História Fiction - Capitulo 25

Apenas um minuto.

Vou fingir que não doeu e que eu não sofri.

Em apenas um minuto nós sorriremos um para outro.

E em 60 segundos mais voltarei a sentir a dor de minhas feridas.

Os olhos em multicolores tons de verde vasculhavam as diminutas ruelas transitadas pelo táxi. A respiração de Lian batia contra o seu pescoço em um sono leve e confortável. A dor, grande companheira de seus dias estava perdida no desalinho de suas emoções e o pavor do abismo que lhe absorvia era muito maior.

O mais novo se remexeu no colo do pai e os inocentes olhos multicoloridos como os seus lhe encaram sonolentos. Podia parar todos os momentos de sua vida apenas para apreciar a felicidade que lhe transbordava por tê-lo em sua vida. Sua maior preciosidade. Seu maior pecado.

__Papai nós já chegamos? _a voz infantil soou abafada contra o seu peito.

__Nós estaremos em casa logo, meu anjo _ acariciou-lhe a nuca detentora de fios similares a certo dito cujo, o mesmo encarou-lhe.

__Onde está o seu amigo papai?

__Moramos longe um do outro. Levi provavelmente já está no caminho de casa.

Lian concordou, voltou a fechar os olhos tornando a se esconder sobre seu peitoral. A curiosidade do primeiro encontro de ambos o incomodava, mas o medo da resposta lhe deixava muito mais desconfortável, não negaria que aproximação sendo bem vista ou não pelo menor lhe daria culpa por ter refletido seus sentimentos controversos ao pai tão idealizado do pequeno.

__Ele é legal _Lian comentou casualmente fazendo com que o pai lhe observasse atentamente.

__Legal?

Concordou a criança ao anuir, caíram sobre um silêncio confortável de braços abertos até a chegada ao prédio. Adentraram ao novo apartamento sentindo o calor gostoso do aquecedor ligado os acolher, Eren proferiu um som satisfeito. A luz da sala estava ligava e um loiro adormecido encontrava-se embrenhado nos cobertores roubados de sua cama e almofadas.

Sorriu.

Arrumou Lian para que finalmente pudesse dormir e beijou-lhe a testa com carinho voltando em seguida para a outra criança grande demais no outro cômodo. Sentou-se sobre o chão próximo ao rosto do loiro, acariciou até os enormes olhos azuis abrirem.

Você é tudo em que posso confiar

Enfrentando os dias mais sombrios

Todo mundo fugiu

Mas nós vamos ficar aqui, nós vamos ficar aqui.

[...]

Eu nunca vou sair do seu lado

__Vocês chegaram... _Sorriu gentilmente na direção do loiro para então puxar o lóbulo de sua orelha com um pouquinho força deixando o local rapidamente vermelho, arrancando assim um pequeno grunhido de dor.

__Isso é por você ter sumido, sinceramente Armin eu estava ficando louco com esse seu sumiço, nunca mais invente de fazer algo assim ou eu vou te socar de verdade.

__Certamente mamãe.

__ Você já comeu engraçadinho?

__Sim, até deixei um pouco de comida italiana para vocês.

__Não se preocupe Armin, nós lanchamos no shopping.

__E como foi lá?  _os dedos finos do loiro se embrenharam por entre os cabelos castanhos, arrancando um suspiro gracioso pela caricia daquele que era o detentor.

__Foi bom _grunhiu um pouco por conta do puxão que o loiro maldito havia lhe dado _Eles pareciam nunca terem se afastado antes Armin, sorriam, brincavam e era palpável a felicidade que transbordava pelo encontro dos dois. Levi foi educado o tempo todo e muito atencioso.

__E o que está lhe preocupando Eren? _o loiro falou em um sussurro, Eren o encarou desolado.

__Quando eu decidi tudo sozinho foi apenas minha dor falando por mim, eu me pergunto se em algum momento todas as minhas escolhas não foram apenas sufocadas pelo egoísmo e temor de me machucar. Eu realmente estava fazendo o meu melhor para Lian ao tirar-lhe a escolha de conviver sem o Levi, ou foi apenas o meu orgulho?

