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História FateDark Soul - Confusões na Guerra do Santo Graal - parte II


Escrita por: vccotrim

Notas do Autor


Boa noite.
GENTE, ME DESCULPA DE VERDADE POR TODA ESSA DEMORA, EU JURO QUE NÃO FOI PROPOSITAL E NEM PENSEI EM ABANDONAR A FANFIC! Mas houveram alguns probelmas pessoais, muitos mesmo, e acabou que eu fiquei muito tempo sem fazer nada totalmente desanimado, e como queria terminar a luta antes de postar esse capítulo, tudo se atrasou mais ainda. Desculpas, de verdade. Vou tentar ser mais pontual com a postagem dos capítulos, juro.
Mas bem, o que estão achando da luta? Legal? Ruim? Essa batalha vai ser importante para algumas coisas no futuro.
Boa leitura.

Capítulo 5 - Confusões na Guerra do Santo Graal - parte II


- Diarmuid, por favor, afaste-se. 

Foi um prévio aviso a seu parceiro. A flecha prateada estava engatada no arco desde o começo da batalha, mas vendo que não chegariam a lugar nenhum entre eles, estava na hora de intervir, e agora tencionava o arco pela primeira vez após séculos adormecido, esperando uma chance para finalmente lutar novamente com seu parceiro que ajudou a definir o futuro da sua nação quando o império Persa ainda se mantinha firme e forte, tomando para si várias nações e expandindo seu território. Quando seus dedos soltaram a flecha, sentiu uma nostalgia, suas lembranças o atacaram com imagens da sua antiga vida, quando lutando pelo seu povo que estava sendo invadido pelos turcos, e viu o estrago que ela causou ao se chocar contra o asfalto.  

Fora impressionante a reação dos inimigos ao ataque. Saber Negro desviou ao notar a reação de Diarmuid, e o herói Ájax, como mostrara antes, pressentiu o ataque e esquivou. Logo outra flecha choveu sobre as cabeças de Saber e Ájax, então outra e outra, e logo uma saraivada os perseguia determinadas a encontrar seus corações. Saber seguia sem se preocupar com os ataques, as flechas nem arranhavam sua pele, e Ájax, quando não disposto para correr, erguia seu escudo que já parecia uma taboa de tiro ao alvo com tanta flecha cravada em sua superfície. 

- Isso é tudo que pode fazer, Archer!? – Ájax provocou, arrancando um sorriso afiado do arqueiro persa, que aprontou outra chuva de flechas. 

“Diarmuid, avance contra Saber e Lancer Bronze. Quando eu atirar, ataque por trás.” – avisou Archer. 

“Entendido” – respondeu-o. 

Era uma estratégia simples e que resolveria o problema deles, será como matar dois coelhos com uma cajadada. Archer dispararia outra saraivada contra os inimigos, que estariam ocupados desviando do ataque, e quando Diarmuid avançasse, não poderiam reagir, se dessem as costas para um estariam expostos para outro, o abate seria inevitável. Sozinhos, estão encurralados. Nessa guerra, não estar lutando com sua dupla era estar pedindo para ser morto. 

“Espero que esteja preparado, Ájax!” – bradou Archer em pensamento, soltando a flecha que seria o estopim da morte dele. 

A ponta da flecha brilhou em vermelho enquanto seguia seu curso, dando o sinal para Diarmuid, que avançou junto, atacando pelas costas. Ájax lançou um olhar de rabo de olho para trás, estava ciente da flecha e das outras que a seguiam, e agora percebia o movimento da segunda peça da investida. Rapidamente, seu cérebro processou a informação – analisou, prontificou e admirou como o trabalho em equipe do arqueiro desconhecido e Diarmuid fluía, dois que agem como um. Mas havia uma variante no plano que eles não previram. Enquanto Saber Negro mantinha-se esperando as flechas, Ájax assumiu a defesa da retaguarda, pronto para contra-atacar, surpreendendo a todos.

 

Como alguém pode ajudar o inimigo!? Uma ideia absurda! Você está ajudando aquele que tem como propósito te eliminar sem pensar duas vezes, que está pronto para lhe tomar a vitória sem piedade e cravar uma lâmina no seu coração para lhe arrancar a vida. Nem mesmo sua Mestra entendia o que ele estava fazendo, ia contra tudo que ele havia jurado, talvez não estivesse errada sobre usar um Selo para fazê-lo dobrar os joelhos diante da autoridade dela, deveria ter feito naquele momento, mas já era tarde, sabia que iria atrapalhar caso interferir. 

“Idiota” – pensou ao ver Ájax assumindo a defensiva de Saber.  

Mesmo quando na guerra de Tróia agia da mesma maneira, não importava se era inimigo ou amigo, ele apoiava, elogiava e o louvava como se fossem amigos participando de um simples jogo. Na luta contra seu irmão Hector, ele não o tomou como inimigo no fim, o homem que fora capaz de empatar com ele e seguir por todo dia até o anoitecer sem bobear, o homem que o derrotou com a ajuda de Zeus para destruir os navios gregos, fora o mesmo homem que o fizera se desentender com Aquiles, a mesma pessoa que ajudou a convencer Aquiles a devolver o corpo humilhado do príncipe troiano ao seu pai para ter um enterro justo. Para Ájax, não importava se era amigo ou inimigo, ele tratava todos como iguais. 

