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História Feels Like Home - Capítulo 17 - Epilogue


Escrita por: GuaxiLexa

Notas do Autor


Boa leitura amorzinhos. -- E desculpem os erros.

Capítulo 17 - Capítulo 17 - Epilogue


Aden Griffin-Woods, nasceu as 04:17 da manhã no dia 2 de abril, pesando 3 Quilos. Ele é loiro, como seu doador de esperma, o qual ele nunca conheceu, mas também como uma de suas mães. Ele tem olhos verdes brilhantes que são quase comicamente sérios e fazem suas duas mães terem um grande ataque de risos toda vez que ele aperta os olhinhos.

 

 

 

                                                     * * * * *

 

                                             1 ANO DEPOIS

 

                                                    * * * * *

 

Era um dia de primavera perfeito. Não havia nenhuma nuvem no céu durante toda a tarde de sábado. Os ventos estavam tranquilos, passando como um ar fresco pela multidão. Mesmo com a noite caindo e o tempo ficando um pouco frio, o clima ainda estava perfeito. O local principal, onde a maioria das mesas e cadeiras foram colocadas para o jantar, foram iluminadas pela luz dourada e tremulas de velas e algumas lâmpadas que foram penduradas ao lado. Todos tiraram fotos do lado de fora, quando o sol se pôs, o brilho dourado do crepúsculo tinha iluminado cada árvore e arbusto do Jardim Botânico. Clarke chamava de (Hora de ouro). Era o tempo ideal para fazer uma pintura. Havia um mar de pessoas juntas, bem vestidos e felizes, dançando a música que soava pelo alto-falante. Foi uma ocasião especial e não poderia ter sido um dia e noite mais perfeito para todos ali.

Lexa fez seu caminho através da multidão, com uma bebida em cada uma de suas mãos. Ela levantava acima das cabeças das pessoas que estavam fazendo seu caminho para a pista de dança ao ar livre, que tinha sido criado entre um enorme par de árvores, o tipo de árvore cujas raízes estavam tão enraizadas, que torciam em forma de espiral no chão. Havia crianças correndo ao redor e Lexa reconheceu os gêmeos de Anya, quando eles passaram correndo e rindo, pareciam estar em algum tipo de brincadeira na qual eles precisavam se mover bem rápido.

Ela evitou um grupo de membros de sua família, que estavam reunidos em pé, conversando enquanto observava as pessoas na pisca de dança. Eles sorriram quando ela passou e Lexa sorriu de volta.

Ela encontrou Clarke encostada em uma mesa do outro lado da pista de dança, rindo com uma garota de cabelos negros que Lexa reconheceu imediatamente.

- Raven – Ela disse em forma de saudação. – Eu não sabia que você estava aqui.

Raven deu de ombros com um sorriso em seu rosto. – Eu tentei fugir disso. Mas Octavia me ameaçou fisicamente caso eu não viesse.

Clarke assentiu com um sorriso de canto nos lábios. – Se tornar amiga de Octavia é mais que um compromisso, vai ser como um casamento que vai durar por toda sua vida.

Raven revirou os olhos. – Onde estava esses conselhos meses atrás? Ela não podia só ganhar o caso da minha empresa de engenharia, como toda advogada faria sem me envolver nessa confusão? Ela teve que ir em frente e se tornar minha amiga também?

- Ela é boa em fazer esse tipo de coisa. – Clarke disse e sorriu para Lexa, aceitando a bebida de forma agradecida de sua mão.

- Eles formam um casal bonito, apesar de tudo. – Raven disse, acenando com a cabeça para a pista de dança. Lexa seguiu a sua linha de visão e viu Lincoln e Octavia se mexendo juntos no centro da multidão. Seu coração ficou aquecido com a visão de seu primo sorrindo amplamente e rindo ao mesmo tempo de alguma coisa que Octavia deve ter dito. E por sinal, ela estava linda em um vestido branco moderno, mas elegante.

Octavia tinha convidado a maioria das pessoas que trabalhavam na empresa e Lincoln convidou toda sua família, que a princípio parecia um erro, tudo iria ser feito apenas no civil. Mas mesmo a família Woods não iria tentar criar ou causar uma cena em um casamento. Ela assistiu Anya chorar um pouco durante a cerimônia e observou Indra olhar com orgulho para seu primo. Lexa sentia que a família Woods deu um suspiro coletivo de alívio quando Lincoln finalmente mostrou sinais de que iria se estabelecer. Ela também suspeitava que eles deram um suspiro menor e mais sutil de alívio quando ela mesmo tinha se estabelecido.

