História Fate-Saint Rules: Heroic Desorder(Interativa) - O Mestre de Lancer! O Executor e a Dama de Cabelos Loiros!

Londres; Igreja “All Hallows By The Tower”

                Sim, a Igreja mais antiga de Londres preservada até hoje e uma das construções mais importantes da cidade, e local onde se encontrava o Juiz da próxima Guerra do Santo Graal, aquela que estava destinada para ter o pior final possível.

- Ruler... – O Padre de cabelos brancos chama pelo espírito enquanto estava ajoelhado no chão enfrente a imagem de Jesus cristo fazendo sinal de reza com suas mãos

                - Sim Dariu-san? – Joana aparece atrás do padre como um fantasma mas o padre por estar rezando continua estático em sua posição, sem se virar para encara a loira.

                - Você já descobriu quem são os sete magos escolhidos pelo Grall? – O Albino pergunta.

                - As visões me mostraram 4 deles, o primeiro mestre se instalou em Londres a cerca de dois meses, veio da Romênia para cá, o nome dele é Alaric, sucessor e representante da Família Yggdmillennia.

                - Então após anos nas sombras eles resolveram se mostrar novamente... E quanto aos outros magos?

                - Não possuo muitas informações sobre eles, mas eles são Eliot Toshiko, vem de uma família de magos especializados em Ilusões, Hanako Shōgakkō, sua família é especializada em magia elementar, mas são pouco conhecidos, e por ultimo Taiga Shintaro, e sobre ele só possuo a informação de que ele é um Executor e está aqui a pedido da Associação de magos.

                - Então eles decidiram mandar um de seus cães... Nunca imaginei que eles alguma vez iriam intervir em uma guerra... Bom, ótimo trabalho Joana, continue me deixando informado quando os outros três magos aparecerem certo?

                - Sim... Eeeh... Dariu-san... – Ela chama atenção daquele que deveria ser seu “mestre”, mas ainda um pouco insegura.

                - Diga Ruler – Ele dessa vez um pouco curioso com o tom de voz de Ruler para sua reza pela primeira vez durante toda a conversa e olha para sua Serva.

                - Então... Será que eu poderia me juntar ao senhor? – Dizia ela se referindo ao gesto de adoração a Deus que o padre fazia.

                - A vontade Joana D’Arc, todos são bem vindos para mostrar sua afeição por nosso senhor – Ele dizia de forma acolhedora para a guerreira – Ainda mais para você, que morreu crendo na fé e misericórdia de nosso Deus.

                - Certo – Ela sorri para o padre e se ajoelha ao lado dele encarando a mesma imagem que ele encarava a alguns momentos atrás, ambos fecham os olhos e começam com seu gesto de devoção ao seu tão amado e misericordioso Deus.

Seis meses antes

Las Vegas; Hotel “The Venetian”

                Las Vegas, ah tão conhecida Cidade do Pecado, onde surgiu o bom e velho ditado “O que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas”, e é nesse hotel de luxo, The Venetian, que se encontra Taiga Shintaro, um Executor, se você não sabe o que é isso... Bem, digamos que eles são magos que “se livrão do lixo”, são magos que matam outros magos considerados ruins, existem 3 tipos de executores, os que estão a mando do conselho mágico, os que servem a igreja, e os que são independentes, que trabalhão para quem paga mais e por acaso Taiga está classificado como o terceiro tipo. Já era de manhã na cidade, por volta das duas da tarde, Taiga estava em pé de frente à cama do seu quarto vestindo suas roupas, era um homem de 20 anos, cabelos vermelhos, olhos amarelos, ombros largos, alto e com um corpo escultural, um cara perfeito por assim dizer, e uma coisa curiosa, não sobre este homem, mas justamente no quarto, era que havia uma mulher muito bonita, de cabelos negros, olhos castanhos, pele clara, belas curvas e seios fartos, deitada na cama completamente sem roupas.

                - Você já está saindo? – Dizia ela acordando aos poucos com os raios de sol batendo em seu rosto – Não quer ficar mais um pouco? – Ela pergunta manhosa enquanto se levanta segurando as cobertas com seu braço cobrindo os seus seios e todo o resto do seu corpo.

