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História Fazer Falta (PARADA) - Quem avisa, amigo é.


Escrita por: DanSalles

Notas do Autor


"Então joga a chave do Camaro no meu porte
Tu tá ligado aqui a firma é forte..."
oi, nenês! <3


Esta Fic contém:

•Linguajar chulo/ palavras de baixo calão.
•Gírias/ erros ortográficos.
•Cenas de sexo.

Capítulo 11 - Quem avisa, amigo é.


Fanfic / Fanfiction Fazer Falta (PARADA) - Quem avisa, amigo é.

 

 

"Na hora que me escutar, vai ver que isso não é drama. Precisa raciocinar que beijo não resume em transa, mas quem sou eu, se quiser vir pra cá vou me contradizer e não aguentar..."_Mc Livinho(Fazer Falta)

 

 

 

 

Oliver 

 

 

Usado...

 

Foi assim que eu me senti, quando acordei e não encontrei Ester dormindo ao meu lado. Mais uma vez, ela havia ido embora sem se despedir... 

Sim, mais uma vez. 

Ela só me procurava quando o desejo falava mais alto, ficava afim de ser fodida com vontade pelo trouxa aqui, mas na manhã do dia seguinte, desaparecia como num passe de mágica. E o pior de tudo é que eu já nem tava me reconhecendo mais, na moral... estava permitindo e aceitando coisas que me machucavam, só para mantê-la ao meu "lado".

Eu deveria tomar vergonha na cara e pôr um ponto final nisso tudo, deveria me afastar de Ester e encontrar alguém que me amasse de verdade. É, eu deveria mesmo. Mas essa porra toda não era tão simples assim quanto parecia ser, sério, abrir mão de quem se ama é algo praticamente impossível.

Você entenderia se estivesse em meu lugar...

Muito desanimado, consegui reunir forças e me levantar da cama ainda nu pela noite passada. Vesti uma roupa qualquer e saí do meu quarto, sentindo-me completamente vazio por dentro. 

Entrei no banheiro e fiz minha higiene matinal como o de costume, visualizei a minha imagem no espelho e suspirei.

Eu estava um caco, abatido e cansado. Ester sugava tudo em mim, minhas energias, minha saúde mental e física... aquela gostosa do caralho não se importava com ninguém, além dela mesma. Ela estava conseguindo foder com a minha cabeça de uma maneira absurda.

Depois de alguns segundos encarando o meu reflexo deplorável, resolvi sair do banheiro e acabei dando de cara com o Whindersson me esperando no outro lado da porta. 

_Filha da puta!_ xinguei._ Quer me matar de susto?

Que porra tinha eu na cabeça, quando dei a ele uma cópia de minhas chaves?!

Whindersson me olhava sério.

_O que foi?_ perguntei sem entender direito a expressão em sua face.

_Vi Ester saindo essa madrugada daqui.

Essa era uma das desvantagens de ter seu melhor amigo como vizinho, se você fizesse qualquer merda, ele saberia imediatamente.

_Viu como? Tava fazendo que nem esse povo e butucando pela janela, Whindersson?_ provoquei.

Whindersson era meu melhor amigo desde a infância. Na época em que nos conhecemos, ele tinha acabado de se mudar para a favela de Acari, sua mãe acreditava que abandonando o nordeste, haveriam mais oportunidades para a familía no Rio de Janeiro. E, apesar dos anos terem se passado, Whindersson ainda carregava seu sotaque nordestino.

_Caso não se lembre, eu tenho uma noiva. E estava fazendo com ela o mesmo que tu tava fazendo com a Ester durante a madrugada.

_Vá pro caralho, Whindersson!_ perdi a paciência._ O que faço ou não com a Ester, não é da tua conta!

Passei por ele, indo em direção a sala. Eu não estava afim de escutar mais um de seus sermões, Whindersson se tornava um porre quando abria a boca para reclamar de Ester. 

_Tem razão, não é da minha conta._ ele me seguiu._ Mas eu me importo com você, desgraça! E o que essa patricinha rica tá fazendo é só usar você! 

_Para._ pedi.

Eu não queria mais ouvir a verdade sendo esfregada na minha cara. Isso doía...

_Meu Deus do céu, Oliver! Essa rapariga some e aparece quando quer! Só tá brincando com você, será que não consegue enxergar?!

_É claro que enxergo!_ me irritei._ Acha que eu já não tentei me afastar dela inúmeras vezes?! É claro que já! Mas a coisa não é tão simples assim quanto parece, porra! Para de querer me dizer o tempo inteiro o que devo ou não fazer com a Ester, porque você não tem noção do que é amar e nunca ser correspondido!

_Cara, eu só tô querendo te ajudar!

_ Ajudar com o que?! Não sou nenhum doente, Whindersson!

_Olha só, Oliver...

_Não._ levantei uma das mãos em forma de basta._ Chega! Não quero ouvir mais nada, eu sempre soube me virar sozinho.

_Ah é?! Beleza então! Continue fazendo o seu papel de TROUXA._ ele deu ênfase na última palavra e saiu pisando duro para fora da minha casa. 

 

 

 

[...]

 

 

Eram duas horas da madrugada de sexta e a boate já tava super lotada. 

Para onde quer que eu olhasse, encontrava uma quantidade exorbitante de garotas vazias e rapazes superficiais espalhados pelo local, cantando e dançando conforme as batidas do funk. Eu me perguntava se realmente todos alí presentes, estavam verdadeiramente felizes como demonstravam estar.

Ao contrário daquelas pessoas, eu não estava lá para cantar ou dançar, estava á trabalho, era um dos Barman na boate Morro Carioca, localizada na zona sul da capital do Rio de Janeiro, a nova sensação do momento entre os jovens da alta elite. O local "simulava" os bailes funks que aconteciam nas quebradas do Rio de Janeiro, e como muitos deles tinham medo de frequentar o real, optavam pelo lugar.

A burguesia até tentava, mas nada alí chegavam aos pés do verdadeiro baile de favela. 

Sabe como é, né?!

_Ei!_ escuto alguém me chamar, e me viro imediatamente na direção daquela voz._O Barman mais gato poderia me preparar uma bebida?

_Kéfera?!_ falei surpreso.

_Por que o espanto?

_Eu não sabia que você frequentava esse tipo de boate.

_E tem algum problema nisso?

_Não._ sorri sem graça._ É claro que não. 

Ela olhou pra mim e também sorriu.

_Você fica ainda mais lindo quando cora._ flertou.

Ela era melhor amiga da Luisa, as duas frequentavam a mesma universidade. Kéfera tinha atitude e deixava claro de que estava afim de mim, mas eu não conseguia enxerga-la da mesma forma, embora fosse gostosa pra caralho. 

_Vai querer sua bebida?_ desconversei.

_Na verdade, não, me desculpa. Era só um pretexto para vir falar com você. Eu já estou indo embora.

_Veio sozinha?

_Na verdade, não._ ela sorriu, revirando os olhos._ Minha amiga veio junto comigo de táxi, mas encontrou um carinha na boate e resolveu ir para a casa dele pra... você sabe.

_Grande amiga você tem, heim!

Ela deu ombros.

_Não posso te deixar ir sozinha, vou pedir pra alguém me substituir e te acompanho.

_Não se preocupe com isso.

_Me preocupo sim, o Rio de Janeiro anda muito perigoso ultimamente. Relaxa Kéfera, posso te levar. É só me passar seu endereço._ pisco.

E sinto os olhos dela queimarem encima de mim.

 

 

 

 



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