Raven estava olhando para algo no outro lado do salão e acenando para alguém que Lexa não conhecia. – Eu tenho que ir ali – Raven suspirou. – Vejo vocês duas mais tarde – Ela se levantou e se afastou, indo em outra direção enquanto Clarke lhe deu uma rápida despedida. Raven tinha sido uma adição inesperada para a vida de todos. Clarke havia mantido contato com ela durante todo esse tempo e agora todos viraram amigos íntimos. Muitas pessoas podem achar isso bizarro, se torna melhor amiga da mulher na qual seu Ex te traiu, mas esse era o tipo de pessoa que Clarke era.

Falando em Clarke, Lexa observou como sua menina de cabelos loiros estava totalmente perfeita hoje à noite, usando um vestido que correspondia ao de todas as outras damas de honra, ele era de cor lavanda e parecia tão suave e gracioso como Clarke. Seus cabelos loiros caíam em ondas soltas, a parte superior tinha sido amarrada em um coque, em algum momento após a cerimônia. Clarke sorriu para Lexa quando a morena se sentou ao seu lado, a loira chegou mais perto e escondeu seu rosto na curva do pescoço de Lexa.

- Eu acho que a gente devia ligar de novo, Clarke. – Lexa disse, perfeitamente séria.

Clarke tirou seu rosto de onde estava, dando um rápido beijo lá antes de sair e olhou diretamente para ela. – Não.

- É só para ter certeza que está tudo bem – Lexa insistiu, sorrindo quando viu Clarke revirar os olhos.

- Tá tudo bem, Lex – Ela disse, diversão tingindo o seu tom de voz quando ela deu um olhar de reprovação falsa para Lexa. – Eu sei disso porque só faz 15 minutos desde nossa última ligação e eu não acho que o mundo acabou nesses quinze minutos.

- Você não pode ter certeza disso – Lexa disse com uma risada. – Esse lugar é tão longe e tranquilo, o mundo poderia ter terminado e a gente nunca iria descobrir. – Ela olhou para as árvores, sendo iluminadas pelas estrelas do céu. – Eu nunca vou entender o motivo de Octavia pra fazer isso tão longe da cidade. – Lexa disse fazendo um biquinho.

- Não é tão longe – Clarke riu e se aproximou, dando dois rápidos selinhos no lábio inferior de Lexa. – Além disso, o lugar é muito bom. O ar é fresco e limpo.

Lexa suspirou sentidos os lábios da loira. – Também temos ar limpo na cidade. – Ela protestou mantendo o beicinho. 

Clarke riu dela e se inclinou novamente, mas dessa vez deu um beijo em sua bochecha, quando voltou a olhar a morena, ela roçou as pontas de seus narizes e tinha um sorriso em seu rosto. – Eu ainda acho que devemos ligar.

Clarke suspirou. – Ele deve estar dormindo. Eu não quero que o barulho acorde ele.

- Eu espero que a babá não tenha tido problemas para por ele pra dormi. – Lexa disse de forma preocupada. – Sua tosse pode ter piorado. 

- O médico disse que era apenas um resfriado – Clarke lembrou a ela de forma suave. – Eu tenho certeza que ele está bem, Lex. – Clarke passou seu braço em torno da cintura da morena e puxou ela para mais perto. A pressão do braço de Clarke aliviou a corrente de estresse de Lexa. Elas não tinham deixado o apartamento por tanto tempo assim depois que ele nasceu e faziam 10 horas agora. Mesmo antes, nas poucas vezes que elas chamavam uma babá, nenhuma delas iriam para um lugar muito distante ou ficava por muito tempo longe. Era como uma corda invisível, amarrada nas duas impedido elas de irem longe demais. Bom, talvez não tão invisível, essa corda tinha cabelos loiros finos e olhos verdes brilhantes.

- Eu sei que ele está bem – Lexa disse, suspirando o cheiro que emanava do cabelo de Clarke. – Mas isso não significa que eu possa controlar minha preocupação.

