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História Fiquei com seu número - A perseguida


Escrita por: 1dayus

Capítulo 19 - A perseguida


 

AVISO

Se você chegou a essa parte da história, ou você é maluco, ou você é um curioso. Queria poder dizer que as coisas ficarão mais fáceis, entretanto, como personagem principal dessa desventura, me sinto na obrigação de alertá-los, alguns mistérios jamais poderão ser desvendados.

Clarke 

O frio penetrava a minha pele. Como finas agulhas de gelo, injetadas nas minhas veias.

Estamos no início de outubro, é outono ainda. Mas, parece que o inverno está chegando.

Prendi meus olhos em Lexa, ela se movimentava apressadamente, e não notara que já fazia um tempo que eu não conseguia deixar de observá-la. Lexa estava tão encrencada emocionalmente e psicologicamente quanto eu.

Estávamos no jardim da sua casa, colocando algumas caixas com as porcarias eróticas pra fora.

- Você tem um cigarro? – Disse subitamente, trazendo a atenção dela para mim e não para o conjunto de vibradores coloridos de neon.

- Já volto.

Lexa estava feito um vulcão essa noite, quente, viva, como se larva corresse por suas veias, seus sorrisos eram largos, e era impossível não ver beleza nela.

Eu estava o oposto. Rezava para que ela não notasse a minha súbita tristeza. Estava cinco ou seis níveis abaixo da merda.

Vocês estão acompanhando a montanha russa emocional que é a minha vida. Sabem todos os detalhes sórdidos da minha constante falta de sorte. Não posso ser ingrata, já estive bem pior, já estive tão ruim que não conseguia fazer absolutamente nada.

A música favorita do meu álbum favorito. – Isso daria um bom quote para o meu próximo conto.

- Disse algo?

Ela havia voltado, com dois cigarros.

- Sabe aquela música que você escuta todos os dias repetidas vezes e tem medo de enjoar da música e acaba deixando de ouvir só pra não enjoar? Eu não tô fazendo isso. – Confesso.

- Isso é uma metáfora pra algo?

- Pode apostar. – Sorrio, arrancando os cigarros de sua mão.

Fumei em silêncio, embora soubesse que estava sendo observada.

- Músicas favoritas nunca deixam de ser músicas favoritas, não importa quantas músicas favoritas você adicione na playlist ao longo dos anos.

Ela comenta entre risos, satisfeita com suas observações perspicazes.

- Bruce está uma fera por eu ter arrebentado com A coisa. Mas, parece que alguém pagou os reparos. Foi você?

Ela nega.

- Costia.

Estendi o último trago até seu campo de visão. Sei que ela não fuma, mas dessa vez, tampouco negou.

- Me sinto incompleta. – Digo em voz alta, para espantar todos os meus demônios. Era muito fácil ser aberta com ela, era muito fácil ser entregue e intensa.

Natural até.

- Vou te abraçar. – AVISOU, já rodeando meu corpo com seus braços. – Calma, um dia tá tudo fora do lugar e no outro as coisas se encaixam, tipo como a gente agora.

DROGA DE MULHER CONTRADITÓRIA DOS INFERNOS.

Assenti, repousando meu queixo entre seu ombro e pescoço. Estava arrependida? Não. Mas, me pergunto o que aconteceria se eu decidisse fazer as coisas diferentes.

BAGUNÇA.

Maldita TPM.

- Para de estragar as coisas.

- Não consigo.

- É, eu sei que você não consegue. – Digo, tentando me afastar do abraço. 

Ela me trouxe para o velho-assombroso-vazio-apartamento.

Uma música da Doja Cat tocava baixinho. Seus dedos batiam devagar no volante, curtindo a música.

- Quero criar um jogo inspirado naquele filme Detona Ralph? Tem o jogo da corrida doce, no mundo deles tudo é colorido e doce. Quero fazer algo assim.

- Parece um mundo perfeito.

- Ah não... Eles têm muitas ameaças, e o rei é um vilãozinho de quinta. Não vou fazer um vilão assim pro meu jogo.