__Eren...

Armin o abraçou as costas, Eren nem notou as pequenas lágrimas que se acumulavam nos cantos de seus olhos. Não negaria que compartilhar todas as suas incertezas com o loiro acalmava as questões do passado que jamais responderia. Como rochas contra o vento, lutando para permanecerem intactos com tudo que se jogava contra as barreiras que criaram, assim aprenderam a crescer.

Vamos apenas nos abraçar

Um ao outro

Quando tudo cair, quando tudo desmoronar.

Nós seremos duas almas em uma cidade fantasma

[...]

Diga-me como chegamos até aqui

Cada um por si

__E como está você e o seu senhor caliente?

O loiro deu uma risada e os braços ao redor de Eren afrouxaram um pouco dando a oportunidade de o moreno lhe encarar e ver-lhe o semblante triste e preocupado.

__Berth é um homem muito bom, está decidido a fazer-me feliz sem nem ao menos conhecer-me, como é possível que eu tenha passado tantos anos de minha vida atrás de alguém que jamais veria além de um amigo em mim, e um homem encontrado num banco de bar que mal me conhecia a uma semana inteira tenha como meta a minha alegria?

__Está questionando o homem errado loiro. Nem os desenhos que o Lian assiste fazem sentido para mim, quanto mais às questões do coração.

__Você sempre foi o mais lentinho mesmo, minha memória colapsou um pouco e eu abafei isto. Perdoe-me Eren _ Jaeger desferiu um soco de leve, e juntos riram os dois no chão da sala.

Amargurados, inseguros, apaixonados e temerosos, mas ainda assim tendo um ao outro para toda uma vida.

Eu sei que nós estamos bem

Porque nós nunca estaremos sozinhos

Neste louco [...] mundo.

~*~

O vilão perfeito.

Foi nisso que Jean havia se transformado aos olhos de todos. Fácil falar dos erros e apontar as falhas que deveriam ter sido ignoradas, dos medos que nele existem, das escolhas humanamente erradas que tomou ao longo da vida. Apunhalando tanto quanto ele fazia a si mesmo, afinal nada jamais doeria tanto quando a saudade que sentia.

Pois no fim, Armin era uma constante real demais em si.

Desejava-lhe vê-lo ao ponto de parecer um desesperado em busca de água, mas as noticias que recebia de Eren eram escassas demais para matar as saudades do loiro e do próprio babaca que o ligava cobrando uma volta definitiva do meu “limbo”. Almejava o reencontro, tocar e pedir desculpas pelo temor.

Jean. O perfeito vilão.

Não o Jean, o cara com medo. Não o cara assustado. Não o cara que acreditava mais nos machucados que faria ao invés dos concertos, mas sim o Jean Vilão. Este era ele para si mesmo. Para sua consciência de varias nuances diferente que apenas enxergarem em si a ruina que causara.

Ele não era frio. Por deus ele chorava e se cortava como todo mundo, mas as vozes do julgamento não notavam isto. Jean era o cara em que todos pediam apoio, sorria e brincava, suas magoas eram superadas com singelos abraços e pequenos carinhos. Jean era irritante. Jean era apaixonante. Jean deveria escolher o certo a fazer. Ele o Jean criado e idealizado pelos outros, não eu o garoto que temerá as descobertas de um amor.

O ditado popular de que o tempo curaria todas as magoas e dores tornavam o seu afastamento mais palpável, mas fácil de explicar do que o medo dentro de si. Armin o amava. Não existia um manual dentro de si lhe dizendo o que fazer naquela situação, mas não podia enxergar o loiro escorrer por entre os seus dedos o afastando.

Eles dizem que o tempo deveria te curar

Mas eu não me curei nem um pouco

Suas palavras sempre seriam as mentirosas ao dizer que jamais quis partir e quebra-lo, pois ele conhecia seu melhor amigo de olhos cristais como a palma de sua mão. Doía-lhe fugir do Arlet em todas as vezes que o mesmo aparecerá em seu curso. Aquela era sua decisão. Deixa-lo ir e ser feliz. Abafar aquele sentimento que apenas trouxera dor ao loiro e que sempre traria se tentasse.

Mas ele também o amava no final, não?

