1. Spirit Fanfics >
  2. Fire meet gasoline (Camren) >
  3. Dinah Jane attack style

História Fire meet gasoline (Camren) - Dinah Jane attack style


Escrita por: chicamz

Notas do Autor


É só isso, não tem mais jeito... Recadinho do coração nas notas finais ;)

3/3

Boa leitura!

Capítulo 29 - Dinah Jane attack style


Fanfic / Fanfiction Fire meet gasoline (Camren) - Dinah Jane attack style

Lauren J7 Pov

Em quadra, em um time reduzido com Dinah no gol, Maia, Alexa, Vero e eu na linha contra Jessy no gol, Zara, Hailee, Lucy e Jade na linha a partida pegava fogo. Graças a massagem de Camila minhas costas estavam ótimas e eu corria recebia bola sem nenhuma dificuldade pra chutar no gol, mas como a abençoada da mesma Camila havia me jogado uma praga hoje de manhã... Minhas chutes explodiam a bola na trave, travessão ou simplesmente paravam em Jessy, que diga-se de passagem era um paredão.

Dinah não ficava muito atrás, tinha um jogo de perna que trancava o gol bonito. Basicamente era um duelo de goleiras. Minha melhor amiga estava em polvorosa, vibrando a cada defesa que fazia e me convidava a embarcar com ela nessa. No fim do jogo estávamos batendo peito uma com a outra comemorando nossa vitória por 1x0 com um gol de chiripa feito pela Alexa.

- Chega aí mais vezes, Branquela. - Jessy veio me cumprimentar. - Nunca vi mulher pra chutar a queima roupa assim aqui antes.

- Valeu. Eu costumava jogar com Dinah num campo society na entrada da cidade.

- Sei qual é, agora tá explicado... Jogadora de campo. É cada bomba, Jauregui. - Riu abanando as mãos.

- Só Lauren. - Assinalei e ela assentiu.

- E aí, só Lauren, vai chegar nesse churrasco na casa da Dinah?

- Ué, e vai rolar um churrasco?

- Vai sim.

Olhei para onde Dinah estava sentada na arquibancada rodeada de gente. Ela me chamou e eu dei um pique até lá.

- Ei, bandidona, qual é a desse churrasco aí? - Fiz graça. - Pensei que fôssemos amigas.

- Te troquei por outras. - Fez cara de deboche e eu não pude evitar formar meu bico costumeiro. - É não, meu bolinho, vem cá. - Ficou me agarrando enquanto eu me esquivava e as outras gargalhavam da cena.

- Me larga, sua girafa.- Ralhei.

- Olha, não foi assim que te criei. - Levantou-se e deu as coordenadas de sua casa. - Partiró! Bora, Laurêncio.

Segui aquela maluca até encontrar a pick-up já tão conhecida. Quando eu fiz menção de ir na moto ela me parou.

- Joga aí em cima pra gente ver uma coisa. - Eu hesitei. - Bota, Laurinha, vamos fazer o teste pra viagem. Ou tu vai dar pra trás?

- Não, por mim tá te de pé, mas eu não tenho como colocar ela aí assim. - Disse o óbvio.

- Liga, empina o dianteiro e joga pra cima. - Soltou como se fosse uma coisa simples. - Pois, eu vou encostar ali naquela calçada alta e tu empurra de lá.

Liguei a moto e dei a volta pela calçada. Ela encostou e baixou a tampa traseira, eu travei a moto certinha na carroceria e peguei uma corda solta lá para fazer a amarração. Passei de uns três jeitos e entreguei aos céus.

Entrei na cabine e tomei lugar no assento do carona. Dinah puxou os óculos escuros e os pousou no topo da cabeça. Ligou o som baixinho e manobrou para sairmos dali.

- E essa ideia do churrasco surgiu que horas?

- Na hora em que eu pisei nessa quadra e mencionaram a palavra carne. Na verdade, eu já queria ter feito o racha lá em casa logo, mas tinha umas meninas aí que eu não conhecia e eu não me senti a vontade.

- Eu esqueço que você se mudou e que agora tem todos os itens de lazer exclusivos. Ainda não realizei que você mora apenas com a sua mulher naquela mansão enorme. Quantos metros de área construída? Uns 800m? Menos que isso não é.