                - Desculpe, eu até ficaria, mas tenho muitas coisas a fazer hoje, inclusive estou atrasado, então vou apenas terminar meu serviço aqui e pagar a conta do hotel – Ele fala já terminando de se vestir e olhando para toda a bagunça no quarto, edredons, travesseiros e garrafas de bebidas jogadas ao redor da cama.

                - Como assim serviço? – A garota pergunta.

                - Você me entendeu – O ruivo fala indo até o criado mudo ao lado da cama e pegando uma pistola que surpreende a garota – Isabelle L. Clark, Líder de um dos maiores Quartéis de Tráfico Humano está correto? Pegam pessoas inocentes e as vendem como mercadoria no mercado negro, incrível como atualmente este tipo de negócio faz sucesso, vários magos pagam bem para possuir cobaias humanas para experimentos ou para usar sua força vital para criar fontes de magia – Ele fala para garota com calma, mas diferente de outros executores que olhariam para a garota com frieza, ele a olhava com um olhar de arrogância e desprezo.

                - Tsc... Um executor, como me descobriu? Achei que estaria segura, consegui me esconder por 5 anos daquele maldito conselho e agora um simples executor consegue me achar – Ela fala em um tom de raiva e derrota em sua voz, não conseguia acreditar que um Executor havia lhe encontrado mesmo tendo conseguido manter seu disfarce por tanto tempo.

                - Bem, acho que é isso – O garoto engatilha a arma e aponta para a garota – Até que foi bem divertida nossa noite, mas agora acaba aqui – Ele fala abandonando aquele olhar de desprezo e ficando com uma feição um pouco mais calma.

                - Espere, mesmo se você me matar... Não vai resolver nada – Ela implora.

                - Talvez não, mas já é um bom começo – Sem enrolar muito ele puxa o gatilho e a arma dispara contra o peito da garota que não morre de imediato, o executor dispara mais duas vezes para finalizar, uma no peito e outra no pescoço da garota que morre ali mesmo banhando a cama, os lençóis e travesseiros com o vermelho de seu sangue.

                Ele então vai até sua mala, guarda sua arma e sai do quarto andando pelo luxuoso corredor do hotel até chegar ao elevador onde ele adentra assim que as portas se abrem e aperta o botão para descer até a recepção  e tudo isso na maior calma possível sem demonstrar culpa ou arrependimento pelo que acabará de fazer, afinal, ele só havia livrado o mundo de um grande mau, muito maior do que qualquer assassinato que já tenha feito alguma vez em sua vida.

                - Oi, eu vim entregar as chaves do meu quarto – O mago entrega às chaves a recepcionista que as pendura atrás de si junto de outras chaves.

                - O senhor gostaria de se tornar vitalício aqui no hotel The Venetian? Assim poderá receber desconto em suas próximas estadias – Ela fala.

                - Desculpe, mas talvez essa seja a ultima vez que eu venha para Las Vegas, só vim aqui a negócios mesmo então já sairei da cidade hoje, mas obrigado pela oferta – Ele sorri gentil pára a moça.

                - Entendo... – Ela olha algumas coisas em seu computador verificando documentos, a conta do sujeito de cabelos vermelhos e outras coisas a mais – Ok, está tudo, certo, obrigado por se hospedar conosco e tenha uma boa viagem senhor – Ela se despede do homem que já saia pela porta.

                Shintaro sai pela porta da frente do hotel calmamente mas acaba sendo parado pela luz do sol que fazia seus olhos arderem e sua cabeça doer, afinal ele não teve muito contato com o Sol desde que acordará, fora a ressaca que estava tentando esquecer, mas a dor de cabeça era mais forte.

                - Que sol infernal – Dizia colocando a mão a cima dos olhos para se proteger da luz.

“Zuuuuuummm”

            Seu celular começa a vibrar em seu bolso, alguém estava ligando para ele, então o assassino levou suas mãos ao bolso pegando o aparelho e atendendo a ligação.

                - Alo?

                - Shintaro, já terminou o serviço? –Perguntava o homem no outro lado da linha

                - Sim velho Carter, terminei.

                - Está atrasado, era para ter eliminado seu alvo ontem à noite – O velho homem diz irritado

                - Desculpe, mas houve alguns... “Imprevistos” – Fala se lembrando das “brincadeiras” de sua noite anterior.

                - Imprevistos? Você estava era se embebedando, não foi pra isso que o conselho te contratou.

