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História Fire meet gasoline (Camren) - Travellin' on


Escrita por: chicamz

Notas do Autor


Olaar, serumanies foguentos e gasolinosos, como estão vocês?
Primeiramente, fora facistas! (aleatória, eu) Quero deixar claro que não estou enchendo línguiça, tá? Só não posso atropelar as coisas. As famigeradas férias estão chegando e as atts vão chegar com mais frequência.

Papoca esse fav/voto e senta a mãos nesses comentários porque não gera boleto e me ajuda a seguir contando a história.

Yanzzz, parabéns, meu bem! Já desejei por outros meios mas quero deixar registrado por aqui também. Deus te crie, coisa linda <3

Boa leitura!

Capítulo 35 - Travellin' on


Camila POV

Passar esses dias com meu pai foi uma experiência incrível. Ter o cara de taco aqui comigo reacendeu a chama familiar em meu coração. Sinuhe era assunto para depois, Sophia estava em meus planos para muito em breve, mas a vinda do meu pai foi a melhor surpresa que me aconteceu esses dias. Meu pai atencioso e bem humorado, não o profissional brilhante, não o Doutor com o lattes quilométrico, ficou hospedado no quartinho, não usou gravatas e até tomou chope com Lauren. Dá para acreditar? Quão surreal isso soa?

Meu pai sempre foi um bom leitor de pessoas, não a toa se especializou em decifrar e reparar expressões pessoais, pesquisar e desenvolver técnicas para corrigir expressões faciais inadequadas como bem denomina ele. Mas ele sempre foi bom em ler emoções. Com um fino gosto literário e musical foi meu hoster em ambas as áreas, me abriu o caminho pelo qual sigo até agora. Certamente não teve dificuldades em ler Lauren e observar seu cuidado comigo, talvez por isso os dois tenham se dado tão bem, ou talvez tenha sido mesmo pelas bebidas e passeios de carro.

Quando retornávamos do aeroporto nos deparamos com um restaurante bastante charmoso na entrada da cidade e resolvemos parar apara almoçar. Eu sou suspeita, adoro fazer minhas refeições na companhia de Lauren. A paixão com a qual ela observa o prato e o modo como saboreia a comida me encantam. Tudo nela me encanta. Aquela força bruta combinada a uma inteligência aguçada e traços um tanto infantis me tem como uma boba rendida.

Com muito custo convenci Lauren de que precisávamos ir às compras o que me rendeu severos olhares durante as 3 horas que passamos no shopping. Ignorei todos os biquinhos e caras emburradas que ela fazia a cada nova loja em que entrávamos.

- Camila, você só tem um corpo pra quê tanto biquíni, meu Deus? - Lauren nega com a cabeça.

- Você só tem uma boca, Lolo. - Faz careta diante do apelido. - Por que reclama tanto, minha deusa? - Devolvo.

Ela pega as sacolas de minhas mãos e começa a caminhar emburrada. Alcanço-a com alguns passos mais longos e passo o braço em volta de seu pescoço para selar nossos lábios.

- Lauren, nós estamos indo para um destino de praia badaladíssimo na companhia de nossas lindas amigas e da Dinah.

- Amooor. - Ela me repreende estreitando os olhos.

- Nossa, se for pra você me chamar assim eu já estou pensando nas legendas "minhas garotas e a Dinah", "mozão, pretinhadopoder, chaveirinho e a Dinah." - Tiro sarro. - Mas falando sério, nós vamos a la playa! Quero ficar de biquíni o tempo inteiro, baby. Então preciso de no mínimo dois para cada dia.

- Ainda não acredito que você e Dinah foram amigas na infância.

- As melhores. Nós comandávamos os acampamentos. - Sorri nostálgica. - Chorei no colo dela a minha primeira decepção amorosa. - Ela abriu a boca. - Luís Miguel, o Luisillo. Dinah tinha um arsenal de apelidos para ele e eles costumavam se dar bem até que ele quebrou meu coração infantil.

- Então, na infância você era eu?

- Mais ou menos. Ela te venera, te adora. É mais que instinto protetor.

- Eu vacilei com ela, Camz. - Suspira frustrada. - Não queria ter falado aquilo. Eu tenho pensado sobre voltar a fazer terapia. - Ela baixa o olhar. - Buscar uma solução pra esse meu estado de alerta defensivo.

- Se você acha que vai te fazer sentir-se melhor, tem o meu apoio. - Digo e me inclino para deixar um beijo estalado em sua bochecha. - Agora vem, vou te apresentar às mulheres com as melhores mãos da cidade.

