História Filmes clichês nos levam a coisas clichês - Pequenos altos clichês

Nunca me imaginei casado, ainda mais com um rockeiro que amava filmes de terror. Eu era, e ainda sou, um homem romântico, que ama músicas clássicas; e não seria o amor que me faria mudar, e lógico, eu não mudei, já que meu amado, mais conhecido como Kim TaeHyung, sempre fez questão de me amar do jeitinho que sou, e claro, eu sempre o retribui do mesmo modo. Afinal, opostos se atraem. Era algo estranho, éramos diferentes em muitas coisas, mas isso nunca nos atrapalhou, pelo contrário, sempre nos fez ficar ainda mais próximos, já que todo dia tínhamos algo novo a descobrir um do outro, e um sempre tinha que ceder à vontade do outro, e por incrível que pareça, ninguém nunca reclamou, pois tudo o que importava era o amor que eu e ele sentíamos. Eu o amava e ele me amava. Era tudo perfeito.

Era mais uma tarde tediosa, onde eu e TaeHyung decidimos o que fazer. Ontem fora a vez de TaeHyung escolher o que fazer ─ algo bem radical, posso destacar. Tae amava parques de diversões, e eu, não via graça. Porém, naquele dia era a sua vez de escolher, e eu não iria reclamar. E para falar a verdade, foi renovador.

— Então, Hyung, já decidiu o que vai fazer? — O garoto de cabelos avermelhados, me indagou.

— Tae, eu sei que você odeia filmes clichês, mas vamos, por favor, faz tempo que eu não vejo um bom romance — fiz a minha melhor carinha de cachorro abandonado, o que resultou em um TaeHyung com olhos semicerrados.

— Só vou aceitar porque ontem eu te fiz andar em uma montanha russa. — Gargalhou, provavelmente estava se lembrando das minhas inúmeras caras de desespero.

— Aquilo foi golpe baixo, mas eu relevo — ri bobo. Era exatamente isso que eu era por Kim TaeHyung, um bobo apaixonado, que fazia todas as vontades de um saeng mimado, mas que eu amava muito.

— Jin, meu amor, qual será o clichê dessa vez? — O mais novo me abraçou por trás, enquanto nós caminhávamos para a sala.

— Espere e verá, meu anjo — sorri ladino. Eu, assim como ele, sabíamos que não iríamos assistir o filme completo, já que, com toda a certeza, na metade estaríamos ocupados de mais com a língua na boca do outro.

— Sem pipoca hoje! — Ele berrou, enquanto se jogava no sofá. O encarei. Como assim sem pipoca?

— Quê? ‘Tá maluco? — O olhei. Ele apenas riu. — Filme sem pipoca não é a mesma coisa! — Resmunguei.

— Amor, eu, assim como você, sabemos que na metade desse filme estaremos nos pegando, e, provavelmente, a pipoca só vai cair no chão, e depois eu aqui que vou ter que limpar — ele disse simplista, sem nenhum tipo de vergonha. Deus, os jovens de hoje em dia estão perdidos!

— Ah, cala a boca, TaeHyung — o joguei a almofada, e ele apenas riu como sempre fazia depois de uma provocação.

Coloquei o filme para rodar, e como o garoto ao meu lado disse que não era pra fazer pipoca, eu apenas me deitei ao seu lado no sofá, e como sempre acontecia, ele me abraçou por trás enquanto colocava o queixo em meu ombro. Era algo simples, mas que me fazia parecer um adolescente, já que as famosas borboletas no estômago, voltavam com toda a força. As cenas iam passando, e as cenas que antes eram calmas, tranquilas e, claro, românticas, se transformaram em cenas onde os personagens transavam loucamente. Não me pergunte em que ponto isso chegou.

— Ah, Hyung — TaeHyung gemeu em meu ouvido. — Você só pode ter feito isso por pura provocação — e então, senti o mais novo simular uma estocada. Céus, eu já podia sentir seu falo duro em minha bunda, aquilo estava me levando a loucura. Como em um passe de mágica, eu já não sentia o tecido de meu calção. Vi a calça do avermelhado voar por cima de mim, e então, sentir seu falo tesudo sobre as minhas bandas. Ele não estava de box, sem vergonha, já devia prever que era assim que íamos parar.

— Sem preparação, por favor — gemi arrastado. Por mais que doesse, eu estava disposto a sentir TaeHyung de primeira. O mais novo abaixou a minha box, e fora deslizando seu membro grosso e veiudo nas minhas nádegas. Porra. Eu podia sentir o pré-gozo do avermelhado se espalhando sobre a minha entrada. Eu sabia que ele estava se deliciando com aquela cena, e eu, não iria reclamar.

— Não quero lhe machucar, Hyung — ele disse com dificuldade. Apesar de ouvir sinceridade naquela frase, eu sabia que não era essa a vontade do mais novo, e para falar a verdade, eu sequer estava ligando para as dores que eu, provavelmente, sentiria. Eu apenas queria me saciar, e eu sabia que TaeHyung pensava do mesmo modo.

