História FBI - 2 temporada - “ Calma, babe?”

  Escritório DO FBI.

15:40 PM

POV’s Selena Gomez 

— "Calma, babe?" Calma, é o caralho! COMO EU POSSO TER CALMA? Você se finge de morto, concorda com o plano dessa  daí pelas minhas costas... —sinalizo com a cabeça para onde Mabel se encontra. — E acha que está tudo bem? — o encaro horrorizada, pela naturalidade de como Justin normaliza a situação.— Sofri de verdade, fiquei igual uma louca me sentindo culpada. Eu achei que ao te abandonar lá sozinho para morrer, eu não fui leal a ti. Não sabe o tamanho do peso que tive que carregar.—  admito em voz alta o quanto fiquei mal. E percebendo a chateação em meu rosto, encaminha-se parando em minha frente. Sinto a sua respiração pesada soar, e logo os seus dedos tocam nas minhas bochechas, enxugando as lágrimas que caem.

— Me desculpe, babe. Me desculpe.— pede perdão, e fecho os olhos, sentindo o carinho do seu toque acariciando o arredor do meu rosto. Surge uma divisão entre perdoa-ló ou empurra-ló para bem longe.— Não queria ter causado tudo isso em você.— enxerga o estrago que fez, e me sobe uma indignação quando ouço o seu tom de cachorro arrependido. Ergo as minhas pálpebras, confrontando-o através de um olhar ressentido:

— Mas causou. — afasto-me não sendo capaz de perdoa-ló tão fácil, dando alguns passos para trás.— Vocês dois me fizeram de otária!— fito ambos, demonstrando a mágoa que sinto. 

Como pode o meu marido e minha própria filha agirem pelas minhas costas. 

— É uma sacanagem muito grande! Bota sacanagem nessa palhaçada. Vocês achavam o quê? Que eu não ia saber? — começo a andar de um lado pro outro, inconformada em ter sido enganada.— Para de chorar, Mabel!— me irrito sem paciência, incomodada em está escutando choro. — Você já é bem grandinha e precisa assumir as consequências dos seus atos. Está mais do que na hora de você crescer e parar de se esconder atrás de mim e do Justin. Você não é mais uma garotinha indefesa, agora você é uma mulher. — a coloco em seu devido lugar, porque pela  forma de como age,  parece que ainda não cresceu— Pare de pedir desculpas, não vai adiantar de  nada. Estou péssima? Sim, mas quem deveria ser mais honesto a mim, não foi.— jogo a indireta para o outro, que abaixa a cabeça.

Justin é muito sonso e cara de pau também. 

— Ué, não vai dizer nada? — provoco-o, querendo alfineta-ló.— Não fico nem um pouco surpresa, já que você não têm argumentos suficientes para debater comigo.— debocho do quão covarde é, quando se trata das nossas discussões. 

– Pra quê falar? Só você quer ser certa, Selena.— rebate, dando um de coitado, o que acaba me fazendo revirar os olhos. 

— Tu acha certo o que tu fez comigo, Justin? — arqueio a sobrancelha, perplexa pelo cinismo. Não é possível que ele esteja se fazendo de doido. 

— Não, não acho certo. — reconhece pelo menos, o mínimo. — Mas estou cansado dos seus escândalos. Às vezes eu penso que não tenho uma esposa, mas sim, uma mãe. Você se comporta como se fosse a minha mãe, Selena, sempre quer dar ordens. Tô de saco cheio disso!— desabafa e acho uma puta falta de consideração a maneira que pensa ao meu respeito. Nunca ele me disse tal coisa, o que mudou? — Só você quer ter voz em tudo, até mesmo no nosso casamento.— alega.

— Sabia que é feio ficar inventando história?– engole em seco quando eu o acuso, arregalando os olhos incrédulos em ser chamado de mentiroso.—  Ok que eu não sou uma mulher tão fácil de lidar, mas você nunca me cobrou nada, Justin. Você nunca me impôs para que eu pudesse o meu jeito, aliás, nunca se importou. E por que isso agora?— seu comportamento levanta-me inúmeras suspeitas. 

— Talvez eu tenha mudado a minha percepção....

