já tinha mergulhado no mar.

— Chegou quem faltava – Justin apareceu na sala usando apenas óculos escuros e uma bermuda azul, expondo seu peitoral branco. 
Julia soltou um longo suspiro ao olhar para ele, o que fez com que ele sugasse o ar e levantasse os ombros, para parecer mais forte. 

— Alguém aqui está com uma autoestima muito boa – murmurei, revirando os olhos.

Justin também revirou os olhos em resposta.

— Como nós vamos? – ele perguntou a Julia.

— Andando – Julia se levantou do sofá. Ben e eu nos levantamos também.

— Andando? Mas onde fica a praia?

— Paradise Cove fica a sete minutos andando daqui – eu disse, abrindo a porta para todos saírem. – Acho que você aguenta uma caminhadazinha dessas.

— Obrigada por ser sempre tão gentil comigo – Justin rosnou e saiu da casa. – Não tem café da manhã?

— Alberta saiu para fazer compras e nós estamos com vontade de comer no restaurante da praia – Julia comentou. – Lá é maravilhoso.

— Que bom que Alberta não está aqui para ouvir isso – eu ri.

Quando eu tranquei a porta de casa, percebi que estávamos indo para a praia e tanto Ben quanto Justin me veriam de biquíni. Estremeci.

— Vamos Lo! – Julia me chamou.


(...)


Justin.

Engoli o último pedaço de peixe que tinha colocado na boca.

— Os frutos do mar daqui são incríveis! – comentei. – E esse cheiro do mar é maravilhoso.

Estávamos sentados na mesa que ficava na areia da praia. Eu não conseguia parar de achar esse lugar incrível. 

— Não adianta – Lohana disse, enquanto mastigava batata frita – aqui venta demais, não tenho nem vontade de ir no mar. Além disso, isso aqui está bem vazio. Se estivéssemos em casa, teríamos que brigar por um buraco. Ainda mais sabendo que tem gente famosa morando em frente à praia.

— Pois é – concordou Julia do meu lado, que já tinha terminado de comer uma fatia de quatro andares de bolo de caramelo – quem nasceu Califórnia jamais será Rio de Janeiro.

As duas riram. Eu não podia concordar e nem discordar, porque eu não conhecia o Brasil. Ainda.

Como menos Lohana tinha terminado de comer, peguei a câmera que estava na bolsa dela, coloquei a câmera com a lente virada para mim e me inclinei na direção das meninas e de Ben.

— Sorriam – comentei e toquei no botão.

— Se eu ver carne no meu dente na foto quando eu revelar, irei te bater – Lohana me disse.

— E eu mandarei enquadrar – respondi. 

— Você adora passar dos limites – ela fechou os olhos em fendas.

— Uau, que vontade de pegar um pouco de sol! – Julia nos cortou, se inclinando na mesa para ficar de frente a nós dois – já que todo mundo terminou de comer, por que não colocamos cangas no chão?

— Se não se incomodam, eu prefiro ficar na cadeira – Ben disse tímido.

— Tudo bem, Benjie, aqui tem cadeiras de aluguel, eu peço para levarem para nós – Lohana disse, colocando a mão no ombro dele. Ben corou. 

Encarei por um momento aquela cena. Era real? Lohana tendo um contato amigável com alguém que não seja Julia?

Julia me puxou da mesa, me levando mais adentro da praia. Quando ela achou um bom lugar, tirou da bolsa duas cangas que eu ajudei a forrar. 

— E agora? – perguntei.

— Enquanto esperamos os góticos chegarem com cadeiras e um guarda sol para eles, nós nos bronzeamos – Julia sorriu, pegando a bolsa.
Ela tirou um protetor solar da bolsa e me entregou. Passei no meu tronco, braços e pernas. Ela se ofereceu para passar nas minhas costas e eu aceitei.

Suas mãos deslizando nas minhas costas nuas era uma daquelas sensações que eu gostaria de guardar pelo resto da vida.