Páris soltou as flechas. Os projéteis dourados se chocaram contra os vermelhos, eliminando o ataque inimigo, permitindo então que Ájax pudesse avançar contra Diarmuid. 

O Archer inimigo disparou novamente, dessa vez contra Páris, que respondeu sem medo. Em seu tempo fora o maior arqueiro de toda guerra com uma mira impecável, podendo disparar a longas distancias e acertar em cheio o alvo sem problemas, tendo sido presenteado pelo próprio deus do arco, Apolo, que o ajudou a matar Aquiles acertando uma das flechas divinas em seu calcanhar. 

 

Archer Vermelho ficou surpreso com a interferência do outro arqueiro, estava tão absorto na luta, pronto para dar assistência a Diarmuid, que foi falho em deixar um inimigo passar despercebido, e um inimigo de grande habilidade, não deixando escapar nenhuma das suas flechas. A habilidade o impressionou, nunca vira alguém com tamanha maestria com a arte do arco entre seus companheiros. 

“Vamos começar nossa própria, guerra!” 

Mais uma flecha armada no arco, que fora tencionado e pronto para dispara, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, um alerta se acendeu e voltou-se para a razão do calafrio, disparando sem piedade. O garoto desviou com incrível rapidez, como fizera em relação as seguintes flechas, então as rebatendo com sua longa lança e seguindo adiante sem medo, mesmo quando uma passou abrindo um talho em seu ombro. Archer Vermelho tentou se distanciar, atirando enquanto se movimentava, acreditando que poderia assim assustar o garoto que perseguia ensandecido, sem mostrar sinais de que a chuva infinita de flechas o afastaria. 

Os momentos seguintes pareceram se desenrolar em câmera lenta. 

O garoto, evidentemente sendo um Servo da classe Berserker, cravou os pés no chão e tomou impulso, parecia um foguete, um meteoro que entrou na atmosfera terrestre e seguia impiedoso pronto para matar. Quando percebeu, seus olhos estavam frente a frente, poucos centímetros de distância, e não havia nada que ele pudesse fazer para impedir, só pode se conformar com a lança rubra o atravessando e, sem pudor, o sendo lançado para o meio do campo em que Ájax, Diarmuid e Saber Negro se enfrentavam. E não parou por aí. 

Berserker continuou avançando por sobre os prédios com uma velocidade incrível, parecia um raio, um clarão que surgia do nada e quando se percebia apenas o rastro do desastre provava sua existência, e assim continuou mergulhando no vazio do pátio entre as edificação, sua silhueta escura marcada pela luz prateada da lua, mas ainda era possível ver em seu rosto destacados um sorriso selvagem e olhos vermelhos como sangue desejando a vida do alvo em sua mira, o segundo arqueiro da guerra, Páris. 

A lança vermelha fora liberada como projétil de uma metralhadora que dispara impiedosamente. Páris teve como reação nos poucos segundos desviar a lança com suas flechas, mas não foram de grande ajuda, pois estas apenas serviram para mudar o curso da arma, desviando o alvo do seu coração para a coxa direita. A lança atravessou de uma ponta a outra, rasgando a carne e prendendo o jovem príncipe, o mergulhando em uma onda de dor e agonia, uma pressa abatida com sucesso, assim que o Berserker mergulhado em frenesi enxergava. 

Como anteriormente, ali estava Berserker parecendo surgir do nada encarando com uma expressão demoníaca, pronto para o abate. 

Sem dó, envolveu o corpo da lança com seus dedos e a puxou, provocando outra onda de dor. Da ponta pingava o sangue de Páris misturado do Archer Vermelho, a lança parecia tirar sua energia vital daquela mistura passando para seu portador o desejo por carnificina, dando aquele ar lunático a ele, mas na verdade era o contrário, ele que passava para a lança o desejo de matar impiedosamente e se banhar no sangue rival. Não se poderia esperar nada menos do que um Espírito Heroico da classe dos ensandecidos. Então, preparou-se para mais um golpe, seria um golpe direito em linha reta. 

- Te peguei! – comemorou o garoto de cabelos compridos preso em um rabo de cavalo. 

E a pouco centímetros do seu rosto, a lança parou, interrompida por uma longa espada prateada. Saber Negro chegara ao resgate da dupla, agora Berserker encontrara um oponente a altura, que exigia bastante dele. Saber conseguia acompanhar seus movimentos sem vacilar, não conseguia pegá-lo desprevenido, e agora ele passava a assumir a defensiva, Saber não reagia a todos golpes, continuava a atacar e afastá-lo de Archer Dourado, além de procurar feri-lo, o que estava conseguindo com alguns golpes que a acabavam pegando de raspão. Berserker acabou não vendo outra alternativa sem ser se afastar e acabar no pátio em que os três Servos se enfrentavam, cercado pelos mesmo. Saber Negro, Lancer Verde e Lancer Bronze. Archer Vermelho havia sido recolocado escorado em uma esquina a uma distância segura com Lancer Bronze assumindo a defesa, e sua determinação não permitiria falhas. 