— Mudou tarde. — dou de ombros, pouco ligando para opinião que possui.— Quer discutir mesmo esse assunto? Bora, então!— sento-me preparada para o que for, enquanto cruzo as pernas. O espero vir e Justin pede para que Mabel saía, para ficarmos a sós.

Ela se retira e a primeira coisa que meu querido esposo faz, é se agachar na minha frente, olhando para o fundo dos meus olhos. 

— Queria que você fosse mais carinhosa comigo, Selena. — ecoa com o tom manhoso e inevitavelmente rolo os meus olhos entediada.— Um pouco mais romântica.— esboço uma careta, estranhando essa "carência" toda. Ele está criando a maior cena, achando que poderá apagar o que me fez passar. 

— Quê? Você se faz de louco, só pode— repreendo-o, virando o rosto pro lado. — Justin...— arfo baixinho, mordendo o meu lábio inferior, sentindo-o pousar a mão em cima da minha perna, apertando. 

— É sério, babe.— remete com o rosto mais próximo do meu, com a respiração ofegante. Os nossos olhares se intensificam pelo climinha que surge.— Não comemoramos nem o nosso aniversário de casamento.

— Como é que comemora?— o pergunto, por estar dando importância a uma data, ao invés do nosso atual momento— Nossos filhos desaparecidos e você querendo festa. Não acha um pouco demais? 

—Sim, babe, tem razão.— se dá conta, abaixando a cabeça. — Eu me expressei mal. O que eu tava tentando dizer é ....— seus olhos faiscantes de desejo, entreolha profundamente para as minhas íris escuras e depois em sentido a minha boca. Me perco em seus lábios entreabertos, tentada.— Quero você.— sussurra sedutor e o pedido acaba me fazendo ceder. O puxo, beijando-o. 

Seus lábios invadem os meus, pedindo espaço com a língua. Em meio ao beijo eufórico que damos, envolvo os meus dedos na nuca do Justin, puxando alguns fios do seu cabelo. O beijo é cheio de tesão e imediatamente nós só corta um pouco, para eu sair de onde estou sentada. Minhas costas batem na parede, quando ele me prensa para temos mais estímulo. Justin me olha tomado de luxúria e depois começa a distribuir séries de beijos em meu pescoço, além leves chupões, o que me faz arfar  baixinho. 

 Retiro rapidamente seu terno para admirar suas inúmeras tatuagens. Justin é tão sexy, principalmente nu. Lanço um sorriso malicioso em estarmos sendo inconsequentes em ignorar as câmeras de segurança que há no escritório. Quer saber? Dane-se! 

Preciso matar a saudade do meu homem. 

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       POV's Mabel Bieber.

  — Levou muito sermão da mamãe? — zomba comigo, com o sorrisinho miserável escancarado nos lábios. Ser sacaneada por ele, é a pior coisa.   

— Me deixa, Richard.

— Calma, princesa, quero apenas conversar.— se põe em minha frente, impedindo-me de passar.— Vamos lá para casa.—segura no meu pulso, com a voz suave e querendo criar uma "aproximação" entre nós dois.

— Eu não vou a lugar nenhum com você. — ultrapasso, continuando andar para ir em direção ao elevador. 

— Vai perder de receber as surpresas. —cheio de gracinha, acabo momentaneamente interrompendo os meus passos. Há uma segunda intenção em seu tom meticuloso.... Paraliso, olhando para trás:

— Que surpresas?— franzo a testa, confusa. — Responde, Richard.— o incentivo dizer, mas permanece em total silêncio.

— Prefiro não dar dicas, porque senão, não será surpresa meu anjo.— reviro os olhos com desdém, por está fazendo esse suspense todo.— Te espero lá em casa, princesa.— antes de virar as costas para seguir pro outro lado do corredor, ainda dá uma piscada de olho:— E não demore.— ouço a exigência.

Que imbecil idiota!

Fecho a minha mão em punho, querendo esgana-ló. 

— Volte aqui, Richard! Eu tô falando com você.— o sigo irritada, sendo deixada plantada falando sozinha.