- Eu espero que esse resfriado suma já na próxima semana – Clarke cantarolou pensativamente.

- Eu ainda não consigo acreditar que você organizou uma festa de aniversário para comemorar um ano de idade – Lexa sacudiu a cabeça sorrindo e dando um leve beijo na têmpora da Loira.

Clarke sorriu, aquele brincalhão meio sorriso que Lexa amava tanto. – É melhor você ter cuidado, eu posso não te convidar pra essa festa.

Lexa riu enquanto colocava um braço em torno de Clarke, puxando a loira para mais perto ainda, agora elas estavam praticamente coladas uma na outra, sentadas em uma mesa vazia. A festa estava apenas começando, a cerimônia em si já tinha acabado a algumas horas atrás. Aqui tinha todas as pessoas que Lexa se preocupava, rindo e conversando, e sentada ao seu lado, estava a pessoa mais perfeita que ela já tinha conhecido e só o pensamento disso, fazia seu coração inchar com o contentamento. O que eu fiz para merecer isso? Lexa perguntou para si mesma. O que eu fiz para merecer Clarke?

A um ano, Lexa começou a viver uma vida que não se consistia apenas em trabalho. Ela queria um bebê porque estava sozinha e preocupada por que sua vida estava passando rápido demais. E agora ela tem uma vida que ela nunca sequer tinha imaginado que queria, ela tinha uma família que ela não poderia imaginar ficar um dia sem. Clarke e Aden, eram as coisas mais importantes para ela agora. E ela já tinha decidido há muito tempo que uma vida gasta com esses dois, seria uma vida bem gasta.

Ela olhou para Clarke, que tinha um pequeno sorriso em seu rosto enquanto observava com precisão a pista de dança. Uma música diferente tinha chamado todas as pessoas para a pista, eles estavam mexendo seus pés um pouco mais rápido, rindo e dançando com seus pares. Lexa se contentou em assistir como a luz da vela cintilava no rosto de Clarke, iluminando seus olhos azuis com um brilho dourado. Ela olhou em volta para se certificar que mais ninguém estava por perto, foi tudo tranquilo, a maioria estava dançando, alguns estavam comendo ou bebendo. Ela suspirou, olhando de volta para a mulher em sua frente, se aproximou e deu um beijo no canto da boca de Clarke.

Clarke olhou para ela com um sorriso questionador, antes de fechar a distância novamente e pressionar seus lábios juntos, pedindo entrada para a boca de Lexa com sua língua, se movendo devagar e preguiçosamente contra a morena. Lexa sorriu sob o beijo. Ela tinha certeza que nunca iria se cansar de Beijar Clarke, não quando esses beijos sempre enviavam ondas de calor e felicidade por todo seu corpo, fazendo seu coração gaguejar sempre que sentia o gosto da Loira.

Assim que se separaram, Clarke tinha um olhar escuro e caloroso, como se não quisesse ter que se separar de Lexa. A morena conhecia bem esse sentimento.

- Você sabe que ninguém vai sentir a nossa falta – Lexa sussurrou, passando seu nariz pela bochecha da loira. – A gente poderia sair de fininho, ninguém iria notar.

Clarke virou um pouco a cabeça, sorrindo e Lexa se inclinou para beijar seus lábios, passando sua língua pelo lábio inferior da loira e puxando ele com os dentes, só porque ela sabia que podia. Clarke retribuiu o beijo e suspirou sentindo a língua e a mordida da morena. – Você quer ir agora? – Ela disse, com um olhar provocativo e mordendo seus próprios lábios ao ver que o olhar da morena foi para eles.

Lexa pressionou a loira mais perto dela, apesar de já não existir um espaço entre elas. A tentação estava explodindo em sua pele e ela queria apenas puxar a loira para outro lugar e se sentir o corpo dela pressionando o seu, mas havia muitas pessoas ao redor, apesar de tudo, isso era um casamento. Estava cheio de amigos e familiares. Clarke se afastou um pouco, seu sorriso ficava cada vez maior e Lexa bufou pela perda de contato, o que fez Clarke dar uma risada contagiante. – Sim, eu quero ir agora – Lexa disse, insistentemente, se inclinando para beijar a Loira.

Mas em vez disso, Clarke se esquivou do beijo e ficou de pé. – Ok – Ela disse.