- Está cercado, Berserker – anunciou Ájax. – A não ser que esteja preparado para nos enfrentar, saía imediatamente. Nenhum de nós o seguiremos, o deixaremos em paz até a próxima luta, tenha nossas palavras como garantia, não iremos trair o combinado. 

Berserker não respondeu, pôs-se a atacar novamente, movido pelo frenesi da batalha, avançando contra Ájax tentando ir atrás do Archer Vermelho para finalizá-lo, porém impelido pelo grego. Berserker era implacável, mas parecia perdido sobre quem atacar, era uma máquina de lutar desregulada, atacando sem direção, uma ora contra Saber Negro, outra contra Diarmuid e, quando parecendo se lembrar do seu propósito, atacando Ájax. Era impressionante, parecia uma bala perdida ricocheteando até finalmente cumprir seu objetivo matando alguém, e seu estilho de luta era impecável, não abria brechas. Eram obrigados a reconhecer que aquele invocado na classe dos loucos era um guerreiro de primeira, fora importante para seu povo, com certeza, e agora mostrava sua importância cegado pela loucura. Ou poderiam chamar seu estado de loucura? 

- Archer, por favor, se desmaterialize! – pediu Ájax fazendo com que sua voz fosse escutada acima do som das armas se chocando. 

Archer Vermelho ainda estava escorado, se recuperando do choque do ferimento que cicatrizava. Apesar do apoio do Mestre fornecendo magia para acelerar a cura, fora um golpe grave que sofrera que exigiu muito das suas forças para se manter. Na verdade, o que ele sentiu não uma perfuração, pareceu que foram várias perfurações, um ataque rápido o suficiente para não ser percebido quebrando todas as barreiras da lei da física. Quem quer que fosse Berserker Azul, era alguém perigoso, e como Servo deveria manter sua palavra ao seu Mestre e ajudar como podia com suas flechas, mas sabia que Ájax estava certo, ele não seria útil por hora, assim como o segundo Archer também não. E igual sua dupla de classe, tomou a forma espiritual se lamentando por ter deixado o campo de batalha tão cedo. Não havia ninguém capaz de para o garoto selvagem senão os três cavaleiros que o seguravam, estava ciente, e tudo que poderia fazer agora era rezar aos deuses para que os ajudassem a vencer esse monstro. 

- Cuidado! – alertou Ájax, se jogando para trás para desviar de um outro ataque. Esse, por sua vez, não fora desferido pelo inimigo atual, mas um novo. 

A noiva surgiu no céu escuro e caiu como uma flor delicada, seu vestido branco e a delicadeza da jovem que atacava o lembrou um botão de uma rosa branca se abrindo, estava conhecendo o mundo que a receberia, não tinha conhecimento sobre ele e nem o mundo sobre ela, era uma criatura sozinha que ainda iria descobrir seu lugar e ainda teria sua interação com a vida. Todavia, sua arma não era de alguém indefeso, nem as habilidades dela. Da bola de ferro da sua maça, saiam raios de tom esverdeado, acertando com tudo quem estava em seu caminho, e por sorte Berserker Azul não se importou em desviar, recebendo a poderosa descarga que imobilizou seus músculos e começou a cozinhar sua carne, mas durou tempo suficiente para derrubá-lo. 

O monstro sedento por sangue voltou a ser uma criança ao cair no chão, dele saía fumaça e sua pele tinha alguns pontos queimados. A noiva levantou sua maça novamente, estava pronta para esmagar o crânio do garoto. A grande bola de ferro descreveu um arco ao ser movido de cima pra baixo, mas, no último minuto, o garoto desviou e tomou uma distância razoável. Não conseguia ficar de pé, precisava se apoiar na lança, por seu corpo ainda corria parte da eletricidade recebida. 

- Qual é!? Outro Servo!? – reclamou Ájax. Não que não estivesse gostando de lutar, contudo, tornou-se irritante as interferências. E pelo jeito, a nova oponente era o segundo Berserker invocado na guerra. Berserker Branco. 

- Assassin, mais alguém? – perguntou ao seu parceiro, e a resposta recebida apenas confirmou o que ele esperava. 

- Sim, um homem montado em um cavalo alado – detalhou. – Está vindo por cima. Não posso confirmar sua identidade, porém creio que tu sejas mais sucedido nesse quesito. 

