1. Spirit Fanfics >
  2. Finalmente Juntos >
  3. Uma doce tarde

História Finalmente Juntos - Uma doce tarde


Escrita por: Citrom

Notas do Autor


Olaaaaa Pessoas!!!
Olha quem voltou na velocidade da luz!!!!
Para aqueles que queriam momentos de fofura, ele chegou... Mas o drama ainda está por vir...
Enfim... muchas gracias Editora-chan pela ajuda e revisão novamente.


Espero que gostem.

Capítulo 27 - Uma doce tarde


Fanfic / Fanfiction Finalmente Juntos - Uma doce tarde

Aquela havia sido uma longa noite para U-Kwon, que ficou pensando nas palavras de B-Bomb. Infelizmente ele tinha razão: se queria algo, isso dependia apenas dele. A questão era qual seria o primeiro passo. Pensar nisso o fez perder o sono e ele acabara indo dormir muito tarde. 

Logo nas primeiras horas da manhã, ainda sonolento pela noite mal dormida, ele se dirigiu ao prédio da 7S para encontrar o grupo e receber informações sobre as próximas apresentações. A reunião não demorou muito e os deixou com o resto da tarde livre. 

Assim que todos foram dispensados, U-Kwon viu Zico arrumando suas coisas para ir embora. Era a oportunidade perfeita para conversar com ele. Sabia que depois dali o outro provavelmente iria para o estúdio como vinha sempre fazendo, mas estava na hora de um pequena mudança nesse hábito. Ele se aproximou de Zico sem muito alarde, principalmente para não acabar chamando a atenção dos outros para si.  

- Jiho - chamou U-Kwon suavemente para não assustar Zico. 

Este que estava agachado, concentrado na tarefa de pegar suas coisas sem notar as pessoas a sua volta, teve uma reação longe da de se assustar.  Sentiu seu corpo inteiro estremecer ao ouvir a  baixa e lenta voz de U-Kwon chamando seu nome, e pequeno formigamento no baixo-ventre. Ótimo, agora ele também estava alucinando.  

Não passava por sua cabeça que ao falar com ele U-Kwon o chamasse daquela forma, isso sabendo a reação que causava nele. Teve uma surpresa ao se levantar com sua mochila e se deparar com um U-Kwon aparentemente ansioso esperando uma resposta. Aparentemente só ouvira mal. 

- Jiho? - chamou U-Kwon novamente vendo a expressão apagada de Zico. 

-Ah Kwonn... U-Kwon. 

- Pode continuar me chamando assim. É estranho ser chamado de outra forma por você. 

- Certo - Zico apenas sorriu com a abertura que o outro lhe concedeu. Talvez ter decido que  era melhor que fossem amigos tivesse sido a melhor escolha que tinha feito nas últimas semanas. - E aí, tudo bem? 

- Uhum. E você? 

- Também. 

- Está indo para o estúdio? 

- Sim, tenho alguns ajustes para fazer. 

- Hm...  

- Por que? 

- Pensei que talvez pudéssemos, sei lá... sair para algum lugar  juntos. 

- Acho que não é uma boa ideia, U-Kwon. Quem sabe numa próxima. 

- O que tem demais? Você não é meu amigo? Por que não pode sair comigo? 

- É que isso pode te causar problemas, não? 

- Por que causaria? Afinal você não pode ou não quer? 

- Não! Não é isso. É claro que quero, sempre quero estar perto você. Quero dizer... você não acabaria numa encrenca por sair comigo? 

- Jiho, eu não faço ideia do que está querendo dizer, seja direto. 

- Não é nada, não se preocupe. Certo, eu vou então. Vamos fazer o que? 

- Comer, é claro.  

- Por que será que isso não me surpreende? - Zico não pode deixar de achar graça do comportamento do outro, que comia mais do que seu corpo demonstrava. - Tem uma nova confeitaria aqui perto do prédio que tem uns bolos na vitrine que parecem bons, mas nunca cheguei a entrar lá. 

- Ótimo! Então vamos descobrir se vale a pena. 

Eles seguiram juntos até a  confeitaria, vez ou outra trocando algumas palavras. U-Kwon se mostrava extremamente ansioso pelos tais bolos de que Zico falara. O lugar era mais longe do que imaginaram, mas Zico não reclamou da oportunidade de passar um tempo a mais com U-Kwon e poder vê-lo sorrir ao seu lado novamente. Pareciam que séculos tinham se passado desde que o relacionamento dos dois acabara. Por sua culpa, uma vozinha irritante em sua mente o lembrou. 

Ao chegarem na confeitaria, porém, Zico levou um susto. Não se lembrava que o lugar fosse tão fofo e delicado. E os casais de adolescentes sentados em mesinhas redondas com toalhas de babados e corações faziam com que fosse impossível negar que o lugar fosse definitivamente romântico.  

