História Férias de verão (Itasasunaru) - Cheiro de menta

Povs Naruto

Entrou na pela porta da cozinha um homem bem alto que tinha um forte cheiro amadeirado, ele com certeza é um alfa e parece ter uns quarenta anos. Ele tinha uma expressão seria e em uma de suas mãos tinha um machado, eu conheço que estou com medo dele.

Ele tirou as botinas antes de entrar na casa, pelo menos tem o mínimo de educação, e foi até a dona Mikoto depositando um selinho nos lábios dela, ele deve ser o alfa dela.

—Querido esse é o filho da Kushina e do Minato, o Naruto. Lembra que te falei que ele viria passar as férias com a gente?

Falou a mulher e eu preferi não falar nada.

—Há sim. Eu sou o marido da Mikoto em breve você poderá conhecer nossos filhos, seja bem vindo garoto.

Ele falou, eu realmente queria dar uma patada nele, mas ele não parecia ser gentil e paciente como a dona Mikoto.

—Obrigado.

Murmurei e a morena me entregou um sanduiche natural, ela parece ser uma pessoa que cozinha bem e não é porque ela é uma matriarca porque a minha mãe não sabe fritar um ovo e o meu pai só gosta de cozinhar guloseimas e doces para a gente comer de vez em quando.

—Comam a vontade, eu fiz bastante.

Disse dona Mikoto disse entregando um sanduiche para seu marido também e eu comecei a comer, estava realmente muito bom, os filhos dela tem sorte de ter uma mãe tão legal. Não que a minha mãe não seja legal, ela é maravilhosa e eu amo ela, mas ela não tem muita paciência.

—A senhora cozinha muito bem, seus filhos tem sorte.

Falei tentando ser gentil já que ela me tratou bem e parece ser uma boa pessoa, talvez eu possa fazer amizade com ela, quem sabe ela não deixa minha estadia aqui melhor. Olhando bem tudo nessa casa é de madeira e meio rústico, deve ser porque o marido dela trabalha com isso.

—Obrigada querido, mas por que diz isso? Sua mãe não cozinha bem?

Ela perguntou parecendo confusa, se ela soubesse o tanto de comida que a minha mãe já queimou tentando cozinhar.

—Não mesmo, vocês não devem se conhecer muito bem ou não se falam a muito tempo porque a dona Kushina não sabe nem fritar um ovo sem colocar fogo na casa.

Expliquei e ela riu, gostei do sorriso dela, é sincero como poucos, talvez esse jeitinho simples dela não seja de tudo ruim. Não que eu queira ficar aqui, longe disso, prefiro mil vezes a cidade, mas morar aqui por um mês pode ser menos difícil do que eu pensei, pode até ser legal, vou ter ela pra me fazer companhia.

Se eu fosse ficar la em casa com certeza ficaria sozinho naquela casa enorme sem ninguém pra conversar e sem nada pra fazer. É claro que eu poderia sair com os meus amigos, mas ainda sim eu sei que seria solitário, aqui pelo menos vou ter ela pra me fazer companhia e quem sabe eu não aprenda a cozinhar com ela?

Nós comemos e bebemos um suco de acerola que estava uma delícia, essa mulher deve ter uma mão abençoada pra cozinha, como pode alguém cozinhar tão bem assim? O senhor que eu descobri se chamar Fugaku voltou para o trabalho e eu estou secando a louça para ela.

—Então... com o que a senhora trabalha?

 Puxei assunto já que, embora eu tivesse companhia, ainda sim não tinha nada pra fazer. O que será que eles fazem aqui no meio do mato? Bom, aqui tem uma piscina, quem sabe amanhã eu não peço para tomar um banho? Passar o dia na piscina não me parece nada mal.

—Trabalho aqui, eu cuido dos meus filhos, do meu marido e da casa.

Ela falou e eu assenti, deve ser horrível ter que limpar casa e fazer comida todo santo dia. Ainda bem que eu nunca na minha vida vou me casar, ter que cuidar de marido deve ser o ó, já pensou eu estragar as minhas unhas lavando vasilha e fazendo comida pra alfa? Jamais!

Coitada dela, é uma pessoa tão boa e foi se casar, ai quem manda esses ômegas serem bobos. Os alfas comem na palma da minha mão.

—Onde é meu quarto pra mim já ir organizando minhas coisas?

Perguntei já que eu fui dormir e não vi onde colocaram as minhas coisas, ate porque eu não fui feito para carregar mochilas né. Falando em mochilas eu vou ligar para a minha mãe depois e falar pra ela marcar um horário no salão pra quando eu voltar pra casa porque aqui não deve ter nenhum e eu não posso voltar para a escola sem dar uma geral. Estou até vendo eu voltando para casa só o caco.

—Bom, nós temos um quarto de hospedes, mas faz tempo que ninguém vai la então ele deve ta bem sujo e empoeirado e pra você não dormir na poeira porque pode te dar uma gripe eu acho melhor dormir no quarto de um dos meus meninos em quanto eu não arrumo o seu quarto e suas coisas estão na sala.

Ela falou calma e eu tive que concordar já que não quero dormir no meio da poeira. Ela me levou até a porta do quarto preto e eu vi que tinha outra porta de frente e esse era o quarto do outro filho dela que era todo cinza.

—Em qual dos dois vai querer dormir? E não se preocupa porque eles foram para a casa dos amigos e só voltam amanhã e provavelmente eu já vou ter limpado o seu.

QDT

Bom, eu obviamente fiquei no quarto cinza porque o outro filho dela ou é muito revoltado ou tem um péssimo gosto para ter um quarto todo preto. Já está de noite e eu to terminando de arrumar minhas coisas aqui, mas não ajeitei muito porque é tudo temporário e logo eu vou ficar no meu quarto sozinho.

—Está tudo bem aqui? Precisa de alguma coisa? De mais um cobertor?

Ela perguntou parando na porta, gosto do jeito prestativo dela.

—Sim está tudo bem, eu não preciso de mais nada não. Aliais acho que já vou dormir, a senhora disse que aqui vocês dormem sedo não é? Eu não quero atrapalhar.

Falei e ela assentiu sorrindo e deixou o quarto me deixando sozinho. Eu fui até a porta e a tranquei só para tirar uma dúvida. Enquanto nós jantávamos o tal  Fugaku falou que os dois filhos eram alfas então eu quero ver se o cheiro desse é tão bom quanto o do outro.

Me deitei na cama de bruços e afundei meu rosto no travesseiro  sentindo o maravilhoso cheiro de menta, era tão bom que me dava vontade de realmente comer menta. Tinha um aroma gostoso, tão bom quanto o do café.