História Fera? - Casamento

Finalmente chegou o final de semana do casamento de meu irmão, e confesso que estou muito animada com a ideia, por mais que nós dois brigassemos sempre e eu tenha escondido minha sobrinha dele, ele é minha família e eu o amo. 

 Acordei cedo, e olho para o lado e vejo meu namorado dormindo, com um pouco de seu peitoral alvo, a mostra, como ele é fisicamente lindo, e conseguiu demonstrar que não é o monstro que eu me convencia a acreditar, nele eu tenho carinho, atenção, apoio, um ótimo pai para minha sobrinha, e ele consegue dar uma vida boa para mim e para minha pequena, mas lógico que a mordomia é o menor dos atributos. 

 Levanto e ainda estou nua, resultado de mais uma noite quente, levanto assim mesmo, e junto minha roupa que está no chão e vou para o banheiro. Tomo um banho e fico imaginando de onde sai tanto fogo de um homem, não sei como ainda estou aguentando fazer sexo todos os dias, cada dia parece que me sinto mais exausta, mas eu gosto, e muito. Saio do banheiro e Otto ainda está dormindo, fomos dormir tarde na noite anterior, estou exausta, mas prometi que iria cedo para os preparativos finais da cerimônia na padaria. Deixo para tomar café na padaria. Chego lá e Durval está andando de um lado para o outro carregando coisas.

 -Bom dia Durval como está? -Tudo quase pronto, ainda faltam apenas alguns ajustes. 

-Vou tomar um café e volto já para te ajudar.

 -Ok. 

Tomo um café Preto e como um misto quente de queijo, e volto para auxiliar Durval. -Luísa você pode ajudar na decoração? 

 -Claro, mas o que você precisa que eu faça?

 -Só ajuda o Jefferson a pendurar as luzes de decoração, você vai desenrolando e ele vai pendurando.

Ficamos até 14h na parte de decoração, e logo que terminamos está tudo muito lindo, como o casamento será a noite, vai ficar tudo muito perfeito. 

 Durval estava na cozinha gerenciando todos os doces, e snacks que serão servidos, e aproveito a oportunidade para perguntar:

 -Como está se sentindo Durval?

-Ansioso. 

-Diz ele com olhar apavorado.

 -Calma, você vai ver que será lindo e inesquecível. 

 -Quando você ficar nessa condição, você vai ver como é.

 -Não consigo nem imaginar meu irmão, acho que ainda está cedo. - Realmente não consigo imaginar me casando, não ainda.

 -E como está Cláudia? 

 -Ela está encaixotando todos os pertences para mudança. Acho que ainda hoje Fernanda vai mudar ainda hoje. 

 -Fernanda vai realmente se mudar? -Lembro do olhar de Fernanda falando de Otto e isso me deixa enciumada.

 -A princípio sim, espero que ela se adapte, pois será bom que ela tenha seu próprio lugar, pois não vai dar certo, todos nós vivemos sob o mesmo teto.

 -Durval você sabe me dizer se Fernanda tem algum interesse em alguém? 

 -Olha Luísa, isso não faz mais parte das minhas prioridades oras. - Ele responde parecendo confuso. 

 -É verdade. Você tem razão. - Respondo tentando esconder o nervoso.

 -Por quê a pergunta Luísa? -Nesse momento puxo ele para um lugar mais privado. 

-Sabe o que é, nessa semana na despedida de solteira da clau, a Fernanda me fez algumas perguntas sobre o Otto, aí tive a impressão que ela tem algum interesse nele.

 -Oras Luísa, se ele tivesse algum interesse nela, eles já estariam namorando não acha? Porque não é de hoje que ela flerta com ele, e ele? Não dá nem uma lasca de esperança pra ela. -Diz ele com um sorriso sarcástico.  

 -Você tem razão Durval, acho que estou criando caso na minha cabeça né? - Espero que sim. 

 -Sim e muito! Inclusive estou muito curioso para ver você e Otto como casal. Vocês sempre tiveram muita química. 

-Como sabe? - Pergunto. 

