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História Feito de mágica (interativa) - O labirinto


Escrita por: LabiosdaNevasca

Capítulo 22 - O labirinto


Fanfic / Fanfiction Feito de mágica (interativa) - O labirinto

Ana:

A garota começou a caminhar entre as paredes lisas de pedra, virou diversas vezes, tentou até mesmo usar seu poder para se livrar daquele lugar, mas nada funcionou. Respirou fundo e continuou andando. Tentou sempre seguir em frente.

Virou em um corredor e percebeu que o chão havia se tornado cada vez mais claro, até ser totalmente uma pedra lisa e bege, ao seu redor não havia mais paredes, apenas um campo grande e esverdeado. Continuou caminhando até que começou a ver casas e mais casas, parou quando viu uma semelhante a sua com um caminhão de mudança na frente.

Observou a cena que acontecia. Havia sua pequena versão abraçando um bichinho de pelúcia, seus pais assustados colocavam as coisas apressados dentro do caminhão:

-Nós vamos nos mudar de novo? - ela questiona vendo a mãe empurrar um sofá.

-Sim, querida - a mulher sorri para ela e volta a focar em carregar as coisas para dentro. 

-Mas… - tentou falar a seguindo.

-Querida, por favor, vá para o carro - a mãe pede e some dentro da casa. 

A pequena Ana encarou o chão triste e caminha para dentro do carro. Depois de entrar no automóvel ela observa pela janela seus amigos brincando na rua de basquete, observou eles, enquanto seu pai dirigia para fora da cidade. 

Ana continuou andando e a cena mudou para dentro de sua casa, seus pais gritavam com seu irmão:

-O que pensa que está fazendo?! - a mãe grita enquanto Ana observa-os escondido. 

-Você quer nos fazer mudar de novo? - o pai perguntou sem gritar se sentando na mesa - você sabe que não pode usar magia lá fora. 

-Ele sabe, e como sabe! - a mãe grita irritada - daqui a pouco, haverá milhares na nossa porta por sua causa! - ela fala brava hiperventilando - vai pro seu quarto, agora! Prepare as malas e avisem seus irmãos - o garoto empurra a cadeira com tudo e passa pelo corredor onde Ana estava.

-Ninguém lhe ensinou que é falta de educação escutar a conversa dos outros - fala a encarando, seus olhos brilham em vermelho, tais como a de sua mãe. 

-Por culpa sua nós vamos ter que nos mudar de novo - diz irritada. 

-Se quiser fique aqui - ele tenta não gritar com ela - você sabe que não compartilha do sangue do nosso sangue - diz com um sorriso sarcástico no rosto. 

-Eu disse para subirem - a mulher aparece com os cabelos longos e avermelhados amarrados, o filho tinha a mesma cor dos seus cabelos tanto quanto os dela. 

A cena acelera e Ana se vê sendo jogada em outra cena, acaba caindo enquanto observa o que acontecia. Seu pai e seu irmão estavam deslizando no gelo, sua mãe e irmãos não estavam ali. 

Seu irmão Nagisa, tinha seus cabelos azuis claros, e seu pai azul escuro, seus olhos também se refletiam como o do pai em azul. Ambos conseguiam com facilidade dar voltas no gelo:

-Você realmente vai ficar ai? - seu pai grita a chamando.

-Não gosto de patinar - ela responde sentada na neve abraçando as pernas. 

Em segundos seu irmão vai até ela, confuso:

-Você realmente não consegue patinar - se abaixou a altura dela. 

-Não, e não quero - disse um pouco irritada. 

-Você não acha isso estranho? - ele pergunta se levantando. 

-O que? - ela o encara. 

-Você não parece que faz parte da nossa família - ele comenta. 