- Sabe que eu nem sei? Não discuti valores fechados, metragem e todos esses detalhes técnicos. Eu só bati o olho e pensei que era ali que eu queria criar os meus filhos e bem viver com a minha mulher.

- Eu imagino como deve ser para Normani. - Ponderei.

- Sabe que ela está tendo dificuldades.- Admitiu pensativa enquanto conduzia a robusta 3.0. - Ela sempre acha que está na casa de alguém que não a dela. Mas ela vai se acostumar, quando viemos morar no apartamento antigo aconteceu a mesma coisa. Ela tem a vida inteira pra se acostumar... - Dinah dirigia com cuidado talvez pela lembrança de que estava carregando X-tina aqui atrás. - Comprar essa casa foi o passo mais importante que dei até agora. A grana foi muito alta e meu pai quase embargou a compra. Ele me fez prometer que eu cuidaria do condomínio com o meu saldo mensal e suspendeu todos os meus presentes até os 30 anos. "Encare isso como um presente de aniversário, casamento, formatura e tudo mais pela próxima década ou mais, porque esses milhões não vão cair do céu." George Hansen pondo limite nos filhos é porque a porra ficou séria. - Riu e eu a acompanhei.

- E Normani foi informada sobre esse churrasco?

- Eu encomendei as carnes e bebidas e mandei entregar, depois mandei uma mensagem avisando. - Disse simplesmente.

- Não sei por qual motivo eu tento acreditar que você não é louca, Dinah Jane.

- Ela me conhece, Lauren. Quando nos conhecemos em seu vilarejo, desde o início eu fui verdadeira. No começo ela se assustou com o fato de eu ter muito dinheiro e as coisas que ele podia me proporcionar. Ela não tinha acesso a quase nada e de repente eu trouxe o mundo aos pés dela. Louca do jeito que sou não poupei grana e nem medi esforços para tê-la comigo. Ela me conheceu assim, louca, se apaixonou por mim assim e me aceita. E assim somos felizes. Tudo na base da conversa gostosinha, tudo bonitinho, amarradinho e pronto.

Dinah manobrou no caminho de pedras em frente a mansão e desligou a Hilux. Saltou do veículo e eu a segui.

- Deixa aí mesmo, depois a gente tira. -Disse referindo-se à minha moto.

Seguimos peço jardim e vimos Mani auxiliando os rapazes que cuidariam do churrasco. Conferi as bebidas e constatei que talvez fosse hoje que eu só chegasse amanhã.

- Laur, sobe comigo que na mudança eu separei umas coisas que eu não uso mais e acho que você vai gostar.

Chegamos a uma porta próxima a da suíte master e Dinah logo a abriu para mim.

- Confere o que tá nessa mala aí, o que você quiser é seu. Tá tudo limpo, pode escolher e usar. Toma uma banho aí, tem toalhas limpas e material de higiene no armário. A casa é nossa, Jaguariúna.

Disse isso e partiu para a suíte fazer o mesmo que me ofereceu, aposto. Dei uma olhada nas peças e pareciam feitas para mim. Várias camisas sports das mais variadas marcas famosas, shorts curtinhos de tactel e bonés de aba reta, lisos e estampados. Escolhi um conjunto e separei antes de entrar no banho.

Devidamente vestida eu já me preparava pra descer quando uma Dinah esbaforida abre a porta do quarto aos berros de tanto rir com a mão no peito e a respiração descompassada. Tentava falar mais caia no choro decorrente do riso frouxo. Quando ela enfim conseguiu falar, meu coração ficou apertadinho. Eu adora Dinah, mas aquelas zoações com a minha Camz já estavam passando dos limites.

- Ela... Ela... Nem conseguia esterçar o volante daquela caixinha de fósforo para estacioná-la, Lauren. - Ria de rachar. - Que maldade!

- Dinah, por favor, eu sei que estou na sua casa, usando roupas que você me deu, mas não é por isso que eu vou me calar diante dessa passação. Era até legal quando vocês se alfinetavam no início, mas já deu. Beleza?

Ela me encarou em silêncio por alguns segundos antes de se aproximar.

