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História Fire and Ice - Trouble


Escrita por: xHasashi e katyrecalque

Notas do Autor


Olá, capítulo novo!
O nome do capítulo é em homenagem a essa maravilhosa, destruidora e dona da porra toda ''Sonya Blade'' e inspirado na música ''Trouble'' da P!nk.

Espero que gostem.
<3

Capítulo 19 - Trouble


A ex-imperatriz andava de um lado para o outro na sala improvisada pelos seus soldados. Foram forçados a voltar a se esconder na floresta por causa da incompetência de uma ninja que lhe havia prometido a vitória sobre seus inimigos do plano terreno.

- O que você esperava ganhar vindo até aqui? - Mileena gritou apontando as armas na direção de Frost.

- Eu vim aqui reconhecer os meus erros e pedir perdão imperatriz. - A cryomancer falou de cabeça baixa, esperava que se fosse até ela conseguiria uma nova chance de se vingar.

- Perdão? Isso não libertará Kano e Tanya, ou vai? - Ela rebateu irritada, não pretendia dar mais nenhuma chance para aquele ser desprezível e inútil, tudo o que havia conseguido com aquele acordo foi a morte e prisão de vários tarkatanos e aliados. - Você não acha que já ajudou o suficiente? Devia ter ido se esconder, agora vai pagar pelo que fez... - Ela falou investindo contra Frost e acertando um soco em seu rosto, ia continuar, mas foi impedida por Rain.

- Mileena espere... -  Ele pediu calmamente. - Ela ainda pode ser útil.

- Como essa traidora pode servir para alguma coisa? Perdemos mais do que esperávamos na luta contra o plano terreno do que para Kotal Kahn, e tudo por que confiamos nela. - Mileena falou furiosa e não parecia disposta a deixar isso passar em branco, se virou para Frost e continuou. - Você me deu a sua palavra de que destruiríamos todos os que estavam contra mim.

A cryomancer continuava ajoelhada, o ataque de Mileena a surpreendeu. Deveria estar preparada para aquela reação vinda dela, mas realmente não ligava para a causa tão importante de Mileena, ela não era sua imperatriz. Queria apenas vingança por tudo o que aquela Shirai Ryu causou, havia tirado seu clã, seus amigos e o amor de sua vida. Aquilo não ficaria impune.

- Eu ainda posso fazer isso imperatriz, confie em...

- Em você? Como da última vez em que deixei os meus melhores lutadores nas suas mãos quando me garantiu de que o Lin Kuei e o Shirai Ryu seriam exterminados? - Mileena riu sarcástica.

- Nós podemos tirar proveito disso Mileena, vamos atraí-los para a Exoterra onde estamos em vantagem, sem o amuleto ficamos vulneráveis, poderão nos rastrear se usarmos outro portal. - Rain argumentou e isso parecia acalma-la.

- Esta é a sua última chance Frost. - Mileena segurou o rosto da ninja sem a menor delicadeza. - Se falhar, eu mato você. E a única coisa que eu vou lamentar será se o Sub Zero conseguir fazer isso primeiro. - Ela falou olhando nos olhos de Frost e saiu da tenda em seguida.

Frost queria congelar o acampamento inteiro de tanta raiva, quando conseguisse se vingar voltaria para matar Mileena. As palavras dela a deixaram agoniada e um pouco triste. Àquela altura, era óbvio que Kuai Liang a odiasse, toda e qualquer chance de se reaproximar dele seria impossível agora, mas jurou que mataria a mulher que o roubou dela e cumpriria a palavra a qualquer custo.

                                                                       *

- Como ela conseguiu escapar? – Sub Zero perguntou irritado e preocupado.

- Frost possuía uma arma escondida, que permitiu congelar os soldados e os ninjas que a transportavam. - Sonya respondeu se sentando na mesa com um semblante exausto.

- Mas ela seria interrogada esta tarde, eu não entendo... - Akemi suspirou e apoiou a cabeça no ombro de Kuai Liang, que segurou sua mão instantaneamente.

Os dois haviam ido até a base assim que souberam da notícia de que ela havia escapado, a preocupação só aumentava quando pensavam no bebê.

- Sim, estavam a caminho do interrogatório. - Johnny falou decepcionado. - Queríamos saber algumas informações sobre a Mileena, um grupo de busca está lá fora tentando encontrar alguma pista sobre o paradeiro, mas até agora sem sucesso.

- Não podemos desistir agora. - A general falou se levantando. - Johnny peça para sua equipe localizar Mileena, e fale com Kotal Kahn, ele pode saber onde ela está. Se Frost havia se aliado a ela então talvez tenha voltado para lá.

Akemi saiu da sala sozinha, respirou fundo o ar fresco daquele dia. Sentia-se preocupada e um pouco estressada com aquela situação; a sua maior aflição era em relação a seu filho, temia o que Frost poderia fazer se soubesse daquela gravidez.

