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História Fênix Negra - Epílogo


Escrita por: PS_Jay

Notas do Autor


IMPORTANTE !!! LER NOTAS FINAIS !!!!

Capítulo 41 - Epílogo


P.O.V. Lince

   A nevasca caía como se não tivesse fim, se prendendo ao chão do Alasca. O temporal cada vez piorava, deixando o céu já escuro, mais tenebroso ainda. Ali funcionava assim, seis meses noite, seis meses dia. Em outras palavras: Um saco!
   Em baixo da terra, um covil dos metamorfos do norte se encontrava, mantendo as poucas pessoas dali protegidas do forte frio que inundava todas as casas da região. A área de reuniões, também onde se encontrava a cozinha, era feita completamente de tijolos alaranjados, com mesas redondas e cadeiras de palha espalhadas por todo o recinto, cobertas de jovens falando auto. Em um canto, perto da entrada da cozinha, uma enorme lareira se mantinha acesa, aquecendo todo o local com suas agradáveis chamas.
   O estabelecimento do Alasca era um dos poucos aliados que tinhamos, acreditando cegamente na história da Fênix, nos ajudavam como podiam. A língua nativa ainda continuava sendo a inglesa, mesmo o Alasca não pertencendo mais aos Estados Unidos, e sim ao Canadá.
   Achei um abrigo temporário aqui, enquanto prendia a resto dos meus irmãos.
   Descobri a uns dias atrás que um deles frequentava este local, me infiltrando secretamente e o pegando de surpresa. Agora só faltava um, e Victor estava onde eu menos esperava.
   Suspirei, deixando meus pensamentos vagarem enquanto fitava a cadeira a minha frente. Nunca admitiria, mas estava com saudades dele. A imagem de seus lindos olhos azuis não deixava minha mente.
   Argh!
   Não falaria com ninguém, nada diria, apenas nutriria tal sentimento em silêncio, guardando tudo para mim. Porém isso estava me enlouquecendo! Como isso aconteceu? Não posso me apaixonar, não de novo.
   Mas mesmo nada comentando, seu belo rosto não me deixava em paz. A gentileza estampada na imensidão azul celeste que eram seus olhos, transmitindo tanto amor e carinho para quem quer que se aproximasse o bastante. Os traços bem datalhados do rosto, dando a ele um sorriso angelical, me fazendo pensar que estou no céu. O jeito como ficava fofo quando franzia as sobrancelhas, completamente confuso. O modo como me irritava sorrindo de canto, com ar sarcástico e teimoso. Como a franja dos cabelos rebeldes caindo sobre a face davam ao mesmo um estilo desleixado, deixando-o mais bonito ainda.
   Em minha opinião, perfeito demais.
   É óbvio que ele tinha medos, mas até esses eram honrosos. Era deslumbrante conhecê-lo e descobrir a preocupação que possuía com quem amava. Mesmo não possuindo muita coragem, às vezes assumindo um estilo tímido, tinha um lado incrivelmente nobre. Diante do perigo, sempre de cabeça erguida.
   Os músculos apareciam sob a pele bronzeada, mesmo ele nunca antes ter treinamento adequado, e davam moldura ao corpo. Ele nasceu para ser um metamorfo.
   Mas entre tudo isso, o que mais me encantou foi a forma como tratava as pessoas, mostrando-se indiferente quanto a sua classe social, raça ou deficiência. Usando a inteligência a seu favor para moldar seu caráter.
   Poderia resistir e me recusar a falar em público, mas estava perdidamente apaixonada pelo rapaz.
   Maldito seja Ricardo Ryan e seu jeito encantador que não sai de meus sonhos.
   Posso não confessar, mas tenho medo de me apaixonar e de quebrarem meu coração novamente. Foi difícil juntar os cacos, e agora que estava remendado, não suportaria ter que catá-los de novo.
   Construí uma barreira em volta do meu coração, uma barreira a prova de qualquer homem. Mas de algum modo, um modo por mim desconhecido, o garoto de olhos da cor do céu conseguiu ultrapassar minha barreira de concreto, me prendendo com seus fortes braços.
   Uma roseira, vasculhando o pequeno espaço em busca de amor, infiltrando seus raminhos pelas frestas que se escondiam nas sombras, tentando manter o que tinha dentro dos desejáveis muros a salvo de todos. O caule da magnífica rosa se enroscaria em meu coração, protegendo-o com seus resistentes espinhos.
   Como posso ter certeza de que ele me ama do mesmo modo? Do mesmo modo que eu o amo? Como sei que ele apenas não está brincando comigo? Não parece ser esse tipo de pessoa, mas eu não tenho coragem para tentar. Não ainda.
   Prometi para ele que voltaria, e não sou de quebrar minhas promessas. Meses já haviam se passado desde aquele dia, todavia, o medo não me abandonaria, e eu teria de conviver com ele.
   Respirei fundo, agradecendo com um aceno de cabeça o copo da água que tinham me trazido. Não prestei atenção para ver quem era, estava preocupada com meus próprios pensamentos para me importar com isso.
   Mesmo que eu tentasse, não conseguia enquecer dos meus problemas. Que droga! Tenho coisas demais para me preocupar!
   Me levantei levando o copo de água, com o intuito de ir deitar no quarto em que estava hospedada. Mas isso não aconteceu.
   Com um tapa imaginário, fiquei embasbacada. Deixei o copo de água cair no chão, atraindo muitos olhares de todos que ali estavam. O salão caiu em um penoso silêncio.
   Meus olhos se arregalaram enquanto fitava o nada, senti um puxão e uma conexão inexplicável se formou. Senti pânico, mais medo do que em toda a minha vida, minha pulsação acelerou, desesperada. A garganta estava seca, o sangue ardia, e um istinto protetor me dominou.
   Não me pergunte como, pois se perguntar em não saberei responder. Mas eu sabia de uma coisa no momento em que sai em disparada procurando ajuda.
   Ricardo estava em perigo.

Notas Finais


IMPORTANTE !!! Esta fic terminou, mas eu JÁ postei a CONTINUAÇÃO. O nome é "Fênix Azul" espero que vcs me falem o q acharam desta história e digam onm q falta nela. Ex: mas ação, romance, etc...
Beijos e até a outra !!!!!


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