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História Finally Found You - Swan Queen - Regina Mills e a verdade


Escrita por: xxsapataxx

Notas do Autor


Oi gente! Queria agradecer a repercussão do capítulo de ontem, não esperava que tantas pessoas ainda acompanhavam essa história.
Vim aqui com outro capítulo que já estava escrito, espero que gostem 💛

Capítulo 22 - Regina Mills e a verdade


      Na primeira aula de segunda feira, Regina disse para turma que precisaria se ausentar por um momento. Precisava falar com Gold antes de ele ouvir qualquer boato.

Abriu a porta em um movimento brusco pois queria sair e voltar o mais rápido possível, mas ouviu um baque.

- Ai! – Atrás da madeira estava Emma Swan, que vinha fazer caretas na porta de Mills. – Eu sei que você não gosta que eu venha aqui, mas não precisava disso! – Regina não conseguiu se segurar e caiu na gargalhada.

- Me desculpe, Swan, não te vi aí. Estava indo ver Gold, por isso a pressa.

- Vai contar para ele agora? – A morena concordou com a cabeça. – Boa sorte. – Ia abraça-la, mas se conteve; o coração de Regina se apertou com o gesto, queria tanto abraçá-la naquele momento, mas não podia.

- Obrigada. – Trocaram sorrisos contidos e a professora foi falar com o diretor.

Quando chegou, o homem estava sentado em sua cadeira assinando alguns papéis.

- Senhor Gold, tem um momento?

- Claro, pode entrar. – A morena se sentou de frente para ele. – Você raramente vem aqui, é algo sobre o concurso? – Perguntou sem tirar os olhos do papel.

- Na verdade... – Limpou a garganta. Havia tido aquela conversa na sua cabeça milhões de vezes, mas as palavras pareciam lhe fugir. – Aconteceram algumas coisas nesse fim de semana e queria te informar de tudo antes que ouça boatos.

- Devo me preocupar? – Abaixou os óculos e a olhou pela primeira vez desde que entrou.

- Não, não é nada que vai afetar a Fordham, só quero evitar mal entendidos.

- Então diga logo, o que foi? – O senhor já estava impaciente e Regina percebeu isso.

- Na sexta feita, descobri que uma aluna do primeiro ano, Riley Swan, é minha filha biológica. É uma longa história e nada do que aconteceu vai afetar minha vida profissional, só queria informá-lo. – O homem ficou um tempo em silêncio antes de respirar fundo.

- A senhorita já deve imaginar que terei que fazer algumas mudanças no concurso. A direção será passada para outra pessoa esse ano e você, assim como a professora Swan, terá meio voto caso vote em sua filha e um inteiro caso vote em outra pessoa. – Regina concordou com a cabeça.

- A professora McIver é uma ótima opção, muito organizada e os alunos a adoram.

- Pode informa-la do acontecido, então. Ah, e mais uma coisa, senhorita Mills. – Disse quando ela estava prestes a se levantar. – Sabe da seriedade dessa universidade e como é importante tratar todos os alunos da mesma maneira. Abraços e coisas do tipo seriam inapropriados, espero que entenda. A senhorita nunca me falhou antes, espero que não o faça agora.

A morena ficou indignada. Não poderia abraçar sua filha? E Gold ainda por cima duvidara de seu profissionalismo, insinuando que trataria Riley melhor que os outros alunos. Queria responder todos os absurdos que o diretor havia lhe dito, mas apenas respirou fundo.

- Claro, senhor Gold. – Saiu sem dizer mais uma palavra. Seu emprego era mais importante que ganhar aquela briga.

.

.

Quando a hora de almoço chegou, Rose apareceu na sala de Regina.

- Recebi sua mensagem. Aconteceu alguma coisa? – A loira se aproximou da morena, que se levantou e fechou a porta atrás dela. Respirou fundo antes de começar.

- Ela não está morta, Rose, eu a encontrei. – A professora demorou um tempo para processar o que a amiga tinha dito, mas quando o fez foi impossível conter as lágrimas.

- Você não quer dizer... Sério?

- Sim! – Sorriram e se abraçaram.

- Quem é ela? Eu conheço?

- Riley Swan. – A morena mordeu o lábio, já imaginava a reação da loira.

- A filha de Emma? - Afastou-se para conseguir olhar para a amiga, em choque.

- Ela mesma.

- Uau, o destino gosta de te pregar peças. – Riu de leve e a abraçou novamente. – Fico tão feliz que a encontrou.

- Eu também, Rose. Muito.

- Parando para pensar, vocês são realmente muito parecidas, nunca havia notado.