Era isto que as historias de contos de fadas idealizariam, mas não. Jean era o vilão e não um apaixonado. Pois fora isso que decidiram para si, metamorfoseá-lo em algo ruim. Será que se gritasse um pouquinho mais as pessoas notariam que ele estava confuso.

E que jamais quis magoar ninguém?

E que jamais notou ser amado com tal intensidade.

Há uma diferença entre nós

Desculpe-me por tudo que eu fiz

Pelo menos eu posso dizer que eu tentei te dizer

Desculpe por partir seu coração

Ou simplesmente lhe apontariam os dedos e voltariam a tacar pedras sem estarem em seu lugar. O lugar do cara que quebrava corações de forma fria por ser um babaca e que não sentia nada.

Era sim terrível, mas afundaria as mágoas deste terrível amor aos poucos, mesmo que no fundo eu não o quisesse, pois era egoísta a ponto de alegrar-se com o amor que não tinha certeza se poderia um dia retribuir. Por vaidade e o prazer de ser desejado e amado a tal ponto que chegava a ser cruel. Era humano. Era um idiota, mas ele não queria que tudo se perdesse, e por ser assim tão ruim apenas machucaria o loiro que o amava inocentemente.

E existiam essas diferenças que ninguém e nem mesmo Armin conhecia de si. O tempo ajudaria nas dores, mas também abriria o abismo entre os dois que jamais quis criar, mas que o aceitaria desde que o loiro fosse feliz ainda que sem ele.

❤                                             ❤

É tão típico de eu falar sobre mim mesmo

Desculpe-me

Mas não importa claramente isso não te machuca mais

__Você parece distraído _eu encarei Marco que estava sentado em minha frente no apartamento dele.

__Estava refletindo sobre os problemas que causei lá em casa.

__Oh... E como o Eren está? _o moreno perguntou levando uma xícara aos lábios com um sorriso de lado _Nunca mais ele me ligou para falarmos do grande segredo que vocês escondem.

__Pela última vez que nos falamos ele já estava resolvendo o seu problema _eu falei divertido encarando o moreno a minha frente. _Se este é o seu pretexto para vê-lo, melhor você ser mais criativo do que isto.

__Você não se incomodaria com isso, não é?

__Eu? Por quê?

__Amigo protetor _Marco falou e eu dei risada.

__Não é comigo que você tem que se preocupar, seu problema é bem mais baixo do que.

__Hã?

~*~

“Hanji pela milésima vez eu não vou falar para você como foi o meu dia igual a uma colegial!”

“Levi eu só estou curiosa!”

“Você não tem ninguém para costurar, não? Um marido para atormentar?”

“Erwin está com Nina hoje e não tem nada agora na clínica”

“Vai dormir”.

“Estou sem sono e louca para que o plantão acabe”

“Compreendo. Esses dois dias foram uma tortura”.

“Mas a sua recompensa foi boa?”

“Ótima” eu acabei dando um sorriso.

“Rá! Você falou algo, isso me diz que o seu encontro com os seus boys de olhos verdes foi muito, muito bom mesmo”.

“Eu te odeio às vezes”

“Está tão feliz que só falou às vezes” Hanji começou a gargalhar e eu acompanhei do outro lado do telefone “Levi... Você já foi notificado para este final de semana?”.

O tom preocupado na voz da morena era palpável. Respirei fundo deitado sobre a minha cama encarando o teto. O maldito encontro de família se aproximava, era isso que Zoe¹ falava, mesmo que eu soubesse muito bem o desgaste que isso me causaria.

“Sei”

“Levi, por favor, não o incite. Desta vez você tem algo a que proteger”.

“Irei me controlar Zoe, eu prometo”.

“Ó eu também te amo Levi”.

“Vai pastar”

Desliguei refletindo um pouco sobre o dia. Hanji estava certa, mesmo que eu jamais fosse dizer isto em voz alta, mas precisava esconder o segredo de Eren de meu pai a todo o custo pelo bem dos dois, eles jamais ficariam desamparados com aquele maldito homem, nem eles dois e muito menos Hanji.

O único dia do ano que seria marcado para sempre em minha vida, o aniversário de morte de minha mãe. E como a grande família feliz que éramos nos reuniríamos para “chorar” as mágoas, mas era apenas um pretexto do velho para me fazer relembrar as cicatrizes que eu causei em todos, para demonstrar sempre quem mandava.

