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História Feeling and Desire - Capítulo Doze


Escrita por: andressavargass

Notas do Autor


oieee amores,
depois de um leve sumiço aqui estou eu na cara de pau postando um capítulo como se nada tivesse acontecido 😬
espero que a espera compense 😉
divirtam-se 😘

Capítulo 12 - Capítulo Doze


A manhã de segunda-feira trouxe intensas novidades (Não que Hermione tivesse acompanhado tudo em primeira mão porque ela esteve misteriosamente apagada durante metade do tempo). Aparentemente Ginny tinha acordado bem disposta e faminta, o que representava uma obvia mudança em seu estado geral, no entanto Snape insistiu para que ela permanecesse na cama por mais tempo, e isso resultou em uma demonstração irritante de birra e teimosia.

Felizmente para a saúde mental de todos, havia um Harry Potter cheio de entusiasmo inocente, ansioso para manter Ginny entretida até que ela estivesse boa o bastante para saltitar para cima de outra vassoura infernal e tentar morrer de novo. É claro que isso dava à Hermione alguns momentos de paz, o ponto negativo, afinal estamos na vida real e nada pode ser perfeito, é que Ginny e Harry estavam se bajulando há mais de uma hora, e ela estava muito certa de que se não desse privacidade à eles imediatamente, estaria se afogando em melaço muito em breve.

Consequentemente, a biblioteca de Netherfield foi uma descoberta interessante. Hermione mantinha-se em segurança lá desde a metade da manhã, explorando a sessão de romances históricos, estando inteiramente perdida no tempo. Ela já esperava algo grande considerando todo o estilo arquitetônico da casa, mesmo assim perdeu o fôlego quando abriu a porta. A decoração era clássica, exatamente como uma biblioteca deveria se parecer: com madeira escura e lustrada cobrindo a maior parte das paredes, e prateleiras largas chegando facilmente até o teto, com tantos livros quanto elas poderiam suportar. Definitivamente o seu tipo de ambiente.

Na verdade, neste momento ela estava na parte de trás e menos iluminada da biblioteca, já que cômodo não tinha nenhuma janela e o único lustre não projetava luz suficiente para os fundos. Talvez por isso ela não tenha se dado conta da presença de outra pessoa ali até ouvir passos em algum lugar. Andando com desconfiança, ela espiou por trás da madeira até ver Snape escolher um livro e se acomodar confortavelmente no divã, acendendo um abajur ao lado para auxiliar na leitura.

Ela sorriu levemente por pegá-lo distraído e relaxado.

Bem, por “relaxado” Hermione queria dizer que Snape estava mais como o Bruce Wayne descaracterizado do que como Batman propriamente dito. A verdade é que ele nunca parecia estar tranquilo. A carranca estava com ele quase que o tempo todo e só era possível identificar um pouco do seu humor quando ele falava, mesmo assim ele não dizia muito além do estritamente necessário e quando isso acontecia não usava mais do que cinco ou seis palavras.

Também havia o fato de que ele sempre parecia estar pronto para algo como uma conferência internacional. Quero dizer, aparentemente a sua noção de roupas casuais consistia basicamente de terno e gravata, e Hermione imaginava o que ele usaria se um dia precisasse visitar a rainha ou algo assim.

Então foi quase um choque vê-lo enfiado em um traje menos formal naquele momento. Tudo bem que o seu suéter ainda era algo digno do Riquinho Rico, mas pelo menos ele tinha se livrado do casaco e da maldita camisa social.

Havia um pequeno sulco de concentração em sua testa enquanto ele lia, o que, em vez de dar a ele uma aparência mais austera, fazia exatamente o oposto. Sentindo a curiosidade se contorcer dentro dela, Hermione apertou os olhos e tentou bisbilhotar o título que estimulava tanta atenção, mas foi inútil. E mesmo que a luz estivesse a seu favor, ela não teria tido tempo para descobrir nada, porque um pequeno e inusitado incidente acabou por entregar sua posição ao inimigo.

(Oh, não se preocupe, Hermione não mais odeia Snape, ela só está brincando).