Lexa se viu dizendo seu adeus a Octavia e puxando Lincoln para um abraço apertando, usando a desculpa que elas precisavam desesperadamente aliviar a babá, a morena já estava calculando a distância daqui até a cidade, e seu apartamento.

Elas decidiram não esperar chegar ao apartamento.

Em vez disso, Clarke estava sentada entre as pernas de Lexa no seu banco traseiro, em cima da morena, passando seus lábios pela curva do pescoço de Lexa. A Cabeça da morena caiu para trás, seus olhos estavam fechados, sua respiração acelerada e suas mãos indo ao encontro da cintura de Clarke, ficando firme lá e fazendo um movimento de ir para frente e para trás. Um pequeno gemido escapou dela quando Clarke abafou seu próprio gemido na curva do pescoço da morena e subiu um pouco para beliscar com a boca o redor da orelha de Lexa.

Lexa viajou com suas mãos pela extensão do corpo da loira, até a barra final do vestido de Clarke, e depois subiu ela por dentro dele, Clarke continuava os movimentos que Lexa iniciou, sempre procurando por mais e mais atrito. A morena deu um aperto suave nas coxas da loira, reposicionando seu braço, Lexa passou seus dedos pela calcinha de Clarke e sentiu o engate da respiração da loira duplicar. Ela já estava sentindo a umidade de Clarke se misturando com a dela, separadas apenas pelo pano de ambas as calcinhas, Lexa afastou um pouco sua intimidade da de Clarke e recebeu uma bela careta vindo da loira, em outro momento ela até teria rido da impaciência de Clarke, mas agora ela só queria sentir mais do seu amor.

Lexa não perdeu tempo e afastou a calcinha de Clarke, colocando ela de lado e de forma suave penetrou dois de seus dedos, sentindo o suave calor da loira. A boca de Clarke de abriu em um O mudo, e se fechou com um gemido entredentes, ela mordeu seus lábios para segurar o grito quando Lexa começou a mover seus dedos dentro dela e apertando sua coxa contra a outra mão.

Na primeira vez que aconteceu, foi mais silencioso e suave, Lexa achava Clarke a pessoa mais linda do mundo, mesmo grávida. Mas não tinha demorado muito tempo para o corpo dela voltar ao normal, suas velhas curvas suaves voltaram com bastante facilidade e todo peso que ela tinha ganhado quando estava grávida, sumiu bastante rápido. O peso que ela tinha ganhado de uma dieta quase exclusivamente de alimentos dos Grounders. Lexa decidiu que não importava, uma Clarke menor, mas enxuta, não-grávida, redonda, maior, grávida. Ela amava qualquer forma daquela mulher.

Lexa acelerou seus movimentos e Clarke começou a se balançar, subindo e descendo, para frente e para trás, rebolando e ganhando uma tremedeira tão grande em suas pernas que ficava alguns momentos paralisada, respirando mais rápido, bem mais rápido. Ela choramingou quando Lexa fez uma pausa, mas se inclinou indo ao encontro dos lábios inchados da outra mulher, pressionando um beijo quente e confuso lá. – Porra, não pare – Ela rosnou perto dos lábios de Lexa e isso foi o suficiente para a morena ver estrelas.

A primeira vez tinha sido o início do que Lexa desejou que durasse todos os dias de sua vida. Ambas grudadas uma na outra, braços e pernas entrelaçados como se a cama fosse muito pequena para elas, embora a cama fosse enorme. Elas compartilhavam um travesseiro, Lexa abraçada contra as costas de Clarke, com seu nariz vagando pela nunca da loira ou enterrados no cabelo loiro, cujo cheiro doce já tomava conta do travesseiro. Acordar com esse cheiro, acordar com a cama quente e com uma mulher ao seu lado era fantástico. Sempre que ela acordava, o sorriso da Loira e olhos azuis sonolentos era a primeira coisa que ela via no dia. Cada dia que passava, Lexa tinha a certeza que nunca iria ter o suficiente de Clarke. Chegava a ser assustador no início, perfeito o suficiente para se tornar assustador.