Logo a tal figura surgiu. Era um homem por volta da mesma idade que Ájax, ruivo e tinha o porte de um verdadeiro cavalariço, não usava rédeas ou sela, mantinha-se firme sobre o cavalo e o guiava pela crina – ou nem pela crina, o cavalo e seu senhor pareciam um só. O cavalo alado era bem comum para Ájax, não fora difícil o reconhecer, era a besta divina mais famosa em toda a Grécia, aquela que nasceu da cabeça decapitada da terrível górgona Medusa após ser morta por Perseu. Sua identidade não demorou a ser revelada, o único que conseguiu domar tal criatura em suas aventuras no avanço contra a terrível criatura conhecida como quimera. Seu nome, Beleforonte, um dos heróis favorito dos deuses. 

O silêncio no campo voltou a se formar, todos se encararam mais uma vez, uma nova situação impossível se formava. Quanto tempo se manteriam quietos até alguém fazer o primeiro movimento e estourar o barril de pólvora mais uma vez? Ájax logo arrumou uma solução, todas as peças finalmente se encaixaram. Como todo plano, na verdade, precisava da colaboração de todos para dar certo, e para conseguir isso precisava da ajuda de Saber Negro e Diarmuid, além de envolver uma embosca usando seus parceiros, o que poderia fazer com que ambos dessem para trás. 

Saber Negro se aproximou por sua direita, Diarmuid, pela esquerda. Ambos notaram o olhar de Ájax, sabiam que a situação exigira um plano e eles também montavam seus quebra-cabeças. 

- Qual é o plano? – sussurrou Diarmuid. 

- Se for o que estou pensando, estou de acordo – comentou Saber, e Ájax sentiu que ambos tiveram o mesmo raciocínio. 

Diarmuid tinha uma lança que cancelava qualquer fonte de mana, e os raios de Berserker Branca dependiam de uma fonte de mana que se concentrava na ponta da maça. Não havia conhecimento maior sobre essa mana acumulada e o que era possível de Berserker fazer com essa mana, mas não havia como descobrir por hora, porém Diarmuid era sua nêmese por hora e contariam com isso. Ájax, que conhecia mais sobre o mito do Pégaso e Beleforonte, deveria cuidar dele. Beleforonte tinha a vantagem dos ares, mas Ájax era a única opção viável para lidar com ele, pois Saber precisaria conter Berserker Azul que estava se recuperando e poderia se descontrolar em campo novamente, e ele era o melhor para lidar com esse destempero com sua invencibilidade. 

Estando esta parte entendida de antemão, Ájax explicou o resto. 

- Diarmuid, atraía Berserker para dentro um espaço mais amplo, o depósito de vagões, Caster o estará esperando. O Noble Phantasm dele será o suficiente para neutralizar Berserker Branca. Não há razões para confiar em mim, não deixamos de ser inimigos, mas lhe dou minha palavra de que ele não o envolverá na alucinação. 

- Ei, não tenho motivos para duvidar de ti, és um homem de palavra. E... – deixou no ar o resto da sentença, mas Ájax sabia ao que se referia. Não são todos que protegem seu inimigo por livre e espontânea vontade como ele fizera. 

Ájax sorriu grato. Ao olhar para Saber, que sorria agradecido e moveu a cabeça em concordância, sentiu que seu plano ocorreria sem falha. Por dentro provou novamente a sensação de estar em uma guerra com situações impossíveis que precisavam de um plano mais impossível ainda para ser superada, e agora não contava somente com seus companheiros, mas também aqueles que deviam ser seus inimigos. Suas energias recarregaram, estava finalmente pronto para agir de verdade. 

- Terminaram com a fofoca, vovós? – provocou Beleforonte sorrindo desafiador do alto do seu fiel corcel. 

- Terminamos, pirralho – Ájax entrou no tom. 

Então o plano entrou em ação. 

Diarmuid avançou contra Berserker Branco e Beleforonte aprontou-se para pará-lo, e Ájax o bloqueou. Não era uma tarefa fácil, mas se saiu bem conseguindo passar por cima do cavalo e mirar a lança para Beleforonte, o fazendo recuar imediatamente, e o movimento acabou assustando o cavalo por alguns segundos, o que exigiu do Espírito Heroico da montaria, Rider, desviar sua atenção para acalmar o Pégaso. Ájax aproveitou a brecha, e continuou assustando o cavalo novamente e obrigando Rider a se afastar mais e mais. 

Quando Berserker Azul deu sinal de vida outra vez, Saber agiu sem pensar duas vezes, seguindo com o plano e segurando o garoto. Para ele não era novidade que alguém depositasse suas esperanças nele e esperasse que ele realizasse seu desejo, passara por isso em sua vida, e fora isso que levou a sua ruína, mas não importava na situação atual. Ele também agia por si, e agia por outro que dependia dele e ele o iria ajudar como estava fazendo desde a hora que respondeu o chamado da invocação. 

 

Os Mestres encararam atordoados a nova batalha que se iniciava. Não era mais somente uma luta entre eles, nem a breve intervenção de um Berserker sedento por luta, e sim a chegada de uma nova dupla, esta mais forte e preparada, e com certeza estava acompanhada de seu Mestre. 

- Mestra! – gritou Sanson em sua mente, alertando sobre o perigo. 