Sorrio, olhando diretamente para as luzes da cidade. Faz sentido que Lexa queira fazer um jogo assim.

- O que achou da playlist? - Sua voz se misturou ao som da buzina, e alguns xingamentos. Alguém estava bloqueando a nossa passagem.

- Pegue à direita, vamos fazer um atalho. - Sugeri.

A playlist.

Ignorei, como uma boa menina que quer se livrar dos sentimentos. Mas, admito que nas últimas três semanas, eu havia passado o dedo por aquele MP3. Sabia que havia muito mais naquele gesto que uma simples "arma contra o tédio no hospital." Lexa se expressava muito através de coisas do tipo, talvez fosse a única forma de ser verdadeiramente real e sincera com tudo.

Era evidente que nosso lance não era só sexual. E mesmo que a gente insistisse que os nossos corpos sentiam falta um do outro, e que nossos corpos nasceram para foder um ao outro, eu duvidava que fosse tão raso assim.

- Ainda não ouvi.

Esperava que isso quebrasse ela de alguma forma. Mas, ela gargalhou, e aumentou o volume do som do carro.

- Entregue em segurança. Acho que Abby não cortará meus dedos hoje. - Seu tom suave me causou uma completa desordem.

A visão do meu apartamento parecia dolorosa e vazia.

- Obrigada, por me trazer até aqui. - Não ousei olhá-la. – Boa sorte com seu stalker safado.

- Obrigada por me ajudar com isso. – Tocou de leve no meu ombro. – Quer que eu te acompanhe?

- Não. – Disse rápido, antes que meu cérebro me traísse e gostasse da ideia. 

Quando finalmente entrei, corri até o lugar mais obscuro, e peguei a única coisa neutra nessa história. Muitas mensagens ignoradas, e entre tantas, o número dela.

Digitei rápido, falando em voz alta pra não perder as palavras. Um textão sentimental digno de monólogo dos livros do Nicholas Sparks. Apaguei. Sentei no chão vazio da sala com uma garrafa de Absolut de um lado e o celular de outro.

Digitei novamente, dessa vez com menos palavrões.

VÁ A MERDA sua desgraça linda desgraçada que só sabe foder com a minha vida, quero que saiba que você é uma filha da puta digna das mais toscas obras literárias já criadas, você é uma contradição infernal, como céu que tá abaixo e não em cima. É ISSO, você estragou com todas as regras básicas da existência das coisas. Eu não só me apaixonei por você, me apaixonei pela vida, por essa vida...

Já até podia antecipar sua resposta, "você é tão poética, Clarke." Podia antecipar aquele sorriso curto e também podia antecipar o coração dela batendo freneticamente como se fosse um carro sem freios descendo o monte Everest.

É incrível, como tudo muda tão rápido, a paixão que se vai, ou que volta ainda mais forte.

Não enviei mensagem alguma.

A loucura dessa história, que pouco a pouco, se tornou a loucura de todas as histórias que eu já havia lido na vida, como pedaços de todos os amores que não deram certo, bem ali, projetados em nós, que embora jovens, éramos velhas demais nas nossas soluções.

Agora ela já devia estar em casa, confessando para Anya sobre nós. Talvez, fosse tomar um banho longo e pensasse que sua vida em breve voltaria aos trilhos, voltaria à segurança de suas mãos teatrais.

Lexa estava bastante enganada.

 

Tudo que eu MENOS queria era a presença de Abby Griffin às 6:45 da manhã.

- QUE CHEIRO HORRÍVEL NESSA CASA. - Fechei os olhos, com tanta força que, achei que minhas pálpebras e pupilas se tornariam uma coisa só.

- Vai embora. - Sussurrei. Em desespero.

- ONDE ESTÃO SEUS MÓVEIS? - Ela insistia em gritar, podia ouvir seus passos perambulando pela sala vazia. - GAROTA EU VOU RODAR A MÃO NA SUA CARA SE CONTINUAR ME IGNORANDO.

- Eu não sei, joguei fora, doei, vendi, alguns estão dentro daquele quartinho. – Respondi impaciente, sentindo fogo queimar meu crânio.

- Olha só pra você. Tá horrível. Feia e descuidada.