Lexa começou a mover sua mão de novo, mais rápido e mais forte. Clarke deixou escapar um suspirou e continuou acompanhando os movimentos da morena com seu quadril, as unhas de uma das mãos de Clarke davam leves cravadas no abdômen definido sob o vestido de Lexa, cada vez que a morena chega em um ponto que deixava Clarke louca, ou seja, provavelmente já havia várias pequenas marcas na morena. Clarke subiu suas mãos e manteve as duas contra a mandíbula de Lexa, olhando fixamente para seus olhos verdes. – Eu te amo – Lexa disse, movendo sua mão, mais e mais rápido. – Eu te amo.

Clarke gritou quando chegou no seu ápice, ela se inclinou e puxou Lexa para pressionar a morena contra o assento do carro, ambas respiravam com dificuldade e se olhavam apaixonadamente. Clarke levou suas duas mãos e deixou uma em cada lado do pescoço de Lexa, juntando seus polegares para fazer a morena inclinar a cabeça para trás, a loira passou sua língua da clavícula, subiu pela garganta, mordeu o queixo da morena e enfim chegou em sua boca, beijando sua amada como se nada mais importasse. – Nós temos que ir. – Lexa sussurrou entre o beijo, apesar da pulsação insana entre suas próprias pernas.

- Eu ainda não acabei com você – Clarke cantarolou, puxando Lexa para a morena voltar a sua posição de antes, quase deitada sobre o banco. Subindo o vestido da morena, enquanto mordia seu lábio e dava o olhar mais sexy possível para Lexa. A loira deslizou para fora a calcinha da morena e começou a pressionar beijos no estômago desnudo dela até o local onde Lexa mais precisava. Lexa deixou sua cabeça cair para trás assim que as ondas e choques de prazer vieram até ela.

A princípio foi estranho, dormir em uma cama com outra pessoa depois de estar por tanto tempo sozinha. Estranho, mas incrível. Quando Lexa não conseguia dormir, Clarke iria correr com seus dedos de forma suave sobre os braços nus da morena, suave o suficiente para fazer cócegas e puxar ela para mais perto, por debaixo dos cobertores. Quando Clarke não conseguia dormir, Lexa iria correr os dedos pelas costas da loira, acalmando seus músculos tensos com sua mão suave e palavras doces. Quando ambas não conseguiam dormir, elas ficariam entrelaçadas, se movendo uma contra a outra pelo que parecia ser uma eternidade. Esse tipo de amor era assustador. Assustador saber que alguém tinha esculpido uma parte do seu coração sem ela perceber, sem que ela sequer se importe. Havia dois fragmentos ausente em seu coração e um deles estava sobre a segurança e posse de Clarke e o ouro sobre um menininho loiro dormindo tranquilamente em seu apartamento.

Elas não iriam aliviar a babá tão cedo. Porém, elas tiveram uma extensão perfeita da eternidade pela frente e tudo foi absolutamente perfeito.

 

 

                                                          * * * * *

 

A luz que vinha ao raiar do dia era sempre a favorita de Clarke.

Claro, não havia muito a dizer para a hora de ouro da luz do sol, brilhante e laranja, perfeito para pintar grandes contrastes entre sombras e destaques em suas telas. Mas havia sempre algo mais especial que isso naquelas manhãs. Talvez fizesse parte do simbolismo, um novo dia amanhecendo e tal. Ou talvez tenha sido sua nova rotina perfeita.

Clarke iria acordar com o cheiro de Lexa em todos os lugares, seja com a morena pressionada contra ela ou com os braços ao redor dela. Nos fins de semana, elas poderiam permanecer assim durante horas, mas é claro, só poderiam. Não dá para ficar assim tendo um neném de um ano de idade no apartamento.

Após o casamento de Octavia, Clarke acordou bem cedo. Seu horário de sono, uma vez destruído por seus turnos de trabalho em restaurantes Fast Food, tinha retornando a algo semelhante ao que uma pessoa normal tinha. Ou pelo menos, na maioria das vezes. A maioria das pessoas normais não acordam ridiculamente cedo na parte da manhã, só porque preferem se levantar e assistir o sol nascer ao invés de dormi. Porem em algumas manhãs, a maior dessas manhãs nos fins de semana, era muito tentando ficar na cama, puxar Lexa para mais perto e enterrar seu rosto no cabelo escuro, fechar os olhos e voltar a cochilar.