Íris tentou voltar sua atenção para suas costas, mas alguém a empurrara e agora caía contra o asfalto frio e velho. Uma barreira invisível segurou a marreta quadricular que estava para esmagar as cabeças de ambos os magos, porém, não demorou a rachar e se desfazer, mas cumprira seu papel de evitar o golpe e dar chance para Íris e Heiko se recuperaram e observar o inimigo que atacava como um animal selvagem, surgindo das sombras e estendendo suas garras. 

- Não são tão molengas quanto imaginei – zombou a garota, deixando a marreta cair a sua frente, afundando sem dificuldade no asfalto, e apoiou-se sobre. 

Íris e Heiko a encararam. Heiko queria entender com que tamanha felicidade a garota rompeu sua barreira. Magia rúnica é única e uma das mais antigas que ainda resistiam, elas carregam consigo a própria origem dos seus significados, é tida como uma das magias mais poderosas do mundo atual por carregar o poder da Era dos Deuses. E ali estava uma pessoa que rompeu seu escudo com facilidade. Nessa hora um choque gelado correu por sua espinha e criou um vazio no seu estomago, por aquela pequena fração de segundos sentiu o peso da morte e a quebra da promessa que fizera aos seus irmãozinhos. 

“Habermas, Gertrude...” – pensou desolado. 

Porém, logo afastou esses pensamentos, precisava se manter firme e sabia que para colaborar com a garota ao seu lado precisava estar concentrado. Íris manteve a mesma pose, sentiu medo, mas precisava se manter firme, Lewis a esperava e ela prometera o proteger por toda a guerra. Se morrerem ali, estarão quebrando suas promessas e abandonando as pessoas que mais eram importantes para eles. 

Os circuitos mágicos de ambos se acenderam, arrancando apenas risadas da inimiga. Ela não os lavava a sério, nem mesmo os reconhecia como magos, eram insetos que precisavam serem esmagados. Ela era mais forte, mais rápida, tinha um trunfo que iria contra todas as expectativas deles. Na verdade, sua arma, a marreta, era sua garantia de vitória, nenhum mago podia com aquela arma, seu mecanismo era a nêmese de todos os magos e eles não conseguiam entender essa ideia tão simples. Desde que começou, ela sabia que iria vencer, seria fácil eliminar todos os Mestres e por consequência os Servos. Beleforonte e Berserker Branca estavam tendo apenas sua diversão por direito, nem mesmo esperar que seus Servos a ajudassem na guerra, esperava. 

- Qual de vocês eu mato primeiro? 

Heiko e Íris não responderam, estavam esperando o ataque e prontos para reagir. 

Como se fosse uma criança indecisa, a garota ergueu a pesada marreta como se fosse de papel e apontou para os dois, oscilando de um para o outro. 

- Uni duni te, o soverte colorido escolhido foi... vo-... 

Então a marreta parou na direção de Íris, e os lábios da garota se entortaram em um sorriso convencido. 

- ...cê. 

Neste momento as habilidades como algoz foram postas em prática. Pela primeira vez Íris e Heiko viam e eram alvos de um agente da igreja, estavam sendo alvos de um assassino de magos treinado em todas as formas de combate, que seguia por esse mundo em missões caçando feiticeiros que ameaçavam o mundo. E como todo algoz, atacava de frente usando a força bruta, algo que pegava de surpresa os magos, que combatiam através do uso de magia somente, não tendo nenhuma defesa para um ataque que exigia uma luta corpo a corpo. E Chlóe , a adversária que se mostrava um verdadeiro monstro quase igual a um Berserker, havia treinado seguindo os passos de suas inspirações, Bazett Fraga McRemitz, uma das melhores agentes que já existiu, conhecida por ser implacável e invencível, batendo de frente com qualquer um que entrasse em seu caminho, e possuindo uma arma que chegava ao nível de um Fantasma Nobre. E, incrivelmente, do próprio juiz da guerra, Thor Joseph, outro grande nome dentro do Oitavo Sacramento, a mais alta organização dentro da Igreja Sagrada. Como ambos ela treinou e treinou, melhorou suas técnicas, treinou sua magia, desenvolveu sua própria arma por tentativas e erros até chegar à marreta que carrega que pode ser aplicada em qualquer situação. 

Crack... Crack... Crack... 

Foi um som que durou poucos segundos, mas que prendeu a atenção de Chlóe. Era algo se rachando, quebrando e se refazendo, dando origem a uma nova forma. Uma mãe formada por terra e pedaços de paralelepípedo e piche se ergue, segurando-a e sufocando-a, para então jogá-la contra uma parede, em seguida a agarrando novamente e fazendo voar alguns metros para longe. Conseguiu se recompor antes de ser atingida pelo segundo ataque, uma grande onde do mesmo material que mão, parecia uma serpente gigante feroz atacando. E no terceiro avanço dessa "serpente", a cabeça quadrada chata da marreta rebateu, uma segunda explosão que anulava a primeira, dois impactos que se encontravam e se matavam. 

