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História Fênix Negra - A garota de olhos dourados


Escrita por: PS_Jay

Notas do Autor


Voltei babys!!!!!!!!!!!!

Capítulo 3 - A garota de olhos dourados


Fanfic / Fanfiction Fênix Negra - A garota de olhos dourados

Parei, ofegante, à porta da minha casa. Não fazia ideia do que tinha acontecido. Estava todo dolorido por ter corrido quatro quarteirões de uma vez só.Abri a porta e entrei em casa. Uma construção humilde.  Possuia uma cizinha e sala pequenas, um banheiro e três quartos, sendo tudo em um só andar. Era antiga, mas acolhedora. A notícia ruim? Minha mãe estava me esperando sentada em uma das cadeiras da mesa de jantar. A notícia boa? Bem... Acho que não tem nenhuma.- Chegou atrasado - murmurou ela sem levantar o olhar do jornal que estava lendo.Eu considerava minha mãe uma mulher incrivelmente bonita para a idade dela. Não que ela seja velha nem nada,mas, ao contrário de algumas mulheres que fazem botóx para permanecer bonita, ela era muito bem preservada e bela.Tinha longos cabelos loiros com luzes naturais mais claras e escuras dando volume e brilho. A pele era clara, porém macia, ela possuía um sorriso amoroso e branco. Lábios grossos e um olhar tão profundo que poderia lhes arrancar a mais escondida verdade ou o mais obscuro segredo. A única coisa que eu havia herdado dela eram os seus olhos azuis.Fui até a fruteira e peguei uma maça.- Muito atrasado - continuou minha mãe. Ela tirou os olhos do jornal e me encarou.- O que é isso no seu nariz? - perguntou. Levei a mão ao nariz. " Droga! Esqueci de tirar a atadura. " Estava tentando inventar uma bela desculpa quando minha irmã chegou na cozinha resmungando sobre irmãos irresponsáveis ou algo do tipo. Até que me viu.- Até que enfim. - disse ela - cheguei a pensar que você tinha morrido. - minha mãe virou a cabeça ligeiramente para ela com um dos seus olhares intimidadores. Natalie é muito parecida com a mamãe, ela é loira, tem pele clara e é uns quatro centímetros mais baixa que eu, mesmo sendo mais velha por três anos e meio. Só a cor de seus olhos era diferente, em vez de azuis eram castanhos claros, iguais aos de papai, pelo menos pelo que eu vejo nas fotos.O olhar da mamãe se volta novamente para mim. Por um momento achei que tinha me safado.- O que é isso no seu nariz? - perguntou novamente. - Porque chegou atrasado? Está se envolvendo com drogas? Aconteceu alguma coisa muito grave? Está machucado? Precisando de um médico?- Eu levei uma surra tá legal - gritei a cortando. Eu tinha tanta raiva. Raiva por ser o último a saber das coisas. Raiva por estar todo dolorido. Raiva por ela estar fazendo um interrogatório. Raiva por... por... sentir RAIVA.Cruzei a cozinha e entrei no meu quarto. Coloquei a maçã que ainda segurava em cima da escrivaninha e me joguei na cama. Não estava com fome.Em poucos segundos adormeci e entrei em um sonho muito parecido com a realidade.             ★ ★ ★Me vi na faixa de um litoral. Era noite. O céu estrelado brilhava e a luz da lua cheia era refletida no mar. Havia casais caminhando a beira do calçadão e bares com muitos fregueses. As palmeiras se inclinavam perante o vento.Uma garota com um vestido de penas brancas cobrindo a cauda, um corpete preto cintilante e luvas que combinavam andou até parar em frente à um dos bares.Não só o vestido era lindo como a garota em si. Ela tinha os cabelos pretos avermelhados presos em um estiloso coque,  muitos a chamariam de ruiva, mas eu nunca vi alguém tão bonito assim. Seu rosto era tão delicado que parecia de porcelana. Tinha pele clara, lábios cheios e rosados. Mas o que me chamou mais a atenção foram seus olhos. Eram de um lindo tom de dourado. Nunca vi nada igual.Ela entrou no bar e como um chamado, estava eu lá dentro também.A moça misteriosa passou com delicadeza pela porta e adentrou no local, o estudando com o olhar. Possuia piso de cerâmica, mesas com quatro lugares espalhadas em um padrão pelo bar. Homens de meia idade jogando poker e tomando cerveja.Ela andou até uma mesa posta muito próxima do balcão. Atrás deste havia uma grande exposição de diversos vinhos.