- Fomos tomar um chocolate quente sábado e descobri que não somos parecidas apenas na aparência. Conversamos por horas, ela é incrível.

- Como você descobriu que era ela? – Mills contou toda a história. – Quais eram as chances? Parece que isso tudo estava destinado a acontecer, que louco.

A morena narrou o reencontro para a amiga, emocionando ambas.

- Uau. Deve ter sido difícil passar por tudo isso e depois voltar para a sala de aula com sua filha no cômodo ao lado.

- Foi uma montanha russa de emoções. – Limpou as lágrimas. – Ah, quase esqueci de te contar, fui falar com Gold.

- O que ele disse?

- Falou que entende a situação e que espera que eu mantivesse minha distância de Riley durante as aulas. Insinuou que eu não era profissional o bastante, me irritou.

- Ele consegue ser insuportável às vezes. Por que essa regra de relacionamentos idiota existe, hu? Mais prejudica do que ajuda.

- Concordo. – Passou as mãos pelos cabelos. – Não vou mais poder ser a chefe do concurso, Gold quer manter tudo o mais imparcial possível. Meu voto valerá o mesmo que o de Emma, mais ou menos. Você aceita tomar a liderança? Posso fazer toda a parte pública, mas você terá a decisão final em caso de empates.

- Claro, eu adoraria.

Decidiram almoçar juntas para que consigam conversar com calma sobre tudo que aconteceu. Rose havia percebido um brilho diferente no rosto de Regina, como se estivesse completa novamente. Nunca havia a visto tão feliz.

.

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Riley estava na sua primeira aula com Regina desde que tudo aconteceu. Tudo corria normalmente, as duas trocavam sorrisos de vez em quando mas Mills a tratava como qualquer outra aluna, como havia sido instruída a fazer.

- Riley Swan, favor ir até a diretoria. – A voz do diretor saiu dos auto falantes e mãe e filha se entreolharam.

A mais nova foi até a professora antes de sair.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não que eu saiba. Eu já expliquei tudo e ele pareceu entender.

- Acho melhor eu ir pra lá, depois te atualizo. – A mais velha concordou com a cabeça e voltou a dar sua aula.

Quando Riley chegou, Gold estava sentado em frente a sua mesa.

- Pode entrar. – A jovem foi até o senhor e se sentou de frente para ele. – Regina me contou tudo que aconteceu, estou muito feliz que se encontraram.

- Obrigada. – Riley estava confusa, ele havia lhe chamado ali apenas para dizer isso?

- Eu e ela conversamos hoje e decidimos que tudo continuaria normal, você será tratada como qualquer outro aluno e, como já deve saber, a direção do concurso mudou. – A morena concordou com a cabeça, Regina havia mencionado que isso poderia acontecer.

- Senhor Gold, a senhorita Mills já me informou sobre tudo isso, aceito qualquer coisa para continuar a estudar aqui.

- Há mais uma coisa, na verdade. Essa terá que ficar apenas entre nós. – Aquelas palavras a intimidaram, mas não demonstrou. – Como sabe, a Fordham tem uma política rígida quanto a relacionamento entre funcionários. Há algum tempo notei que a senhorita Swan e a senhorita Mills se aproximaram bastante. Se você souber de alguma coisa, por favor me diga. Não vai acontecer nada com elas, apenas tomarei as providências para que a regra não seja quebrada.

- Senhor Gold, com todo o respeito, mas suas suspeitas estão erradas. Regina nunca quebraria uma regra tão básica da Fordham, as duas são apenas amigas. – Tentou soar o mais convincente possível.

- Claro. – Levantou-se e a jovem fez o mesmo. – Bom, caso perceba algo, não relute em me dizer. Quem sabe eu possa te ajudar a ganhar aquele concurso, você tem grande potencial. – A morena estava enojada. Chantagem? Concurso nenhum a faria dedurar suas mães.

- Tudo bem. – Forçou um sorriso e saiu da sala.

Quando voltou para a sala, não falou com Regina. Aquela era uma conversa que precisariam ter fora da Fordham.

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Mills estava em sua última aula do dia, que acabava por ser com a 332. Os alunos mal haviam entrado na sala quando Belle abriu a boca.

- Senhorita Mills, é verdade que o concurso não será mais seu?

- Não exatamente, senhorita French. Aconteceram algumas coisas nos últimos dias e eu achei melhor passar o poder de decisão do ganhador à Rose para que o concurso possa continuar imparcial e justo. Ainda terei o poder do voto como todos os outros professores, com algumas alterações aqui e ali, mas a decisão final em caso de empate será da professora McIver.