No caminho para o estúdio de beleza, Lauren recebeu uma ligação de Dinah. A minha ex melhor amiga de infância pediu que ela fosse até sua casa para que elas acomodassem a moto na carroceria da pick-up, o que eu achava uma grande perda de tempo.

Lauren precisava mesmo levar a moto na viagem?

Expressei a minha opinião contrária e argumentei convincentemente, mas ainda assim a minha namorada incrível e turrona disse que não discutiríamos aquilo que era um acordo entre ela e sua melhor amiga. Lauren me deixou no salão sem muitas despedidas e prometeu voltar para me buscar ao toque de uma ligação. Bufei frustrada e desci.

[...]

Sem nenhum pelo abaixo da linha da sobrancelha, muito bem feita por sinal, esfoliada, hidratada, escovada e com as unhas brilhando em vermelho vivo. Saí do espaço me sentindo a mais fatal das mulheres

Lauren me apanhou no salão e poucos minutos depois estávamos em seu loft. Eu separava algumas peças combinando-as em looks completos pré-montados para a quantidade de tempo que ficaríamos no resort.

- Laur, não acredito que você deixou para fazer as malas em cima da hora. - Neguei com a cabeça acomodando as peças na valise vermelha.

- A gente viaja amanhã, estrela.

- Muito cedo!

- Por que você não me avisou que as suas já estavam prontas então?

- Você sabe que eu sou rígida com essas coisas, também não é como se eu não tivesse te lembrado de forma sútil antes.

- Preciso de sinais claros, Camz. Você sabe que eu tenho dificuldades com o subentendido.

- E tirou o primeiro lugar na seleção de admissão. - Balanço a cabeça em negação. Ela abre a boca para rebater, mas decido não estender a intriga. - Hey! Deixe os acessórios e os protetores solares comigo.

- Protetores?

- É, Lauren, rosto, corpo, cabelo, óculos com filtro aos raios nocivos.

- Essa atrizes! - Fecha a valise e a coloca no chão deslizando o puxador.

- Você vai se acostumar com eles. Nossa pele é um instrumento importante para o trabalho.

Terminamos de arrumar as malas e fomos para o meu apartamento, de onde partiríamos vem cedo em comboio com Dinah, Vero e Zara aos volantes. Lauren provavelmente evitou comentar a respeito da ida das meninas da república e de algumas pessoas do hospital para que nós não acabássemos tendo alguma conversa incômoda.

O fato é que aquela viagem prometia.

[...]

Lauren fez questão de colocar toda a bagagem no porta-malas e checar as condições do carro, que por ser novo não precisou de um revisão muito elaborada. Ela fez. Tomei assento no banco do carona e partimos ao encontro dos outros.

Chegando ao condomínio de Dinah e Normani nos deparamos com algazarra formada. Dinah, Normani, Ally e mais dois amigos do hospital iriam na pick-up, Vero, Lucy, Keana e mais duas garotas, cujo nome eu não sei, iriam no carro da radialista. Jade, Perrie e mais duas outras garotas iam em um carro esportivo que uma loirinha amiga delas conduzia. Eu fiz um balanço mental de que precisaria de paciência e discernimento para evitar conflitos. Não queria que nada atrapalhasse essa viagem. Estava disposta até a tentar uma convivência mais amigável com Dinah para passar muito bem aqueles dias ao lado de Lauren.

As motoristas combinaram a rota e estabeleceram algumas regras de comunicação entre elas e minutos depois ganhamos a estrada. Com Dinah na dianteira, o carro vermelho de Zara, agora sim eu já sabia os nomes de todos depois da breve apresentação feita por Vero, que vinha logo atrás, seguida por Lauren conduzindo serena ao meu lado. Devo confessar que tenho taras por Lauren em diversos momentos, e dirigindo estava quase alcançando o topo da lista. O modo como ela apoiava a mão esquerda no volante e mexia no cabelo enquanto olhava pelo retrovisor me deixavam ouriçada. Mordi os lábios em busca de algum conforto e resolvi me concentrar na playlist de viagem que eu havia preparado.

- Se quiser reclinar o banco, tirar um cochilo, sei lá... Fica a vontade, Camz. Eu estou bem desperta e fiz uns alongamentos, está tudo sob controle. - Assegurou.

Soltei o cinto de segurança e ganhei um olhar repreensor de Lauren, mas dei de ombros e recostei minhas costas no painel ficando de frente pra ela.

- Prefiro cantar com você. Vem comigo, Lo! - Comecei a cantar a música que tocava enquanto ela balançava a cabeça se negando a me acompanhar.