O problema era que, aparentemente aquela biblioteca esteve fechada tempo demais. Hermione havia reparado na grossa camada de poeira acumulada sobre as prateleiras logo que entrou, mas ela não tinha dado a isso grande importância. Ela estava com os Weasleys há quase cinco anos agora e, nesse período, nunca ouvira falar de nenhum residente em Netherfield, por isso não era de surpreender que as coisas estivessem assim, embora ela acreditasse que, se tratando de bruxos, isso já poderia ter sido resolvido.

Mas talvez ela devesse ter prestado mais atenção...

Veja bem, não é como se Hermione fosse uma garota que perdia a compostura por causa de insetos. Mas ela tinha um problema real com ratos. Primeiro, porque eram mamíferos e não insetos e, segundo, porque eles tinham a péssima mania de se esgueirar pela sujeira e ela não conseguia sequer pensar sobre os lugares horríveis em que podiam andar. Além disso, Ron tinha um rato velho que era uma chateação constante em sua vida. Não por causa do rato, mas porque ele e Croockshanks, seu gato, viviam em pé de guerra, e isso resultava em Ron atormentando-a toda vez que Scabbers decidia se enfiar em algum buraco sinistro. E foi por isso, senhoras e senhores, que quando os minúsculos pezinhos fizeram cócegas na parte de cima de sua mão e Hermione finalmente registrou o que estava acontecendo, ela gritou.

Foram exatos dez segundos até que Snape registrasse o uivo e estivesse ao lado dela. Ele a pegou pelos ombros e havia um pouco de espanto nos olhos escuros quando ele perguntou à ela sobre o que diabos tinha acontecido. Hermione não respondeu, porque estava sentindo o coração tentar saltar para fora do corpo e porque ela ficou realmente ofendida por suas pernas estarem tremendo quase como varas verdes por culpa de um rato.

Como ela não teve nenhuma reação imediata, Snape repetiu a pergunta com impaciência e a sacudiu levemente. Extremamente envergonhada pelo pequeno momento histérico, Hermione permaneceu imóvel, mas não pôde evitar quando uma risada intensa explodiu em sua garganta, piorando sua situação.

Eu juro que ela até tentou prender o riso, mas a situação era simplesmente absurda demais para manter a dignidade intacta. Ela não tinha uma crise tão constrangedoramente longa há muito tempo. Na verdade a última vez tinha sido no baile de inverno do quarto ano, minutos antes de ela dar o seu primeiro beijo. Mas nada absolutamente comparado ao que estava acontecendo agora.

Snape continuou segurando-a e olhando para ela como se ela tivesse finalmente sucumbido à loucura. Sua expressão era o meio-termo perfeito entre desacreditado e apreensivo. Hermione respirou fundo e se concentrou na expressão zangada dele para se forçar a parar com o show.

- Isso é algum tipo de brincadeira? – ele perguntou finalmente.

- Eu sinto muito – ela balançou a cabeça e respirou fundo novamente antes de continuar – Eu... eu realmente não faço esse tipo de coisa.

Snape franziu a testa e olhou em volta, parecendo um pouco desconfiado.

- O que aconteceu? – ele perguntou, tirando a mão dela.

- Um rato – Hermione respondeu e limpou a garganta, tentando não retomar sua demonstração de idiotice.

- Um rato?

- Sim – ela apertou os lábios e colocou uma mão na frente da boca, prendendo outra risada – Eu não queria incomodá-lo. Eu estava apenas andando e ... Jesus, um rato apareceu em cima de mim! Eu me assustei mais do que deveria, é tudo, eu juro.

Severus olhou para ela com um vinco entre as sobrancelhas por um momento, como se avaliasse qualquer possibilidade de estar ou não, sendo ridicularizado. Hermione não podia culpá-lo, dado o seu comportamento no pub há poucos dias (ela gostaria de dizer, em sua defesa, que na ocasião ele merecia). De qualquer forma, a conclusão deve ter sido satisfatória, desde que ele assentiu e resmungou algo sobre uma dedetização mal sucedida na semana anterior.

Tentando empurrar o embaraço para o fundo de sua mente, ela finalmente parou para prestar um pouco de atenção a Severus. Não surpreendentemente, ele estava de volta ao seu rosto mal-humorado, mas pelo menos agora ela podia facilmente ver o título do volume que ele estava lendo.

- Macbeth? – ela perguntou instintivamente.