-Pela forma como ele sempre olhou para você, um homem reconhece quando outro homem tem interesse numa mulher. -Ele diz me olhando sério. - Além de que sempre que via vocês dois próximos, se não soubesse que vocês se odiavam, diria que dariam um belo casal. Volto pra casa e Otto está sentado no sofá mostrando alguma coisa para as meninas.

 -Cheguei meus amores! -Digo com um grande sorriso.

 -Oi tia! - Grita Poliana toda animada. Otto levanta e vem na minha direção, abraça os meus ombros e eu abraço sua cintura.

 -Oi meu amor. - Ele diz me dando um beijo demorado.

 -Oi meu amor. - Respondo com um sorriso. - Meninas vamos começar a nos aprontar para o casamento? - Pergunto soltando Otto. 

-Sim! - Respondem as meninas levantando e indo correndo para os quartos. 

-E você meu amor? Vamos nos arrumar? - Pergunto colocando as mãos nos ombros.

 -Vamos! - Ele diz passando os braços pelas minhas costas. Nos soltamos e vamos de mãos dadas para o quarto. 

-Quer tomar banho primeiro? - Ele pergunta. - Ou eu tomo banho em outro banheiro.

 -Toma banho comigo? - Eu digo esticando a mão para ele.

 -Achei que não ia pedir. - Ele diz colocando a mão embaixo da minha.

 Levanto os braços e ele puxa minha camisa e joga no chão, enquanto eu puxo ele pela gola e lhe dou um beijo e ele puxa sua camisa e tira. Ele abaixa e abre o ziper da sua calça enquanto eu faço o mesmo com a minha, e com a minha calcinha, e então a gente começa a me beijar e abre meu sutiã, enquanto me beija e o puxa, e então entramos embaixo do chuveiro.  Aquela água quente escorre sobre nós e me deixa confortável, pois não quero estar em nenhum lugar mais além dos braços dele. 

 Saímos de banho, e ele vai vestir sua roupa enquanto eu vou arrumar meu cabelo.

 Faço um penteado no cabelo usando um molde, onde faço um topete, e coloco todo ele para trás, no momento em que finalizo o cabelo, Otto já está pronto, usando um terno chumbo, que o deixa muito bonito por sinal. 

 -Vou descendo tá? - Responde ele me dando um beijo na bochecha.

 -Tá bom meu bem, daqui pouco estarei pronta. 

 Otto concorda e desce, e eu fico lá fazendo minha maquiagem, faço uma sombra um pouco carregada e faço um deliniado fino, e passo um batom nude, e meu vestido será simples. 

 Assim que fico pronta, desço as escadas e já estão todos me aguardando no sofá. 

Chegamos na padaria, e realmente tudo estava impecável, as luzes deixavam tudo mais bonito. Percebi que estavam todos nos olhando por estarmos de mãos dadas, tentei não demonstrar o desconforto mas foi inevitável.

 -Luísa! Ainda bem que você chegou! - Diz Joana cumprimentando Otto também.

 -Cláudia está desesperada e quer muito que a gente vá até a casa dela!

 -Emergência! - Dizemos ao mesmo tempo.

 -Otto você se importa de ficar aí sozinho? Já volto meu amor! - Digo e lhe dou um beijo nos lábios. 

-Tudo bem meu amor. - Ele diz me dando um sorriso meio amarelo.

 Vamos até a casa de Cláudia e ela está impecável, mas o vestido está aberto e tudo indica que está com dificuldades para fechar. 

 -O que está acontecendo Clau? - Pergunta Joana com os olhos arregalados.

 -Eu não consigo fechar me vestido. Comprei ele faz um tempo e acho que dei uma engordada, e agora ele não fecha! 

-Calma a gente vai dar um jeito Clau, Joana me da uma mão aqui? - Digo tentando segurar o zíper fechado Enquanto Joana vem e tenta fechar o zíper.

 Tentamos com tanta força que fechamos o zíper e caímos no sofá, soltando gargalhadas.  