- Er... Se você quiser nós podemos ir pra outro lugar... - sugeriu Zico que não queria que U-Kwon se sentisse desconfortável - desconfortável como ele mesmo já se sentia, aliás. 

Ele não tinha tido a menor intenção de levar U-Kwon em um lugar como aquele. Passara algumas vezes na frente da loja e reparara na enorma disposição de doces dispostos na vitrine, mas nunca tinha parado para olhar o interior da confeitaria. Em hipótese alguma sua intenção tinha sido a de armar um encontro em um lugar romântico. Havia sido o mais injusto - ou não - destino que os trouxera num lugar exatamente como aquele. 

- Não. Aqui está ótimo, eu gostei - U-Kwon sorriu em divertimento enquanto observava o constrangimento nos olhos de Zico, que aparentemente não fazia ideia de que aquele lugar era onde casais normalmente se encontravam.  

Logo que eles sentaram, fizeram seus pedidos. Como o esperado, U-Kwon pediu inúmeros doces diferentes apenas para poder provar um de cada. Ambos passaram um bom tempo em silêncio enquanto comiam, porém, nos momentos em que trocavam algumas palavras era de forma leve e divertida, sem nenhum traço de ressentimento escondido. Os assuntos iam e vinham nos mais deiversos temas e a conversa fluía muito bem. 

Zico apenas não entendia como U-Kwon poderia sair tão tranquilamente com ele quando estava em um relacionamento com B-Bomb sem ver problema algum. Embora sua curiosidade o incomodasse, não lhe cabia se meter. Certamente ele nem era visto como qualquer tipo de ameaça. Tinha conseguido destruir qualquer chance de voltar a ter um romance com U-Kwon, e B-Bomb provavelmente sabia disso. Não havia motivo para se preocupar mesmo. 

Inconsciente de seu comportamento, Zico observava cada detalhe de U-Kwon sem qualquer discrição. O outro, que estava longe de ser cego, notara logo os olhares que recebia. A expressão de Zico se alterava provavelmente de acordo com seus diversos pensamentos e faziam um show a parte para U-Kwon, que achava extremamente fácil interpretar o que via no rosto do outro. 

Enquanto observava U-Kwon - de uma forma que acreditava ser sutil - cada memória que tinha dele lhe passava pela cabeça, especialmente as mais alegres. Os sorrisos que U-Kwon lhe dava independentemente do que fizera eram definitivamente tesouros preciosos que aqueciam seu coração, e ter estes novamente lhe sendo direcionados o deixava mais feliz do que podia colocar em palavras. 

Mas essa felicidade logo se transformava em melancolia ao lembrar-se da própria decisão de que fossem apenas amigos e que nada seria como antes nunca mais. Teria que guardar suas emoções apenas para si e observar U-Kwon de longe, ao mesmo tempo que o via demonstrando agora sentimentos por B-Bomb. Não, o problema nunca fora o companheiro de grupo e sim o seu ciúme desmedido e a vontade de monopolizar Kwonnie como se ele fosse sua propriedade. 

Kwonnie. Mesmo que o outro o tivesse permitido a chamá-lo assim, ele não tinha o direito. O apelido carinhoso estava agora maculado pela dor que infligira a U-Kwon, e não queria que este se visse obrigado a aceitar ser chamado assim apenas por uma mínima satisfação própria em saber que ainda tinha um pequenino espaço nos sentimentos de U-Kwon. 

- Jiho? -  o tom de voz mais alto que U-Kwon usou acabou por lhe chamar a atenção. - Estava ouvindo?  

- Estava sim -  ele não ouvira nada mais que seus pensamentos gritantes e torturantes, era por isso que passava todo o tempo possível ocupado para não poder escutá-los. - O bolo né? Muito bom mesmo.  

- Jiho... - disse U-Kwon num tom mais sério. - P.O veio falar comigo ontem e conversar com B-Bomb-hyung a respeito e me fez pensar que algumas coisas podem estar passando pela sua cabeça agora - ele decidiu ser o mais direto possível para esclarecer de uma vez por todas sua história com B-Bomb. 

- Não há necessidade nenhuma disso, U-Kwon - embora Zico soubesse, ou pensasse que soubesse o que estava acontecendo não tinha condição alguma de escutar do próprio U-Kwon a confirmação da relação dele  com o B-Bomb. - Não precisa me dar explicação alguma, você faz o que decidir ser melhor para você.  

- Jiho! Me escute - disse U-Kwon seriamente, percebendo a esquiva de Zico. - Eu não estou em um relacionamento amoroso com o B-Bomb, nem nunca estive. Somos amigos, amigos próximos como sempre fomos, nada mais que isso. 