Bufei irritado e joguei o telefone de qualquer forma sobre a cama de casal já desarrumada por todas as vezes que me remexi desde a chegada. Precisava comer algo e arquitetar todos os meus desejos futuros, estar com Lian e Eren e ao mesmo tempo protege-los do velhote. Caminhei em direção à cozinha, louco por uma xícara de chá quando o meu telefone tocou dentro do quarto e eu corri para pegá-lo.

Hospital.

Após atender e descobri uma urgência com um paciente que estava em observação apenas peguei minha bolsa sempre pronta para esse tipo de ocorrência e fui até o carro partindo imediatamente para o hospital. Cheguei rapidamente pelo já pouco movimento nas ruas e me aprontei para uma cirurgia de emergência.

Saí de dentro centro cirúrgico exausto, aneurismas que “explodiam” sem aviso era sempre um terror, pois o maior problema era ver se os pacientes teriam alguma chance de sobreviver até estarem sobre a mesa, ou se acordariam tão bons de suas funções como foram dormir.

Caminhei até a cantina e após pegar um copo de café para aguentar todos os exames que teria que fazer no paciente depois do pós-operatório, devia ser ainda três horas da manhã e estava disposto a voltar para minha sala e cochilar no meu sofá duro até ver uma pessoa que fazia muito tempo que não via.

Uma mulher em um salto preto e trajando um vestido de renda bege estava sentada no longo corredor. O cabelo de um tom quase ruivo estava bem maior. Sempre foi suave e fino, o cheiro que exalava baunilha o acalmava mesmo depois das duras decisões que tomou, horas e horas perdi-me a penteá-los entre os dedos, ato que ela adorava.

A um longo tempo atrás.

Caminhei na direção da ruiva, uma das poucas que eu realmente prezei em sua vida ao ponto de aceitar as decisões de união de meu pai. Aproximou-me a ponto de escutar o baixo choro advindo dela, minha presença foi notada e os olhos de um castanho dourado brilhantes de lágrimas se gravaram em minha pessoa.

__Petra...?

Não teve tempo para tentar acalma-la a ruiva pulou sobre meu tronco e abraçou-me começando a convulsionar. Eu lhe abraçou de volta, pois mesmo depois de tudo ela ainda seria uma das poucas mulheres em minha vida que tiveram significância.

~*~

Armin gemeu em deleite ao sentir o sabor do café. Chovera no meio da madrugada passada e para o seu azar o dia acordara frio. O loiro possuía uma pele extremamente sensível, a ponto de apenas uma brisa lhe deixar todo arrepiado e era horrível, pois Eren e Jean sempre faziam de tudo para deixar ele neste estado.

Sorriu ao relembrar do melhor amigo. Seu coração ainda apertava. O desejava tanto perto de si, mas ao mesmo tempo agradecia a escolha do mesmo de se afastar, estava sentado na cafeteria em frente à cafeteria do seu trabalho tomando o café da manhã que deixará de tomar por conta do atraso de Eren.

__Já disse que amo os bolinhos daqui? _Sasha, uma de suas parceiras de trabalho falou puxando a cadeira em sua frente.

Era uma mulher muito bela, corpo curvilíneo, cabelo castanho em mechas sempre presos num coque bem feito e elegante, pele de um bronzeado natural e um bom humor invejável. Estava noiva de um redator de uma revista importante. O maior problema na garota era a sua fome excessiva, mas mesmo que comesse um banquete jamais engordava.

Raiva.

__Você diz isso a todas as doçarias, cafeterias, lanchonete e restaurante aonde nós vamos _ deu uma risada e a morena sorriu consigo.

__Não seja uma bicha malvada Armin. Isso me lembra do Connie, ontem ele brigou comigo, pois todas as mulheres dos amigos dele estouram os cartões deles com roupas, sapatos e joias e eu com comida.

O loiro deu uma gargalhada acompanhada da dona dos belos olhos caramelados.

__ Como você não acabou trabalhando em algo relacionado à comida?

__Isso é simples meu amorzinho, eu traria muito mais problemas econômicos a minha dispensa _Armin acabou rindo mais uma vez até ver a morena sorrindo de canto para si _Então você está paquerando alguém novo?