Lalala

I like your smile

I like your vibe

I like your style

But that’s why I love you

And I

I like the way

You’re such a star

But that’s not why I love you

- Vamos lá, Laur! Vai me dizer que não curtiu essa fase da adolescência? Você tem a maior cara de quem era metida a Avril fã. Vamos...

- Tá, tá bom. - Revirou os olhos.

Hey, do you feel

Do you feel me?

Do you feel what I feel too?

Do you need?

Do you need me? (x2)

No segundo seguinte Lauren respirou fundo e entrou certinha no refrão. A voz rouca me serviu de base e eu já me imaginei cantando em sua companhia outras vezes.

You’re so beautiful

But that’s not why I love you

I’m not sure you know

That the reason I love you

Is you being you

Just you

Yeah, the reason I love you

Is all that we’ve been through

And that’s why I love you

Lauren sorria envergonhada por se arriscar comigo e eu não podia estar mais boba com a cena idealizada por mim desde sempre. Sonho. Sempre sonhei com um amor bonito assim. Alguém que me acompanhasse nas canções cantadas no carro como se nada mais importasse. Ela sorriu de lado e começou a fazer caretas fofas enquanto começava os vocalizes.

Lalala

Eu a acompanhei mexendo o pescoço de lado.

I like the way

You misbehave

When we get wasted

But that’s not why I love you

And how you keep your cool

When I’m complicated

But that’s not why I love you

Hey, do you feel

Do you feel me?

Do you feel what I feel too?

Do you need?

Do you need me? (x2)

Soltamos a voz a plenos pulmões.

You’re so beautiful

But that’s not why I love you

I’m not sure you know

That the reason I love you

Is you being you

Just you

Yeah, the reason I love you

Is all that we’ve been through

And that’s why I love you

Oohh…

Even though we didn’t make it through

I’m always here for you

Yeah..

À essa altura desafinávamos de propósito. Era gostoso desafinar com ela. Quanto mais berrávamos e sorríamos eu sentia que entrávamos no tom.

You’re so beautiful

But that’s not why I love you

I’m not sure you know

That the reason I love you

Is you being you

Just you

Yeah, the reason I love you

Is all that we’ve been through

And that’s why I love you

Lalala

That’s why I love you

Finalizamos juntas com grandes sorrisos que chegavam ao nosso olhar. Lauren concentrou-se um pouco mais na estrada enquanto eu cantarolava mais algumas músicas e me mexia inquieta no banco sendo repreendida por ela por usar o cinto de segurança de forma inadequada.

Anoiteceu e as motoristas do comboio já pré combinadas pararam em um restaurante à beira da da estrada. Todas descemos a fim de esticar os músculos e comer alguma coisa mais substancial. Lauren equipou um recipiente de isopor com várias guloseimas e bastante água atentando-se a minha regra de hidratação. Incrível como tudo o que ela faz tem um detalhe destinado a mim. Me pergunto o que eu fiz para merecer alguém assim.

- Mila, vem cá olha essas saladas! - Me chamou do salão uma Normani empolgadíssima com a variedade de saladas disponíveis.

- Mas meu Deus do céu! Uma variedade de carnes, aves, peixes e pratos típicos e as viciadas em planta vibrando por conta desse colorido aí. - Ralhou Dinah indignada.

Normani apenas mostrou a língua para a companheira e, de longe vi Lauren acertar um tapa fraco no braço da amiga. Logo todas estavam sentadas ao redor de uma mesa muito extensa e interagiam de forma descontraída. Dinah como sempre comandava a algazarra e ganhava a maior parte da atenção. Lauren espetou um camarão e com auxílio da faca empurrou uma pequena quantidade da mistura da paella para o garfo. Balançou o garfo em ziguezague até deixá-lo próximo à minha boca e com o olhar me encorajou a experimentar. Hesitei mas acabei por aceitar a porção que ela me oferecia e me inclinei para receber o garfo entre os lábios.

- Hum, isso está divino!

- Sim, está. - Lauren concordou.

- Cuidado aí, anã! Dessa vez foi um camarãozinho, da próxima é um boi! - Falou mais alto Dinah arrancando algumas risadas das presentes à mesa.

Aquela era a hora de recordar a Dinah o por quê de termos sido amigas no passado.

- Ei, Dinah! - Chamei sua atenção. - Sua mão está amarela.

- Não tá não. - Respondeu no automático mas não resistiu conferir. Voltou seu olhar para mim e uma série de emoções se revelaram.

Eu apenas pisquei para ela que sorriu sem graça e retomou a conversa com as meninas da república. Lauren cutucou minha perna em busca de explicações. Fiz um carinho em sua mão e me aproximei de seu ouvido.