Sentiu as mãos de Kuai em sua cintura, elas estavam mais geladas que o costume; isso só ocorria quando sabia que seu namorado estava extremamente nervoso. Em outros momentos, até acharia aquilo sexy, porém aquele momento não era um dos mais favoráveis.

- Eu preciso lutar, Kuai. A única que poderá resolver isso, serei eu. – A ninja virou e olhou para ele.

- Akemi...não posso deixa-la lutar nessas condições.

- Não irei lutar grávida. Mas preciso sumir por um tempo até ter o bebê.

- Você irá fazer um caça às bruxas, Akemi? Isso é perigoso, e se...

- Ela não irá me matar, e se fizer isso...me prometa que irá buscar justiça, mas não irá sujar suas mãos com ela. E cuidará de nosso filho.

- Não posso te prometer isso, e por favor: Não diga isso, meu amor...não posso imaginar minha vida sem você...- Sub Zero respirou fundo, pela primeira vez sentiu uma agonia interminável dentro de si.  – Mas sei que não terei escolha

- Eu te amo, não esquece disso nunca Kuai.

- Eu também te amo, mais do que posso explicar.

Sub Zero a puxou para um abraço apertado, ambos não sabiam o que poderia acontecer; mas estavam preparados para o que pudesse vir. Temia pela vida de sua namorada e seu filho, preferiu confiar nos deuses que tudo daria certo.

Enquanto isso, Sonya andava de um lado para o outro tentando encontrar alguma brecha ou resposta que fosse para saber o que havia acontecido. Não fazia sentido algum a explicação dos guardas, Frost não precisava de armas para congelar alguém e as algemas que usava eram enfeitiçadas, impossibilitando a mulher de utilizar seus poderes.

Johnny entrou na sala e pode ver a general com um semblante preocupado, trancou a porta e foi em direção a ela. A abraçou por trás encostando sua cabeça nos ombros dela, a sua ex (ou atual) esposa apertou os braços dele ainda mais em sua cintura em busca de conforto.

- A culpa não é sua, Sonya. – O ator quebrou o gelo.

- Eu deveria ter aumentado a segurança. – Se virou de frente para ele. – Alguma coisa nessa história não faz sentido, Johnny. – Respirou fundo.

- Eu sei...não faz sentido uma cryomancer ter uma arma de gelo. – Cage respirou fundo. – Ainda com todos os guardas congelados e um com um mero arranhão no braço.

- E se...- Sonya se soltou dos braços dele e pegou seu comunicador.  – Aqui é a general Blade, prendam o Soldado Walker. O levem para a sala de interrogatório.

- Sonya o que você...- O ator olhou para ela um pouco surpreso e espantado.

- Venha comigo. – Ela apenas foi em direção a porta, sendo seguida por ele

A general acelerou os passos até a sala de interrogatório, no caminho pediu para chamarem Kenshi para posteriormente ler a mente dele. Cage mal conseguia acompanha-la; ao chegar na sala o homem estava sentado sem entender muito o que estava acontecendo. Assim que Sonya chegou, notou o olhar de desdém daquele mero soldado; era um daqueles que não suportava ter uma mulher como sua superior.

- Posso saber porque estou aqui?

- Para começo de conversa, abaixa o seu tom de voz e sua bola ao falar comigo. Eu sou a general aqui e sua superior.

- Não sei como deixam mulheres trabalhar na TPM...- Sussurrou, mas alto o suficiente para Sonya ouvir.

Foi então que ela o pegou pelo colarinho da blusa, o empurrou para a parede e o desferiu um soco tão forte que instantaneamente o homem cuspiu o seu dente que havia quebrado juntamente com o sangue que escorrida de sua boca.

- Primeira lição para um machistinha de merda igual você: Quem manda nessa porra de quartel e em você sou eu. – Falou enquanto dava um chute na barriga dele. – Segundo lição: Se você não sabia como respeitar uma mulher, a partir de agora você vai aprender. – O puxou e empurrou em direção a cadeira, que quase caiu com a força que ela o jogou. – A terceira e última é que você pode começar a ir falando como deixou Frost escapar, e aonde ela está.

- Calma general, por favor...eu não a deixei escapar. – Falou em um tom um pouco desesperado.

- Olha, agora você está disposto a cooperar e conversar? – Ela cruzou os braços. – Fico feliz, porque não gostaria de sujar minhas mãos com um homem tão frouxo como você.  Agora pode começar a falar.

- Eu juro que eu...- Foi interrompido com um tapa forte em seu rosto.

- De onde veio esse tem mais, pode começar a falar. – Sonya cruzou os braços – Muito engraçado a Frost ter congelado seus colegas, e você ter aparecido misteriosamente com um pequeno arranhão no braço.

- Eu...eu fugi...com medo dela e deixei meus companheiros para trás...- Falou um pouco aflito e desviando o olhar.

- Que você é frouxo eu já percebi, mas está mentindo. – Colocou as mãos na mesa e olhou para Johnny. – Cage, converse com Kenshi e peça aquilo que eu disse antes.