- Isso é por causa daquela garota do primeiro, Riley? – Ruby perguntou e Regina respirou fundo. Sabia que teria que explicar tudo aos seus alunos uma hora ou outra, e como Riley havia lhe dito que não queria esconder nada, decidiu ser honesta.

- Sim, senhorita Luccas. Há alguns dias descobri que sou a mãe biológica dela. É uma história extremamente complicada e eu não quero falar sobre. Além disso, não é assunto da aula. – Começou a escrever no quadro e a turma permaneceu em silêncio por algum tempo, até que Killian o quebrou.

- Fico feliz que a encontrou, professora. – A mulher se virou para ele e abriu um sorriso sincero.

- Eu também.

Seus alunos nunca haviam visto Regina Mills tão humana. Não parecia mais fazer jus à professora fria e séria da qual tanto ouviram falar. Aquela Regina era muito diferente, havia mudado muito, e para melhor. Muito melhor.

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.

As aulas do dia haviam acabado e Regina levava Riley até a casa dos Swan.

- O que Gold queria? – Perguntou enquanto dirigia.

- Ele repetiu tudo que você já disse sobre o concurso, manter a indiferença nas aulas e essas coisas. Mas também falou uma coisa meio estranha. – Mills a olhou de canto, tentando não se distrair da estrada.

- O que?

- Gold disse que estava desconfiando de algo entre você e Emma e que, se eu soubesse de algo e o falasse, ele me daria um impulso para eu conseguir ganhar o concurso. – Regina deu uma freada brusca com o choque, quase as fazendo bater. Voltou a dirigir sem nenhum acidente, mas ainda surpresa.

- Me desculpe, eu... Ele está vendo coisa onde não há, não pode nos demitir por uma suposição. – Falou mais para si mesma.

- Foi o que eu disse a ele. – Suspirou. – Olha, eu sei que você nunca vai me falar se algo está acontecendo entre você e minha mãe, mas por favor, tomem cuidado. Não quero que percam o emprego.

- Está tudo bem, Riley, não há nada com o que se preocupar. – Tentou mudar de assunto, mas acabaram ficando em silêncio pelo resto da viagem, ambas preocupadas. E se Gold descobrisse tudo? Regina estava aterrorizada, sabia que encontraria outro emprego, mas ainda era muito apegada à Fordham e não queria arriscar.

Quando Riley chegou em casa, contou tudo que havia acontecido para Emma, que disse o mesmo que Regina: “Ele está delirando, não há nada com o que se preocupar.”

Swan se mostrou tranquila para Riley, mas estava aterrorizada. Não queria se afastar de Regina e muito menos perder o emprego.

Quando todos da casa foram dormir, a mulher mandou mensagem para a professora.

E: Riley te disse o que Gold falou?

Não demorou muito tempo para a resposta chegar.

R: Sim. Temos que tomar mais cuidado, Emma, ele desconfia.

E: Riley não vai falar nada. Mesmo se desconfiasse não falaria, você sabe disso.

R: Sei sim, mas não é com ela que estou preocupada.

Silêncio.

E: Por favor, não me afaste de novo.

Regina suspirou, o coração apertado com o pedido. Arrependia-se tanto de ter machucado Swan em sua última briga.

R: Não vou, mas temos que tomar mais cuidado. Não fazemos nada dentro da escola que ele possa provar, amizades não são proibidas, só não podemos deixar nenhum aluno ou funcionário nos flagrar juntas, a fofoca corre rápido e estaríamos na rua em segundos.

E: Eu sei.

Silêncio. De novo.

E: Que merda, por que a gente não pode simplesmente ter uma vida normal?

R: Se nossas vidas fossem normais, não teríamos nem nos conhecido.

E: Bom ponto.

E: Agimos normalmente durante o expediente, então? Eu vou poder continuar fazendo caretas na sua porta?

R: Vai, mas eu não recomendo. É extremamente irritante.

E: É por isso que eu faço.

Regina sorriu. Adorava as brincadeiras de Emma, mas nunca admitiria.

R: Boa noite, idiota.

E: Boa noite, esquentadinha.

As duas foram dormir com os corações apertados, perguntando-se o que aconteceria a seguir.

Tudo havia mudado tanto nos últimos dias, a vida delas estava uma confusão. Uma confusão boa, muito boa na verdade, mas um passo em falso poderia fazer tudo desmoronar.

Regina não pôde conter as lágrimas. A Fordham era seu emprego dos sonhos, era muito feliz, mas valia a pena perder Emma por causa de uma universidade? Já não via mais sua vida sem a loira, mas não tinha escolha. Uma hora ou outra, a perderia àquela regra estúpida, estava apenas adiando o inevitável.

      Seu coração havia se envolvido demais naquele amor sem esperança.



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