Porém nesta manhã, ela escorregou para fora de sua cama em silêncio absoluto. Lexa cantarolou meio adormecida, antes de se virar e enterrar seu rosto no travesseiro. Clarke sorriu para ela, antes de arrancar um moletom com capuz no guarda roupa da morena e vesti-lo, para afastar o frio e ter o cheiro de Lexa com ela.

Ela caminhou pelo corredor e se inclinou contra uma das portas, se esforçando para ouvir. Quando ouviu um pequeno sussurro, Clarke abriu a porta e atravessou o quarto, indo para a direção do berço de madeira que estava contra a parede. Havia um brinquedo com estrelas e naves espaciais em cima dele. Clarke apoiou suas mãos na lateral do berço e olhou para baixo com um sorriso, Aden olhou para ela e deu seu sorriso banguela com apenas dois dentinhos, seus olhos grandes e verdes que lembravam tão Lexa que era inacreditável.

Ele se contorceu, naquela linguagem universal do bebê ‘’Me pegue! ’’ Clarke se abaixou para poder pega-lo e Aden se estabeleceu facilmente contra seu peito, sua pequena mão se fechou possessivamente contra o capuz caído do moletom que Clarke usava. Seus olhos grandes e verde corria por todo o quarto, e ele parecia bastante sério.

- Bom dia – Clarke disse de forma suave e sorrindo, levantando um pouco Aden para enterrar seu rosto no pescoço dele e dar um beijo. Suas pequenas mãozinhas se agitaram no ar e ele riu.

- Gaah – Aden disse.

Clarke levou ele para a sala de estar, onde ele começou a se contorcer um pouco, apontando para os brinquedos espalhados pelo chão. Clarke se inclinou para colocá-lo onde ele queria, perto do sofá e puxando o resto de seus brinquedos favoritos para mais perto dele para que o pequeno garoto pudesse pegar. Não que isso fizesse alguma diferença. Aden iria engatilhar por todo lugar, realizando manobras em torno dos moveis e suas coisas espalhadas no chão, ele era tão rápido que em muitas vezes suas mães tinham que ter cuidado quando estavam andando ou para onde ele estava indo.

Aden era tranquilo, porém curioso. Ele ficava em silêncio por horas, mas o tempo todo trabalhando em tentativas de encontrar alguma maneira para subir ou pegar algo no balcão da cozinha, abrir gavetas e pegar as colheres brilhantes, ele gostava muito de tudo que brilhava. Lexa chamava ele de Corvo e ele respondia com sua linguagem de bebê, parecendo perfeitamente sério. Ele era muito inteligente também, bastava Clarke olhar para ele e ver que ele estava em silencio mas pensativo, fazia seu orgulho inchar pelo seu neném. Além do mais, ele era bastante carinhoso, rastejando até suas mães até uma delas se inclinar para carregar ele, Aden sempre sorria no colo delas e enterrava sua cabeça no peito, no ombro ou no pescoço de suas mães ‘’Dependia de como elas seguravam ele’’. Clarke não poderia deixar de dizer que Aden era a criança mais perfeita do planeta. Lexa concordava.

Ele começou a puxar uma pequena torre de legos que ele tinha feito ontem com a babá, Clarke voltou a sua atenção para o cavalete que estava montado perto da janela, a lona ainda cobria ele. Os papéis do caso mais recente de Lexa estavam espalhados por toda a parte. Ela se lembrou da época que tudo era limpo e intocado nesse apartamento, a mais de um ano atrás. Agora era um empate entre a bagunça de três pessoas. Aden estava na fase que preferia ver seu alimento na parede ao invés de come-lo. Fazia uma bela sujeira e confusão, mas era uma confusão adorável. 

Clarke tirou a lona do cavalete e pegou seu pincel, escolhendo uma cor e tocando na tela. Ela marcava formas vagamente, aproveitando a luz da manhã que iluminava tudo. Essa era uma peça para a próxima exposição, não na sua galeria, a que ela tinha ajudado Wells e seus amigos a construir, ela visita o lugar as vezes para ver o movimento e como seus amigos estavam lidando com tudo. Mas essa exposição era maior, uma das principais galerias da cidade convidou ela para contribuir com sua arte, junto a vários outros nomes notáveis de artistas famosos que também tinham sido convidados para expor. Clarke foi rápida em dizer sim. Ela ainda mantinha os recortes de jornal da sua primeira exposição, ele comentava sobre sua pintura e sobre como ela se ligava aos de seus amigos. Ela ainda gosta de ler e sempre sorri, Clarke nunca se cansa de ler coisas boas sobre sua arte.