Eles ficaram em silêncio, o soldado evitou o máximo possível de contato visual com a General e estava visivelmente assustado: Como uma mulher poderia ter tamanha força? Naquele momento Cage a chamou para fora, ela mirou o homem de cima embaixo em tom de deboche e saiu do lugar.

- Alguma novidade, Kenshi?

- Muitas...- O espadachim respirou fundo. – Quando Frost chegou, começou a conversar muito com esse soldado. Digamos que ela o seduziu...ele entrou na cela dela, e vocês podem imaginar o que aconteceu.

- Como é que é? – Johnny olhou um pouco surpreso – Achei que apenas a Sonya e eu fazíamos isso. – No mesmo momento viu a general revirar os olhos e seu semblante ser de reprovação. Kenshi preferiu ignorar, como sempre.

- Sim, eles tiveram uma relação sexual. Em troca de continuarem com isso, pediu para ele ajudá-la a escapar.

- Obrigada, Kenshi. – Sonya respirou fundo e entrou novamente na sala de interrogatório.

Sentou-se em uma cadeira, pegou os papéis que estavam em cima da mesa e folheou. Sorriu de canto e olhou para o homem que estava em sua frente.

- Como você é fácil, em Senhor Walker? Se vendendo por sexo. Seu pai não ensinou você a se dar valor? Um tremendo de um putinho. – Começou a rir abafado.

- Mas eu não...

- É melhor você assumir, ou nós ficaremos o dia todo aqui. Que inclusive, não me importo...adoraria continuar socando essa sua cara cínica.

- Tudo bem...eu ajudei Frost a escapar.

- Era isso que eu gostaria de ouvir. Guardas, por favor...

No mesmo momento entrou alguns soldados, algemaram o homem e o levaram preso. Sonya se levantou e respirou fundo, aquilo não havia sido suficiente para sua culpa sumir pelo que havia acontecido; mas aliviou aquele sentimento que insistia em ficar ali.

*

Algumas horas mais tarde, Akemi estava em seu quarto no Shirai Ryu pensando no que iria fazer. Ao mesmo tempo, seu maior desejo era pegar Frost de uma vez; não gostava de cultivar sentimentos ruins, mas às vezes conseguia compreender a raiva e ódio que seu irmão sentia quando foi enganado, porém aquela vez era diferente: A situação era real e aquela mulher realmente queria sua morte.

Seus pensamentos foram afastados quando ouviu uma batida em sua porta, não estava com muita vontade de levantar para receber a visita e então apenas pediu para seja lá quem fosse entrar. No momento que viu quem era, sentou-se na cama um pouco espantada.

- Sonya? Está tudo bem?

- Espero não ter te acordado ou atrapalhado Akemi, se eu estiver atrapalhando...posso voltar outra hora.

- Está tudo bem Sonya. Só estava deitada pensando. – Ela sorriu. – Por favor, sente-se.

A general sorriu e sentou-se na cama da ninja.

- Tivemos informação da Frost...ela seduziu um dos soldados, transou com ele e o idiota a ajudou a fugir.

- Isso só comprava que aquela teoria de ‘’gente feliz não enche o saco” está errada, afinal eles transaram e a Frost continua querendo encher o meu saco. – Falou rindo e fazendo Sonya rir.

- Do jeito que aquele soldado era um machista nojento, não duvido nada ter sido uma bela porcaria para ela.

- Acho que agora estou com um pouco de pena da Frost...- Akemi sorriu.

- Me desculpe, Akemi...eu não podia imaginar que isso aconteceria. Sou responsável, principalmente como superior.

- Sonya, a culpa não é sua...é apenas dela. Você tem feito seu melhor por tudo, não tenho se quer palavras para te dizer a quão grata sou por toda sua ajuda.

- Obrigada, Akemi. De verdade. – Sonya sorriu e segurou as mãos dela.

- Olha, nós precisamos de uns dias de férias. Que tal irmos até Tokyo esse final de semana em meu apartamento? Chamamos a Luna, meu irmão, você, Johnny, Kenshi e a namorada.

- Seria uma ótima ideia, Akemi. Podemos ir.

- Ótimo! – A ninja sentiu-se empolgada com a situação. – Conversarei com meu irmão e o Kuai, tenho certeza que irão topar. Eles não irão falar não para uma grávida tão linda como eu.

As duas se entreolharam rindo, Sonya passou o resto da tarde e um pouco da noite com Akemi conversando. A general já não se sentia responsável pelo que havia acontecido; mas uma parte dela ainda queria pegar Frost de uma vez por todas.

*

Um pouco longe dali, Frost estava coberta apenas por um pano branco; puxou um homem que parecia vestir uma farda pelas mãos e o beijou.

- Sabia que você viria, meu amor.

Ele apenas sorriu e voltou a beija-la.


Notas Finais


Spoiler do próximo capítulo: Apartamento da Akemi :D

Beijos!


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