__Hum... Sasha me desculpe, mas falta algo em você para me agradar _sua xícara de café foi levada aos lábios novamente _Por quê?

__É que tem um cara muito gostoso secando você e a sua bunda desde que entrou.

__Minha bunda está sentada Sasha.

__Mas ele deu uma boa olhada enquanto você ia até o balcão pegar o seu café sem graça magrelo.

 O loiro não demorou a revirar os olhos, virou o rosto vendo aquele característico tom de verde quase castanho brilhando e um sorriso como sempre ladino. Berth estava sentado e acompanho de alguns acionistas da empresa, mas os olhos felinos prendiam-se aos seus.

Pegou a xícara levou aos lábios ainda o encarando, lambendo vagarosamente os mesmo depois de tirar a porcelana deles. Se ainda possível o seu sorriso aumentou, Arlet virou-se para a morena que me encarava rindo.

__Isso está melhor do pornô gay da Multishow

Deu uma gargalhada e Sasha olhou para trás e virou alarmada. O que provavelmente indicava que o “gostoso” do chefinho estava indo em suas direções.

__Bom dia senhor Arlet _a voz rouca soou um pouco carregada do sotaque latino do moreno.

__Bom dia senhor Hoover _olhou para Sasha que parecia estar assistindo uma novela mexicana _Minha parceira nos projetos, Sasha Braus.

__Um prazer senhorita _Berth pegou a mão da castanha que sorria ainda mais _Bertholdt Hoover um grande interessado no projeto de vocês.

__Oh... Hoover seria o nosso chefe? _A morena perguntou e Armin sorriu para ela.

__Ao que parece senhorita _Berth acabou lançando uma piscada para a morena.

__Misericórdia _Sasha se levantou _Olha só Armin eu e tinha que... Tipo... Melhor eu ir antes que me noivado exploda. Um prazer chefe gosto... Senhor Hoover.

Sasha piscou para o loiro enquanto corria com a sua bolsa e o moreno sentou-se no lugar dela. Armin por fim, acabou dando uma gargalhada e acompanhando a Braus atrapalhada entrar no prédio.

__Então... _o moreno falou sorrindo de lado para si, divertido.

__Então?

__Você não me retornou _seus olhos percorreram o corpo alheio.

__Então eu acabei me transformado em um vício para você.

__Você nem imagina _apoiou a xícara na mesa e Armin novamente suspirou.

__Então eu devo te dizer que não me envolvo com pessoas do trabalho _o moreno levantou as sobrancelhas e olhou para o lado e então sorriu.

__Bom tem duas opções: Eu posso demitir você, ou, eu posso vender minha empresa.

O loiro deu uma gargalhada.

__Tudo isso por um cara de um balcão de bar?

__Tudo isso por você.

Você tomou conta das batidas do meu corpo

Mas você me põe pra cima, me põe pra cima.

Se você pudesse sentir meu pulso agora

Ele estaria batendo como uma marreta

Ele o encarou com sinceridade e sorriu. Não um sorriso galante ou cheio de malicia, mas aquele sorriso doce e simples que as pessoas tem e nunca em todos esses dias que ele o conhecia lhe pareceu mais lindo aos olhos.

__Vou acabar mal acostumado _falou arrumando os óculos que escorriam até o nariz.

__Não vejo problemas nisso.

__ Você está fazendo tudo errado, então melhor parar _falou, arrumando a bolsa sem realmente olhá-lo. Chamou a garçonete que veio rapidamente pagou o que havia sido consumido ali por ele e Sasha, que depois ele certamente cobraria, pois era muquirana mesmo. Levantou-se da mesa e olhou diretamente para o moreno que parecia sério e um tanto decepcionado e sorriu _ Então para começar bem neste sábado as oito você vai me levar para jantar.

Os olhos esverdeados  brilharam, então, Arlet piscou para o mesmo e saindo do café sentindo que os olhos alheios estavam sobre si.

Eu não admito

Eu finjo estar tudo bem

Mas a cada minuto

Em que estou com você

Eu sinto uma febre e não vou mentir

[...]

Se você pudesse sentir meu pulso agora

Ele estaria batendo como uma marreta