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História Feito de mágica (interativa) - Coroa de papel


Escrita por: LabiosdaNevasca

Capítulo 24 - Coroa de papel


Enquanto o grupo descansava do grande trauma que havia passado, Moon e o pequeno conselho dos reis, discutiam sobre a próxima guerra que estava chegando. 

-Certo, então ela se foi - Moon derrubou o pequeno pino da cabeça pônei que estava na mesa de estratégia. 

Juntos, eles respiraram fundos em silêncio. Os pais de Axel, Tom e Jane estavam na reunião, via espelho infernal, eles deram a mão encarando o chão lembrando dos velhos momentos com a rainha Cabeça Pônei. A notícia havia sido enviada pelo marido dela. 

Star não estava presente no conselho, ela havia sido uma das primeiras a receber a mensagem. Nesse momento ela estava trancada no quarto de Cressida, já que Marcos havia saído mais cedo em busca da filha que havia sumido, Star permaneceu em casa a sua espera. Contudo juntando sua solidão a perda de um ente próximo, ela se sentia acabada. Eclipsa a cada cinco minutos batia na porta perguntando se queria companhia, a garota sempre ignorava ou negava, sem conseguir ao menos pronunciar uma frase sem soluçar.

-O que faremos? - o antigo rei, marido de Moon, disse sentando em uma cadeira mais alta para observar a mesa. 

-No nosso reino? - disse observando ao redor, vendo a cadeira vazia, onde o rei dos mares deveria estar - escutem com atenção - ela respirou fundo e se virou, encarando um exército que havia paralisado, não muito distante do castelo - no momento, o reino Cabeça Pônei, sofrerá com o trono vazio, assim, provavelmente, Eli será obrigada a assumir o manto da mãe, em cima de seu sangue - ela suspirou - o reino do mar, com o rei… -Moon gaguejou por alguns segundos até encontrar a palavra- monstrificado - declarou firme - o que resta é que sua primogênita assuma - lembrou de Elizabeth - por enquanto o reino infernal não teve perdas, felizmente - Moon encara o casal sobre o espelho de fogo - perdoe-me, mas eu não tenho um plano para que todos tenham sucesso em suas guerras, tudo que posso dizer, que após todos esses anos - ela bateu contra a mesa - eu não vou desistir do meu reino, do meu povo, se eles transformaram minha gente, naquilo! - apontou para a janela - eu vou obrigá-los a transformarem de volta. 

Ela terminou sua frase e deixou a sala do conselho, Eclipsa quase foi empurrada por Moon enquanto entrava, sendo seguida por seu marido:

-Oh querido - ela tocou o ombro do amado, e acenando para que ele se sentasse - acho que todos já sabemos o que devemos seguir. 

-Sim, rainha - Tom pronunciou desligando o espelho infernal. 

-Que trampo - Eclipsa caiu sobre a cadeira cansada e mastigando algumas barras de chocolate. 

No reino da Cabeça Pônei, os súditos caminharam em direção ao castelos questionando sobre a rainha e como se prosseguiria a guerra. Eli se trancava no quarto, não se movia, nem falava, alguns serventes tentavam entrar e entregar uma porção de comida para eles, mas ela os expulsava. Suas tias voavam pelo castelo, discutindo sobre o que fariam, algumas falavam entre soluços e outras estavam mais tranquilas na situação, mesmo com a dor da perda:

-Não podemos apenas obrigar ela a ir - Pamanda disse um pouco para baixo. 

-Eu sei o que aconteceu, mas… - Khrysthalle pronunciou balançando seu cabelo longo e ruivo - o reino vai entrar em crise sem um governante. 

-Sem o papai, não podemos escolher simplesmente alguém - Hornanne declarou deitada sobre a mesa. 

-Na verdade, podemos - Jan-Jan afirmou alto. 

-Mas… quem seria? - Chezna questionou batendo seus cacos no chão com dificuldade. 