— Espere um momento – ela me disse quando terminou e começou a puxar o vestido para cima.

Meu coração acelerou.

Era agora.

Ela tirou o vestido por cima da cabeça, jogou na bolsa que estava em cima da canga e pegou o protetor da minha mão para começar a passar nos braços.

Ela usava um biquíni preto e branco ziguezagueado, que mostrava seus grandes seios e uma parte de baixo que era muito pequena amarrada nos lados. Sua cintura tinha uma linda curva. Eu não sabia se eu aguentava olhar para tanta beleza.

— Gosta do que vê? – ela me lançou um olhar malicioso, enquanto se abaixava para passar protetor nas pernas. 

— Er, eu... er – gaguejei. 

Fala alguma coisa!

Julia esperou sair alguma palavra de mim.

FALA QUALQUER COISA!

— Hm...é... – tentei. 

COMO EU POSSO FALAR ALGUMA COISA COM AQUELE CORPO OLHANDO PARA MIM?
TE VIRA, TESTOSTERONA. SÓ FALA QUALQUER MERDA PORQUE ELA JÁ DEVE TE ACHAR UM BABACA.


— Se eu gosto? Eu poderia ficar olhando para esse corpo lindo para sempre – soltei a primeira frase que veio à minha mente. Quando percebi o que disse, dei um tapa na minha testa.

AGORA ELA SABE QUE VOCÊ É UM BABACA.

Julia riu. Olhei para ela tímido.

— Pois obrigada pelo elogio desajeitado, bebê. Pode passar protetor nas minhas costas? – ela me entregou o protetor.

Não bastava eu ter que olhar, agora ela iria me fazer tocar aquele corpo maravilhoso? Era muita coisa para um dia só. Respirei fundo enquanto ela ficava de costas e segurava o cabelo desordenado pelo vento.

Depositei um pouco do pote na minha mão e comecei pelos ombros. Eram macios e firmes. Desci para as costas, minhas mãos passaram pelo laço do biquíni e me deu uma súbita vontade de tirar. Mas coloquei mais protetor nas mãos, entreguei para ela e coloquei minhas mãos na sua cintura e comecei a espalhar o produto. Olhei para baixo e tive uma visão de sua bunda redonda e grande. Comecei a sentir alguma coisa acontecendo dentro da bermuda.

— Pronto – tirei rapidamente as minhas mãos antes que a situação piorasse e alguém pudesse ver alguma coisa. Ela virou para mim.

— Você não passou no rosto – percebi. Peguei o protetor e coloquei o produto no dedo – aqui – devolvi para ela. Ela fechou os olhos e eu passei no nariz, no queixo, na testa e nas bochechas. Ela era tão linda. Como eu fiquei tanto tempo sem ter essa visão? Dei um selinho nos seus lábios.

— Wow – ela abriu os olhos e sorriu feito uma menininha de cinco anos. – Vou roubar esse beijo de volta – ela me deu outro selinho. Sorri.

— Hoje é um belo dia pra sofrer de diabetes, de tanta doçura no ar – Lohana apareceu atrás de mim, trazendo uma cadeira. Logo atrás veio Ben com outra cadeira e dois homens, um com uma mesa e outro com um guarda sol.

— Obrigada Justin – Julia sorriu para mim e eu sorri de volta, nada iria me abalar. Logo depois, ela se virou para Lohana, que já estava indo sentar na cadeira – E você Lo, sossega. Quer que eu passe protetor solar nas suas costas?

— Claro – ela respondeu, se aproximando.

— Vocês vão ficar de calcinha e sutiã igual as outras pessoas? – Disse Ben, que depois de olhar Julia ficou encarando a areia, vermelho. – Isso é algo necessário?

— Bom, essa roupa de banho é chamada de biquíni por causa do tecido. E quisermos aproveitar o máximo da água, ficaremos – respondeu Julia.