-Evoquei memórias de acampamento.

[...]

Seguimos viagem após descansar a refeição e aproveitamos o sinal de telefone para realizar uma grande conferência que acabou em xingamentos e apelidos para todos os lados. Senti que Dinah por diversas vezes me poupou, o que foi no mínimo estranho. Todas as motoristas tinham revezado o volante menos Lauren que fez questão de seguir conduzindo alegando que estava descansada e que eu podia ficar tranquila. De fato, fiquei. Até adormeci um pouco, sendo acordada por uma Dinah escandalosa ao telefone conectado na central avisando que estávamos chegando.

Entre guardar os carros e realizar o check-in levamos algum tempo. Veronica e sua turma estavam superanimadas com o bar à beira da piscina que ostentava luzes e uma decoração tropical chamativa onde alguns clientes pareciam muito animados também com o ambiente.

Dinah foi praticamente tangida por Normani antes que esboçasse alguma intenção de ficar. Lauren hesitou por um segundo e como eu estava cansada apesar de não ter dirigido por um quilômetro sequer, resolvi lhe dar opção.

- Você quer ficar um pouco? Se quiser, tudo bem. Eu realmente estou cansada e não sei como você parece tão inteira depois de dirigir um dia inteiro. Se quiser ficar com suas amigas... - Deixei a frase morrer porque a verdade é que a ideia de deixar minha namorada linda e maravilhosa em meio a todos aqueles drinks e rodeada por todas aquelas mulheres com muitas das quais ela já havia tido algum tipo de contato mais íntimo me batia uma pontada de ciúmes.

- Obrigada por não me obrigar a ficar no quarto enquanto eu posso beber e bater um papo com as amigas no bar desse resort esplêndido. - Beija minha bochecha e eu quase morro por dentro processando sua decisão. - Mas tudo o que eu mais quero agora é tomar um bom banho e me enfiar embaixo das cobertas com a minha estrela. Eu sei que você quer tomar sol amanhã cedo e eu quero apreciar a vista.

- Que safada! - Estapeei seu braço e ela resmungou em protesto.

- Eu me referia ao resort, Camila. Ao resort! - Cerrei os olhos. - Eu nunca estive em um lugar assim antes. Preciso agradecer à Dinah por facilitar, eu fui uma imbecil com ela. Normani ainda está um tanto ressentida comigo. - Fez um bico que eu logo tratei de desfazer com o toque dos meus lábios.

- Não vale tomar as dores da outra. Você não toma por mim.

- Camila, vem dormir, teu mal é sono.

Lauren POV

Acordei pouco depois de Camila e me juntei a ela no chuveiro. A latina resistiu bravamente às minhas investidas ousadas e eu tive de me contentar com uma rapidinha, ali mesmo, no box. Tudo bem, eu podia me conter até a noite. Pelo menos era o que eu pensava.

Minha namorada fez questão de reclamar da muita roupa que eu vestia. Não me senti tão confiante para ficar apenas de biquíni, pois minha barriga já não estava tão sequinha como costumava ser. Segundo ela, eu deveria me sentir mais a vontade em ser gostosa pra caramba, toda natural.

Namorem alguém assim, crianças.

Camila e Normani tomaram seus lugares à beira da piscina e ficaram expostas ao imponente sol que brilhava absoluto no céu azul. As boleiras logo se apresentaram na grande área de convivência do lugar e os times se formaram. Jogamos até a hora do almoço e depois da refeição a maioria foi para o spa. Dinah, Ally e eu fomos para um lounge. Pedimos uns drinks diferentões e nos esparramamos nas grandes cadeiras massageadoras.

- Ai, meu Deus, que delicia! - A voz de Dinah soava tremida pela vibração da cadeira. - Vou comprar umas dessas lá pra casa.

- Isso tomaria a minha sala inteira, mas que bom que eu posso te vistar algumas vezes na semana, Hansen. - Comenta Ally.

- Você é maluca! - Digo simples.

- Ei, Lauren por que tu é antipática? - Dinah finge chateação e nós três irrompemos numa gargalhada.

[...]

Depois de passar a tarde relaxando na companhia das meninas voltei ao quarto para me preparar para a festa de logo mais. Uma grande celebração aconteceria na praia privativa do resort e a trupe estava animada para conhecer e festejar junto aos turistas e nativos que estariam ali.

- O que você acha desse? - Camila mostra um vestido.

- Você quer mesmo ser a mulher mais bonita da festa?