Snape encolheu os ombros e abriu o livro, a página onde tinha sido interrompido ainda marcada pelo polegar.

- Não tive a oportunidade de ir longe – ele disse ironicamente, mas Hermione não se importou.

- Eu nunca conheci um bruxo que lesse Shakespeare antes. 

- O que significa que seu círculo social precisa de uma revisão.

Hermione riu um pouco. Desta vez como uma pessoa normal.

- Eu tenho certa afeição pelos romances franceses – ela disse casualmente – Mas como uma boa sabe-tudo, acabo lendo um pouco de tudo.

Hermione levantou os olhos da cópia de Macbeth para encarar Snape. Surpreendentemente os olhos dele estavam cravados nos dela agora. Ainda havia um pouco de “snapismo” em sua expressão, mas o brilho dos olhos era completamente inusitado. Engolindo, ela percebeu que ele não tinha se afastado dela ainda. Na verdade, ele estava tão perto que seus pés estavam quase se tocando.

- Você me fará pagar por isso todas às vezes que nos encontrarmos, suponho – ele disse um pouco baixo demais, profundo demais e rouco demais para a sanidade de Hermione .

- Apenas o suficiente para você não ousar repetir – ela também estava falando mais baixo, e completamente séria, quase como uma versão alternativa daquela que tinha lágrimas de riso em seus olhos momentos atrás – Você foi perdoado por isso quando ajudou Ginny, e eu estou fingindo que você não colocou sono sem sonhos no meu chocolate ontem à noite.

O cretino apertou o canto da boca, sequer se atrevendo a negar e Hermione lutou consigo mesma para não suspirar quando ele se aproximou um pouco mais, seu nariz à poucos centímetros do dela (não que isso fosse extremamente difícil, já que ele tinha certa vantagem nesse ponto), sua respiração fazendo cócegas leves em suas bochechas.

- Você parecia cansada.

Ok. Talvez ele não tenha dito exatamente essas palavras e... Tudo bem, você venceu. Hermione estava muito concentrada no movimento dos lábios dele para ouvir o que quer que fosse. Ela sabia que eles haviam recuado e depois estreitado pelo menos três vezes enquanto ele falava, e houve uma pequena contração para o centro da boca antes que ela tivesse um pequeno vislumbre de sua língua, quando Snape a usou para discretamente molhar o lábio inferior.

Ela não notou, e provavelmente negaria até a morte se alguém a confrontasse sobre isso, mas Hermione também lambeu os lábios. Certo. Agora ele estava ainda mais perto. E ela também negaria isso até a morte se fosse necessário, mas havia uma suspeita no fundo de sua mente que, desta vez foi ela quem se aproximou.

O coração de Hermione não estava acelerado, no entanto. Na verdade seu corpo inteiro estava em um estado de êxtase quieto. Snape deu outro de seus sorrisinhos medíocres que ela sequer sabia se realmente se tratava de um sorriso, mas isso não importava agora, porque os olhos dele estavam ainda mais escuros, e ele estava se inclinando para ela, e ainda havia o maldito cheiro fresco e amadeirado saindo de suas roupas e...

- Severus, você está aqui? – Luna gritou da porta e tanto Hermione como Snape deram um passo desajeitado para trás. Foi tão repentino que aparentemente ele chutou uma prateleira.

- Droga, Luna – ele resmungou, virando-se para a porta – Eu espero que você tenha um excelente motivo para isso.

Luna tinha seguido o som e rapidamente estava com eles. Havia qualquer coisa urgente em suas feições e na sua voz, e ela olhou para Snape como se ele fosse algum tipo de tábua de salvação. Se houve alguma percepção de qualquer complicação entre e Hermione e Severus, Luna teve a cortesia de não dizer nada.

- Na verdade eu tenho... – ela choramingou.

- Ginny?? – Hermione correu para frente, instantaneamente preocupada.

- Não – Luna balançou a cabeça e engoliu em seco – É a tia Petunia, Severus. Ela e tio Vernon estão na porta e... e bem... Aparentemente, eles trouxeram malas.


Notas Finais


e então? deu pra sentir um gostinho? ❤
haha, eu sei, eu sei
mas a gente tá só no começo, então patience 😌
bjinhos e vejo vcs no próximo 😘😘


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