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História Fênix Negra - Escrava de Kiba?!


Escrita por: NikkaHyugga

Capítulo 12 - Escrava de Kiba?!


Ao chegarem à Mansão, se depararam com todos saindo. Sasuke viu a carranca de Temari e sabia muito bem que estava encrencado. Sua sorte era que Sakura ainda estava em seus braços, agarrada a sua xaqueta, chorando feito uma criança. Ninguém se aproximou deles, então o moreno caminhou até a porta de entrada, seguido por todos. Ele subiu as escadas e entrou em seu quarto, deixando a rosada sobre a cama. Sasuke foi fechar a porta e viu Tsunade no corredor, séria, com Temari e Shikamaru ao seu lado.

 -Onde está Naruto? – perguntou ela.

 -Na vossa antiga casa, minha Rainha. Hinata está com ele e Naruto a trará de volta amanhã assim que anoitecer. Então se me permite, zelarei pelos sonhos de minha parceira – dito isso ele fechou a porta. Sakura se sentara na cama e o esperava. Ele sentou-se ao lado dela. – Deite-se, minha cara, e durma tranquila.

 -Deite-se comigo, Sasuke – a rosada não precisou pedir duas vezes. Assim que se deitou, Sakura se aconchegou no dorso dele e continuou chorando. No fundo, ela sabia que esse dia chegaria, mas realmente desejava nunca ter que ver sua Hinata nos braços de um macho.

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 A Hyugga novamente acordou com um gotejar irritante. Realmente, aquilo era muito assustador agora. Não sentia seu corpo direito ainda, somente sua audição estava atenta. E ela lhe deu a informação que não estava sozinha: uma respiração calma e compassada. Por instinto, Hina pulou da cama e se encolheu num canto. O homem levantou-se e Hinata rugiu.

 -Shiu... – ela tentou abrir os olhos, mas por algum motivo eles não a obedeceram. – Não faça força, seus ferimentos são superficiais, mas podem causar sangramentos graves.

 A voz reconfortante provocou um arrepio na espinha dorsal de Hinata, fazendo-a abrir subitamente os olhos.

 -Na... Ru... To... Kun... – o nome soou tão belo para o loiro, mesmo a voz de Hina estando rouca e fraca, que ele se lançou contra ela e pegou-a nos braços, apertando-a contra si.

 -Minha... Minha doce Hinata... Perdoe-me. Por Kami-sama, perdoe minha fraqueza. Não a defendi e por causa disso você... Você...

 -Shiu, meu jovem guerreiro. A culpa disso tudo é minha. Fui tola ao pensar que Kiba não me encontraria jamais – as palavras deixaram Naruto confuso. – Sentemos na cama, e eu te explicarei tudo. Tudo o que deveria ter dito assim que nos conhecemos. Afinal onde estamos?

 -Na antiga Mansão das Fênix. Foi perto daqui que me encontraram.

 -Então me sente na cama, por favor – o loiro a obedeceu sem reclamar. Sentou-a no meio da cama e ficou de joelhos em frente a ela. Ela suspirou e segurou o cabelo no alto da cabeça, deixando seu belo pescoço a mostra. Naruto olhou atentamente para uma tatuagem negra que havia ali. Hina soltou os cabelos e puxou as mangas da camisola até o cotovelo. Mais tatuagens em seus pulsos.

 -O que... O que isso significa? – perguntou ele. Hinata sorriu, tristonha.

 -Oh, sim. Nós somos da época em que isso já não era comum. Aquele que tem essas marcas é impuro, inferior, imundo, submisso. Essas são as marcas de um escravo de sangue, Naruto. E eu sou escrava de Kiba – contou ela, com a voz bastante firme. Naruto, por sua vez, arregalava os olhos.

 -Escrava de Kiba?! Mas como? Você é da nobreza, uma Hyugga. Há uma lei que protege os nobres dessa condição, eu li sobre isso em um dos livros antigos e... – um dedo de Hinata calou-o.

 -Eu irei te explicar. Tudo começou quando eu ainda era humana, com 23 anos.

“Faltava apenas um ano para minha transição e eu estava tão ansiosa para que ela viesse logo, pois assim que eu virasse vampira, iria me casar com um macho de minha família. Felizmente, eu o amava com todo meu ser e ele também me amava. Saiamos para passear de charrete nos fins de tarde e costumávamos ir juntos para grandes bailes da nobreza. Foi lá que conhecemos Kiba e Hana, que eram muito próximos de meu Clã. Incomodava-me a maneira que Hana olhava para meu parceiro, como se fosse enfiar suas presas em seu pescoço a qualquer momento, mas ele me acalmava dizendo que sua veia era apenas minha. Alegrava-me ouvir aquilo dele, saber que era dona daquele garoto ainda frágil me deixava bastante contente.