- Para, Lo! Não é pra tanto. Eu pensei em nem me maquiar e apenas colocar uma daquelas coroas de flores que eles fazem lá embaixo.

- Você quer mesmo ser a mulher mais bonita da festa. - Nego risonha com a cabeça.

- Vamos, as meninas já estão todas na praia.

Ao chegarmos à área reservada ao luau meu queixo quase cai. Dinah é danada mesmo. As pequenas chamas crepitavam na pontas das tochas empalhadas fincadas na areia dando todo um clima especial à reunião. A maioria das garotas usavam roupas claras e leves estampando enormes sorrisos. Estar naquele lugar na companhia de Camila era um sonho.

Tori Kelly, médica amiga de Ally e Dinah, detonava em um violão entretendo as pessoas ao redor com sua voz poderosa. Camila logo se juntou para apreciar. Dinah me trombou pelo ombro e tomou minha mão depositando um pequeno chaveiro em minha palma.

- Jaurling, toma. Pra não dizer que eu nunca te dei nada, me agradeça depois.

- O que é isso?

- A chave de um bangalô privativo que fica por trás do hotel. Eu o aluguei para mim e Normani, mas ela bem me lembrou que nós já estivemos aqui e é a primeira vez que você e Mila vêm, portanto resolvemos repassar a chave pra vocês.

- Espera você a chamou de Mila?

- Eu te dou um presente desses e você vem me perguntar por qual nome eu chamei a sua namorada. É brincadeira, Laurenza!

Abraço Dinah com toda a força que tenho fazendo-a tombar para trás. Beijo sua bochecha e seguro seu rosto entre minhas mãos.

- Você é a melhor amiga que alguém pode ter, Dinah Jane Hansen. Me desculpe por ser uma cabeça dura na maioria das vezes. Eu te amo. - Beijo seu rosto. - Você é a melhor!

- Eu sei, eu sei. Que mulherão da porra sou eu! Mas se quiser me lembrar às vezes, não vou reclamar. - Faz carão. - Agora, me prometa que antes que eu esteja bêbada o suficiente para fazer sua namorada correr pelada pela praia você usará essa chave para surpreendê-la.

- Dinah, eu quero que saiba que Camila...

- Eu tenho meus motivos para implicar com Camila, mas ela te faz feliz e eu aprecio isso. - Assenti. - Agora vem. Toque algo pra gente, eu sei que você tem algumas canções na manga.

Tori me estendeu o violão e Ally soltou sua cerveja para bater palmas animada. Ô mulher pra beber! Normani esboçou um pequeno sorriso em minha direção após ouvir o que Dinah sussurrou em seu ouvido ao me ver com o instrumento no colo. Corri os olhos pela roda desajeitada e percebi que Camila estava um pouco mais distante conversando com Vero, Lucy, Jade e Perrie.

Comecei a dedilhar o violão escolhendo que música tocar. Comecei a montar os acordes e puxar as cordas dando forma a introdução já tão conhecida de "I can't fight this feeling" do REO Speedwagon. Meu pai costumava fazer os solos dessa canção na guitarra enquanto eu o acompanhava na base do violão e eu estava segura o suficiente para tocá-la ali na frente de minhas amigas e do meu amor.

Quando entrei na música e cantei o primeiro verso, Camila correu para tomar lugar ao meu lado. Ela me observava com os olhos vidrados em mim, os correndo de minhas mãos para a minha boca enquanto eu tocava e cantava aquele clássico. No refrão todas me acompanhavam num grande coro, mas eu mantinha minha intenção de cantar para ela.

Camila tinha os olhos brilhantes e rasos d'água, parecia entender o que eu queria dizer com a canção que ainda não era capaz de dizer diretamente. Continuei cantando e tocando até o fim da música e fui contemplada com uma salva de palmas e diversos assobios. Tori estendeu a mão para o violão e eu o entreguei. Foi o tempo exato para Camila de atirar em meus braços e me beijar como se não houvesse amanhã.

Depois de suspirar e aninhá-la em meu colo fui arrastada para dentro do hotel. Dinah, Veronica e Ally comandavam os jogos dentro do que parecia ser uma boate na área privativa do bar. Normani e Camila logo se apoderaram do som e por meio de alguma conexão sem fio colocaram uma playlist de músicas que elas autodenominaram "pra balançar a raba".

E que Deus me ajude porque eu já vi que essa noite vai ser muito longa.


Notas Finais


Nos vemos muito em breve ;)
@nosongwriter ou se quiser bater um papo sobre a fic e/ou a vida, me mande mensagem com o seu número ou peça o meu. Aqui o canal é direto ;)


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