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Depois de meia hora, acabo indo a contragosto no seu " humilde apartamento". Não sei por qual razão Richard quer continuar trabalhando no FBI. Pelo dinheiro não é, visto que é podre de rico. Mas tudo indica que seja para me monitorar. Seu hobby predileto é perseguir os meus passos. Sobressaio dos devaneios, enfiando o dedo na campainha em haver tanta demora para abrir a porta. Pelo que eu o conheço, está fazendo de propósito para me tirar do sério.

— Já estava quase indo embora.—comento impacientemente, ignorando a sua intenção de aparecer somente de toalha, amostrando o seu peitoral. — Não tenho todo o tempo do mundo, vamos logo no que interessa. — evito olhá-lo, para não fazê-lo criar fantasia da cabeça. Do jeito que é iludido, é melhor prevenir. 

— Está muito apressada, Mabelzinha, beba pelo menos uma água. — bufo fundo, quando se refere a mim com esse apelido ridículo.— Tem na geladeira, pode ir pegar. Você já é a dona da casa, sem cerimônias.— me coloca em um patamar, achando que temos um relacionamento. Suspiro fundo, por nunca cansar de flertar. 

Pairo os meus olhos no porta-retrato que há na mesinha da sala, próximo do abajur, pegando:

— Minha querida mãe é linda, não acha?— posiciona-se ao meu lado, elogiando a mais velha. O olho por um instante, menos na defensiva, com as lágrimas descendo. 

— O que ela tem de linda, tem de malvada também. Sua mãe está fodendo com a minha vida, Richard. Você poderia intervir e falar com ela, quem sabe... ela te ouça. — lhe imploro para me tirar do meio dessa corrupção.— Posso te olhar com outros olhos e ...— toco em cima do seu pulso, com a cara de choro, recorrendo a tudo para ser liberta desse pesadelo.— E ser sempre grata a você.

— Não é só a sua gratidão que eu quero, princesa. Já te propus uma vez e vou te propor de novo. Se você me der esperança, eu enfrento a minha mãe, enfrento a organização, enfrento tudo para proteger você e a sua família. Eu quero o seu amor, Mabel.— rio, pela declaração que faz. 

— Não me diga.— ironizo, encontrando a oportunidade perfeita de cuspir o que está entalado há anos.— Para você me abandonar outra vez? Para você rir de mim, como fez? Só recorri a tua mãe, Richard, porque você agiu feito um covarde e sumiu. Eu só tinha 18 anos e você nem ao menos quis levar aquilo adiante. Éramos para estarmos juntos agora, sabia? Se você não tivesse feito tudo errado. E agora é tarde. — enfatizo, deixando claro.— Você jamais será digno do meu amor. 

— Mas aquele bosta do pai da sua filha, você não esquece. É tão contraditório esses seus princípios, Mabel, de preferir amar o cara que a sua mãe matou.

— Porque talvez ele tinha algo que falta em você, Richard... Atitude. — os comparo.—  O Will não me abandonou grávida, mas você sim! — o acuso do quanto foi um tremendo cafajeste.— Quem foi mesmo que se escondeu atrás do status da mãe? Enquanto as gêmeas estão sendo mantidas presas na casa branca, eu sou chantageada todo santo dia e você não toma nenhuma atitude em ficar do lado da mulher que diz amar. Aí você quer esperar o quê de mim, Richard? Amor? 

— Se é uma atitude que você espera, eu já tomei ela... 

— Como assim?

— Você acabou de estragar uma das surpresas, princesa.— aponta quando a campainha soa.  Não entendo nem um pouco onde queira chegar.  Ele se direciona para ir abrir, e quando os vejo....  sorrio.  

Meu coração fica tão aliviado em avista-lós sã e salvos parados na porta.

— Mabel!

— Giulia! —ajoelho-me para receba-lá e a loirinha vem correndo jogando-me em meus braços.— Oh meu Deus!— tiro um peso dos ombros, feliz em abraçar os meus irmãos novamente.  A volta deles, fará eu receber o perdão dos meus pais. Direciono um olhar agradecido para Richard, é uma das poucas vezes que ele passa por cima das ordens da presidente, para fazer algo que presta. E na hora,  suas palavras de minutos atrás atingi-me em cheio: "enfrento tudo para proteger você e sua família". 

Se eu aceitar ficar com ele, significa que...