Para mim, que era um cara romântico, normalmente isso não devia acontecer, pois cada marca de amor, devia ser lenta e cheia de mimos, mas, vamos falar a verdade, uma marca de amor sendo feita loucamente, é muito bom, e bom, era exatamente daquilo que eu precisava, uma boa marca de amor, sem preliminares, apenas dois corpos se chocando, e tendo a certeza de que se amam.

— Não se preocupe, saeng, só faça o que o Hyung está pedindo — pedi com dificuldade e TaeHyung se enterrou em mim de uma só vez. Um gritinho agudo saiu de meus lábios, e logo em seguida senti beijos por toda as minhas costas. Meus olhos se encheram de água, mas não deixei cair nenhuma. Era algo doído, não podia negar, mas eu sabia que com o tempo tudo ia passando.

— Eu disse que ia doer, Hyung — ele disse baixinho, como se estivesse se culpando.

— E-Está tudo bem — disse entre gemidos — A dor já está passando, não, ah, se preocupe — respondi ofegante. Os dedos longos do mais novo fazia um cafuné gostoso em meus fios loiros, e aquilo era tranquilizante, e com o tempo passando, eu já não sentia mais dor, apenas a necessidade de continuar aquilo.

— Posso? — Ele pediu rouco. Assenti, e os movimentos começaram lentos. Podia ouvir a voz rouquinha do mais novo em meu ouvido, e podia sentir as bolas do avermelhado baterem contra minhas bandas. Deus, aquilo era enlouquecedor.

— Mais r-rápido — gemi. Aquilo era algo tão pecaminoso. Eu podia sentir a quentura do sol bater em minha pele. Sim, caros amigos, a janela estava aberta, e qualquer vizinho do condomínio ao lado, poderia nos ver facilmente.

Os movimentos começaram a ganhar velocidade, e, conforme os personagens gemiam, nós dois gemiamos. A música sensual também fazia parte daquele cenário. Tudo parecia estar ao nosso favor.

— Ah, Jin Hyung — senti o braço de TaeHyung passar por baixo de minha cabeça, como apoio. Nunca tínhamos transado daquela forma, mas sempre há uma primeira vez para tudo, e céus, essa posição nos dava ainda mais prazer — Me pergunto se é melhor ser o seu ativo ou passivo — e então, mais um gemido rouco — Só sei, que é muito bom ser seu. — Sorri. Mesmo em momentos como aquele, TaeHyung nunca deixava de se expressar para mim, e eu amava aquele jeito dócil do garoto. Era uma parte de TaeHyung, que poucos tinham o privilégio de conhecer.

— TaeHyungie, você é sempre tão bom.. — disse sem perceber, porém, sabia que atrás de mim, um garoto de fios vermelhos, sorria abobalhado.

 As estocadas continuaram a aumentar, e a rapidez sincronizava com o toque da música. Senti TaeHyung levantar-se, e me virar de uma vez só para o sofá. Senti meu membro ser esmagado pelo estofado do sofá, e então, o membro grande do mais novo me invadir de forma ainda mais rápida, e os movimentos se tornarem ainda mais frenéticos. Era aquilo que eu queria, forte e fundo.

— Eu tô quase — ele disse ofegante, indo cada vez mais fundo e mais rápido, tentando buscar o próprio prazer. Então, como um passe de mágica, senti o garoto tocar o lugar mais sensível do meu corpo, e uma corrente elétrica passar por todo o meu corpo. Minhas costas se arquearam em um arco perfeito, e o gemido ainda mais longo e manhoso saiu de minha garganta, e desta vez, eu tive certeza que alguém havia escutado. — Vamos… só m-mais um pouco — gemeu frustrado. A personagem principal gritou, e TaeHyung se desfez em meu interior, e em seguida, segurou meu membro em sua mão, o apertou, e porra, estocou profundamente, e assim eu gozei em jatos fortes sujando o estofado do sofá.

— Jesus — gemi arrastado, caindo cansado no sofá. Tae apenas se deitou em minhas costas, ainda ofegante.

— Isso foi maravilhoso — disse ainda se recuperando do recente orgasmo. Me virei, encarando o avermelhado em cima de mim, e sorri abertamente, o abraçando com todas as minhas forças.

— Te amo — disse sincero.

— Eu também te amo, meu amor — ele sorriu quadrado para mim. Passei as mãos em suas costas, como forma de carinho, logo sentindo a quentura das mesmas, e foi aí que reparei que o sol batia perfeitamente em suas costas largas.

— Amor.. acho que você tá todo queimado — me sentei no sofá, fazendo o mais novo sentar em meu colo, e assim, encarei as costas vermelhas. — Sinto que vai arder.

— Bom, acho que tínhamos que ter algum castigo por fazer os vizinhos do prédio ao lado nos assistir. — Ele riu fofamente.

— O quê? — Arregalei os olhos.

— Olha lá, o casal ainda 'tá transando — ele gargalhou. Não é que ele mudou de assunto na maior cara de pau? Neguei com a cabeça, apenas rindo da bobisse do mais novo.

Eu não ligava mais para aquele filme clichê, eu apenas queria aproveitar o máximo com aquele garoto. Eu o amava, e ele me amava, e bom, não importava se os vizinhos ao lado viram um pornô ao vivo e a cores, o que importava mesmo era que eu e ele estávamos satisfeitos um com o outro, mesmo em meio a tantas diferenças.