— E também para não ficarmos com uma marca ridícula no corpo – complementou Lohana. – Mas se você tem algum problema com isso, daqui a sete minutos de carro tem uma praia de nudismo – brincou. 

— Praia de nudismo?! Isso é de real? – Ben arregalou os olhos e sentou numa das cadeiras, na sombra. Os homens já tinham colocado o guarda sol no meio da mesa. — Eu não sei de nada mesmo...

— Você é um cara muito envergonhado – ri da situação. As meninas riram comigo. 

— Vocês vão querer algo? Um suco? Um coquetel? – o cara uniformizado que trouxe a mesa perguntou.

Julia e Lohana se entreolharam, sorrindo.

— Um coco para ela e uma limonada para mim – Julia disse.

— Um suco de laranja, por favor – Ben pediu.

— Eu não quero nada, obrigado – comentei.

— Logo trarei, senhores – o cara saiu.

— Aqui Juli, passe logo esse protetor – disse Lohana, tirando a blusa.

Dei uma espiada nela. Lohana usava um biquíni com um desenho geométrico, nas cores azul, verde, vermelho e branco. Era a primeira vez que eu a via usar algo colorido, por mais que fossem cores escuras. 

Ela tirou o short jeans e eu tive uma boa visão de todo o seu corpo. Ela era mais magra que sua amiga. Seus seios eram menores que o de Julia, mas ainda sim, bem bonitos. Sua cintura também tinha uma bela curva e também usava uma parte de baixo do biquíni muito pequena. 

— Vai ficar encarando? – Lohana perguntou irritada. Olhei para ela e a vi me fuzilando com os olhos. Olhei para Julia, que estava rindo.

— Lohana – Julia começou, num tom de divertimento. Foi para trás da Lohana e começou a passar o protetor nos ombros dela – você não pode culpar o garoto por ser linda.

— Prefiro que ele encare você – Lohana bufou, cruzando os braços.

— Desculpa – murmurei tímido e desviei os olhos para Ben. Ben, que encarava boquiaberto Lohana. Se ela não tivesse de costas para ele, teria percebido. Não que eu não pudesse providenciar isso.

— Quer um pano para secar essa baba, Ben? – perguntei, reprimindo uma risada.

Lohana olhou para ele, curiosa. Ben, que cruzou o olhar com o dela, olhou rapidamente para a areia à sua frente, vermelho como nunca.
E incrivelmente, Lohana olhou para frente envergonhada e deu um pequeno sorriso.

— A implicância é só comigo? É isso mesmo? – perguntei ofendido.

— Quieto alien – Lohana disse, agora passando protetor em seus braços.

— Julia está certa – Ben disse, ainda olhando para a areia – você é muito linda.

— Obrigada – Lohana olhou para ele, sorrindo – eu já sabia disso, mas é muito bom ouvir.

— E depois eu é que estou com autoestima para dar e vender – revirei os olhos. Olhei o mar cheio de ondas e surfistas. – Ei Ju, o que acha da gente pedir uma prancha emprestada e pegar uma onda, em vez de ficar deitada aqui fazendo nada?

— Eu não sei surfar, querido – ela me respondeu.

— Nem eu, mas que tal aprender? – perguntei animado, jogando meus óculos escuros na canga, perto da bolsa de Julia.

— Por que não?! Se vocês quiserem vir com a gente, podem nos seguir – Julia disse a Ben e Lohana e puxou a minha mão em direção ao mar inquieto.


Lohana.


Julia puxou Justin para o mar e ele quase tropeçou nos próprios pés no meio do caminho.

— Olha lá – comentei rindo para Ben e me sentando a seu lado, na sombra.

Ele deu uma pequena risada, vendo a situação.

— O que você acha de tirar essa camiseta? – perguntei a ele.

— Eu? – ele olhou para mim. O vento jogava o meu cabelo no meu rosto e eu tentava tirar para vê-lo melhor. – Eu me sentiria muito desconfortável, não é uma coisa que eu estou habituado a fazer.