                - Fica quieto um pouco, por favor! Eu já eliminei o alvo, ponto, não precisa ficar fazendo drama só porque eu demorei um pouco mais para executa – lá, se não fosse por mim vocês ainda estariam a procura dela, então se ponha no seu lugar pois quem está em Las Vegas com uma puta ressaca para finalizar uma única pessoa sou eu, e não você! – Shintaro fala elevando sua voz.

                - Hump... que seja, você... – Antes o homem por trás da linha fala-se algo se ouve um barulho estranho pelo telefone, como o telefone estivesse sendo balançado ou algo do tipo, até daria a impressão errada no ruivo achando que estivesse acontecendo alguma confusão ou briga.

                - Larga isso, eu ainda não terminei de falar com ele – O garoto ouve a voz de Carter atrás da linha, parecia que ele estava discutindo com alguém.

                - Não tenho tempo ou paciência para esperar você dar suas broncas nele, me de logo esse telefone – Uma voz raivosa ecoa do outro lado do telefone, o homem que brigava com o tal de Carter pelo outro lado do telefone parecia tão nervoso quanto o próprio “velho do telefone”, os barulhos e gritos dos dois continuam por alguns segundos até se fazer silencio total.

                - Taiga, você ainda está ai? – O outro homem pergunta, aparentemente foi ele quem ganhou a disputa pelo telefone.

                - Sim, senhor Darwin, ainda estou aqui – Dizia ele com uma gota na cabeça.

                - Ah! Ótimo, ótimo, desculpe por esse pequeno “contra tempo”, mas eu preciso de mais um favor seu, poderia, por favor, voltar para a torre do relógio? – Dizia ele com uma voz muito mais calma do que quando brigava com Carter.

                - O que!? Mas eu já ia voltar para Tokyo, até comprei minhas passagens – Ele explica frustrado com a situação.

                - Acredite você será bem pago – Ele explica.

                - Bem pago hum... Bom eu meio que não faço isso por dinheiro senhor Darwin, então eu acho que não vai rolar, estou cansado, de ressaca e só de pensar em mais trabalho minha cabeça começa a doer – Ele finge uma estranha voz de “doente”, como se estivesse fingindo passar mal.

                - Eu lhe imploro senhor Taiga, Você é um dos poucos que podem realizar esse trabalho, em troca daremos o que você quiser que esteja no nosso alcance – Ele diz praticamente implorando pelo telefone.

                - ta-ta não precisa implorar, eu aceito o trabalho, discutiremos o meu pagamento quando eu chegar ai.

                - Obrigado senhor Taiga, estaremos o aguardando o seu retorno – Taiga desliga o celular e o guarda em seu bolso novamente, então ele estende a mão em posição de “joinha” em direção a rua e um taxi para bem do seu lado.

                - Para onde vai senhor? – O taxista pergunta.

                - Para o Aeroporto, e vamos rápido que estou meio com pressa – Ele praticamente joga sua mala no bando de trás do carro e entra logo em seguida, sem cautela alguma.

                - Mas isso... Não é muito longe daqui?

                Taiga olha diretamente nos olhos do homem, suas pupilas de cor âmbar começam a brilhar e ele sita as seguintes palavras...

                - Não tem problema algum... Certo? – Ele pergunta e o homem olha para ele com um olhar vazio, como se estivesse em transe.

                - Não... Tem... Problema... Algum... – O taxista repete já estando sobe o aparente controle mental do jovem.

                - Muito bem, agora me leve até o Aeroporto – Ele fecha a porta do Taxi e o homem no volante pisa fundo indo em direção ao destino desejado.

                O veiculo chega no aeroporto em cerca de uma hora, o mago executor desce do veiculo com sua mala e entrega o dinheiro pro moço que já saia de seu transe.

                - O-o que estou fazendo aqui? – O motorista pergunta.

                - Ué? Você não lembra? Você me trouxe até o aeroporto como pedi, toma, aqui está o dinheiro pela corrida – O jovem entrega o dinheiro para o homem que ainda meio confuso e sem entender pega o dinheiro e da partida no carro saindo dali de imediato – Parando pra pensar... Acho que eu não precisava utilizar magia de controle para ele me trazer até aqui... Ah, deixa pra lá, vou apenas fingir que foi culpa da dor de cabeça – Ele fala indo em direção ao aeroporto.

