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História Férias (in)desejadas - Milão


Escrita por: DiLunari

Notas do Autor


Hey, voltei galerinha do bem!

Mto obg por todos os comentários e favoritos <3

Boa leitura e perdão caso tenha algum errinho

Capítulo 8 - Milão


Marinette dormiu como um anjo, como era bom poder dormir em sua própria cama sem ter que se preocupar em esmagar o primo. Espreguiçou-se sonolenta e olhou o celular, ainda estava longe de estar atrasada, então se levantou para um banho.

Trocou-se com suas roupas habituais de inverno, colocando a meia calça, a saia xadrez, uma blusa de lã e o sobretudo branco,  acabando por calçar a botinha de salto.

Preparou sua caneca com café e sentiu o celular vibrar, não costumava receber mensagens pela manhã.

“Bom dia, deixei uma pasta na sua sala sobre a conferência, lá tem todos os dados do pessoal.”(Adrien Agreste)

“Bom dia, obrigada.” (Marin)

Não queria responder Adrien na verdade, e parecia só uma maneira de puxar assunto com ela ao invés de perguntar logo de uma vez se os dois estavam bem, odiava quando não eram direta com ela, bastava falar.

Suspirou irritada, Emillie tinha estragado todo seu ânimo com aquela conversa besta, devia ter ficado na cama aquela noite e bem longe do carro, não era paga o suficiente para ter que ver Adrien todo dia sabendo que seria atracada em algum lugar. Não que não quisesse, mas um relacionamento com seu chefe tinha seus problemas, ainda mais sabendo que outras garotas tinham um flerte contínuo com ele.Um único ponto positivo vinha daquilo tudo, ele tinha prometido tratá-la melhor e esperava por isso.

Diferente dela, Adrien estava impaciente pelo dia que mal tinha começado. Seria a primeira vez a entrar no prédio sem pensar em piadas desnecessárias sobre Marinette, o que acarretou a  não ter um assunto plausível com ela. Sentiu-se com vergonha pela mensagem da manhã, só queria que ela esboçasse algum tipo de reação para ele, qualquer coisa.

Inclinou-se na cadeira e suspirou pelo inconveniente, seria uma semana estressante.

— Hey.— A voz de Félix se fez presente na sala de Adrien.— Voltou antes do previsto. — Entrou sem ser convidado.

— Não sabe bater? — Arqueou a sobrancelha.

— Sempre um poço de nervos, já pensou em como aporrinhar a Marinette, vi que ela também voltou e está com a mesa lotada de coisas.

— Não enche, Félix! —  Abriu o computador.

— Qualé, sei que sua diversão é encher o saco dela, e a minha é aliviar o stress que você proporciona, então por que não unir o útil ao agradável? — Félix riu.

— Sai da sala — Adrien falou nervoso, só de lembrar de ter visto os dois juntos na escada de emergência lhe dava gastura. — Meu sócio ou não, ainda posso acabar com seu dia. — Bradou sem olhá-lo.

— Acordou afetada hoje? — Félix sentou em um dos cantos da mesa.

— Félix. Sai. De. Cima. Da. Mesa! — falou pausadamente. 

— É, Paris deve ter feito algo com você, mandou um abraço pra tia Emillie? 

Adrien fechou os olhos com força e os abriu com calma, mirando o primo, estava para cometer um homicídio.

— Vai trabalhar. — Ignorou a pergunta dele.

— ‘Tá, você realmente não está para conversar hoje. — Colocou as mãos no bolso da calça. — Vou ver se a Mari precisa de mim. — Sorriu convicto para Adrien.

Félix sabia da birra que o loiro tinha na azulada. Sabia o motivo de todas aquelas aporrinhações, o que o deixava mais ansioso ainda para esfregar na cara do primo sobre os dois terem ficado várias vezes.

Fechou a porta com um sorriso vitorioso e ouviu o estalar dos saltos na madeira, sabia de quem era, só não entendia o porquê dela está ali, Marinette costumava não subir até o andar de Adrien, isso só acontecia em situações complicadas.

— Bom dia, como foram as férias? — ele perguntou tapando a porta, ficando de frente para a garota.

— Dentro do esperado. — Mentiu séria. — Pode me dar licença? — Apontou a porta.

— Chegou antes do fim da semana, aconteceu alguma coisa?

— Trabalho. — Mostrou a pasta. — Eu preciso entrar, Félix.

— Claro, claro. — Abriu a porta para ela, revelando um Adrien nervoso. — Viu que a Kagami vai voltar de Tokio? — falou antes de encarar os olhos dela de novo.

— Que… ótimo. — Uma luz vermelha acendeu na cabeça de Marinette, não lembrava da amiga de trabalho.

— Dá pra você parar de ficar vindo aqui!? — Adrien comentou com os olhos no primo e depois mirou Marinette ao lado dele. 

— É… Você pode sair? — A azulada perguntou para Félix. — Conversamos depois sobre a Kagami.

— Sou dono da metade da empresa, acho que posso ouvir sobre o que tem a dizer — retrucou.