Antes que pudesse se notar, houve um momento mortal de troca de olhares, em segundos, as irmãs já pulavam umas nas outras, era uma mistura de gritaria e relincho. Quase todo o castelo poderia ouvir a discussão que elas faziam.

Todos, até mesmo Eli. A garota abraçou seu travesseiro, enquanto ouvia suas tias brigando. Pensava sobre isso, sobre ser a nova rainha, não queria aquilo. Queria apenas poder acordar e saber que no dia seguinte tudo estaria bem, que não tivesse nada a temer, que sua mãe a abraçaria e diria uma frase bem idiota como “não acredito, chorando de novo? Tá borrando minha Make, melhor parar”, ou um comentário engraçado como “ai, cada coisa que você sonha, na época os meus pesadelos era com meu reality show dando errado, mas tá mó sucesso, né, gata?”. 

Ela pegou o celular que tinha e abriu em uma antiga gravação. Onde a cabeça pônei estava falando algo sobre uma pizzaria local, mesmo sabendo as piadas ela sorria vendo a mãe rindo e falando algo idiota. Em segundos viu sua mãe, puxando sua versão antiga, se odiou mentalmente, por querer se afastar da mãe e das câmeras. 

“-Oh, se afasta não - a cabeça pônei riu puxando o suéter dela - prova isso - disse empurrando uma pizza de abacaxi em seu rosto. 

-Não, que nojento - riu vendo sua feição de nojo e o sorriso de sua mãe.

-Vamo menina, gente vomitando dá View - ela disse engolindo a pizza”

Ela riu baixo com a cena, encarou sua mãe por alguns segundos, ela não usava a coroa e não agia como uma rainha deveria agir, ela era apenas ela mesma. Mas mesmo assim, todos podiam contar com ela, não duvidavam da suas ordens e sabedoria. No fundo, cabeça pônei apenas fazia o que era melhor  para todos. 

Eli queria ser assim, ser confiante, falar sem medo de ser contrariada. Ser uma rainha como sua mãe foi, mas não conseguiria, nunca conseguiria. Ela sabia que não era assim, não tinha o espírito zombeteiro que sua mãe tinha. 

Mas sabia que o melhor jeito de ser uma boa rainha, era sendo quem ela era. Como sua mãe fez, como sua mãe ensinou. No fundo o que mais importava era quem você era de verdade. Alguém que os outros pudessem confiar, sem medo. 

O som de passos soou pelo corredor, as tias se entreolharam e voaram até a sala, os passos vinham do trono. Chegaram junto a alguns empregados assustados e confusos.

Eli estava de frente ao trono, com a coroa em suas mãos. Ele se virou para ele e sentou no local, colocou o objeto sobre a cabeça:

-Saúdem - uma servente disse se ajoelhando um tanto confuso - a nova rainha! 

-Saúdem! - em seguida, todos as pessoas do ambiente repetiram a fala e se ajoelharam, as tias apenas abaixaram a cabeça em forma de saudação. 

Nas profundezas, Elizabeth estava parada, lendo, na frente do seu pai monstro. Ela recitava as palavras que lia de forma delicada, esperando que ele retornasse, ou as reconhecesse de alguma forma. 

De longe Sierra e Emily a observavam:

-O que faremos? - Emily questionou preocupada. 

-Se ela esta se negando a sair de perto dela - Sierra encarou as próprios mãos - eu não sei. 

-Princesas - um guarda se abaixou e voltou a encará-las - peço permissão de falar com a futura rainha. 

-Se você conseguir - Emily murmurou recebendo um cutucão.  

-Permissão concedida - a garota tentáculo diz de forma mais formal. 

Elas assistiram o guarda se aproximar, logo sendo jogado para longe por uma onda feita por Elizabeth. Ele voltou nadando para Emily e Sierra:

-Vocês precisam convencê-la - ele falou baixo - a guerra entre esses monstros - disse tentando não olhar para o seu rei - não é a única guerra, que o sete mares batalha - ele falou como se visse a morte a sua frente - um trono vazio é um ótimo lugar para se plantar a ira de muitos - pronunciou para baixo. 