- É assim que a gente conhece as amigas de verdade. - Me puxou para um abraço. - Peita mesmo, Jauregui. Isso aí! À proposito, adorei o boné em você. Lembrei que você tinha dito ter uma coleção e tal, mas não tinha te visto usar.

- Ficou na casa dos meus pais junto com a antiga Lauren. Enfim.. Eu adorei. Obrigada. Agora vamos descer.

- Tá caída pela aquela raba mesmo, ai, ai... Bora!

Se Dinah soubesse...

Logo a casa foi tomada por mulheres e alguns homens amigos de Dinah. A carne rolava solta bem como as mais variadas opções de bebida que eram servidas por alguns garçons. Isso aí, Dinah fazia a festa, mas não queria os amigos trabalhando.

Eu estava esparramada numa das enormes espreguiçadeiras perto da piscina com Camila sentada na ponta conversando animadamente com as mais conhecidas. Veronica como sempre flertando, Jade estava para além de simpática para o meu gosto, e eu, bom, eu estava me mordendo de ciúmes por dentro, mas a fachada tava bem tranquila.

Camila fez questão de reafirmar sua gratidão para com as duas que queriam saber como ela estava e comentaram por alto sobre o ocorrido com Charlie. A latina apertou minha coxa depois que Jade narrou pra ela o que eu havia feito e dito para o mauricinho, dando ênfase na descrição dos socos e no "minha mulher". Fiquei em dúvida se fora uma repressão ou uma forma de agradecimento, não tive capacidade para designar a palavra. Deixei pra lá.

Uma moça loira, muito bonita, nos cumprimentou e logo tomou Jade pelas mãos e a levou. Veronica não demorou para ir atrás de Lucy que jogava vôlei com algumas outras pessoas na grama. Vi o Dr. Ogleetre, que naquele momento era só Troy e lembrei que Ally não estava ali porque estava de plantão. Ossos do ofício. Esse talvez fosse o motivo de eu me conservar quase sóbria, ou talvez fosse pelo fato de querer voltar para casa dirigindo o calhambeque e poupar Camila de desconforto.

Os rapazes do churrasco começaram a organizar a bagunça e muitas pessoas já iam embora. Camila e eu estávamos fazendo companhia para Normani enquanto Dinah despedia-se dos convidados como a anfitriã brilhante que gostava de ser. Leonina toda!

- Camz, o que acha de irmos jantar no Nando's hoje? - Falei próximo ao seu ouvido. Ela virou o rosto em minha direção e eu pude ver seus olhos brilhando. - Isso é um sim?

- Isso é um "eu, realmente, adoraria." - Seu sorriso me iluminou.

 

[...]

 

Pegando gancho no que Dinah havia me contado dentro do carro a caminho de sua casa, resolvi arriscar. Chamar Camila para jantar era algo que eu queria muito fazer antes de namorarmos oficialmente, então por que não fazê-lo agora que somos o que queríamos tanto ser. Fiquei pensando sobre alguns planos que eu tinha e como poderia os colocar em prática.

Coloquei um jeans apertado, uma camisa preta com o símbolo da Adidas branco bem no centro, que Dinah havia me dado, nos pés o vans com solado caramelo e enganchei um boné preto no cós da calça para usar dentro do carro durante o trajeto para evitar que o vento despenteasse o meu cabelo.

Camila surgiu no corredor linda caminhando em minha direção, um pé na frente do outro com aquele scapin azul escuro de aspecto aveludado, uma calça branca tão bem moldada ao seu corpo que parecia feita sob medida e um suéter de lã fina também na cor branca com listras horizontais largas e finas alternadas num tom de azul muito semelhante ao do sapato. O rosto parecia lavado, mas levava uma fina camada de maquiagem e seus cabelos estavam perfeitamente lisos, diferente das habituais ondas. Não diferentemente linda. Sempre linda!

O caminho foi tranquilo, o carro respondeu bem à minha condução e nós preenchemos o silêncio com uma música baixinha que soavam do celular de Camila e boa conversa que compartilhávamos. A refeição estava divina. Chef Nando nunca decepciona. Passei a noite inteira com os olhos vidrados na mulher que se alternava entre estar ao meu lado e a minha frente.