-Agora sim! - Digo levantando do sofá e alisando o vestido. -Meninas está na hora! Não quero deixar o Otto desacompanhado. 

 -Esse casal está superando as expectativas em amiga. - Diz Cláudia com as sobrancelhas arqueadas. 

 -Mas e o Marcelo Luísa? - Pergunta Joana. 

-Contei para ele essa semana, e bem.. ele não aceitou muito mas vida que segue né! 

Joana e Cláudia concordam e seguimos para o carro. 

 Chegamos no local da cerimônia e quando olho vejo que fernanda está linda com um vestido justo e amarelo, sentada ao lado de Otto, e coloca a mão na coxa dele, e ele tira a mão dela de imediato. Joana que ainda está do meu lado tenta me segurar mas eu já estou indo em direção a ele. 

 -Luísa! - Ele diz levantando constrangido e se aproximando de mim.

 -Oi amor! - Eu digo com um sorriso cínico, dando um beijão nele que passa a mão pela minha cintura. Solto de Otto e Fernanda ainda está sentada então me viro para ela e a cumprimento. 

-Como vai Fernanda? E respondendo sua pergunta daquela noite, sim nós estamos namorando. 

-Luísa eu não sabia.. - Diz Fernanda levantando meio sem graça e eu interrompo. 

 -Ele é lindo mesmo, charmoso... e como é mesmo? Viril. Mas é comprometido. Viro para Otto e dou um sorriso para ele que sorri de volta, saímos e deixamos Fernanda lá. 

 E pela primeira vez vejo Marcelo que está muito bonito, com um terno preto e camisa branca. 

-Luísa, Otto. - Diz ele sério. 

-Como vai Marcelo? - Diz Otto com o maxilar rígido. 

-Bem e você? 

 -Bem, Marcelo. 

Logo Nadine aparece, e engata o braço no de Marcelo.

 -Você está aí Marcelo, eu tava perdida e não achava o toalete com toda essa decoração. Otto, Luísa como vão? 

 -Nadine.- Respondemos ao mesmo tempo. 

 -Como vai? - Diz Otto. 

-Bem melhor agora. - Responde Nadine com um sorriso sarcástico. 

 -Com licença. - E engato meu braço no de Otto virando as costas. 

 -O que será que a Nadine veio fazer nesse casamento? - Pergunta Otto. 

 -No casamento do meu irmão você quer dizer. - Respondo a ele. - E com certeza boa coisa não é. 

-Amor, você se importa se eu ficar só na cerimônia e ir embora? 

 -Por que meu amor? - Pergunto seria. 

-Não estou me sentindo confortável. Mas você pode ficar com as meninas e aproveitar. 

-Eu te entendo. - Digo colocando a mão no seu rosto e dando um selinho. - Tudo bem.

 Logo a entrada da noiva é anunciada e todos se colocam sentados, e peço para Otto sentar ao meu lado, que estava evidentemente desconfortável.

A entrada de Cláudia foi linda, as crianças estavam todas tão fofas, olho para Otto e percebo que ele está meio triste. 

 Coloco minha mão sobre a dele e a seguro, enquanto acompanhamos os discursos dos noivos, que emocianam a mim e a quase todos. 

Nesse momento eu levanto para fazer um discurso, e logo depois que eu levanto, Otto também se levanta e leio em seus labios as palavras "te amo" e sai da cerimônia.

 Fico triste pela saída de Otto mas preciso fazer meu discurso para os noivos. Depois de mim vem Afonso, que fala palavras bonitas e me sinto até triste por ter ficado sozinha, mas o show deve continuar. 

 Assim que a cerimônia termina as crianças cantam uma música muito fofa, e logo a banda dos meninos começa a tocar então todo mundo começa a dançar e a se divertir.

 Acabo pregando o buquê, o que me deixa meio sem graça, mas ao mesmo tempo feliz, e todos voltam a dançar e a se divertir, inclusive eu, nesse momento escuto uma voz familiar no meu ouvido. 

-Luísa a gente pode conversar, em particular? - Pergunta Marcelo por trás de mim.