— Bom, tudo tem a sua primeira vez – sorri, ainda tentando controlar os meus cabelos – eu não vim à praia para ficar seminua sozinha. Eu passo protetor solar em você, para não virar um camarão. 

— Eu não tenho certeza...

— Vamos Ben – juntei as sobrancelhas, autoritária. Ele me olhou por alguns segundos e levantou a mão para tirar uma mecha de cabelo que voava pelo meu nariz e a colocou atrás da minha orelha. Sua mão escorregou para a minha bochecha e ficou parada ali. Fiquei imóvel com o toque.

— Tudo bem – ele tirou a mão do meu rosto. Cedo demais. Ele nem precisava fazer mais nada, só ficar com as mãos em mim. Por eu toda.

Eu deveria controlar mais os meus pensamentos...

Ben levantou e tirou a camisa, mostrando ombros largos um tronco bem musculoso para uma pessoa magra. Agora eu sabia como Julia se sentia perto de Justin. Suspirei e me levantei, pegando o protetor solar que deixei na mesa.  

Ele ficou de costas e eu coloquei um pouco do produto em uma das minhas mãos, coloquei a embalagem de volta na mesa e comecei a espalhar nas costas dele. Tive que levantar os braços para passar em seus ombros.

— Depois vai querer dar um mergulho no mar? – perguntei.

— Hm? – ele perguntou de volta. Parecia que eu tinha o tirado de sua mente.

— Mergulhar no mar? – repeti.

— Eu prefiro não ir, se você não se importa – ele disse, gentil.

— Não te forçarei. Para falar a verdade, nem eu queria. Quando o mar tem muitas ondas assim, não gosto de mergulhar. Nunca fui a melhor no time de natação – sorri ao lembrar que eu preferia imitar um cachorrinho que nadar de verdade. – Terminei.

Ele se virou para mim e me encarou.

— O que foi? – perguntei.

— Não vai passar na frente? – ele perguntou confuso.

— Quer que eu passe? – perguntei surpresa.

— Ah, eu é que passo – ele sorriu tímido, se inclinando para pegar o protetor solar.

— Não, não! – sorri – Deixa que eu faço! – coloquei um pouco na minha mão e comecei a passar pela clavícula dele, descendo as mãos devagar.

Ele olhou em direção à Julia e Justin. Olhei também. Os dois estavam treinando os movimentos de surf com um surfista na areia. Sorri. Se ela estava a fazendo feliz, eu estava satisfeita.

Minhas mãos chegaram ao peitoral dele e ele sorriu, sem me olhar. Eu não conseguia parar de pensar que eu tive uma das melhores ideias da minha vida vindo para cá.


(...)


Justin.

— Ah, essa não! - resmunguei, vendo a besteira que eu fiz.

Eu tinha jogado minha bermuda no cesto de roupas antes de tomar banho, e agora eu não conseguia abri-lo. Além de eu estar no banheiro do primeiro andar, sendo que as minhas outras roupas estavam no quarto de hóspedes no segundo.

Eu só tinha a toalha para usar.

Eu teria que passar na sala. Onde estava todo mundo.

Por que eu não tinha pedido para Alberta pegar roupas para mim quando ela trouxe uma toalha? 

Bati meus punhos na parede. O que eu ia fazer agora? Ninguém iria aparecer num passe de mágica e me entregar roupas. 

Só para garantir meus pensamentos olhei em volta. Porque, nunca se sabe, pode acontecer.

Mas nada aconteceu.

Resolvi me enrolar na toalha que eu me sequei. De qualquer jeito seria humilhante, mas talvez eu possa fazer disso menos humilhante.

Abri a porta, hesitante. Eu não conseguia parar de pensar como foi que isso começou.

Fui parar no hospital por conta de uma garota psicopata. Tudo bem, lembrei.