- Que bom pra vo... Er... É? -  perdido em seus pensamentos, Zico a princípio respondeu de forma automática sendo pego de surpresa pelas palavras do outro. 

U-Kwon havia esperado alguma reação a mais de Zico, mas este ainda parecia estar processando a informação que recebera. Quando finalmente pareceu assimilar as palavras, Zico congelara com o garfo a caminho da boca e o bolo se espatifou em seu prato. U-Kwon a princípio pensou que o outro estivesse tendo um ataque ou algo assim, mas era somente sua mente trabalhando de forma um tanto lenta. 

- Hã? - Zico questionou novamente ainda meio desnorteado.  

- Eu disse que  B-Bomb e eu não temos absolutamente nada - U-Kwon repetiu cada palavra lentamente, como se falasse com uma criança.  

Quando por fim Zico entendeu o significado por trás daquelas palavras, um misto de alegria e alívio preencheu seu coração. Ele pode até sentir seu corpo se tornar mais leve, toda a pressão da tristeza abandonando seus ombros. Poderia até comemorar se esse fosse o caso, mas certamente não era. 

- Nossa... Sério? - embora ele maquiasse ao máximo seu tom de voz para parecer apenas levemente interessado, era mais do que possível ver a alegria encoberta. - Quer dizer, eu não tenho nada a ver com isso, mas como você está me contando...  

- Eu apenas... - começou U-Kwon visivelmente embaraçado - Apenas não queria que ficasse com uma ideia errada. Quero dizer, o P.O veio com essa ideia estranha para mim e para o B-Bomb-hyung e eu achei que... - ele dirigiu seu olhar para o prato vazio a sua frente para que não precisasse encarar Zico. – Enfim, achei que era relevante esclarecer tudo para você.  

- Hm... Que bom pra vocês... não, espera. Que péssimo pra vocês... eu acho - Zico se embaralhou totalmente em sua resposta e com isso um silêncio constrangedor pairou sobre eles.    

- Enfim... - U-Kwon tentou preencher o silêncio, mas nada veio a sua mente.  

- Enfim né... O bolo daqui é bom, não é? - disse Zico num tom um tanto esganiçado, desesperadamente tentando mudar de assunto ao mesmo tempo em que não conseguia conter a empolgação que fervilhava em seu interior. 

- Verdade. Que tal irmos embora?  

Na hora em que ambos foram pagar a conta, Zico levantou a sobrancelha ao ver U-Kwon tirar algumas notas de dinheiro  de uma pequena bolsinha de moedas. Eram daquelas que sua avó usava para que as moedas não se espalhassem pela bolsa. Mas o pior era a estampa. Ele nem mesmo ligou em ter a atenção dos casais de namorados no estabelecimento voltada a ele.  

Ao notar o olhar de Zico para o objeto, U-Kwon abriu um sorriso inocente. 

- O que foi? Let it go - disse ele balançando a bolsinha de moedas estampada com a princesa Elsa do filme Frozen. Zico gargalhou com vontade, colocando em sua risada toda a alegria que aquele passeio lhe proporcionara. 

 

 

----- °°° ♥   mais cedo naquele dia  ♥ °°° ----- 

 

 
Kyung viu a movimentação toda entre U-Kwon e Zico. Pelo visto ele estivera certo o tempo todo, B-Bomb não tinha durado muito como objeto de atenção de U-Kwon. Logo ele estaria chorando pelos cantos por ter sido largado pelo outro e Kyung achava isso mais que merecido. Ele havia tentado alertá-lo mas ele não dera ouvidos, então que arcasse com a responsabilidade.  

Embora ele não tivesse nada exatamente importante para fazer iria embora. Talvez respondesse algumas mensagens de suas queridas fãs mais tarde. Não importava o quão triste ou irritado se sentisse, as mensagens carinhosas que recebia delas sempre o alegravam. Seria uma ótima forma dele melhorar seu humor que vinha estando para baixo ultimamente. Tudo culpa daqueles malditos.  

- Kyung - B-Bomb chamou o outro aproveitando a deixa que tivera e o tempo permitido a eles.  

Kyung, que tinha seu orgulho e ainda estava extremamente ressentido com B-Bomb decidiu simplesmente ignorá-lo como se não tivesse ouvido nada. Cínico dissimulado. A raiva que sentiu quando vira ele e U-Kwon naquela patética cena de alegria (provavelmente rindo dele, pensou) tornara a faiscar como se visse aquela cena novamente, e olhar para a cara de B-Bomb só o ajudava a ficar mais irritado. 

- Agora deu para me ignorar, Kyung? - questionou B-Bomb.  

- Não faço ideia do que você está querendo dizer - respondeu Kyung no mesmo tom. - Acho que ter sido descartado por aquele outro como um brinquedo que não serve mais te deixou idiota.  