- Olá rapazes - ela falou com a voz tanto doce quanto atrevida - estou incomodando?- Como uma mulher tão bonita poderia nos incomodar? - falou um homem de trás do balcão.Ele era alto e musculoso. Tinha cabelos loiros cortados no estilo militar e um olhar brincalhão. Usava calças de agasalho, uma camisa branca surrada e coturnos.- Eu e meus amigos adoraríamos ter a sua companhia - falou indicando os homens sentados a mesa. Um deles já possuía alguns fios grisalhos enquanto outro um topete muito lambido pro meu gosto. Um era jovem e tinha olhos verdes. Eles jogavam um jogo de cartas apostando dinheiro. Todos pareciam adultos que rodaram muitas fezes na escola. Alguns tinham um sorriso malicioso estampado no rosto.O garoto loiro se aproximou mais da garota saindo de detrás do balcão. Seus olhos não estavam focando o rosto da adorável moça e sim um pouco mais abaixo. Achei aquilo um insulto. Como um homem pode ser tão baixo? Isso é irrelevante. Inacreditável. Horrível. E parece que ela concordava comigo. Pelos seus olhos passou algo parecido com desgosto. Todavia ela logo usou esse atrevimento a seu favor. Foi chegando mais perto a ponto de apoiar um braço no balcão e ficar cara a cara com o homem. Ficando em uma posição de sedução e deixando todos ali presentes loucos. Inclusive eu. - Beba com a gente - ele pediu jogando a cabeça para trás. Eminha opinião: se achando.- Agradeço o convite mais dispenso - ela disse e depois continuou - estou aqui por apenas um propósito.- E qual seria? - perguntou ele.- Estou procurando alguém - fala ela apoiando a cabeça na sua mão direita e virando de frente para o balcão. Os olhos do homem, pelo visto o dono do bar, andaram até seu braço esquerdo e encararam a ponta de uma tatuagem. Parecia formar uma asa de alguma ave.O homem não ficou tão intrigado quanto eu. Ele finalmente olhou para os olhos da moça e eu juro que vi medo nos seus. Já ela parecia estar se divertindo com a situação em que ele se encontrava. Os " amigos " do dono do bar entenderam o que estava acontecendo, diferente de mim, e se levantaram em um salto de qualidade indo em direção à moça, a sercando-a. Ela abriu um sorrisinho debochado e eu pude ver que seus dentes eram perfeitamente alinhados.- É covardia bater em uma mulher - ela disse mais para irritá-los do que corrigi-los.O dono dirigiu-lhe um soco e tudo o que ela fez foi segurar seu punho como se ele fosse uma criança fazendo birra. Os outros clientes perceberam que rolaria uma briga e deram no pé. " Sujeitos espertos ", pensei. Embora seis ainda tivessem ficado ela deu de ombros como se não fosse problema nenhum.Ela iria lutar contra seis caras enquanto eu apanhei do mesmo número. A moça torceu o pulso do dono do bar e jogou-o no chão. Ele só conseguiu falar "Richard " antes de cair.O cara chamado Richard, o cara de olhos verdes, chegou perto com os punhos erguidos em sinal de proteção. Ela, por outro lado, apenas lhe deu uma rasteira e partiu para cima de outro cara dando um soco poderoso e o nocauteando.1 a menos.Chutou outro no meio das pernas e o acertou com uma cabeçada. Pegou uma faca de cima da mesa e arremessou em outro membro da equipe. Ele esquivou a tempo, mas não viu ela chegando e mais um foi pro chão com um chute no rosto.