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História Fear the Fear - Its too small for me!


Escrita por: Gio_Gio_Fics

Notas do Autor


Olá! Capitulo três para vocês! Sugerido por @Usami-senpaii, agradeço muito viu?

Ela que sempre comenta!

E também agradeço aos 5 favoritos por essa história tão ruim e meu jeito com palavras que na minha opinião é péssimo!

Capítulo 3 - Its too small for me!


Fanfic / Fanfiction Fear the Fear - Its too small for me!

— Qual é seu maior medo? — o psicólogo perguntou a garota depressiva em sua frente.

 

— Não sei, acho que tenho muito medo de lugares pequenos. — Ela respondeu indiferente. Seu estilo de quem não se importa podia enganar a muitos, mas aos olhos de seu psicólogo ela era só mais uma paciente tentando se esconder da sociedade, o que não fazia com maestria, já que seu estilo punk-rock chamava atenção por onde passava.

 

O homem gravava tudo em seu gravador de voz moderno e estilizado. Ela não sabia de tal feito, tinha consciência apenas de suas anotações e também não imaginava que uma simples gravação onde todos os seus segredos não tão secretos eram revelados era tão importante assim em sua vida cotidiana.

 

As conversas com o doutor Kalois eram sempre muito objetivas, diferente de todas as outras consultas que possuía, com médicos, psicólogos, terapeutas, psiquiatras, etc. Seu método era ser direto e franco, tinha um problema com o paciente, falava, tinha uma dúvida, perguntava, e nada disso era diferente em relação a Izzy.

 

Isabelle Olive McBurden era diagnosticada com depressão e transtorno de relacionamento, ou pelo menos esses eram os resumos dos termos técnicos apresentados pelo médico à sua mãe, já falecida, e seu pai, um alcoólatra descontrolado.

 

Izzy se lembrava muito bem da primeira vez em que viu seu pai, Joe, bêbado, dois meses antes da morte de sua mãe e apenas uma semana depois de a menina ser diagnosticada com depressão, o transtorno só veio a ser encontrado, ou desenvolvido, três meses depois, semanas após a morte de sua mãe, Amara.

 

Joe era completamente louco, doente, psicopata. Ou pelo menos se tornou depois da morte de sua esposa. Abusava da bebida, saía tarde e voltava dias depois, chegou até a abusar da filha algumas vezes. Ela nunca conseguiu que seu pai fosse preso por falta de provas, ou pelo menos porque as pessoas tinham a tendência de não acreditar em pessoas depressivas e transtornadas.

 

Caminhava lembrando que as sextas-feiras eram o dia do qual ela menos gostava, até onde ela se lembrava, ela odiava sexta-feira, era o único dia que Joe ficava em casa toda a tarde, um símbolo de seu sofrimento em forma de tempo. Embora todos tentassem ajudá-la a curar seus sintomas, ninguém percebia que o sofrimento não vinha só em forma de cortes externos, que aquilo que ela sofria em casa e carregava consigo aonde quer que fosse era marcado por profundos cortes internos, que cada vez se abriam mais e mais, cada vez mais fundos, a forma de seu sofrimento calado não vinha em seu humor, não podia ser expressado por palavras, tinha que ser banido de sua vida para sempre e ainda assim seus ferimentos precisariam de pontos e deixariam cicatrizes eternas em um só lugar: seu frágil coração.

 

Girou a chave na porta pensando em qualquer coisa que não fosse seu dia-a-dia, principalmente quando se tratava de sextas, mas a única coisa que vinha à sua mente era a ansiosa espera por sua consulta com Jules, sua psiquiatra, no dia seguinte. Adentrou sua casa sem fazer barulho na esperança de que seu pai não a tivesse ouvido.

 

A garota adentrou o minúsculo quarto em que dormia, seu quarto costumava ser o maior de toda a casa, porém após a morte de sua mãe ela fora forcada a se mudar para o menor quarto que existia, logo após o primeiro abuso sofrido por ela, foi por esse motivo que a menina nutria um medo mais do que grande por lugares pequenos, fechados, apertados ou que impossibilitassem grande movimentação ou qualquer possibilidade de fuga. Ao contrário do que todos pensavam, sua falta de interação não era por sentir medo de dar espaço a aproximação de pessoas, e sim por se sentir encurralada cada vez que alguém começava qualquer tipo de conversa com ela.

 

— Isabelle Olive, está em casa criança desgraçada? — seu pai pergunta das escadas que dão para seu quarto.

 

Ela se manteve em silêncio até que a porta fosse aberta com brutalidade e força o suficiente para matar uma pessoa. O que se seguiu não é necessário comentar, todos já devem imaginar o que vem depois.

 

Pendurado no parapeito da janela, um homem jovem de no máximo trinta anos filma todo o ocorrido, desde a chegada da menina até Joe deixando o quarto com um pé de meia faltando. O homem possuía uma fita com todos os estupros sofridos por parte da menina, todas as agressões, todos os cortes que provocara em si mesma, tudo em forma de filme que ele juntava, quase como um documentário de pouco mais de dois dias e meio de duração, até o momento.