                Kiba entrou no aeroporto já indo até a recepção para comprar uma passagem para Londres, mas é interrompido pelo que parecia ser um tipo de segurança.

                - o Senhor seria Taiga Shintaro? O senhor Darwin nos mandou aqui para levá-lo – O homem alto de terno e gravata fala.

                - “Tsc, maldito velho, ele já sabia que eu iria concordar”, tudo bem, vamos logo, estamos sem tempo a perder certo?

                Os dois seguem por um caminho alternativo indo até a pista de pouco dos Aviões e chegando lá eles se deparam um jatinho, bem chique por sinal, os dois entram e o Assassino se depara com uma moça, loira de cabelos longos, seios fartos e curvas estruturais, e ela estava vestindo roupas elegantes de cor branca, uma camisa de social de cor preta por baixo com um decote que permitia ver seu busto perfeitamente e uma saia que dava uma bela visão de suas coxas torneadas e um salto alto de cor preto, era sem sombra de duvidas uma belíssima mulher.

                - Quem diria, o avião vem com um pequeno brinde, aquele velho quer mesmo que eu entre nessa missão hehe – Ele brinca com a situação já sentando no acento enfrente a moça – Mas então, você costuma vir muito para Las Vegas de jatinho ou você quis passar uma boa impressão pra mim? – Ele continua brincando com a loira que apenas ria timidamente das brincadeiras dele.

                - Na verdade estou aqui porque aparentemente eu sou a sua “parceira” neste trabalho, prazer eu sou Danielle Courtney, mas pode me chamar de Dani se preferir – Ela sorri gentilmente para o rapaz.

O avião já estava a decolar enquanto ambos conversavam, mas o mago nem se importou, estava um pouco curioso sobre a loira que encontrara no avião que o levaria para Londres.

                - Curioso, seu nome é Francês, mas você parece ser alemã, está usando um nome falso por acaso? – Ele pergunta.

                - Você está certo, sou alemã, mas esse é realmente meu nome verdadeiro – Ela sorri – É que meu pai é Alemão e minha mãe é Francesa.

                - Entendi, bem, então acho que preciso me apresentar, meu nome é...

                - Taiga Shintaro,20 anos, Japonês, nasceu em Tokyo, se matriculou na torre do relógio aos 16 e largou os estudos após a morte do pai, e logo depois de viajar pelo mundo e hoje trabalha como um Assassino de magos – Ela o interrompe.

                - Wow, você por acaso é uma Stalker? – Ele ri.

                - Bom como eu disse antes eu sou sua parceira nessa missão, então nada mais justo que eu saiba com quem eu estou trabalhando, correto?

                - Justo, mas já que você é a espertinha, me diga, qual a cor da cueca que estou usando – Ele diz com um olhar um pouco malicioso.

                - hahahahaha – Ela solta uma gargalhada – Óbvio que eu não saberia uma coisa dessas, até porque obviamente nos registros não falam a cor da cueca que você usa certo?

                - Pode até ser, mas nem sempre os registros dizem tudo sobre uma pessoa, as vezes as expressões faciais  dizem muito sobre uma pessoa – Ele fala com um tom de arrogância em sua voz.

                - Ok então senhor sabichão, diga o que você consegue adivinhar pela minha “expressão facial” – Ela fala de forma convencida.

                - Vou fazer algo melhor que isso, lerei a sua mente – Ele fala.

                - Hum, pode tentar, essa magia só funciona em pessoas normais e magos inexperientes.

                - Acredite, lerei sua mente sem usar um pingo de magia, então imagine que sou um simples ilusionista ok?

                - Tudo bem senhor ilusionista, faça sua mágica – Ela continua ainda com seu tom arrogante.

                - Beleza, você mentiu sobre seus pais – Ele fala.

                - Como assim menti? – Ela fala um pouco nervosa, mas tentando não demonstrar – Meu pai é alemão e minha mãe francesa.

                - Não, nisso eu acredito, eu estou falando da parte em que você fala que eles “são”, o certo não seria “eram”? – Ele fala com uma sobrancelha levantada.

                -...

                - Seu pai... Não, sua mãe, ela morreu a algum tempo correto? Seu pai... Ele deve ter morrido logo depois dela correto? Eu podia até chutar que você aprendeu magia depois disso mas seria clichê demais, e uma pessoa pobre como você era nunca iria aprender magia sozinho, você teve alguém que te ajudou correto, provavelmente alguém da torre do relógio, o que explica você ser uma executora que os correspondem diretamente – Ele fala analisando cada detalhe das feições e expressões da mulher.