A cena se torna negra, e no rosto de seu irmão aparece apenas seus olhos em branco e um sorriso no rosto. O local inteiro se escurece, Ana tenta se levantar, mas é empurrada por uma sombra. Pessoas começam a flutuar pelo seu redor, todos sorriam e riam dela em voz alta, enquanto a chutavam e empurravam:

-Você realmente acha que é parte da família? - a voz do seu irmão, Karma soou de fundo. 

-Sinceramente, acho que foi achada no lixo e levada por dó - seu irmão, Nagisa diz rindo dessa vez. 

-Você realmente é nossa filha? - seus pais aparecem a frente deles. 

-Eu… sou, eu sou, eu sou, eu sou - ele repete caída no chão com seus olhos marejados. 

-O que você sabe fazer? Só sabe gritar e chorar - uma voz diz atrás dela. 

-Que pequena e estúpida garota, tão fraca, com uma família que não é sua - outra diz a sua frente. 

-Você realmente acha que eles te amam? - gritou alguém ao seu lado. 

-Por favor, cala boca, por favor, por favor, por favor - ela repetiu chorando com as mãos nos ouvidos - por favor - soluçou gritando.

 

Rocky: 

 

A garota caminhava pulando, fazendo uni duni tê para cada virada que ia. Ela acreditava na sua sorte a cada passo. Gostava quando havia apenas uma saída, por quê assim não queria que se preocupar em decidir para onde ir, com seu método super válido.

Continuou pulando e percebeu que o caminho que seguia começou a se escurecer. As poucas luzes que restavam faziam parte de tochas espalhadas. Começou a se assustar com a semelhança do caminho. 

Quando percebeu estava a frente de si mesma, só que sua versão mais nova, enjaulada, ela sorria enquanto desenhava coisas na parede:

-Por favor pare - ela disse baixo sabendo o que iria acontecer, se afastando da imagem e batendo contra a parede. 

A garota sorria desenhando ela com uma família juntos:

-O que é isso?! - uma voz furiosa surgiu atrás de si. 

Um homem alto puxou sua gaiola e a jogou contra o chão:

-O que acha que esta fazendo? - ele disse enquanto pisava em seu peito. 

-Eu… s-só estava desenhando - tenta falar, mas começa a chorar. 

-Você vai sofrer por ter sujado a parede - ele grita e começa a socar seu rosto. 

Rocky assistiu se lembrando daquele dia, o dia que o homem a espancou por estar desenhando. Ela viu os socos, os chutes que recebeu, os cuspes, ela lembrava dos roxos que haviam ficados e dar dor que era. Ele tentando quebrar seus braços, e machucar suas pernas. Ele só foi parado quando foi chamado por alguém, se não tivesse sido, Rocky provavelmente estaria morta. 

A cena mudou novamente, ela apareceu em uma memória que nem ela sabia que tinha. Estava debaixo de uma cama chorando vendo seu pai ser espancado, enquanto sua mãe recebia facadas no peito. Conseguia se lembrar dos rostos deles, a dor de seu pai junto as lágrimas, a tristeza de sua mãe que havia permanecido no rosto morto dela. 

Quando ambos estavam mortos com o chão coberto por seu sangue, a garota foi vista debaixo da cama, sentiu tanto medo. Foi puxado e levada dentro de uma caixa de madeira, para o local que permaneceu por muito tempo. 

Rocky já estava no chão abraçando seu corpo enquanto chorava baixo, a cena mudou para ela de volta e presa na sua cela. A sua frente, outra escrava estava chorando enquanto era abusada pelo mesmo homem que havia a espancado antes. A garota chorava e gritava assustada, enquanto o homem sem se importar continuava. 

Rocky lembrava de se sentir terrível por não ter feito nada, não havia o que fazer, com sua gaiola trancada não poderia tentar ir até ele, e se gritasse provavelmente seria ela quem estaria passando por aquilo. Ela chorava baixo enquanto tampava os ouvidos e apertava os olhos tentando pensar em outra coisa. 