Eu estava muito feliz com o rumo que as coisas estavam tomando agora. Amarradona nessa vibe de começo de namoro e cumplicidade de quem já está junto há algum tempo. Conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo durante a volta para casa, no meu da estrada enquanto eu mantenho minha atenção na pista a minha frente mal iluminada pelos faróis de baixa qualidade do veículo, eis que Camila joga a bomba.

- Você fica fofa de boné. - Sorrio para ela por um momento que tiro os olhos da pista. - E essa blusa ficou incrível em você. - Faz uma breve pausa. - Essa Camisa e esse boné vieram naquela mala que Dinah te deu?

- Sim. Tinham umas coisas incríveis ali, eu nem pensei em recusar.

- Engraçado que ela pode te dar presentes caros e eu não. - Disse emburrada.

- Como assim, Camila? Você pode me dar alguns presentes. Não pode é me dar um guarda-roupa novo, um rolex, e essas coisas caras.

- A Dinah te deu um mini guarda roupa novo contendo peças de marcas caras e você nem pestanejou em aceitar.

- É tudo usado, amor. Ela me deu porque não usava mais e queria arrumar espaço no novo closet. - Expliquei.

Ela bufou e revirou os olhos. Eu fiquei sem entender. Continuei a dirigir e ela conversava com alguém pelo aplicativos de mensagem no celular. Chegamos ao seu prédio e ela acionou o controle do portão. Manobrei, estacionei e a segui pelo elevador. Dentro do cubículo ela me larga outra bomba.

- Não é engraçado o fato de nunca termos visto Dinah usando nenhuma dessas roupas que ela te deu? - Camila me encarava desafiadora. Puxei pela memória tentando me lembrar de Dinah usando alguma das roupas em alguma situação e nada. - Mais estranho ainda é o fato que está tudo tão novo e sem marcas de uso. Olha esse preto? - Apontou para a minha camisa quando cruzávamos a sala em direção ao quarto. - Perfeito.

Entramos no quarto e ela pegou a mala que eu havia deixado num dos cantos do cômodo e a abriu ali no chão mesmo e me mostrou as peças. Os bonés ainda com os selos na aba, mas aquilo não provava nada, pois, eu mesma guardava alguns com selos. Camila continuava me encarando a procura de algo.

- Sabe o que é mais engraçado, Lauren? É que nenhuma dessas peça tem o cheiro da tua amiga, que por um acaso usa uns perfumes poderosíssimos que chegam nos ambientes antes dela. E sabe o que mais? Todas cheiram ao mesmo sabão da lavanderia que eu costumo mandar algumas peça para lavar. E sabe como eu sei que essas peças são todas novas? Porque eles usam esse sabão especificamente para peças jamais usadas antes.

- Camila, você tá viajando...

- Quer mais uma prova cabal? Pois segura essa, mozão! Eu estava com Normani essa semana quando chegaram as notificações do cartão conjunto delas sinalizando compras na Adidas, Nike, DC e essas outra que estão aí dentro dessa mala. O que me faz crer que ela apenas mandou as peças para a lavanderia e inventou essa história para que você aceitasse os presentes.

Eu estava boquiaberta. Por que ela faria isso? Eu tiraria essa história a limpo com aquela girafa depois. Agora eu tinha de me redimir com a minha namorada linda e talvez aceitar algum presente que ela quisesse me dar, mesmo que eu achasse um exagero. Dinah havia aberto um precedente e eu teria de contornar essa situação.

Aproveitando que Camila teria ensaio no dia seguinte eu arquitetaria um encontro com Dinah em meu loft para tentar entender o porquê dela ter feito aquilo. Agora eu só queria um banho relaxante e dormir com a minha bravinha do lado. Eu estava com medo de me viciar em dormir ao lado dela, porque esse mamão com mel não iria durar para sempre.


Notas Finais


Isso é tudo, pessoal! Voltamos à estaca zero.

"Quem gostou bate palma, quem não gostou paciência."

O meu muito obrigada a quem acompanhou essa pequena maratona, e a quem está lendo depois também. Eu tenho um sentimento de gratidão muito forte para com cada leitor e leitora dessa história, porque no olho do furação que foi esse ano (terrível) eu conheci pessoas maravilhosas através da interação que a publicação dessa fic me proporcionou. Muito grata pela sua leitura, tá? Sinta-se abraçada, ou abraçado.

Até mais!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...