                - Como você...?

                - Espera... eu ainda não terminei... vamos ver, o seu sensei ou “lehrer”(Professor em Alemão), era um cara bem rico, deve ser de alguma família rica de magos, até me arrisco a dizer que é alguém do conselho, não só um mero membro da associação de magos, certo? – Ele olha confiante para o olhar dela que estava surpresa e nesse momento ele olhou para a Janela do Avião – Hum, nem percebi que decolamos, nosso papo estava bem interessante, até me fez esquecer as coisas ao meu redor.

                - c-como você sabe de tudo isso sem usar magia? Achei que toda essa coisa de “ilusionismo” era uma mentira, como adivinhou tudo isso? – Ela pergunta.

                - Bem, eu já disse que as expressões faciais, corporais e tom de voz revelam muito da pessoa e por acaso eu sou um cara bem observador como você pode perceber, você me deu a dica quando falou de seus pais, percebi certo desconforto em falar com eles pois na hora você apertou seus dedos por baixo da mesa.

                - E como você poderia ter percebido uma coisa dessas se você estava olhando para mim o tempo todo?

                - Observando oras – Ele aponta para a janela – Aproveitei o reflexo e o celular em minhas mãos para tal – Ele mostra o celular -  Sobre as coisas como o seu sensei e a torre do relógio eu percebi pelo seu jeito, Assassinos de aluguel ou Executores da igreja não possui esse seu “jeito especial de ser”, isso é algo que faz mais ao estilo de um mago da Associação, fora que mercenários como eu de fora não tem acesso a esses documentos que você falou de mim, e a parte de ser pobre, bem, devo admitir que foi um chute, imaginei que uma criança sozinha não poderia se sustentar, e esse seu jeito de esbanjar beleza lembra o dessas pessoas pobres azaradas que deram sorte na vida, que passaram a gastar seu dinheiro com coisas que não tinham – Ele diz tudo em tom de arrogância e com uma feição vitoriosa, mas não é pra menos, conseguiu adivinhar toda a vida de uma garota, e de quebra, surpreende-la – Mas devo admitir, o seu jeito cético em relação a minhas habilidades de de observação foi o que de certa forma facilitaram isso pra mim hehe.

                A loira escutava cada palavra com espanto, em todos esses anos de trabalho não tinha encontrado alguém assim, alguém que repara-se em cada detalhe, que não depende-se apenas de sua magia para realizar algo, o seu jeito cético de ser impedia que ela acredita-se na arte do ilusionismo, na arte da enganação, e foi isso que a entregou para Taiga.

                - D-devo admitir, e-estou impressionada, eu tinha duvidas em relação a você, mas agora já sei por que o velho Darwin lhe confiou esse trabalho – Ela fala demonstrando respeito pelo rapaz.

                - Obrigado, ah, mais uma coisa, a cor da sua calcinha é preta não é? – Ele fala com um sorriso pervertido.

                A loira depois desse ultimo comentário teve toda sua confiança de antes jogada fora, havia sido completamente derrotada nesse “duelo”.

                - P-P-PERVERTIDO!!! – Ela grita irritada com o garoto que apenas ri.

                - Não precisa ficar desse jeito, se quiser eu te falo a cor da minha cueca hahaha – Ele brinca com a loira que já estava muito vermelha com o comentário da calcinha, mas agora ela já estava como um pimentão.

9 horas e 20 minutos depois

Londres; Aeroporto “London Heathrow”

                A viagem dos dois durou cerca de algumas horas, aproximadamente 9 horas e alguns minutos, mas não estava tão tarde considerando o fuso-horário, Danielle estava evitando falar com Taiga por quase a viagem inteira e ambos desde o “incidente” com a calcinha da garota ela ficou com um pouco de raiva do garoto e passou a ignorá-lo trocando apenas algumas curtas palavras, e isso continuava até mesmo na chegada quando os dois foram recebidos por uma limusine que os esperava, os dois ainda sem se falarem entraram no carro preto que deu partida.

                - Você está tão irritada por causa de uma calcinha? – O garoto tenta quebrar o gelo.

                - Você só foi perceber isso depois de 9 horas de vôo? – Ela fala irônica ainda sem olhar para ele.