Ela se viu, agora ela em si, trancada em uma cela, presa novamente. Ela tentou se soltar, porém estava trancada. Ela viu de longe, o homem de antes se aproximando dela com as chaves na mão. Ela gritou assustada pedindo ajuda, mas não havia ninguém. 

 

Munro:

Ele encarou, assistiu a imagem repetir a sua frente, sua mãe sendo morta por um unicórnio negro, enquanto a pessoa que ela mais acreditava apenas a assistia sem se importar. A cena se repetia, de novo e de novo. Seu corpo não se movia, os gritos de sua mãe, de Mina, desesperados, esperando por ajuda. 

Ele tentou caminhar até ela, sentiu seus pés tocarem o líquido negro e fazerem rodelas tremias por onde passava. Quanto mais perto chegava, mais longe percebia que estava, começou a correr e gritar o nome. Berrou e estendeu a mão tentando ao menos chegar perto dela, sentiu seu peso desvencilhar sobre o líquido e afundar. Se sentiu afogando naquele líquido, até que sentiu algo puxar seu braço. 

Assustado, observou rainha solaria o encarar, seus olhos brilhavam e um sorriso de deboche estava em seu rosto. Seu corpo foi jogado longe, tentou se afastar dela, contudo ela era mais rápida. Usava sua longa varinha, a sua espada, para tentar atacá-lo. 

Gritou por sua mãe, ela não o escutava e nem viria. Estava sozinho novamente. Se levantou e correu, o reino mágico sumiu e se sentiu preso nas velhas ruas de Mewni. Viu pessoas rindo dele, o empurrando, correu, as pessoas cresciam ao seu redor. Suas pernas se moviam, mas continuava no mesmo lugar. 

Foi puxado para trás, Mina estava tocando seu ombro, chorou vendo ela ali, se questionava a quanto tempo não havia visto a sua mãe, tentou a abraçar, contudo ela recuou:

-Você é uma vergonha para mim - ela disse o encarando, Munro sentiu algo acertar seu peito. 

-Mãe - disse soluçando - por favor - viu ela se virar se afastando dele - por favor, não me deixa de novo! - gritou chorando, quando tentou se mover, correntes prenderam seus braços. 

-Munro, você é uma decepção para mim - a cena havia mudado, agora ele era apenas um garoto de sete anos que havia feito amizade com um monstro e sua mãe havia o visto e matado seu amigo. 

-Eu só quero que você se orgulhe de mim! - gritou mais velho, havia sangue em suas mãos, e o espírito de sua mãe o encarando. 

-Você vai ser sempre fraco - a cena mudou, a voz de seu pai soou. 

-Não me importo com o que você pensa de mim - ele respondeu o mais velho, não se importava nem um pouco com seu pai. 

-Eu não diria isso se não fosse palavras de sua mãe, Munro - pronunciou vendo o garoto se afastar magoado - você sabe, você não é ninguém, fraco, e nunca vai conseguir nada. 

-Por favor para! - pediu caído no chão, agora em uma sala escura, um brilho verde a sua frente surgiu, alguém impossível de identificar estava em um trono.

-Eu posso te fazer forte - a voz soou. 

-Por favor - disse ajoelhado com a cabeça no chão - faça ela se orgulhar de quem eu sou!

-Claro - a voz soou animada - há apenas algo que você precisa fazer. 

-Eu farei de tudo! - disse se levantando. 

-Novamente você fracassou - a cena mudou, novamente estava no reino mágico, sua mãe estava a sua frente, havia um exército de monstros que ela havia matado atrás dela. 

-Me perdoa - pediu sentindo seu corpo afundar. 

-Você realmente acha que um dia eu te amei? - a voz de sua mãe soou, mas havia algo diferente nela, em segundos a imagem dela se transformou em James. 

-O que? - ele o encarou, quase totalmente sobre o líquido, havia lágrimas no seu rosto. 

