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História Feeling and Desire - Capítulo Um


Escrita por: andressavargass

Notas do Autor


Avisinhos de primeiro capítulo :D
Essa é uma fic longa e de ritmo lento, então, paciência.
Conforme as coisas forem se desenrolando vocês vão entender o que está acontecendo e o que já aconteceu com cada personagem, fiquem tranquilos!
Se tiverem alguma dúvida, perguntem e eu respondo quando postar o próximo capítulo.
Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Um


É uma verdade universalmente conhecida que um bruxo solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de esposa.

Esse é um mantra que Arthur Weasley ouve sua esposa repetindo por quase trinta anos, mas não tem coragem de dizer a ela que não passa de uma fabulação de sua cabecinha insana. Ele mesmo poderia nomear muitos homens ricos e solteiros que estavam bem longe de estar procurando uma esposa. Porém, de acordo com Molly Weasley, sua ilustríssima senhora, cada jovem com esses atributos no país é um pretendente em potencial para a sua querida filha caçula, Ginny.

Ginny nasceu no verão de oitenta e um, e é a primeira mulher Weasley por nascimento em sete gerações. E devo confessar que o mérito por essa façanha é todo da esposa de Arthur, que apesar de totalmente maluca, é um exemplo de determinação. Molly não descansaria enquanto eles não tivessem sua menina, e nem mesmo depois de cinco tentativas e seis garotos, ela desistiu. Portanto, Ginny é a sétima e última herdeira Weasley.

Para o orgulho do pai e o tormento de Molly, ela não compartilha das ideias loucas da mãe. Pelo contrário, é uma garota forte, independente, um tanto quanto geniosa, mas com uma tendência espetacular para ver o melhor em qualquer pessoa, mesmo quando elas mesmas não conseguem enxergar. E talvez o fato de ter crescido entre seus seis irmãos tenha inflamado ainda mais seu desejo por independência.

Bom, vamos voltar à obsessão de Molly por homens ricos e solteiros, o que faz Arthur questionar verdadeiramente os motivos que a levaram a se casar com ele. Afinal, quando eles se conheceram, ele não era nem tão rico e nem tão solteiro, mas esse é um assunto para outro momento.

Enfim, mesmo que os sentimentos dos jovens de hoje sejam completamente desconhecidos por Molly, ela acredita que se um rapaz bem afortunado, bonito e sozinho se fixa em uma nova localidade (mais precisamente na sua vizinhança), é como uma verdade completamente irrefutável, que ele é uma propriedade exclusiva de Ginny.

E é por isso que ela está em verdadeira ebulição, aos saltinhos e assobios, desde que Arthur chegou do trabalho no fim da tarde de hoje.

- Arthur, querido – ela chamou energicamente – Não sabe que notícia ótima Fred nos trouxe hoje, estou tão animada que mal consigo respirar.

- Não me diga que ele e George resolveram se mudar? – ele perguntou casualmente, apenas para não perder o hábito de irritá-la. Fred e George são respectivamente os seus, quarto e quinto filhos. Nascidos gêmeos e com um talento extraordinário para enfiar-se em confusões. Confusões que ultimamente tem terminado em processos judiciais não muito favoráveis para a família.

- Oh não, bobinho. Fred me contou que Netherfield foi finalmente alugada! Você sabia disso Arthur?

Arthur fez que não com a cabeça, enquanto fingia não desviar a sua atenção da coluna de Barnabas Cuffe no Profeta Diário, mas aqui entre nós, ele não estava prestando nenhum pouco de atenção no seu jornal.

- E não sente nem um pouco de curiosidade para saber quem seria o locatário? – Molly perguntou perdendo a paciência.

- Molly, amor – Arthur suspirou e fechou o jornal puxando a esposa para o seu colo – Você sabe que assuntos como esse não me interessam, mas se me deixar a par desta novidade fará você mais feliz, sou todo ouvidos.