 Pouco antes do meu aniversário de 24 anos, ele passou pela transição. Eu não sai do lado dele em nenhum momento, segurando sua mão e vendo seu corpo se transformar. Quando tudo acabou e ele dormia com a expressão calma, meu pai e Hana entraram no quarto. Levantei o olhar e me assustei ao perceber que a mulher sorria e se aproximava cada vez mais do meu homem. Tentei me levantar para detê-la, mas meu pai segurou-me pelos ombros. Nunca esquecerei as palavras que meu pai sussurrou depois: Minha filha, você deve sair daqui. Agora, este macho pertence à Hana.

 Oh, palavras tão simples despedaçaram meu coração. Perguntei-lhe como isso podia acontecer, afinal eu estava comprometida com ele! Hana pegou um saquinho com moedas de ouro e jogou-o aos meus pés. Entendi na hora: meu amado havia sido vendido para ela, como escravo de sangue. O mais normal na minha situação seria chorar, implorar para que ela não o fizesse, ou tentar mata-la. Mas fiquei calma e tratei de achar uma saída, a qual não demorou a vir: Me leve como escrava no lugar dele.

Meu pai surtou, mas Hana me olhou dos pés a cabeça e assentiu, dizendo que Kiba me amava e queria casar comigo. Por isso ela tentara comprar meu amado, para tira-lo do caminho de seu irmão. Mas me ter como escrava para sempre era melhor para ele...”

 -Você se ofereceu como escrava para salvar seu amado? – perguntou Naruto.

 -Sim. Era melhor eu arcar com essa maldição, do que deixa-lo ficar com ela. Aproveitei ao máximo com meu amado o ano que se seguiu. Nunca contei a ele o ocorrido, até hoje ele não faz ideia do que aconteceu. Ele não me desposou e nem me possuiu nesse ano, dizendo que queria tirar minha virgindade na nossa Lua de Mel... – Hinata fez cara de sonhadora, sorrindo tristemente logo em seguida. – Mas esse dia nunca chegou. Assim que completei 25 anos, passei pela transição. E me levaram embora, mentindo para todos que eu havia morrido. Quando acordei, estava deitada naquele maldito quarto, nua e com essas tatuagens. A partir dali eu soube que eu jamais voltaria a ser a mesma. Temi ser marcada pelo meu dono, mas ele não conseguia vincular-se a uma escrava.

 “Durante as primeiras semanas, Kiba não me usava. Eu o deixava fazer o que quisesse comigo e também fazia tudo o que ele mandava. Ele me dava presentes, livros, pinturas, joias, vestidos... Tudo o que uma mulher podia querer e precisar. Mas a paz entre eu e ele só durou até eu sentir sede pela primeira vez. Havia um criado que cuidava de mim, seu nome era Shino. Sempre calado, fazia tudo o que devia fazer com muita perfeição e me agradava sua silenciosa companhia. Uma tarde, ao ver que eu sofria pela sede, ele ofereceu sua veia para mim. Recusei-me a beber dela, pensando em como isso seria traição com meu amado, àquele que eu jurei dar minha veia todas as noites se necessário.

 Shino percebeu minha aflição e me abraçou, confortando-me. A proximidade com sua veia e a intensidade da minha sede me fez mordê-lo e sugar seu sangue. Maldita sede, quando estava quase saciada, Kiba entrou no quarto, pegou-me pelo cabelo e me jogou contra a cama. Segurou Shino pelo braço e o arrastou porta afora, me trancando logo em seguida. Aquela noite foi insuportável, não conseguia ficar quieta. Ao meio dia, uma garota de cabelos caramelos se apresentou como minha criada e disse que Kiba havia me mandado um presentinho. Quando abri o pacote, lágrimas rolaram por minhas bochechas: eram cinza e no meio delas os óculos escuros de Shino. Mandei a criada me deixar sozinha e me tranquei no banheiro, em completo desespero. Gritei por Kami-sama e pedi duas coisas: que a alma de Shino pudesse me perdoar e que eu nunca precisasse beber o sangue de Kiba. O espelho embaçou e a imagem de Shino vestido de branco me emocionou. Ele me disse: Serei teu Guardião, minha jovem Hinata. E meu sangue te alimentará até encontrares um macho que possa fazê-lo”.

 -Hina-chan, por isso Tsunade disse que alguma de vocês não precisaria do nosso sangue. Era você – concluiu Naruto, lembrando-se da primeira Missão deles.