- Sabe exatamente do que estou falando.  

- Talvez esteja se referindo ao fato de que seu querido namoradinho U-Kwon tenha te largado para sair com o Zico? - a raiva mais uma vez tomava frente em suas palavras. - Ou talvez seja pelo fato de que ele finalmente se cansou de você e te jogou fora? - Sarcasmo palpável. - Não? Então não, não sei do que você está falando.  

- Não tente mentir justamente para mim, Kyung - disse B-Bomb segurando um dos braços do outro, fazendo com que ele não pudesse desviar o olhar. 

- Não estou mentindo, você que está sendo um imbecil - respondeu Kyung se soltando do aperto do outro. Desde quando B-Bomb tinha permissão para tocá-lo e fazer seu coração quase pular pra fora do peito? - Por que não me deixa e vai encontrar com seu namoradinho? Ops... É mesmo, ele está com outro.  

- Eu não tenho nada com o U-Kwon! Quantas vezes é necessário que eu diga isso hoje?  

- Como se eu precisasse de explicações de um brinquedo que foi usado e jogado fora. Agora é você que está tentando mentir para pessoa errada.  

- Eu não tive, não tenho e nunca vou ter nada com o U-Kwon e isso não é um escolha dele, é minha! Entendeu?  

- Não tem... - Kyung resmungou baixo pra si mesmo enquanto passava a mirar o chão.  

Estava confuso. Embora ele pudesse explicar o motivo de sua raiva por B-Bomb, não podia dizer isso do sentimento irracional de felicidade que ameaçava apoderar-se dele após ouvir aquelas palavras. Não. Ele só estava sendo idiota de novo em crer mais uma vez naquela pessoa.   

B-Bomb, que esperava uma frase sarcástica de imediato, se surpreendeu ao receber apenas o silêncio de Kyung . Aproveitando-se dessa distração, ele estreitou a pouca distância que os separava. A sua própria mente agora mesmo fervilhava trabalhando em hipóteses. 

- Poderia ser... - Kyung apenas percebeu o quão proximo o outro estava de si ao sentir a respiração dele contra seu pescoço, fazendo-o erguer a cabeça e o encarar.  

- O que...  

- Kyung... Poderia ser que você esteja com ciúmes de mim?  - a voz de B-Bomb era pouco mais alta que um sussurro. Ele o olhava intensamente nos olhos, como se pudesse ver além deles. 

A mente de Kyung pareceu travar, tamanho choque pela frase que ouvira. Kyung apenas se incomodava com a presença de U-Kwon ao lado de B-Bomb porque sabia que ele seria descartado mais cedo ou mais tarde e não desejava isso a alguém que tinha se preocupado com ele. Nada mais que isso. Não havia motivos para ele sentir algo como ciúmes. É claro que não.  

- N-não... E-eu não... - ele nem mesmo conseguia formular uma frase. Era realmente necessário que a cada segundo B-Bomb se aproximasse mais? Ou que o coração idiota dele estivesse batendo totalmente desgovernado?  

B-Bomb se aproximava lentamente, observando o rosto de Kyung outro ir da cor natural ao mais belo dos vermelhos. Nunca imaginou ver Kyung corando, muito menos ser a razão disso. Era quase natural que ele se aproximasse mais... mais... queria provar daquela súbita inocência que Kyung transbordava.  

A medida que não houve mais espaço entre eles, seus lábios se uniram. Um beijo longo e calmo, onde ambos buscavam comprender melhor o que sentiam, conhecer um ao outro num nível que não tinham julgado ser possível no tipo de relação que mantinham. Um beijo que demonstrava mais afeto e carinho que qualquer outra coisa. Eles nem mesmo se lembravam que ainda estavam dentro do prédio da 7S.  

Kyung não ofereceu resistência alguma. Embora ele fosse negar mais tarde, também precisava daquele gesto de amor. Ele havia simplesmente se entregado aos braços de B-Bomb como nunca faria nem mesmo com Zico. B-Bomb também se deliciava com o beijo. Mais cedo naquele dia não poderia acreditar que seu recém descoberto sentimento pudesse ser correspondido. No entanto, ali estava agora tendo a oportunidade de ao menos uma vez mostrar esse sentimento a Kyung e ter certeza de que ele não era de todo unilateral.  

Ficaram ali pelo que poderia ter sido a eternidade, sozinhos, exceto pela presença de Jaehyo que voltara à sala para buscar algo que esquecera mas que decidira deixar isso para lá e apenas fechar a porta tão silenciosamente quanto abrira e sair apressadamente por uma direção qualquer fingindo não ter visto nada. 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Até a proxima

Sayoo Sayoo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...