- Vai embora, porra. – Tentei soar gentil ao proferir o palavrão.

- CLARKE GRIFFIN. ISSO NÃO SÃO MODOS DE TRATAR A SUA MÃE. - Meu rosto queimou, ela tinha mesmo me dado um tapa? - AGORA LEVANTA E VAI TOMAR UM BANHO.

- Quero morrer.

- Precisamos conversar. - Abby me encarou firme.

É óbvio que ela iria aparecer no momento mais inoportuno e quando eu estava mais desapontada com o mundo e minhas vulnerabilidades.

- Não vou tomar porra de banho nenhum.

Ela deu de ombros, tirou dois baseados da sua carteira da Hello Kitty e acendeu, me passando um dos cigarros.

- Faz tempo que não fumo. Tava tentando parar, mas, você me tira do sério. – Confessa.

- Você? Tentando parar? Não inventa moda, mãe.

- Tu tá fodendo com a médica? - CURTA E DIRETA.

- Ainda não. - Traguei com força.

- Ela me parece...

- MÃE!

- Eu ainda prefiro Lexa.

- Claro que prefere. Mas, quero que saiba que Lexa e eu acabamos. Sem voltas.

- E ela sabe disso?

- Ela não é burra. – Soou bruta e amarga, talvez seja exatamente isso.

- É uma pena. - Abby fuçou o bolso novamente, me perguntei quantos cigarros ela carregava ali. - Se eu achasse alguém que me olhasse como ela te olha...

- Como assim? - Questionei. Rápido, nervosa, curiosa.

- O jeito como ela te olha... é como acontece nos filmes.

- Eu quero distância de toda essa confusão. - Admiti. Como um pedido sincero para que ela parasse de tocar na minha ferida exposta cheia de pus.

- A confusão vai estar sempre aqui. – Ela enfia o dedo violentamente no lado direito do meu peito, logo corrige, passando pro esquerdo.

Nego, pensando sinceramente se haverá um dia em que eu não pense em jogar tudo pro alto e sair correndo sem rumo.

- Levanta aí, quero te abraçar. - Ela me estendeu a mão. Reviro os olhos, só pra parecer desinteressada.

Mas, essa é Abby. Ela sabe demais.

Não falamos mais sobre garotas. Acidentes de moto ou um ex noivo gay. Abby tira as próximas horas para revirar algumas das caixas restantes da minha mudança. Alegando estar procurando uma bolsa azul da pequena sereia.

- Clarke? - Minha mãe estava sentada na privada, a porta do banheiro aberta. Encarava-a de longe, apoiada seguramente na bancada da cozinha.

- Quer me contar algo? – Questiono, urgente.

- Sim. – Suspira, e demora mil anos pra abrir a boca novamente. Entretanto, sua voz é cortada pelo barulho estrondoso e agudo de...

- VIADAS, CHEGUEI.

Murphy...

Octavia e Raven vinham logo atrás dele, segurando algumas sacolas de comida japonesa.

- O trânsito estava horrível. A gente demorou demais? CREDO, QUE CHEIRO HORRÍVEL. - Octavia depositou as sacolas na bancada.

Murphy foi até a porta do banheiro e encarou minha mãe que o encarou de volta e os dois fizeram algumas caretas. Odiava que aqueles dois tivessem essa conexão bizarra.

- TEM UM CADÁVER AQUI? - Raven já estava com um spray aromatizador nas mãos, quando Anya cruzou a sala com duas grades de cerveja e sacolas do DUNKIN DONUTS.

Costia estava parada na porta, me olhando como se eu fosse uma predadora ou algo assim. Acenei levemente com a cabeça para que ela entrasse. Todos ali estavam ligados por algo esquisito, laços fortes, entretanto, de diferentes formas e cores. É a forma mais bonitinha que posso usar para descrever.

Fora Abby quem, carregando consigo um cheiro absurdo de merda e de maconha, abraçou-me forte e suavemente disse que eu não estava sozinha.

Você não está sozinha.

Era a justificativa mais irônica para toda a conduta anti-heroica de todos ali presentes.