- Mais dois caíram, faltam três - ela falou se virando para o resto da gang.A senhorita correu em direção ao dono do bar. Pulou em seus ombros entrelaçando as pernas em seu pescoço e, com uma grande agilidade, deu uma cambalhota para trás puxando o homem junto. Ela ficou de pé mas ele não teve tanta sorte." Como uma garota usando vestido consegue fazer isso?"Ela tirou a fita preta que enrolava sua cintura e a usou como um chicote prendendo um dos homens. Agora só sobrava Richard e o dono do bar que se mostrou muito persistente.A garota deu um chute no peito de Richard colocando - o contra a parede. Tirou do meio do vestido duas facas que jogou nele, uma de cada vez, acertando em cima de seus ombros e prendendo - o pela camisa." Todas as mulheres escondem armas em suas roupas? Espero que não. "A nossa ninja se abaixou e pegou dos sapatos uma adaga de trinta centímetros, com o cabo ocupando dez deles. Era de bronze revestido com pequenas safiras azuis. A lâmina ocupava os outros vinte centímetros e era de um aço que parecia estar brilhando. Posso arriscar dizer que era de prata. Alguma coisa me dizia que eu já havia visto aquela arma delicada porém mortal antes.A moça misteriosa acertou o dono do bar com o cabo da adaga, o pegou pela gola da blusa e o colocou ao lado de Richard.Pressionou a magnífica lâmina na garganta de Richard com a mão direita e pendurou o outro pelo pescoço com a esquerda.Seja essa garota quem for é muito forte.- Bem, onde eu estava? - ela disse olhando para o homem da esquerda. Ela falava com puro nojo na voz, como se ele tivesse rolado no lixo antes de abrir o bar.- Ah, é. Estou procurando uma pessoa - completou.- Quem é você? - perguntou Richard. A atenção da moça passou para ele. Ela apertou a faca um pouco mais apenas para silenciá - lo. Seus olhos haviam mudado de cor, eles irradiavam em um vermelho vivo, ficando mais escuros conforme se aproximavam da pupila e voltando ao dourado conforme se afastavam. A ponta de sua tatuagem brilhou em tons de vermelho, amarelo e dourado por poucos instantes antes de voltarem ao preto original.- Eu, - disse - sou seu pior pesadelo.Ela virou a cabeça novamente para o dono do bar.- Vou repetir só mais uma vez. E acho melhor o senhor me responder. A não ser que queira acabar como seus amigos ali. Ou pior. - ameaçou indicando os homens caídos.- Onde está ELE. - ela disse indicando alguém específico.- Antiga Santa Catarina. Uma cidadezinha chamada Bon Voyage. É tudo o que eu sei - ele falou.- Viu só? - perguntou. - Não foi tão difícil assim.- A polícia vai atrás de você. - o homem teve a ousadia de ameaça - lá.- Não. Pois eu nunca estive aqui - ela respondeu abrindo um sorriso no rosto. Os dois homens fizeram cara de confusos ( além de mim ) por isso ela explicou :- Eu vou ativar uma espécie de gás feito com o pólen das flores não - me - esqueças e alguns outros ingredientes. Ele apaga um dia de memória. Ninguém aqui vai se lembrar de terem me conhecido.- Você poderia pelo menos tomar um drinque conosco - falou Richard. Esse cara não se dá por vencido.- Por favor - fala ela, indignada - eu nem tenho idade para dirigir ainda, muito menos para beber.Depois desse pequeno bate - papo ela nocautea Richard usando a adaga e afasta o outro da parede. Acerta este, por sua vez, com uma cotovelada na nuca.E ele vai ao chão. Seis a zero para a Ruivinha.Ela anda até o meio do salão, desprende o cabelo e arranca fora a saia do vestido, revelando leggs de algodão e um frasquinho com um líquido verde. Recolhe suas armas as guardando de onde tirou, amarradas em sua cintura ou dentro de seus all star pretos de cano alto. Ela pega um casaco de um dos caras e o veste por cima do corpete que se revelou como sendo uma blusa um pouco justa.Ao longe dava para se ouvir sirenes de polícia.A Ruivinha pegou o frasco, o abriu e chacoalhou.Depois jogou no chão e saiu, caminhando pelo calçadão a beira da praia sem nenhuma preocupação. Quando ela já estava a uma distância segura o gás explodiu cobrindo apenas o bar. E ela continuou desfilando até passar reto pela polícia que havia chegado. Eu não sabia de muitas coisas. Mas somente de uma eu tinha certeza. Essa garota estava vindo para cá.

Notas Finais


Se tiver algum erro não me julguem, é errado!
Até a próxima cupcakes!


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