                - Me de um desconto, eu dormi depois das primeiras 3 horas após decolarmos – Ele diz com uma gota na cabeça – Mas se você está tão chateada com isso eu peço desculpas, eu posso ter exagerado um pouco – Ele diz tentando se desculpar.

                - Idiota...

                - Ah, ok, vou deixar você se recuperar um pouco, mas depois terá que aceitar minhas desculpas.

                - Hum, como se eu...

                - PROMETA, por favor – Ele fala estendendo o dedo mindinho para ela.

                - T-tá bom, eu prometo – Ela fala um pouco constrangida por fazer jura de dedinhos com alguém, nem mesmo ela estava entendendo o motivo de estar daquele jeito porque alguém viu sua calcinha, já passou por coisas piores em sua vida, mas aquele garoto era diferente de qualquer coisa que ela já tenha visto.

                Antes que eles pudessem dizer mais alguma coisa o carro parou.

                - Vocês já podem descer o senhor Darwin os espera em sua sala – O segurança abre a porta para eles saírem do carro preto e ambos se dirigem para dentro da torre do relógio, local onde se encontrava o Conselho de Magia e a maior escola de magos do mundo, talvez seja até mesmo a única, de tão importante que esse lugar era.

Londres; Torre do Relógio (“Big Bang”)

                A estranha dupla anda pelos corredores, só que mesmo estando no mesmo lugar seus sentimentos em relação a ele eram bem diferentes, Para Taiga era mais uma sensação de Nostalgia, não entrava nesse lugar desde seus 18 anos, e mesmo que já tenha feito inúmeros trabalhos para o conselho ele nunca fora chamado para ir até o lugar, o que mostrava que obviamente essa sua missão não seria qualquer uma, e dando um pouco de atenção para Danielle, seus sentimentos não eram tão profundos como os de Taiga, a mulher já estivera por todos os lugares dessa torre, andar por todos esses corredores era mais que normal para ela.

                - Bom, é aqui... quem diria que um dia eu iria me encontrar pessoalmente com o velho, o assunto deve ser sério – Ele fala encarando a porta.

                - Por que está enrolando tanto? Vamos entrar logo – A loira apenas vira a maçaneta e abre a porta, sem nem ao menos bater antes, sim, é um pouco falta de educação eu sei, mas acho que qualquer um ficaria de saco cheio por ter que viajar por mais de 9 horas só para encontrar um velho senhor enrugado não é?

                - Ó, vocês finalmente chegaram, e então... como foi a viagem de vocês? – Ele pergunta gentilmente.

                - Horrível, agora diga logo porque nos chamou aqui, tive que sair de Ottawa de ultima hora até Las Vegas, e de Las Vegas vim para cá, estou cansada, com sono e preciso de um banho, então melhor se apressar com isso – A alemã cruza os braços e fica encarando o homem com um olhar furioso.

                - Tudo bem, Tudo bem, eu explico, bem, vocês já ouviram os boatos sobre... a Sétima Guerra do Santo Graal? – Ele pergunta?

                - Que ela vai acontecer em Londres? Sim eu já ouvi falar, mas o que isso tem a ver com a gente? – Taiga fala.

                - Queremos que Vocês entrem no confronto e ganhem guerra.

                - Espera... OQUE?! – Os dois falam assustados com o pedido do velho.

                - Me desculpem por pedir isso, mas o conselho já não pode mais ficar calado em relação a toda essa guerra, nós ficamos investigamos o Graal nos últimos anos desde o final da Sexta Guerra, e achamos que o Santo Graal não deve existir mais pelo bem de todos nós magos e de toda a raça humana, pudemos observar o poder de destruição que aquele artefato... Não... Que aquela “coisa” possui, por isso eu lhes peço, entre no conflito e pare com essa Guerra o quanto antes. – Ele diz praticamente implorando para eles.

                - Mas porque justo nós dois? Não tinha mais ninguém para aceitar esse Trabalho Dani pergunta.

                - Não, nossos executores negaram o pedido e muitos executores que contratamos também recusaram e a Igreja está proibida de interferir nos assuntos da Guerra,vocês dois são os únicos que nos restam – Ele explica.

                - Tá, nós aceitamos – Taiga fala.

                - ESPERA O QUE?! Você não pode ir decidindo as coisas por mim desse jeito – Ela fala irritada com o ruivo.