-Eu apenas sinto pena de você, da maneira como você é inútil sozinho e não consegue fazer nada - James o encarou e abaixou a sua altura. 

-Eu pensei… - sua boca foi coberta pelo líquido. 

-Eu nunca te - a imagem foi trocada pela sua mãe - amei. 

 

James:

-Está perfeito - a voz de um homem disse a sua frente. 

-Você retirou a falha do último protótipo? - um cara mais alto questionou. 

-O coração? - o mais velho riu - Gemini nunca deveria ter tido aquilo, mas até que conseguimos fazer algo bom com sua sucata. 

-E como vai nomeá-lo, doutor? - questionou uma voz sem corpo ou rosto. 

-James - riu baixo - não se esqueça de apagar essa memória dele, seria terrível se ele se lembrasse de quem foi. 

-Sim senhor - a sombra disse indo para atrás de si e deixando tudo escuro. 

Acordou novamente em outra sala:

-O que? - o doutor riu - você está com medo? - a risada soou alta no ambiente - você não ter medo, quando tiver que matar - o mais velho disse apertando seu pescoço - não deve hesitar. 

A imagem mudou para ele na rua, de longe conseguiu ver um garoto com cabelos rosas, em sua mente, era como um pequeno montinho de açúcar correndo pelas ruas:

-O que está observando? - um guarda disse o encarando - onde está sua licença? 

-Oh seu guarda está aqui - o doutor disse entregando um papel - é apenas sucata não se preocupe. 

-Deveria jogá-lo no ferro velho, Gemini não é bem vindo aqui - o guarda disse se afastando. 

Sucata, a frase soou em sua mente. Era verdade, ele não passava de um monte de fios e metal velho, Gemini, a pessoa que por anos pensou ser seu pai, era engraçado quando descobriu que na verdade, ele era Gemini. Após Meteora ter arrancado o coração de Gemini e destruído o objeto, o resto do seu corpo foi usado para criar James, por muito tempo essa informação se manteve escondida dele. Na sua reconstrução, Doutor não havia colocado a peça de um coração nele, não queriam que fugisse com um desconhecido como Gemini fez. 

A imagem se alterou se viu em pé ao lado de outras dezenas de robôs como ele, a diferença era que a maioria tinha mais metal a vista do que outros, muitos estavam quebrados ou destruídos:

-Parece que a boneca voltou impecável de novo - um homem alto disse encarando James, o garoto permaneceu sério encarando um ponto fixo - quanto tempo será que demora para quebrar peça por peça sua? - o homem disse segurando o queixo de James e o obrigando a encará-lo - você sabe que não deveria está aqui? Não é? Sabe que foi vendido pelo menor preço, o doutor que tem criou sente nojo de você, sabia? - ele riu alto, os outros robôs repetiram - você não vai sobreviver uma semana aqui garoto. 

A cena se alterou novamente, ele estava sozinho, corria por um campo lamacento, estava sem um dos seus braços e havia perdido o seu olho direito. A alguns passos dali viu um robô, ainda vivo, encarou seu material e viu que seu braço era similar ao seu, foi até ele e pisou em seu peito, puxando seu braço:

-Por favor! Eu não quero morrer - o robô gritou, tentando se soltar - por favor, eu estou com medo.

-Medo? - James encarou o robô a sua frente, onde seu olho havia quebrado e caia, brilha em azul pelos choques dos circuitos - você não deve ter medo - começa a puxar mais forte o braço do robô - você não deve sentir medo - arrancou o braço do robô que começou a sangrar oléo - você não sentir - disse encaixando o novo braço no corpo, e testando seu funcionamento. 

-Você não tem co-co-co-coração? - o robô tentou dizer preste a se desligar. 

James observou o robô se desligar. Ele tateou o peito do robô e arrancou o pedaço de metal, sabia que a chuva e a lama iriam estrear os circuitos dele, mas não era aquilo que procurava. Não muito fundo, havia um compartimento de dados e que bombeava o óleo para as outras peças. Pegou o objeto e correu se afastando do local. 