Aden se arrastou até ela, ele tinha um filhote de leão de pelúcia em sua mão. Ele se acomodou bem ao lado de seus tornozelos, acenando com o brinquedo na direção de sua mãe. – Arg – Ele deixou escapar, parecendo muito sério, como se quisesse a todo custo que sua mãe entendesse o que ele queria.

Clarke sorriu para ele. – O que você tem ai, heim?

- Hurm – Aden esmagou o leãozinho em seu peito. – Aaaah.

- Bom dia

Clarke se virou e viu Lexa se abaixar para pegar Aden do chão, o pequeno riu, ela colocou ele facilmente na dobra do seu braço e ele deitou sua cabeça no ombro da morena, mordendo ou melhor, babando o bico do seu leãozinho. Para alguém que tinha dito que seria uma mãe terrível e inadequada, Lexa descobriu que ela era exatamente o oposto. Ela costumava a acordar no meio da noite e caminhar até o quarto de Aden, só para assisti-lo dormir e para se certificar de que ele ainda estava respirando. Após 5 minutos, Clarke iria segui-la e segurar sua mão para poder tirar a morena do quarto, a loira levava Lexa de volta para a cama, sussurrando que Aden estava bem e nada iria acontecer enquanto ele dormia. Isso acontecia menos hoje em dia, Clarke compreendia ela. Quando você amava tanto alguém assim, apenas o pensamento que ele iria desaparecer ou se machucar, era o suficiente para seu medo ficar no máximo.

Lexa caminho até Clarke, dando um suave beijo de bom dia na loira e levou Aden até a cozinha, onde ela encheu sua mamadeira com sua fórmula e colocou no micro-ondas. Clarke deixou seu pincel para trás e caminhou para cozinha, a loira apareceu por trás de Lexa e pressionou um beijo suave do lado de seu pescoço. Lexa virou um pouco a cabeça e um sorriso estava estampando em seu rosto. Clarke recuou e ligou a máquina de café, antes de voltar a sua pintura. Essas eram as pequenas coisas mais importantes do seu dia, foi para essa rotina matinal que ela acordou tão cedo nessa manhã.

Tudo era mais perfeito do que ela podia imaginar. Suas caminhadas no parque eram mais frequentes, se aconchegar no sofá e assistir a um desenho animado, só para ver Aden intrigado com a TV, mesmo sabendo que ele era muito novo para entender o desenho. Seus encontros mais frequentes eram em grupo de três. Os três faziam coisas juntas, como se sempre tivesse sido uma família, mesmo antes disso tudo, uma família de longos anos. Claro que havia aquelas noites preciosas, quando Aden tinha ido para cama mais cedo e Clarke iria pressionar Lexa contra a parede, a mesma parede que ela tinha sido pressionada antes, na festa de Natal que parecia ser a uma vida atrás. Clarke desfrutava muito dessa nova vida, essa vida a três. Em seguida, havia os cochilos da tarde de Aden, quando Lexa ficaria tão feliz por ter conseguido colocar ele para dormir que agarrava a loira e deslizava seus lábios nos dela, montando em um êxtase de prazer absoluto, sentindo pele contra pele, tentando o tempo todo não fazer barulho para não acordar o bebê. Elas estavam naquela fase de namoro já sendo Mães, Clarke não poderia imaginar uma vida mais perfeita com essa mulher que ela não pode nem sequer imaginar mais viver sem.

Quando o micro-ondas parou de girar, Clarke ouviu o barulho dele sendo aberto e segundos depois Lexa estava atrás dela, seu olhar correndo por toda pintura na tela, enquanto Aden ainda estava em seu colo, agarrando sua mamadeira e sugando todo o liquido dentro, mantendo um olhar concentrado em seu rosto. – Eu gosto disso – Lexa cantarolou, balançando a cabeça ligeiramente em provação.