Ele se afastou, com uma nado lente e deprimido, como se tivesse acabado de ver suas piores memórias. Emily antes que Sierra dissesse algo, nadou até a irmão:

-Então a rainha dos céus retornou a terra - Elizabeth pronunciava sorrindo. 

-Eliza - Emily chamou, mas foi ignorada - por favor, você sabe que ele estava certo. 

-Eu não vou ocupar um trono com um rei ainda presente - ela murmurou e virou a página - a princesa sorriu e a abraçou, disse que havia descoberto de onde as águas vivas vem. 

-Estou falando sério Eliza, olha pra mim! - Emily disse batendo o pé contra o chão irritada - eu sei que você tá magoada, mas você não vai conseguir mudar nada se continuar parada ai! - gritou. 

-Vá embora - Elizabeth pronunciou baixo. 

-Eu não vou a lugar nenhum - tentou se aproximar da irmã, mas recebeu uma rajada de água.

-Eu disse para ir embora! - ela berrou e fez um pequeno tornado dentro da água levando a garota para longe. 

Sierra conseguiu agarrar a irmã e segurando ela:

-Parece que a conversa foi boa - tentou aliviar a tensão. 

-Sierra - ela tocou os ombros da irmã - você vai pro trono, agora - Emily disse com um brilho acinzentado da sua forma de lobo. 

-O que?! - ela se afastou confusa.

-Olha, a Elizabeth não tá com cabeça boa - disse enquanto olhava para um ponto incerto - eu não posso fazer isso - ela suspirou fazendo bolhinhas de ar saírem entre seus lábios - eu não pertenço a esse lugar, mas você - balançou os ombros dela - você é filha do rei, você é metade tritão metade polvo pertence por completo ao mar- disse sorrindo. 

-Mulher polvo - ela corrigiu. 

-O que? - pendeu a cabeça para o lado incerta. 

-Ele disse que minha mãe é uma mulher polvo - Sierra disse dando de ombros - acho que não importa agora. 

-É… faz sentido - pronunciou e balançou a cabeça - mas foco - falou rápido - você sabe que tem que fazer isso. 

-Eu não sei não, Emily - ela suspirou. 

-Mas é preciso - apertou os ombros dela - por favor, Sierra. 

-Eu… - ela encarou a irmã e depois virou o rosto - tudo bem. 

Contudo, nem tudo fora tão simples. Voltando ao reino de Mewni, Star gritava com Cressida, ela soltava as palavras com dor e medo, seus olhos avermelhados e suas bochechas repletas pelas suas lágrimas. A filha a escutava, sem ter o que dizer, sem palavras para responder. 

O sangue, havia tanto no chão, seus olhos tremiam com a cena, não poderia ser real, mas era. Por que aquilo havia acontecido? Uma pessoa chorava enquanto outra morria, seu corpo já estava duro no chão. Ninguém conseguiu se mover, por quê? 

As coisas estavam ruins, mas ninguém precisava morrer. Mas o túmulo já estava feito e o sangue já estava pintando o chão. Como o céus pode se tornar um inferno em segundos. Você mal espera o que pode acontecer.

Acho que você já leu isso, a muito tempo. Um presságio de alguém que você não temia. O corpo de Moon havia sido pisoteado pelos monstros na tentativa de os parar, de usar sua magia, o pouco que havia voltado, para acabar com os monstros, ou pelo menos os salvar. 

Star chorava, enquanto sua mãe morria, ela nem ao menos chorava pela mulher que perdera, mas logo suas lágrimas voltariam a cair. 

 


Notas Finais


-- Bem,
eu vou parar um pouco, possivelmente, com as postagens dessa fic, já que o número de criadores de personagens tem abaixado, até que voltem eu vou esperar um pouco até lá.

É que meio injusto eu continuar essa fic que, aparentemente, não tem gente lendo, enquanto tem outra ficha que as pessoas estão esperando atualização.


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