O que eles disseram: estamos aqui para nos despedirmos de sua antiga casa, e porquê você finalmente tirou seus curativos e já consegue andar como gente grande.

Mas, intimamente, eu sabia que a resposta correta era: estamos aqui para investigar você, Clarke.

Sorri.

Sorri.

- Quando você tava no hospital, escrevi uma cartinha. É muito importante que você saiba que eu não estava sob efeito de qualquer droga ilícita quando fiz isso.

Abby era uma força da natureza.

- Ok, mãe.

Ela estendeu um papel amassado, entretanto, não me entregou. Travamos uma pequena guerra sobre quem ficaria com o papel, até que ela o libertou. Dando risinhos grotescos e correndo para os braços de Anya em seguida, que não hesitou em empurrá-la pra bem longe.

- Você fede, meu bem.

Dava pra entender o porquê da minha mãe sentir a necessidade de pontuar que não estava sob o efeito de narcóticos quando me escreveu o seguinte: 

Seus olhos estão mais azuis. Quando você era pequena, tinha um leve tom fresquinho de azul. Isso mudou, eles estão bem mais fortes agora, quase como o azul do mar visto de cima de um helicóptero, sabe quando as partes mais fundas são captadas pela câmera, acabam sendo de um azul mais escuro, indiscutivelmente, azul. Você foi muito corajosa, por tudo que arriscou sentir nos últimos meses. E sei que no fundo, tão fundo quanto o azul do mar, você não sente como se tivesse perdido. Nãooooo, você ganhou, minha princesa do espaço. Você tá toda quebrada, na cama de um hospital que serve batatas doces no café da manhã, almoço e jantar, parece que foi atropelada por um caminhão. ESTOU FELIZ! Há muito mais beleza em você agora. E você sabe que tudo isso tem muito a ver com ELA.

O ELA estava marcado com grandes letras de forma. Suspirei. Isso era um baita de um pedido de desculpas? Ou era a consciência dela falando mais alto?

Olhos verdes, quentes como uma fogueira acessa no final de uma madrugada na praia, invadiram meus pensamentos. Foi quando senti falta.

Será que ela estava sozinha?

A playlist era um combo de melancolia e sexo. 

Wonderwall - Oasis

FOOLS - Troye Sivan

Young, Wild &Free - Snoop Dogg, Wiz Khalifa

Somebody Else - The 1975

Don'T - Ed Sheeran

Sex - The 1975

Adventure of A Lifetime - Coldplay

XO - John Mayer

Gravity - John Mayer

Lost - Frank Ocean

Prisioner - The Weeknd ft Lana Del Rey

Secret Love Song - Little Mix

Ride - Lana Del Rey

Heartlines - Broods

TKO - Justin Timberlake

You Know I'm no good - Amy Winehouse

It's YoU - Zayn

Into You - Ariana Grande

Sex with me - Rihanna

Love on the brain - Rihanna

 

Anônimo Safadinho

O tic-tac no relógio de pulso do senhor na mesa ao lado me incomodava, no feed do meu Instagram, aquelas mensagens motivacionais apenas me irritavam. Não era uma boa manhã. Pedi um café com dupla cafeína, talvez isso melhorasse meu humor.

- Você acha que ela vai se atrasar? - Perguntei, já impaciente com aquela demora.

A figura sentada bem na minha frente, viajava os olhos pela tela do seu próprio aparelho telefônico, rindo como se estivesse assistindo uma comédia dos anos 80.

Nenhuma resposta. ÓTIMO.

Depois de goladas longas do líquido negro puro e quente, a ansiedade me atingiu. Tive medo que Lexa não fosse seguir a rotina diária das últimas semanas. Ela SEMPRE passava por essa calçada, e SEMPRE parava pra comprar o jornal do dia na banca de revistas que ficava ao lado da loja de café.

- Ela já devia estar aqui. - Disse novamente.

- Tenha paciência.

Eu tinha tudo, exceto paciência.

Não é fácil montar um plano diabólico para enganar o próprio diabo.

A câmera estava posicionada estrategicamente para pegar cada segundo do desespero de Lexa.