— E você se importa com as conferências? — Marinette franziu a testa, sabia como ele era  negligente. 

— Claro que me importo. — Sorriu.

— Félix, por favor, você não tem os papéis da gestão para confirmar? — Adrien tentou fazê-lo sair.

— Tenho — suspirou pesado e deu meia volta para a porta. — Até parecem estar escondendo um segredo de estado. — Fechou a porta com força assim que saiu.

— O que deu nele? — Marinette falou sozinha, voltando a atenção para Adrien. — Bom, eu fiz duas planilhas para a divisão e creio que vão faltar lugares.

— Você conseguiu dormir essa noite? — Adrien trocou de assunto.

— Perdão, o que disse, Adrien? — Piscou várias vezes.

— Conseguiu dormir essa noite? — Recostou-se na cadeira e apontou para ela sentar.

— Você não? — Ela puxou o lugar e sentou-se.

— Não — respondeu, pegando a pasta e vendo as folhas. — Aquilo que você disse, aliás, que você enfatizou — riu. — Aquilo me deu insônia.

— Eu falei muita coisa. — Marinette cruzou as pernas.

— Sexo casual! — ele respondeu irritado. — Você gostou de enfatizar isso.

— E não foi casual, Adrien? — Arrumou a saia.

— Foi? — respondeu com outra pergunta.

— É de família se apaixonar na primeira transa? — ela riu baixo.

— ‘Tá me comparando ao Félix? — Adrien a encarou com desdém. — E eu não me apaixonei na primeira.

— Por que quer continuar com isso?Sexo casual, sabe? Casual!

— Esquece. —  Cortou o assunto. — O que você disse sobre faltar lugares? 

Marinette franziu a testa, queria que ele falasse mais, mas fez como ele, cortou o assunto. Teria coisas mais importantes para se preocupar, sendo uma dela a própria amiga. Kagami não voltava a Milão há três anos, por que voltar justo agora? Gostava dela, compartilhavam muitas coisas de suas próprias vidas, Marinette era a única a ver a japonesa como uma pessoa sozinha, enquanto os outros só tinham medo.

— Faltam alguns, e eu não tenho tempo para decorar nomes, sou chefe geral do marketing, não sua assessora —  Olhou-o, vendo ele fazer o mesmo. — Tá na hora de contratar uma.

— Não preciso. - Desviou o rosto. - Consigo me virar sem uma. — Rabiscou a folha fazendo algumas anotações. — E o banner? 

— Quase pronto, as meninas estão com a paleta de cores em processo.

— Ótimo. — Pegou o esboço da mão dela sentindo os dedos finos tocarem os seus, tendo um pequeno choque. — Já colocaram…

— Já — ela respondeu sem deixá-lo terminar. — O meu setor inteiro já fez o trabalho, estamos terminando, e eu fiz um bullet para deixar mais organizado. — Entregou, tendo seus dedos tocados mais uma vez, era uma sensação familiar e gostosa.

— Sei que você costuma ser eficiente, mas dessa vez você se superou.

— Elogiando de graça assim? — riu. — Você não é meu chefe. — Viu o sorriso brincalhão dele.

— Talvez eu não seja. — Brincou de novo. — Você vai com quem na comitiva antes da conferência?

— Eu… Comitiva? — Marinette perguntou. — São pra você e o Félix, não faço parte dos sócios.

— Mas ainda é uma dos chefes de setor, todos vão. 

— Não sei se quero, a conferência já vai me dar trabalho, não gosto de usar roupas formais naquele nível — ela disse sem olha-lo. — Nem tenho roupa para isso.

— Você fica bem de vermelho, seu último vestido caiu bem. — Anotou alguma coisa no computador.

— Repara demais em mim.

— Sempre reparei — respondeu sério.

— Acho melhor eu ir. — Sorriu para ele e pegou a pasta.

— Estou sendo invasivo? — Levantou junto dela, tendo apenas a mesa entre os dois.

— Não, Adrien. — Apertou a pasta contra o peito. — Você definitivamente não é como o Félix — riu, vendo ele permanecer sério. — Mas eu não vou mentir pra você, sei que quer continuar com isso, só que EU não sei se quero, entende?

— Como vai descobrir se não tentar? — Saiu de trás da mesa, indo até ela. — Pra você saber se gosta de algo, tem que experimentar. — Mirou os lábios dela, chegando perto o suficiente para sentir seu hálito. 

— Adrien — suspirou e fechou os olhos.

— É por causa do Félix?

— Quê?  Não, claro que não, não tenho nada além de sexo casual. — Respirou fundo. — Não me vejo namorando ele em nenhuma circunstância — respondeu, vendo ele sorrir.

— Então, por que não? — Adrien segurou a cintura dela.

— Bom. — Colocou as mãos sobre as dele, desviando o rosto. — Não posso magoar uma amiga — disse com a testa franzida, se soubesse que alguma dia Kagami voltaria, nunca teria começado aquilo.

— O que sua amiga tem a ver com a gente? — Arrumou-se no lugar.

— Ela gosta de você, Adrien. — Encarou-o séria.