- Bom – Clarke disse, cruzando os braços e recuando para olhar a imagem de longe. Ela tinha tentando usar pela primeira vez folhas de ouro em sua tela, havia camadas de tintas sobre ela, formando lindas formas de luz. Isso tinha saído melhor do que ela tinha esperado, a tela era uma extensão de outro, objetos amarelos e roxos abstrato e surreal, mas concreto e descritivo o suficiente para discernir formas claras. Era uma floresta de outro brilhante, uma luz vívida. Fazia um longo tempo desde que Clarke havia pintado com azuis e cinzas maçantes. Ela perguntou se isso significava alguma coisa. – Tem que ficar muito bom.

- Ah, essa é uma das pinturas para a exposição – Lexa assentiu em entendimento. – É lindo amor, eu tenho certeza que todos vão adorar.

- Eu espero que sim – Clarke sorriu. Ela se inclinou para frente e beijou o estômago de Aden, que riu de sua mãe, mordendo o bico da mamadeira. – O que você acha, pequeno monstrinho? – Ele agarrou o indicador de Clarke, balbuciando numa língua inaudível por estar com a mamadeira ainda na boca. – Você gosta disso?

Daqui a uma hora, o sol teria entrado totalmente em seu tom mais brilhante nesse domingo preguiçoso, o qual nenhuma delas tinha qualquer tipo de responsabilidade. Não haveria nada a fazer, a não ser ficarem juntas em casa, com Lexa deitada por baixo, o pequeno Aden deitado em sua barriga e Clarke deitada em seu ombro. Os três assistiam a uma animação da Disney até cochilar, depois iam todos juntos para cozinha, preparar alguma refeição em família.

Então segunda-feira iria chegar, e Lexa teria que ir trabalhar novamente. Aden acenava da janela toda vez que sua mãe saia e ele e Clarke viam o carro dela virando a esquina. E então Clarke iria pintar. Às vezes Aden iria pintar com ela, às vezes eles iriam fazer uma caminhada em algum lugar, ou sair para almoçar no parque com Lexa. Às vezes Lexa iria tirar um dia de folga para ficar com eles, às vezes ela iria levar Aden com ela pra o escritório e deixar ele desenhar com lápis de cor em algum canto da sala de sua Mãe. Às vezes Clarke teria que ir a alguma reunião com representantes da galeria, comissários ou outros artistas e elas iriam ter que chamar uma babá ou deixar Aden com Anya por algumas horas. E então o fim de semana iria chegar e tudo ia começar de novo, o ciclo de êxtase que Clarke amava tanto.

Por um longo tempo, Clarke teria pensado que suas próprias ideais de finais felizes eram muito ‘’felizes’’ Para ser realista. As pessoas não conseguem o que queriam, coisas ruins aconteceriam com pessoas boas e os sonhos não se tornavam realidade. Esse é como o mundo era, ainda mais depois de tudo pelo qual ela passou, viu e fez após sua graduação na faculdade. Claro que a vida não poderia ser perfeita, coisas ruins sempre acontecem, essa era a forma como o mundo girava.

Mas pela primeira vez em sua vida, ela sentiu que podia lidar com as coisas ruins. Ainda mais com as pessoas que ela ama mais do que qualquer outra coisa no mundo, que andam (E rasteja) nesse caminho com ela, ela se sentia forte o suficiente para lidar com qualquer coisa ruim que aparecesse para ela, de um jeito que ela nunca esteve antes.

E isso era apenas o começo, Clarke sabia disso. E também sabia que esse era o melhor final feliz que ela poderia pedir, um final feliz que ela nem sabia que precisava. Essa foi a melhor coisa na sua vida, viver para sua arte e para as pessoas que ela ama. Clarke não podia pedir por nada melhor.

 

 

 

 

                                                                                FIM!


Notas Finais


Bom gente, é isso ai =( Finalmente a dona Clórk está feliz por completo s2
E eu modifiquei algumas coisas da fic original, principalmente os atos de carinho, porque não tinha muito -_- Era aquela coisa bléeh gringa hruiheiuh E desculpem pela rapidinha meia boca :x Mas o que importa é o final feliz não é mesmo?

E como eu resolvi me concentrar apenas nesse capítulo, nesse final de semana. Le Beau Monde só vai sair durante algum dia dessa próxima semana. Quinta ou Sexta.
Espero que vocês tenham gostado de tudinho e o final tenha compensado toda a angústia dos outros capítulos. Besos e atée mais.


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