A cena se alterou para ele sentado sozinho em seu quarto, que era mais um buraco na parede que o impedia de ter muito espaço. Pegou o coração que havia roubado e abriu sua blusa, tocou no seu peito e procurou a abertura abaixo da sua pele falsa, se assustou quando o compartimento se abriu. 

Respirou fundo e encaixou o coração dentro do seu peito, viu seus fios se conectarem ao coração. Seu peito se fechou e sentiu como tivesse tomado um tiro, começou a gritar assustado, seu peito doía tanto. Pequenas gotas de óleo escorreram por seu rosto. Ele socou a parede assustado, apertou a sua blusa sentindo a dor no seu peito aumentar. Conseguia sentir o coração se movendo dentro dele. 

Logo as lágrimas pararam e ele começou a rir, rir sem parar, havia um largo sorriso no seu rosto, ele estava ofegante e sentia seu peito em desperada. Ele caiu sobre a pequena cama que tinha e voltou a chorar de dor, todas as memórias de sua vida passaram de dados de acontecimentos para um real dor, gritou sentindo seu peito sendo esmagado. Queria tirar aquilo de dentro de si, mas se conteve, ele teria um coração, custe o que custar.

A cena mudou, ele estava em uma sala pequena, ele estava preso em uma mesa, não conseguia mover seus braços e tinha uma luz forte contra seu corpo. Doutor, junto a uma sombra apareceram:

-O que eu havia lhe dito? - o mais velho se aproximou, seu coração estava em sua mão - você não deve ter uma falha no seu sistema - ele disse esmagando seu coração o quebrando. 

-Não! - James gritou sentindo seu peito… não sentindo nada. 

-Você entende o que você é? - Doutor questionou - bem, de qualquer forma - ele se afastou - você precisa pensar um pouco.

Ele se afastou. Agora era apenas James, a luz sobre seu rosto e o vazio. O mais puro vazio. 

 

Cressida:

 

-Por favor me deixa em paz - ela gritou correndo, havia diversas borboletas brilhantes voando na direção dela. 

Cressida estava perdida em uma floresta escura. Seus pés tropeçavam a cada passo, suas roupas se rasgam nos galhos.  Ela respirava ofegante e assustada, as borboletas a assustava, em suas pequenas asas haviam seus pensamentos, os que não queria pensar, o que não queria conversar, tudo que sentia e não dizia. 

Ela correu, mas bateu contra uma parede do labirinto. As borboletas a cercou, em segundos, seu corpo foi circulado por diversos daqueles seres, elas emitem um grito agudo e em conjunto. Cressida sentiu suas orelhas doerem, colocou suas mãos sobre elas tentando impedir de ouvir. 

Se assustou quando as borboletas puxaram de seu corpo o Ukulele o voando para longe:

-Não! Me devolvam - as borboletas deixam ela cair no chão e começaram a se afastar. 

Cressida sente sua perna doer, porém se levanta. Ela começa a correr mancando, contudo seu corpo cai no chão dolorido, ela tenta socar o solo, mas sente apenas seu braço doer. 

-Então é só isso - uma voz soou atrás dela. 

-O que? - Cressida se virou, e viu um garoto contudo ele havia orelhas longas e para baixo, junto com chifres arredondados e azulados. 

-Você não vai usar nenhum feitiço? Nada? - ele disse se sentando ao lado dela. 

-O que você quer dizer? - ela o encarou confusa - quem é você? - tentou tocar nele, mas sua mão passou direto. 

-Mirz - sorri e aponta para si mesmo - eu me autonome-ei - e suspirou - eu não estou realmente aqui, seu amigo que me colocou aqui, um tal de Prime. 

-O que quer dizer? Ele achou uma saída? - ela disse esperançosa. 