Ela sorriu abertamente e passou os braços em volta do pescoço do marido aconchegando-se melhor sobre ele, antes de atender ao seu “convite”.

- Fred disse que Netherfield foi alugada por uma família americana muito rica. Bom, não exatamente uma família. Um casal de irmãos foi o que ele disse. O rapaz chegou na segunda-feira e encantou-se imediatamente com nossos ares escoceses.

- E como ele se chama?

- Harry Potter.

-Potter? Esse não era o nome daquele rapaz que...?

- Oh querido! – Molly deu um pulinho e pensou por um instante, ela tem uma memória incrivelmente invejável para uma mãe de sete – Você tem razão! Se bem me recordo foi um Potter que...

- Sim, eu me lembro dele – Arthur recordou com desgosto – Era um bom rapaz.

- Sim, ele era – Molly falou sem se deixar abalar – E talvez esse rapaz seja o filho dele, ou um sobrinho.

- E ele não é casado?

- Não – ela bateu palminhas animadas – Solteiro e podre de rico! Ah, Arthur, que coisa boa para Ginny, não é?

- Molly, amor – ele hesitou um segundo antes de continuar – De que maneira isso deveria afetar nossa filha?

- Ora essa, Arthur! – replicou a senhora Weasley – Não se faça de desentendido. Imagine só, nossa filha mais nova como senhora de Netherfield! Não seria ótimo?

Nosso querido senhor Weasley riu calorosamente da confiança quase inocente de sua esposa. Apesar de algumas vezes ele ficar um pouco preocupado com esse seu lado ambicioso.

- Como pode pensar algo assim? Nós sequer conhecemos esse garoto, nem mesmo sabemos quais são as intenções dele ao se instalar aqui.

- Intenções?... Isso é bobagem. É muito provável que ele se apaixone por Ginny assim que a vir. E além do mais, para conhecermos o rapaz você deveria ir visita-lo.

- Eu? – finalmente Molly tinha conseguido deixar seu esposo um tanto quanto desconcertado – Por que eu, Molly? Você pode ir com as meninas! Aliás, melhor ainda, deixe que elas se apresentem sozinhas... Eu posso ficar com ciúmes da minha mulher visitando outros cavalheiros.

A senhora Weasley abafou uma risadinha convencida e escondeu o rosto no ombro do marido.

- Eu já tive os meus dias – ela afirmou presunçosamente – Mas depois de sete filhos, duvido muito que algum cavalheiro perca o tempo dele olhando para mim.

- Não fale assim – ele ronronou, beijando seu pescoço – Você ainda é a mulher mais linda que eu conheço. Mesmo depois de toda a nossa prole.

Um pouco enrubescida, Molly empurrou a cabeça de Arthur levemente para afastar seus lábios do próprio pescoço.

- Arthur. Arthur!  – ele gemeu em frustração quando foi obrigado a se afastar – Estou falando sério querido, você realmente deveria visitá-los.

- Molly, eu não vou fazer isso.

- Como não? – ela empertigou-se com a falta de rodeios do marido – Pense em sua filha. Que ótimo partido esse Potter seria para Ginny! E imagine só, que sorte se a irmã dele também encantar-se por um de nossos meninos. Não seria excelente Arthur?

Arthur riu novamente, mas dessa vez foi mais por desapontamento em ter de dar continuidade àquele assunto enfadonho do que qualquer outra coisa.

- O seu excesso de confiança sempre me surpreende – ele falou – Tenho certeza que os Potter ficarão encantados em receber você e as garotas.  Além disso, eu enviarei uma coruja a eles dando a minha permissão para que se casem entre os membros da nossa família como bem entenderem. Embora, talvez eu deva acrescentar um pequeno elogio a Hermione.

A cor desapareceu tão subitamente do rosto rechonchudo de Molly, que por um momento Arthur temeu que ela desmaiasse. Felizmente, para o segmento de nossa narrativa, isso não aconteceu.