Quando mirou o responsável, nem precisou pensar duas vezes. Íris a encarava com seu semblante fechado, a mão marcada pelos circuitos florescentes estava esticada para frente, seus olhos azuis sempre gentis agora estavam decididos e frios contra Chlóe que, assim como Heiko, ficara surpresa que ela tomara a iniciativa em reagir ao ataque e defendia alguém que era seu inimigo. Íris então deu três passos à frente, se colocando entre os dois. Ela não deixaria que ninguém morresse nessa guerra, mesmo que Heiko fosse seu rival pelo Graal, não permitiria que uma louca o matasse na sua frente, não seria uma garotinha indefesa que fica parada diante do perigo esperando ser salva, uma mosca morta. 

- Por favor, fique atrás de mim – alertou para Heiko, que apenas concordou em silêncio balançando a cabeça. 

Chlóe encarou a cena sem conseguir acreditar. Como alguém era capaz de proteger seu inimigo? Era uma louca ou apenas uma idiota qualquer? Sabia que suas ações tinham peso? 

- Ei, qual o seu problema?! – gritou Chlóe como se dando uma bronca. – Ele é seu inimigo, por que o defende?! Essa guerra é matar ou morrer, somente um de nós pode levar o Graal, não pode sair fazendo essas coisas como se fosse uma super-heroína e pudesse salvar todo mundo. Nesse mundo cão come cão, retardada. 

- Eu sei que ele é meu inimigo, tanto quanto você – respondeu-a Íris. – No entanto, não é da minha natureza ver que alguém precisa de ajuda e não fazer nada, simplesmente não permitirei, se possível, que alguém morra nesse jogo, tanto pelas minhas mãos quanto pelas dos outros, isso inclui você. Se quiser matá-lo terá que passar por mim. 

Sua voz não vacilou em nenhum momento, e a certeza sobre seu ato era cristalina, pegando todos presentes de surpresa. Heiko não conseguiu verbalizar suas palavras, mas compartilhava do mesmo sentimento, já bastava o que sofreu, não aguentaria verem outros passarem pelo mesmo por seus atos. E a gratidão que sentia engasgou sua garganta. Além da admiração pela mulher forte que aquela adolescente que até então parecia uma menina meiga e quieta, uma pessoa de poucas ações. Tendo só convivido com seus parentes e os homúnculos isolado no castelo do clã Fagner nunca pensou que um dia veria alguém como Íris, e que tomasse seu partido por livre e espontânea vontade. Chlóe por sua vez encarava a atitude como um grande sinal de tolice, era somente uma garota imatura que vivia num mundo cor de rosa achando que podia ajudar a todos e todos retribuiriam o favor, que acreditava realmente poder passar a Guerra do Cálice Sagrado sem matar ninguém, que seus Servos podiam dar conta dos outros, como se dois Servos – sendo que todo peso estava jogado sobre as costas do Lancer bronze – fossem capazes de lidar com doze inimigos. Tudo que sentiu foi uma grande vontade de lhe dar uma lição, o nojo que se formou em relação a garota a tomou e decidiu que o mais importante era matá-la primeiro. Iria transformar seu mundo cor de rosa em um turbilhão de dor e agonia em piedade. 

"Eu vou derrubá-la" – pensou ao trincar os dentes com o escarnio que sentiu. – "O mundo não tem piedade, não há espaço para compaixão. Como fui ensinada: os fracos devem alimentar os fortes." 

Imediatamente Chlóe avançou, Íris respondeu. As duas garotas seguiam impulsionadas por suas convicções, não iriam vacilar nas suas decisões. Uma queria preservar, a outra destruir. Uma queria proteger, a outra matar. Ambas com criações diferentes, vivenciaram e experimentaram diferentes dores e alegrias, mas tinham em comum a força para levantar e encarar qualquer situação a sua frente. 

O chão destruído foi se remontando conforme os pés de Íris corriam, diferente da sua inimiga que precisava lidar com um terreno acidentado. As mãos da loira entraram em combustão, um fogo negro surgiu alimentado pela prana dos circuitos mágicos, e diferente das chamas comum que estamos acostumados, essas não queimavam e possuíam uma consistência, quase um material sólido, causando um dano considerável ao inimigo e servindo mais como uma distração para um golpe derradeiro em seguida. 

- Fogo negro! Destrua, quebre! – bradou. 

Com a mão reta, tomou posição separando os pés e flexionando os joelhos. Seus olhos foram mergulhados com magia para visão, aumentando a precisão e foco, era como um radar que seguia o alvo até acertar a mira, e quando aconteceu, Íris atirou. Primeiro com uma mão, depois outra, recarregando a munição durante as trocas. A marreta de Chlóe impedia os ataques. Na verdade, algo que fora notado, era que todo projétil do fogo negro que tocava a marreta simplesmente desaparecia como se fosse sugado por um buraco negro. O sorriso afiado da algoz cresceu, estavam fazendo sua vontade sem saber das consequências. 