-Na verdade, ele foi preso, estamos em uma cela, quer dizer, eu estou, eu ainda não entendi o que ele estava fazendo - disse dando de ombros. 

-Ah… certo - ela encarou o chão. 

-Eu vim te avisar- ele se levantando enquanto começa a desaparecer - tudo isso - balançou o braço - é um ilusão não se preocupe. 

-O que? - ela o encarou antes dele desaparecer. 

-Ouvindo vozes pela floresta querida? - Star apareceu, Cressida agora era uma pequena criança. 

-Mãe? - a encarou confusa, deveria se focar que aquilo era uma ilusão. 

-Venha Cressida - Star disse a pegando em seus braços - Marcos esta esperando com salgados tacos e deliciosos nachos - disse fazendo cócegas na barriga dela. 

-Eba! - ela gritou animada abraçando a outra. 

-Seria uma pena se algo estragasse tudo isso, não é? - Star a encarou com um brilho verde nos olhos. 

-O que? - Cressida foi jogada no chão. 

-Realmente você achou que tudo que você fez, esta tudo bem? - Star avançou sobre a filha, havia sangue nas mãos dela. 

-Eu não entendo - tentou se afastar, mas sentia que era impossível se mover. 

-Você achou que seria incrível fazer magia, seria lindo restaurar ela, não é? - gritou - errado! Você é a culpada por tudo que esta acontecendo, pelas pessoas, pela mortes, você é o vilão da sua própria história - Star riu enquanto sangue escorria por suas mãos. 

A cena mudou, Cressida estava sobre um penhasco, havia diversos monstros e mewnianos a culpando por tudo, dizendo sobre o que ela havia feito:

-Me perdoem! - ela gritou enquanto era empurrada cada vez mais para o precipício - eu vou consertar tudo. 

-Cressida - Eli apareceu a sua frente, havia sangue em seu corpo. 

-Eli, o que faz aqui? - a garota a encarou. 

-Tudo é culpa sua, você sabe - Ana disse aparecendo ao lado da outra, havia machucados pelos seu corpo.  

-Eu não queria - disse com as mãos sobre o peito. 

-Você nos machucou Cressida - Sierra disse, seus tentáculos estavam sangrando. 

-Eu queria que todos ficassem bens - ela disse assustada. 

-Você brincou com nossos sentimentos - Axel disse com as mãos com fogo. 

-Você fez com que nós acreditássemos ser uma família - Daniel disse com seus olhos brilhando. 

-Você se manteve salva - Eliza disse com seu corpo de sereia. 

-Enquanto sofríamos por você - James disse em sua forma da Mewberdade. 

-Eu pensei que você ficaria meu lado - Henry falou a encarando, ele tinha seus braços cortados. 

-Você disse que salvaria meus irmãos - Katherine apareceu, havia um corpo morto em seus braços. 

-Eu pensei que ao seu lado, eu poderia confiar em alguém - Rocky comentou, parte do seu rosto estava cortado. 

-Oh, Cressida - Emily apareceu a sua frente e tocou seu rosto. 

-Me desculpa - Cressida disse chorando segurando a mão da outra. 

-Não se preocupe com isso - Emily colocou a mão sobre o ombro da outra - nós nunca deveríamos ter confiado em você, a culpa é nossa - a garota disse e empurrou Cressida para o penhasco.

 

James:

 

Segue seu caminho silêncio:

-Querido, aonde está indo? - Ele escuta a voz de Eclipsa. 

-Sinceramente, é a décima vez que você tenta isso - James se virou irritado. 

-O que? - a mulher diz com a mão sobre a boca. 

-Eu sei quem é você, eu li sobre você em tipo dois livros - ele diz estendendo o braço - eu jurei que você era só uma cultura inútil que eu tinha, mas eu sei quem é você, Buture - diz estendendo a sobrancelha - pode parar de imitar a forma da minha mãe, isso é falta de educação. 