- Querido, eu amo Hermione como se fosse uma filha, mas acho que ela não aprovaria que você fizesse uma coisa assim, além do que, eu suspeito que ela esteja afeiçoada por Ronald.

- Mais um motivo para tentarmos persuadi-la a outro rapaz. Ron pode ter um coração grandioso, mas é tão tolo quanto qualquer rapaz da idade dele. Hermione merece alguém melhor.

Molly pulou do colo matrimonial tão rápido quanto uma coelha e imediatamente olhou para seu esposo como se ele fosse um monstrengo cruel e sem coração.

- Arthur Weasley, como você pode falar mal do seu próprio filho? – ela cuspiu furiosa.

- Eu não estou falando mal dele, querida – Arthur explicou sem se afetar muito – E eu também amo Hermione como uma filha, é por isso que eu sei que Ron não é o rapaz certo para ela.

Isso era verdade. Os Weasleys praticamente criaram Hermione, desde que seus pais sofreram um acidente e desapareceram há quase cinco anos. E eles a amavam da mesma maneira que amavam todos os seus sete filhos, mas Arthur sempre se preocupou com o particular interesse dela por Ron. Não que seu filho fosse alguma espécie de troll montanhês, mas Hermione era uma moça inteligente e de uma vivacidade incrível, e ele odiaria vê-la presa a um casamento que com certeza estaria fadado ao fracasso com alguém tão imaturo.

- Ora essa! – ela grunhiu – Você não tem um pingo de consideração com os meus nervos.

- Está equivocada, amor. Tenho muito respeito e consideração pelos seus nervos. São meus estimados companheiros há exatos vinte e nove anos.

- Oh Arthur – ela lamentou chorosa – Você não sabe o quanto ser uma mãe de família é difícil.

Molly conseguia aguçar a curiosidade de seu esposo como ninguém, mesmo após todos aqueles anos juntos. Irritada e tempestuosa num instante, e sensível magoada no minuto seguinte. Risonho, ele levantou-se e enlaçou sua cintura, ela era uns bons centímetros mais baixa do que Arthur, por isso ele não teve grande dificuldade em beijar-lhe o topo da cabeça.

- Você é a melhor mãe de família que eu conheço – ele sussurrou, mas ela se recusou a lhe devolver o abraço e muito menos o beijo – Vamos, Molly. Não fique tão aborrecida, eu tenho certeza que Ginny ainda terá oportunidade de conhecer muitos rapazes milionários na vida.

A esposa, magoada, se contorceu para livrar-se dos braços do senhor Weasley e afastou-se bruscamente, fungando e limpando os olhos. E ele fingiu não perceber que seus olhinhos perspicazes estavam completamente secos e se limitou a fitar-lhe com as mãos enterradas nos bolsos da calça.

- De nada adiantará que ela conheça mil rapazes milionários, se você não se esforçar para ser minimamente gentil! – Molly sentou-se em uma velha poltrona que estava próxima e enxugou mais uma lágrima imaginária.

- Eu te garanto querida – Arthur respondeu em um tom sério enquanto apertava as unhas nas palmas das mãos para segurar o riso – Que quando esses mil rapazes aparecerem por aqui, serei um verdadeiro gentleman e os visitarei um por um.

A senhora Weasley olhou para o esposo com raiva, no entanto ele apenas gargalhou com a forte sensação de que dormiria no sofá esta noite. É claro que sua experiência de quase três décadas vivendo com ela confidenciava-lhe que isso não passava de uma sensação boba.

É que era simplesmente inevitável para Arthur deixar de aborrecer sua querida Molly.

E por saber disso melhor do que qualquer pessoa, ela levantou-se bruscamente e começou a castigar algumas panelas na cozinha enquanto ele finalmente conseguiu um pouco de paz para ler seu bom e velho jornal.


Notas Finais


Me contem o que vocês acharam!
Beijinhos e até o próximo cap :3


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