 -Exato. Bem, depois desse dia, passaram a me acorrentar na cama e me dopar antes de Kiba entrar no quarto. Eu comecei a odiá-lo, e se me soltassem eu o mataria. Foi assim por 95 longos e malditos anos. Exatamente no dia do meu aniversário, eu estava deitada em minha cama, lendo algum romance. A porta se abriu e eu levantei o olhar surpresa. Uma loira de olhos divinamente azuis sorriu para mim e disse: Venha comigo mocinha. Eu repliquei, dizendo que não podia. Foi quando aprendi que Ino não aceita respostas negativas. Ela tocou em um ponto de minha nuca e me fez desmaiar. Acordei aqui. Exatamente neste quarto, rodeada por seis belas vampiras. Tsunade me contou que minha promessa já fora cumprida e eu me assustei como ela sabia daquilo? Só quando elas me contaram a história toda que eu percebi que estava realmente livre – Hinata baixou os olhos subitamente. – Mas acho que eu estava errada. Kiba ainda tem poder sobre mim, essas malditas marcas são a prova disso. E nunca conseguirei me livrar dessas correntes que seguram minha alma àquele macho.

 Minutos de silêncio se seguiram a história contada por ela. Naruto olhava para suas próprias mãos, que estavam fechadas em punho. Ele respirou fundo e olhou para ela.

 -Ele a usava para alimentar-se e saciar seus próprios desejos. Você sacrificou sua vida inteira por um macho que sequer imagina essa história toda. E ainda conseguiu manter-se pura e fiel em seu interior – ele segurou ambas as mãos de Hinata. – Eu a admirava, Hinata, por ser tão cuidadosa, leal, preocupada, dedicada e incrivelmente ágil. Mas depois de ouvir sua história, não tem como não adora-la.

 -Adorar-me? Você por acaso ouviu uma palavra do que eu disse?! – Hina ficou exaltada e isso assustou o loiro. – Eu sou uma escrava de sangue, Naruto! Meu corpo e minha alma foram vendidos como mercadorias. Fui usada, machucada e torturada por quase cem anos. Levo minha maldição enraizada em meus pulsos e em meu pescoço, meu sangue não vale sequer a proteção de Shino, eu não valho o ar que respiro. Os únicos seres mais imundos que eu são aqueles Akatsukis imprestáveis e...

 As palavras pararam de jorrar quando seus lábios foram selados pelos lábios de Naruto. Ela paralisou, sem saber o que fazer. Ele não se demorou no selinho, se afastando um pouco. Com um meio sorriso no rosto, pousou sua mão no pescoço de Hinata.

 -Não se trate assim, minha doce e pura Hinata. O que te ocorreu no passado não a amargurou, não manchou tua alma com o mal. Eres pura, por isso Kami-sama a escolheu para ser uma Fênix e carregar o dom dos pedidos. Eu a adoro profundamente, por cada vez que você foi usada, cada dia que você passou naquele lugar, cada uma dessas marcas – ele se aproximou e depositou um beijo sobre as tatuagens dela. Demorou-se no pescoço, fazendo um arrepio passar pelo corpo de Hina. – Se antes eu a admirava e desejava, agora eu a amo.

 A paralisia parecia estar gostando da Hyugga, pois ela ainda permanecia imóvel sobre a cama.

 -Me... Amas? – perguntou ela, incerta de ter ouvido direito.

 -Amo, amo mais do que pensei. Agora que sei o quanto eres boa, pura e digna, me acho insuficientemente bom para você. Mas não me importo, Hina. Eu amo você. Amo mesmo – Naruto olhava-a nos olhos e ela olhou para baixo.

 -Naruto-kun... Eu... Você é anjo tão belo. Eu não quero manchar sua luz com as minhas trevas, mas estaria mentindo se dissesse que não desejo estar com você. Como sua fêmea. Perdoe-me, mas eu não posso te sujar – sussurrou ela. Naruto começou a tirar a regata preta e Hinata se assustou. O que ele estava fazendo?

 -Eu não entendo muito bem isso tudo, mas respeito sua decisão – ele se deitou. – Agora venha cá, Hina-chan. Deixe-me pelo menos ser seu sustento.

 -Naruto, eu não preciso... – ela foi interrompida.

 -Shino te alimentaria até você achar quem o fizesse. Você está sedenta e eu serei teu sustento. Venha cá, não tenhas medo – a morena se aproximou devagar e logo foi puxada para cima de Naruto. A proximidade dos corpos a deixou arrepiada, mas a sensação foi logo diminuída pela incrível sede que sentia. Sem hesitar, suas presas perfuraram sua pele até chegar ao sangue quente e delicioso. Ela sugou como se fosse um bebê quando está faminto.

 Naruto ficou excitado, mas controlou seus instintos. Sabia o que Hinata havia passado por quase um século e não queria obriga-la a nada. Assim que os lábios de Hina deixaram sua veia, ela apoiou a cabeça em seu dorso. Ele alisou seus cabelos, apenas aproveitando o momento e satisfeito por ser quem dava vida a sua amada.

 -Eu a farei me amar também, Hinata. Amarás-me mais que amastes aquele ma...

 -Neji – Naruto ficou confuso e olhou para os olhos grandes e perolados que o encaravam. –O macho pelo qual levo essas marcas. Neji Hyugga, meu primo e seu Irmão.


Notas Finais


Nossa, que história a da Hinata, hein? ^^ Gostaram? Kisses e Comentem


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