-Certo - Eclipsa sorrir e faz uma referência, seu corpo começa a mudar para uma massa escura e a crescer. 

Logo em segundos um ser alto de cor roxo, sem boca ou nariz, apenas com grandes asas se apresenta. Suas mãos tinham apenas dois longos dedos afiados. O seu corpo tinha a parte do peito com brilhos e olhos grandes, tinham pequenas antenas com o que parecia pequenos pompons roxos além da própria cauda daquela forma. Suas asas chamativas e grandes tinha cores quentes. 

-Eu estou procurando alguém - ele diz para o ser - pode me dizer onde está? - Buture não tinha uma voz, ele apenas repetia a de outros, a sua resposta para James foi apenas um aceno de cabeça - aposto que você sabe quem é - o ser acena novamente - certo. 

Buture, segurou o garoto nos braços e começa a voar. Em vez dele seguir uma linha até o lugar. Ele voa até conseguir alcançar o topo do labirinto. James consegue ver entre os caminhos, pequenas imagens dos seus amigos sofrendo. 

Não havia muito que pudesse fazer naquela situação, Buture se alimentava do sofrimento e da perdição daqueles que caiam sobre seu labirinto, a lenda era que ninguém conseguia sair da lá. Ficaria a eternidade sofrendo por aquilo. 

Se sentia mal sabendo que deveria ter pensando que aquele lugar era o mesmo que o da lenda para poder ter, ao menos, avisado seus amigos, porque era óbvio que eles não sabiam nem dá existência do Buture. 

O voo da criatura começou a se tornar cada vez mais veloz. Sentia um vento forte bater contra seu rosto e machucar seus olhos. Apenas os abriu quando foi colocado na entrada de algum lugar. 

Buture acenou com a cabeça e se desfez em diversas borboletas pequenas sumindo. James abriu a porta, e se viu em um corredor cheio de celas, caminhou entre eles e viu Henry abraçando as próprias pernas em uma delas:

-Ei - chamou baixo. 

-James! - ele gritou animado. 

-Vou te soltar, se acalme - disse observando a tranca, não era nada demais para alguém com cinco dedos, em segundos conseguiu abrir a porta - pronto-- assim que terminou sentiu Henry o abraçar e aproximar seus rostos, mas o afastou confuso. 

-O que foi? - Henry o encarou incerto.

-Só foi meio de repente - pronunciou desconfortável.  

-Mas você me beijou - o garoto encarou o outro confuso. 

-Ah isso - ele coçou a nuca e respirou fundo - me desculpa por isso, eu não queria que você pensasse algo. 

-O que quer dizer? - Henry o observou com um pouco de hesitação. 

-Aquilo foi loucura, eu… realmente não sinto nada por você - suspirou - Mewberdade faz coisas estranhas com as pessoas. 

-Então - Henry sentiu sua garganta prender - aquilo não significou nada? - James balançou a cabeça negativamente - claro… 

-Tenta só esquecer isso, ok? - James pediu - não quero que pense que nós poderíamos ter algo - balançou os braços - vamos procurar os outros agora. 

-Tudo bem - Henry falou com um fio de voz encarando o chão. 

Eles caminharam em direção a saída, contudo Prime surgiu na frente deles de repente:

-Como você chegou aqui? - James o questionou. 

-Bitch, eu controlo o espaço - disse arrumando o novo grande chapéu com plumas que usava. 

-Certo - James riu - me para onde temos que ir para achar os outros. 

-Primeiro a gente vai ajudar meu amigo, depois é só achar os outros e sumir! - disse aparecendo do lado de Henry - oi! Eu nasci faz uns sete minutos - diz fazendo ‘ok’ com a mão. 

-Eu vou na frente - James disse caminhando. 

-Eai amiguinho - Prime passa o braço pelo ombro de Henry - parece desolado. 

-Eu quero doce, muito doce - disse encarando o chão. 



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