Íris lançou outros dois projéteis do fogo negro, dessa vez um seguido do outro, Chlóe estava chegando cada vez mais perto e precisava pará-la. Dessa vez segui algo diferente, os circuitos mágicos dessa vez carregaram seus braços, se misturaram os músculos, nervos e articulações aumentando sua velocidade de reação e carregando imediatamente o fogo assim que o anterior partisse. Fora um seguido do outro. O primeiro golpe fora sugado pela marreta, enganado Chlóe que achava ter impedido mais um golpe, não podendo ser parada, mas este fora apenas uma isca, e quando sua marreta baixou, sua guarda ficou exposta, e ao notar o segundo projétil não havia tempo para se defender, tudo que pode fazer foi receber o golpe em seu rosto, perdendo o equilíbrio e caindo para trás. 

"Isso!" – comemorou. 

- Ar! Cercar, sufocar! 

Um círculo mágico de quatro metros de diâmetro cresceu sob Chlóe brilhando em prateado, o vento em seu entorno começou a ganhar velocidade, os grãos dos destroços e terra começaram a acompanhar o movimento, girando e girando cada vez mais rápido até a algoz ser engolida por um tornado, ficando presa em seu centro sem conseguir se mover. O tornado sugava o ar e o expulsava, diminuindo o oxigênio. A visão da agente da Igreja Sagrada foi ficando borrada, seus pensamentos confusos, uma das mãos instintivamente agarrou o pescoço como se de alguma forma pudesse ajudar a respirar novamente, em vão. 

"O que eu faço?! O que eu faço?!" – pensou em desespero com os pensamentos confusos pela falta de oxigenação. 

A sensação fria do cabo da marreta que era apertado com força fora a resposta. Usando o pouco da consciência que ainda lhe restava, a marreta pareceu ganhar vida, estava respondendo ao pedido de ajuda da sua mestra. Circuitos aparentes em sua superfície se acenderam como uma bateria dando energia para o aparelho, então ela agiu conforme as necessidades e sua função. Pequenos fios saíram dela – para ser mais exato, estavam mais para as garras de um predador atrás da sua presa – e alcançaram o círculo rapidamente, e como um milagre para Chlóe, o vento foi enfraquecendo, a luz prata se apagando até se extinguir, então seus pulmões sentiram o puro outra vez, seu coração pode bombear oxigênio pelas correntes sanguíneas. 

Íris ficou surpresa, recuando um passo e acabou tombando, sentiu como se suas forças fossem sugadas. Ela não entendeu o que aconteceu, nem a origem da sua sensação, apenas sabia que havia algo errado quando sua mana começou a se esvair com mais rapidez enquanto mantinha sua magia funcionando, o que era estranho, mesmo sendo poderoso para manipular pela prana de uma alquimista, ela conseguia realizar e mantê-lo funcionando sem dificuldade. 

Heiko correu até ela, a ajudando a se reerguer. Ele também não vira o que acontecera dentro do tornado, portanto não podia tirar nenhuma conclusão sobre como ajudar efetivamente. 

- Obrigada – agradeceu-o sorrindo gentilmente. 

Heiko sentiu seu rosto esquentar, o que era muito estranho, não entendia o que era e nem sabia explicar, mas algo nas palavras e atitude da garota fizeram seu coração tremer e suas bochechas corarem com a proximidade de seus rostos. Admirava a coragem da menina que o defendeu sem o conhecer, ninguém fizera isso por ele antes, nem mesmo sua própria mãe. 

- É o mínimo que posso fazer por quem me protegeu – disse. 

"Idiota!" – repreendeu-se mesmo sem entender o motivo. Gostaria de ter respondido melhor a garota, mas não sabia como se comunicar direito para expressar sua gratidão. 

Íris sorriu sem se importar, achara até engraçado a falta de jeito do garoto. 

Heiko estava pronto para sair dali carregando a menina que o protegeu, seus olhos se prenderam na cena que se seguiu. Chlóe, que fora cercada pelo tornado e privada de oxigênio, estando esparramada no chão desacordada, agora se levantava como se nada tivesse acontecido, uma incrível recuperação que não fazia sentido. Ela não podia usar nenhuma magia para se recompor com e cérebro praticamente inoperante, como ela agora estava em pé os encarando com os olhos carregados de ódio, os dentes parecendo explodir de tanto que os cerrava. 

- Vocês...! – disse, a voz carregada com ódio, os nós dos dedos estavam brancos com tamanha força que apertava o cabo. – Eu... Eu... EU VOU MATAR VOCÊS! 

O ataque dessa vez fora mais rápido, mais feroz, os olhos estavam carregados de sangue. Seus movimentos agora eram melhorados, revigorados, não era o mesmo modo operante, nem mesmo a energia que ela emanava era a mesma, estava maior, mais forte, eles se sentiram oprimidos por essa nova onda que emanava da assassina de magos e por um momento ficaram congelados sem reação, não sabiam se iriam conseguir fazer algo para a impedirem. Somente quando perceberam a silhueta saltando e erguendo a marreta sobre a cabeça para destroçá-los com uma poderosa explosão de mana, Íris reagiu o mais rápido que pode. 