Andei pelo corredor devagar, como se tivesse andando num túnel para a luz. Entrei na sala e como eu pensava, todos estavam lá e me olharam. No segundo que Lohana cruzou os seus olhos nos meus, eu já tinha visto um brilho perverso nele. Quando olhou para baixo, para o meu corpo, o olhar piorou.

— Eu não acredito! - Lohana pulou no sofá. 

Por que todos eles são tão rápidos para tirar areia no banho? Tive mesmo que sair por último?

Ben me olhou de cima a baixo, depois olhou para Lohana e soltou uma risadinha da minha situação. No dia que acontecer com ele eu, irei rir também e muito.

— Eu só esqueci a roupa. Não estou pelado, estou de toalha. - expliquei andando apressado para as escadas. - Não comece a tirar sarro disso.

— Mas aí não seria eu! - Lohana riu.

Lohana cutucou Julia, que estava sentada do lado dela e me olhando sem palavras e maravilhada. Fiquei um pouco vermelho e lisonjeado quando a olhei. 

— Juli, está vendo como seu namorado é? Que cara maliciosamente exibido! -  Continuou Lohana.

— Maliciosamente lindo – Julia murmurou.

— Pare de ser cega! - Lohana apontou para mim. - Ele nem está com tudo isso. Nem está com o isso. Credo. 

— Para! - saí correndo para as escadas, mas um barulho na porta me parou, no terceiro degrau. 

As meninas olharam para a porta, surpresas. Menos Ben. Esse cara é muito estranho.

A porta foi aberta, e ali apareceu uma mulher segurando duas malas.

— Oi, minhas queridas! - ela olhou para as meninas no sofá e ela congelou quando seu olhar parou no Ben. - E... Menino.

— Boa tarde. - ele respondeu, educado.

Então ela olhou para mim e arregalou os olhos.

Meninos. - ela se corrigiu. – Quem... São... Vocês? 

— Você disse alguma coisa sobre meninos, querida? - apareceu um cara na porta, interrompendo a mulher. Ele quase teve um ataque quando me olhou. Eu tinha certeza que eu estava pior que um tomate.

Depois apareceu mais um cara que quase desmaiou também ao me ver.

Meninos. - ele disse entredentes, se segurando na porta.

Talvez eu não seja um tipo de pessoa que cause boas impressões nos adultos.

— Ma-mãe. Pa-pai. - Julia sorriu forçado para eles.

OS PAIS ERAM DA JULIA?! EU QUERO MORRER!

— Paaai. - Lohana disse, coçando a nuca. - Que surpresa ver vocês por aqui. Não deveriam vir tipo, daqui a um ou dois anos?

— Queríamos fazer uma surpresa. – a mãe de Julia não tirava seus olhos de mim. - Acho que vocês, Lohana e Julia, deveriam cuidar de seus pais que estão passando mal.

— O GAROTO ESTÁ PELADO! - um dos homens gritou.

— Estar pelado não é a mesma coisa que usar toalha – Lohana comentou, envergonhada.

— Alguém me segura, por favor! Vou ter uma convulsão! – O outro parecia que queria desmaiar.

Eu não podia ser mais azarado!

— Espera um momento. – a mulher ignorou os dois homens tendo um colapso. – Eu estou te reconhecendo. Vi seu rosto num outdoor a dois quarteirões atrás. Você não é aquele garoto famoso?

— Eu, ah, eu... - eu não sabia o que fazer naquele momento. Balbuciei um “boa tarde, é bom conhecer vocês.” e subi as escadas às pressas.


Notas Finais


Yaaaaay beautys! E aí, gostaram da primeira vez que os dois casalzinhos se olham com outros olhos? Eu estive pensando num nome pra eles. Justin+Julia é Juslia, fácil. Mas Lohana e Ben... Acho difícil ainda. Me ajudem, caso queiram ^-^

Até o próximo capítulo,
Com amor,
Camélia.


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