História Filha de Lúcifer - A amiga das minhas amigas

A aula foi uma chatice, apresentação de primeiro dia “Meu nome é Vitoria Halsey Santos e bla-bla-bla”. Pelo menos descobri o nome da garota, ela se chama Valentina Wellon, chegou a poucas semanas em Portland, veio da Franca com os pais. O dia se seguiu completamente apático, no intervalo descemos para o pátio que ficava no térreo, as Wilson decidiram que chamariam Valentina para se sentar com a gente.
- Olá Valentina, venha, você esta ai sozinha, sente-se conosco – ela encarou Amy com seus olhos negros como ônix que são incrivelmente penetrante para nos, então disse
- Obrigado pelo convite, claro que aceito – ela dizia me encarando, parecia me reconhecer do sonho, mas não era possível, o que estava acontecendo a final de contas?
Elas caminharam ate uma mesa vazia e não paravam de falar:
- Então como era sua casa na França? Por que se mudou para cá?- Amy, Elle e a curiosidade das duas, sempre adoráveis, eu estava em stand by.
- Vitoria Halsey? Tá escutando? Você não acha demais?
- Claro! – não fazia ideia do que elas falavam
- Meninas – era a Valentina com sua voz suave – a deixem, ela nem está prestando atenção – eu ri, concordei com a cabeça
- Está pensando naquele garoto só pode – disse Amy
- O Matt? – disse Elle
- Calem a boca – disse em tom de brincadeira
- Me contém quem é esse Matt, deve ser um garoto de sorte.
- O amor da vida dela, Tina - Amy e sua boca grande. Que íntimas elas já estão "Tina"? Tudo bem. Não vou me preocupar, é só uma garota normal.
- Não é não, parem, é só um garoto do nosso ano que acho um gatinho, mas ele não me dá bola, ele esta duas mesas aqui do lado.
- Bonito! – disse ela, olhando para o Matt.
Voltei para meus pensamentos enquanto as três, que pareciam amigas de infância, falavam sobre a Torre Eiffel e França; voltamos para a aula e três aulas depois o último sinal tocou, as meninas moravam em lado oposto, mas Valentina morava apenas uma quadra longo da minha, nos despedimos das gêmeas e caminhamos juntas, então ela falou:
- É estranho
- O que? – eu disse assustada é como se ela soubesse dos sonhos
- É como se te conhecesse
- É mesmo bem estranho, por que você veio morar nesse inferno?
- Meu pai foi mandado pela impressa para cá
- Que falta de sorte
- Não acho, aqui parece bem legal
- Só parece
- Então, acho que você deveria me apresentar mais aqui.
- Não acho, aqui parece legal.
- Só parece.
- Então, acho que você deveria me apresentar mais daqui.
- Claro! Sexta à noite as meninas e eu combinamos de ir a uma choperia no centro, você deveria ir com a gente.
- Vai ser muito legal.
- Uhum – chegamos até minha casa – eu fico por aqui, até amanhã.
- Tchau, me passa seu numero.
- Anota aí 9... 
- OK, depois te chamo, até mais.
- Até.