- Barreira do vento! 

Outro círculo prateado surgiu flutuando no ar entre a assassina e os magos, maior e mais brilhante. Quando a barreira sentiu o impacto da marreta parou seu ataque, uma grande barreira havia se erguido mantendo a segurança de sua invocadora e seu companheiro, o ar comprimido pela magia era impenetrável, nenhum ataque poderia passar por ela, mesmo se Chlóe atirasse algum ataque mágico baseado pela condensação de energia como o fogo negro de Íris, o ataque seria automaticamente dissipado, como se próprio ar se alimentasse dele e aumentasse sua força. Então, novamente, eles foram pegos de surpresa quando os fios da marreta mostraram as caras e seguiram sua função se conectando ao círculo e absorvendo a energia dele, cansando Íris pela prana gastava que aumentava e aumentava, sugando as forças de Íris junto. Ela já estava tonta quando a barreira começou a rachar, um processo que durou menos de um minuto. 

- Combustão, explosão! 

Usando todas as forças que lhe restavam, Íris concentrou sua magia na barreira, o círculo recuperou seu corpo, vencendo os fios, e então sua cor mudou para vermelho, se intensificando até faíscas começarem a saltar por toda sua composição e por fim, explodiu. Aplicara quase toda sua mana para conseguir realizar tal feito, parecia que algo impedia que o fluxo de mana entre ela e sua magia, por mais que a alimentasse não parecia o suficiente, tendo que no fim dar quase tudo de si. Os circuitos mágicos foram se apagando, perdendo o brilho florescente aos poucos, e logo Íris ficou presa em um estado que quase inconsciência, não tendo mais como se manter em pé. Heiko a amparou-a o mais rápido que pode, impedindo que ela fosse de encontro ao chão e deitou com cuidado. 

- O quê...!? 

A explosão que Íris se esforçara tanto para realizar não causou mais que alguns pequenos arranhões na assassina, servindo somente para afastá-la alguns metros novamente, e agora ela vencia esses metros novamente fincando seus pés no chão e se jogando a cada passo, seus pés pareciam ter asas. Era impossível, não havia como ela ter resistido a um golpe daqueles sem nenhum efeito colateral a mais, nem mesmo poderiam chamar seus arranhões de ferimentos, parecia mais que ela sofrera uma simples queda e ralou o joelho enquanto andava de bicicleta. 

- Interceptar! – ordenou as runas que carregava. 

Dentro do colete preto que usava, desde que saíra de sua casa, carregava consigo uma bolsa com algumas pedras encantadas com runas gravadas em suas superfícies prontas para serem usadas quando necessário, obedecendo seus comandos assim que precisasse delas. Três runas saíram voando como projéteis, uma por cima e as outras duas pelas laterais. Heiko observou enquanto as três pedras viajavam em alta velocidade largando um rastro com seu brilho dourado, atingindo o alvo e explodindo, contudo, ela só diminuiu a velocidade por aquele pouco tempo e retomando sua marcha logo em seguida. 

"O que essa garota é!?" – pensou consigo, não conseguia acreditar. Estavam a acertando com tudo que tinham e ela seguia intocada, parecia que nada fazia efeito, nem mesmo uma explosão como aquela rompeu seus órgãos e a deixou na eminencia de uma hemorragia interna. 

- Barreira! 

Outras três runas saíram voando do bolso interno do colete preto com um brilho vermelho, então, a magia reagiu, indo em busca da origem da palavra e providenciando a barreira que seu mestre invocava, cada uma virando um círculo mágico flutuante que, diferente da proteção erguida por Íris, acompanhava os movimentos do inimigo, se colocando a todo momento entre eles, dando tempo para que Heiko pegasse Íris em seu colo e fugisse sem olhar para trás, confiando nos escudos incansáveis. 

- VOCÊS NÃO VÃO ESCAPAR!!! 

Os escudos pararam quando seu alvo parou, mas ela não estava desistindo, pelo contrário, estava pronta para se livrar deles liberando todo seu ódio por essas moscas irritantes. Ninguém a derrotaria, nem mesmo dois moleques idiotas como aqueles. Eles irão pagar caro por estarem fazendo pouco com a cara dela, não haverá misericórdia, era um algoz, uma assassina da Igreja de primeira classe, iria seguir com rigor os passos de seus ídolos e nada a impediria de seguir seu destino. 

Algo que impactaria a todos se deu início. Um forte vento começou a soprar ao redor da assassina, sua marreta ganhou um forte brilho, engolindo a escuridão acarretada pelos postes de luz destruídos. Toda a mana acumulada pela marreta começou a ser liberada durante o rompante de ódio, raiva e escárnio, ganhando força conforme a intensidade desses sentimentos, até que, em um grito de pura fúria, uma explosão de luz cresce, queimando tudo ao seu alcance. 


Notas Finais


Obrigado por ler.


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