— E por isso nós não podemos ter nada? O Félix gosta de você, então não posso querer tê-la? — perguntou nervoso.

— Nós dois nos dávamos super mal, eu nunca pensei que isso iria acontecer…

— E eu não ‘tô falando disso, Marinette. — Puxou o ar, incomodado. — Você não quer ter algo ou só tá fazendo um favor para sua amiga? E quem é essa amiga afinal? — perguntou nervoso.

— Não posso falar. — Desviou o rosto.

— Ótimo — falou sério. — Vai se martirizar por ela, então? Não vai mudar o fato de que te quero. — Levantou o rosto dela. — Eu não vou tentar algo com outra pessoa sabendo que tem você aqui, ainda mais me correspondendo.

— Correspondendo? — Marinette o olhou incrédula.

— Você também quer, consigo sentir seu coração acelerar só por eu chegar perto. — Inclinou a cabeça, beijando o canto de sua boca, mantendo o contato visual com ela.

— Não. — Abaixou o rosto contra o toque dele. — É sério.

— Você pensou nela alguma vez enquanto estávamos em Paris? Pensou nela no carro, ou na cama?

— Não, eu nem cheguei a lembrar dela na verdade, mas… eu pensei que seria casual.  Você soltava todas aquelas provocações e eu… — Não sabia como continuar.

— Fala como se eu tivesse te obrigado a tirar a roupa! Você entrou no carro por conta própria! Você começou aquilo na cama sabendo que a Lila podia ouvir — disse bravo. — Não diga que não ficou com ciúmes naquele dia, era nítido. — Esfregou o rosto e não ouviu resposta dela, que permaneceu com os olhos no chão. — Vai fingir que nada aconteceu?

— Desculpa. — Sabia como Kagami gostava dele, não poderia aparecer da noite pro dia com o cara que ela jurava odiar.

— Não peça desculpas, seja sincera com você mesma. — Segurou os ombros dela. — Trabalhamos juntos, vamos nos ver todos os dias, quer ficar desse jeito? — Sentou sobre a mesa deixando a garota para trás.

— Não, mas também não sei como começar. — Abraçou o próprio corpo. — Todo mundo acha que a gente se odeia.

— Sabe que não vou dar chance para qualquer outra pessoa com você aqui, Marinette, já falei e falo de novo. — Olho-a sério. — Vai de você aceitar ou ficar sofrendo à toa, já basta eu ter que ver o Félix flertar com você todo santo dia.

Adrien suspirou alto, esfregando o rosto mais uma vez, para mirar a azulada logo em seguida, não queria acreditar que aquilo era por causa de outra pessoa, não era justo com ele e nem com ela mesma.

— Fala alguma coisa! — ele pediu, indo até ela de novo. — Não me faça passar por essa tortura.

— Não temos doze anos para namorarmos escondido —  comentou —  E não seria saudável.

— Não tem que ser escondido. — Procurou alguma resposta pelo rosto dela. — Você quer, não quer? —  A segurou pela  nuca com cuidado, a guiando de leve, selando os lábios em um beijo calmo.

Marinette fechou os olhos com o cantato, queria aquilo, Adrien não podia imaginar como sua vontade era grande de dizer sim e continuar a vida como um conto de fadas. Mas nem tudo era como ela queria.

Mesmo com o salto alto, a garota ainda precisava ficar na ponta dos pés para alcançá-lo, tendo a resposta rápida de Adrien, que a puxou para a mesa, deixando  ela entre suas pernas, acabando com a altura correta entre os dois.

Ele tateou o pano grosso das costas dela até a barra, tendo a pele alva ao seu contato e sentindo um dos botões da sua camisa ser aberto. Provocou os seios de Marinette ouvindo um gemido baixo entre os lábios, e acabou por usar sua destra para erguer a saia xadrez e tocá-la.

— Adrien, espera… — Segurou a mão dele.

— Não vou estragar sua meia calça — respondeu descendo os lábios pelo pescoço, abaixando a gola alta da blusa de lã.

— Estamos no escritório. — ela fechou os olhos e puxou os cabelos dele com a brincadeira em seu peito. — Alguém pode abrir a porta! 

— Quer que eu pare? — parou o contato e perguntou com os olhos nela.

— Sim — respondeu trêmula, vendo o espanto na cara dele. 

Adrien a encarou surpreso e suspirou fundo, não esperava que ela disse, então apenas a ajudou com a roupa, levantando a gola da blusa e abaixando a saia, terminando por arrumar o cabelo escuro.

— Desculpa — disse para ele, abotoando a blusa social dele. — Eu não posso. — Sorriu triste

e limpou o batom da boca do loiro. -— Sobre sua pergunta. Sim, eu quero, mas não posso. —  Pegou seu espelho de mão no bolso da saia, assim, retocando os lábios e limpando o borrado. 

Abriu a porta deixando Adrien sozinho e com um enorme problema entre as pernas, contudo, não era bem isso que o incomodava no momento.

 


Notas Finais


Obg por ler até aqui <3

Essa Marinette complicando a vida


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