1. Spirit Fanfics >
  2. Fazer Frente >
  3. Prólogo

História Fazer Frente - Prólogo


Escrita por: May-May-

Notas do Autor


•Fazer Frente
•Autora: Maysa Laura


Dedicado a todas as mulheres do Afeganistão, as verdadeiras guerreiras do mundo atual.
Espero que goste e boa leitura.

P.S.: Revisão em breve, então por favor ignorem os erros ortográficos, devido a digitação. Obrigada. (31/07/16)

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Fazer Frente - Prólogo

            Para todas as mulheres do Afeganistão

Nunca aceitarei a vida em que tenho que me curvar, nunca apoiarei, por dinheiro algum, o que é ilegítimo. Nunca abaixarei a cabeça na direção à Washington, como se fosse Allah e nem curvarei minha cabeça diante Obama. Não beijarei a mão de Michelle Obama, nem me sentirei inferior aos americanos. Minha fé e meu orgulho afegão me ensinam o que fazer. Ainda que me esquartejem em mil pedaços, nem assim pedirei misericórdia aos bandidos, pois aqui nasceu e cresceu a alma de uma afegã corrompida.

Diante tudo que vejo no mundo, me pergunto a todo momento, aonde nós vamos parar?! Entre tantas lágrimas, soluços, desespero, posso ouvir, mas nada farei. Mesmo assim eu ouço alguém chorando, por um filho que certamente não irá mais voltar. Ele se perdeu na estrada da guerra, onde não há inocentes. Almas destroçadas, vidas perdidas e mães desesperadas. Meu filho morreu em guerra e seu corpo, se juntou a mais um dos desaparecidos no caos do Afeganistão.  Tinha seus objetivos, mas repentinamente, algo de errado aconteceu, por um motivo indefinido, depois de tanto tempo veja a austeridade na minha face... Não está assim porquê quis, mas porque as circunstâncias (que não foram poucas) me obrigaram! E hoje eu clamo: Retorne de onde parou! Renasça e me faça ter um novo mundo!

Minha mãe sempre dizia para mim. “Aprenda isso de uma vez por todas, filha: assim como uma bússola precisa apontar para o norte, assim também o dedo acusador de um homem que, sempre encontra uma mulher a sua frente. Sempre. Nunca se esqueça disso Aziza.” 

Nasci e fui criada em Cabul, capital do Afeganistão, anos depois o país foi invadido pelos Talibãs. No inicio tudo parecia bem, mas com o tempo suas leis foram ficando mais rígidas e a culpada de todos os erros sempre eram as mulheres. Lembro-me da primeira vez que minha mãe usou uma burca. Estava da cabeça aos pés com um pano azul e tinha apenas uma rendinha nos olhos que dificultava a visão. Lembro-me da primeira vez em que vesti uma burca, eu tinha meus nove anos de idade, era quente e eu não conseguia ver meus próprios pés, não podia falar com nenhum homem e nem sair às ruas sem acompanhamento de um parente do sexo masculino, ou acabaria caindo nas mãos dos talibãs.

Nós, humanos, estamos condenados a viver ligados uns aos outros. Enquanto uma única pessoa estiver sofrendo, ninguém será totalmente feliz. Nada no mundo nos é estranho, nem a dor, nem a alegria, pois o mundo continua a ser um lugar de sofrimento, mesmo quando o prazer existe e não deixa de ser prazeroso mesmo quando há dor. Quanto mais vivenciamos o sofrimento, mais apreciamos a felicidade. Eis por que não devemos sufocar os sentimentos de nosso coração. Não devemos nunca viver como estranhos uns para os outros.

Sou uma garota afegã, não posso abandonar minhas tradições, não posso me apaixonar. Mas eu me apaixonei e meu amor não está comigo. A vida está sem vida, eu posso aguentar uma vida sem vida, mas não posso suportar não ter você comigo.

A dor é um conjunto de emoções, ficamos desamparados diante dela. É como uma janela que simplesmente se abre conforme seu próprio capricho. O aposento fica frio, e nada podemos fazer se não tremer. Com o tempo percebemos que a janela está fechada e provavelmente apenas se abrirá quando o mau se instalar.

Eu nunca contei essa história a ninguém, nunca. Pelo menos, não a coisa toda, e nem a verdade por completo. Só estou contando agora por uma única razão: Uma história não contada tem um peso muito grande que pode levar você para o fundo do abismo e deixá-lo lá, sem tem como voltar.

Então, aqui está a historia. Sente-se, relaxe e aprecie. Eu o conheci no Afeganistão, ah ele era um soldado americano e eu, Aziza Rehman, era uma muçulmana de origem afegã.

Dizem que a emoção mais forte e mais antiga do mundo é o medo, precisamente o medo do desconhecido, um terror de deixar o coração acelerado e a respiração entrecortada. Medo. Um medo avassalador, sutilmente construído. É isso que você vai sentir quando penetrar na atmosfera de terror do Afeganistão.


Notas Finais


Oi, gente! Espero que tenham gostado, amo vocês.
Até mais.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...