 

Izzy voltou a deitar em sua cama ainda pensando em como uma pessoa faria uma atrocidade dessas com outra, todos seres humanos e todos uma forma de vida. Não tinha preconceito algum, não tinha repulsa por ninguém, além de seu pai, óbvio, e, apesar de tudo o que passava, não odiava seu pai, o sentimento entre os dois nunca fora de afeto e carinho, ela se sentia indiferente em relação a ele e ele a odiava do fundo do coração, Izzy era um brinquedo particular de Joe do qual ninguém sabia a função, não até aquele dia fatídico.

 

E é aí que nossa história começa de fato, quando aquele documentário foi parar na vasta internet e todos descobriram a verdade por trás de tantas máscaras. Izzy fora mandada para um centro de tratamento intensivo, onde seu quarto conseguia ser ainda menor do que o de sua antiga casa, cabia uma cama e uma porta que dava para um banheiro, além da porta de entrada. As roupas eram penduradas em cabideiros no banheiro e o box mal cabia uma pessoa dentro.

 

Seu tratamento chegou ao fim apenas no final de julho de 2015, quando foi mandada para Likaare, foi morar em um hotel onde ficava em um pequeno quarto, e entrou para a faculdade de direito criminal, sua intenção era de melhorar vidas de jovens que passavam pelos mesmos problemas que a garota um dia enfrentara.

 

Em uma tarde de sol, pegou um jornal para ler as notícias mais recentes, o assassinato de uma garota e de seu assassino era a matéria de capa, após ler a notícia descobriu se tratar de Joe e uma de suas vítimas. Ele com certeza havia matado mais gente, e alguém vingara a morte de todas essas pessoas. Foi pensando no fato de seu pai estar morto que dormiu feliz e realizada.

 

No dia seguinte foi à faculdade sorrindo e pulando, mas ninguém poderia imaginar que ela não havia matado o pai e que nunca ficaria de luto por um homem tão sujo. As pessoas notaram a felicidade e Izzy foi levada para ser julgada, inicialmente fora colocada em uma sala convencional, e mais tarde deslocada para uma sala especial, menor, por ordem de um estranho que ofereceu meros quarenta e cinco Likoos pelo serviço.

 

Izzy encarou as paredes brancas impaciente enquanto esperava pelo perito que viria interrogá-la, conforme o tempo passava as paredes só pareciam ficar menores.

 

Vez ou outra ela levantava e dava uma volta pela sala contando os passos para verificar se de fato a sala diminuíra ou se estava louca mais uma vez.

 

Claustrofobia, era o que a menina sentia cada vez mais. A impressão de que a sala diminuíra só aumentava, então levantava para verificar que estava tudo igual.

 

Sentou na cadeira e passou cerca de três horas encarando a parede branca, ninguém apareceu para interrogá-la.

 

Viu as paredes do quarto se mexerem, bem pouco, mas se mexeram. Levantou para contar os passos novamente e deu quatro passos a menos. Ver paredes se fechando a sua volta não é uma visão agradável, principalmente quando se tem medo de lugares pequenos, fechados, ou qualquer tipo de coisa que descreva claustrofobia. Os passos impacientes em volta da sala que ficava cada vez menor.

 

Afim de confirmar sua teria encostou em uma parede e não sentiu se mover ou ser movida, então pensou que era apenas um surto de sua mente e continuou encostada lá por cerca de uma hora.

 

Um solavanco a tirou do lugar, jogando-a contra a parede e criando um hematoma em sua testa e fazendo-a perder os sentidos por meros segundos, apoiou-se na parede oposta à qual estava anteriormente encostada e esperou a tontura passar, os sintomas da batida já estavam quase extintos quando a parede voltou a se mexer, dessa vez deixando-a com nenhum espaço para se mover, seu corpo já não se mexia mais e ela não se mantinha em pé. Sentou na cadeira e esperou por sua dolorosa morte.

 

O barulho, agora evidente, do movimento das placas de metal a fazia perder todos os sentidos, sentiu seu corpo ser esmagado por dois pesados pedaços de ferro e sua respiração se tornou falha, seu maior medo havia se concretizado, ela seria morta por um espaço pequeno demais para ela mesma. Sua respiração falhou de repente, sem avisar e as paredes terminaram de esmagar todos os  frágeis ossos de seu corpo. A sala voltou a abrir suas paredes e logo já estava de volta a seu tamanho original

 

A porta foi aberta e ela foi tirada de lá, infelizmente já sem vida. Meses de investigações e nada fora descoberto sobre sua morte. Nathan Müller ficara responsável por continuar a investigação do possível homicídio cometido ali mesmo, na cadeira em que o jovem se encontrava sentado.

 

Mas ninguém desconfiava do real assassino, ninguém desconfiava de seus motivos, que essa menina havia tomado tanto de seu precioso tempo e que essa pessoa misteriosa acabaria matando-a.


Notas Finais


Olha só, 1600 palavras certinha, haha, que irnonico, ficou até pequeno.


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