                - Sério que você está disposta a sair daqui de mãos vazias mesmo tendo viajado mais de 10 horas para vir até aqui? – O Jovem questiona a garota.

                - Você é muito simplista, não estamos falando de qualquer trabalho, é a Guerra do Santo Graal, uma viagem de avião de 15 horas não é nada comparada a isso!

                - Aaahh, eu não vou discutir mais, se não quiser aceitar não aceite – Ele se vira para o tal Darwin – Eu aceito o trabalho, decidirei o pagamento depois, mas garanto que estará dentro do alcance da associação – Ele fala com seriedade com o homem de cabelos grisalhos – Agora se em da licença vou me retirar.

                - Espere! – O homem chama a atenção do garoto – Você tem 6 meses para se tornar um mestre entendeu?

                - Sim senhor.

                - E você também precisará disso – O Homem joga um pequeno saco com algum tipo de pó para o garoto que o abre e volta a encarar o velho.

                - Areia? – Taiga pergunta.

                - É um receptáculo poderoso para se invocar um servo, com isso você terá êxito na invocação de um poderoso herói.

                - Certo.

                Danielle assiste todo o final da conversa em silencio e o Executor sem muita demora e nem ao menor olhar para a loira, sai da sala com o saquinho com terra que o homem lhe entregou.

                - ESPERE TAIGA! – Ele houve a voz da loira lhe chamar e a vê correndo em sua direção.

                - O que foi?

                - Eu vou lhe ajudar – Ela se aproxima e o encara.

                - Você disse que não iria participar...

                - Não me leve a mal, não pretendo me tornar uma Mestra, não estou com muita vontade de morrer nessa guerra, mas isso não me impede de ajudá-lo correto?

                - Sim, más...

                - Sem “más”, vamos logo com isso, não to afim de enrolar muito por aqui, então vamos logo acabar com essa guerra ouviu.

                - Beleza!

                Os dois apertam as mãos naquele mesmo corredor colocando inicio a aliança provisória deles com o objetivo de acabar com a guerra, simples eu sei, mas logo as coisas ficariam mais interessantes.

Cinco meses depois

                Taiga e Danielle se encontravam no que pareciam ser ruínas, o lugar estava bem acabado, rachaduras pelas paredes, pedras por toda parte, musgo e grama crescendo por boa parte do local, tochas iluminando o espaço e um circulo mágico feito de sangue bem no meio, e o saquinho de areia colocado bem no meio do desenho.

                - É só isso? achei que seria mais complicado – Taiga fala.

                - Pelo que o livro diz é só isso, agora você precisa recitar as palavras de invocação do servo para que ele apareça – A moça explica.

                - Entendi, bom vamos ver... – Ele começa a dar uma rápida lida no livro – Ah, certo vamos lá! – Ele larga o livro no chão e estende sua mão direita, aquela que estava com a marca vermelha dos escolhidos pelo Graal, em direção ao desenho feito de sangue e recita as palavras - Legendary hero who once stepped on earth and conquered his space in history because of his great deeds, I beg you to stop being just a legend and return from the throne as an entity of absolute power!( Herói lendário que uma vez já pisou na terra e conquistou seu espaço na história devido ao seus grandes feitos, eu lhe peço que deixe de ser apenas uma lenda e retorne do trono como uma entidade de poder absoluto!)

                O Circulo brilha conforme ele recita as palavras em voz alta, as pedras e o chão começam a tremer, as tochas se movem como se estivessem sendo sopradas pelo vento forte de uma tempestade, as rachaduras nas paredes começam a aumentar de tamanho gradualmente, Danielle e Taiga encaram a situação ignorando completamente seus medos afim de querer invocar o servo que os ajudaria no conflito, e assim foi, o circulo brilhou mais do que qualquer tocha que estivesse acesa mas o clarão dura por apenas alguns segundos, e quando os dois abrem os olhos para observar o que tinham acontecido eles encontram um homem de pé no meio do circulo, ele usava roupas brancas e largas, não tinha calçados e seus cabelos eram compridos e de coloração verde assim como as folhas das arvores durante o verão.

                - Olá mestre, eu sou o servo da classe Lancer - Ele diz com extrema gentileza em sua voz – Meu nome... É Enkidu – O Servo diz sorrindo para ambos.

 

Continua...