A única coisa que nos separava da calçada, era o grande janelão de vidro. Tínhamos a vista completa do Central Park, poucos metros à nossa frente, entretanto, quem estava do lado de fora, não podia nos ver. Era o lugar perfeito para a execução dos eventos que seguiriam.

Pra mim, a pior parte eram as perucas, a maquiagem e as 4 horas até que eu ficasse irreconhecível. Era um mal necessário.

Lexa e Clarke... São reencarnações de todos os casais trágicos.

E todos os ships de seriados que nunca darão certo.

- Usar vaginas foi realmente uma ideia brilhante. - Murmurei.

- Agradeça à Clarke por isso.

Falando nela... A loira entrava na cafeteria, com aquela cara de malcomida. Como quem não quer nada mesmo. Pediu um café e sentou-se na bancada. Nos dirigiu um olhar motivador.

Devo admitir, que Clarke jamais conseguiria chegar no nível de genialidade da outra. Entretanto, ela estava indo bem.

A loira não estava disfarçada.

O relógio marcava 10:32 da manhã. Lexa estava fazendo a rota do Central Park todos os dias desde os incidentes começaram, acompanhada por dois brutamontes. NADA QUE NÃO PUDÊSSEMOS DAR CONTA.

A tela do meu celular acendeu, eu vibrei por dentro.

Falta pouco. Liga para eles, peça pra estacionarem a minivan no outro lado da rua.

Vá para o lado de fora e grave TUDO.

- Tá na hora. – Informei.

Saí, olhando despretensiosamente para os lados. O café tinha mesas posicionadas na calçada também. Era um ambiente bastante familiar. Coloquei minha câmera na mesa e pedi por mais um café.

Não demorou muito até que Clarke desse o fora dali.

Alguns metros à frente, Lexa (acompanhada de Anya) vinha em toda a sua majestade e glória, caminhando apressadamente na minha direção, o que ela não sabia é que à sua esquerda uma van carregando três atrizes fantasiadas de vagina, aguardavam um sinal para persegui-la.

Essa parada era divertida demais para ignorar. Enviei a mensagem urgentemente.

A CASA CAIU hahaha

As duas passaram perto o bastante de mim. ENTÃO, como se fosse uma apresentação de horror, avistei as três vaginas gigantes atravessando a rua, foquei a câmera na cena. As pessoas reagiam em puro espanto.

- PUTA QUE PARIU...

Palavrões e mais palavrões. Até que Lexa estava correndo tanto que seus pés batiam em suas nádegas. Parecia aquelas pegadinhas da TV. Ela estava desesperada, tentando fugir a todo custo, mas, as vaginas ambulantes eram TREINADAS para aquilo.

- SEGURA ESSA VAGINA, LEXA. - Anya berrava, quase ao meu lado.

A coitada bem que tentou. Mas, não deu outra. Fora agarrada e encurralada.

Nesse momento, diversos Iphones e Samsungs eram apontados para a situação. Aposto que estaria no YouTube em algumas horas.

Como uma super-heroína, a SUPER Clarke Griffin surge bem ao lado de Anya.

- ANYA?

- O QUE TÁ FAZENDO AQUI?

- OH MEU DEUS! ANYA. O QUE TÁ ACONTECENDO? AQUELA É LEXA? – A loira parecia atônica e completamente perturbada com a situação.

- Sim. Estávamos andando tranquilamente pela calçada, e a próxima coisa que sei é que essas xerecas começaram a nos seguir.

- LEXA? - Clarke GRITOU. Ela era boa... - SOLTEM ELA, SUAS... SUAS... FEDORENTAS. – Ela agarra violentamente uma das figuras e derrama seu café em outra.

Tudo minuciosamente orquestrado.

Devo admitir que estava com medo e de certa forma admirando Clarke a cada segundo que se passava. Fingir que havia perdido a memória? Sumir por todas aquelas semanas só para planejar a vingança perfeita? ELA ERA GENIAL. 

Já podia imaginar o título da matéria no dia seguinte:

"Perseguidas perseguem garotas nas proximidades do Central Park."

- Clarke? 

 

 



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