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História Fire meet gasoline (Camren) - Team Beach x Team Bar


Escrita por: chicamz

Notas do Autor


A autora endoidou!!! Aqui de boas presa no cativeiro escrevendo e resolvi soltar logo mais um.

Boa leitura!

Escolham seus team's ;)

Capítulo 38 - Team Beach x Team Bar


Camila Pov

Depois que a motoqueira maluca, vulgo minha namorada partiu na companhia das outras loucas para ver o tal jogo, resolvi não voltar para as "aulas de surfe" que Maia Mitchell e Zara Larsson ofereciam para as inexperientes presentes. Aliás as duas foram ótimas surpresas para mim nessa viagem, mesmo não tendo superado completamente o fato de que as duas já haviam saído com a minha atual namorada eu me dei super bem com elas, muito educadas e amigáveis se mostraram inteligentes e divertidas.

Decidi entrar no carro e aproveitar o ar condicionado na companhia da minha preta. Mani estava meio baixo astral por causa de seu desentendimento com Dinah e isso me deixava triste. Mesmo que Dinah e eu já não fôssemos amigas, e não só por ser muito amiga de Normani, eu admirava muito as duas como casal.

- Mani, não fica assim. Vocês tem de conversar. - Falei me encostando de lado no banco do carro.

- Ai, Mila, eu não sei se quero conversar com ela agora. A gente pode acabar estragando a viagem de todas.

- Vocês vão estragar a viagem de vocês se não conversarem logo, isso sim. - Atalhei.

- Você não tem noção de quanto ela gastou ontem, Mila. Todo mundo sabe que ela tem dinheiro e não tem nada de mau nisso, mas se eu não fico regulando ela gasta um rio de dinheiro sem precisão. Entende? Eu não posso ser hipócrita e dizer o que dinheiro dela não me serve porque eu estaria mentindo na cara dura. - Ponderou - Imagina uma jovem mulher, negra, vinda do meio oeste que sempre estudou em escola pública que nunca teve transporte próprio em casa, vir morar e estudar no Distrito Central, naquele apartamento incrível com dois carros luxuosos a disposição e um cartão com um limite estratosférico sempre a mão. É de pirar, não é? - Assenti em concordância.

- Dinah me apresentou a esse mundo, Mila. - Apontou ao redor. - Eu nunca tinha feito uma viagem para fora da minha região. Dinah apareceu, me conquistou e mudou a minha vida. Desde então já estive em lugares que jurei que só visitaria em meus sonhos. Já te contei como nos conhecemos e algumas coisas sobre o início do namoro, mas acho que isso eu nunca te contei.

- Conte! Eu acho as histórias de vocês lindas, já disse. - Sorri a encorajando.

- Ela estava em missão pelo "Clube dos grã-finos" como nós, os nativos chamávamos. Era uma grande brincadeira porque todos se mostravam pessoas muito boas, mas Dinah era diferente. Com aquele jeito dela todo bobo e espalhafatoso ela chamava muita atenção, mas parecia não se importar. Eu confesso que no começo não me agradei muito com ela não. Comecei uma oficina de dança no projeto sendo auxiliada por uma outra voluntária que estava em missão com Dinah e todos os dias ela ia buscar a moça e me oferecia carona, mas eu nunca aceitava. Ia de bicicleta e às vezes até a pé, mas nunca aceitava a bendita carona. Julie, a moça, machucou o tornozelo ou pelo menos fez com que eu acreditasse nisso e indicou Dinah para ser sua substituta. Fiz um teste com ela e me surpreendi com o gingado da bicha. Resolvi dar uma chance e aceitei a carona.

- E depois?

- Longa história até aqui. - Ela sorriu grande. O amor entre as duas era palpável. - Dinah depois que me beijou invadiu a minha casa feito um furacão. Meu pai ficou horrorizado e minha mãe apreensiva. - Suspirou. - Ainda lembro a cara que ela fez ao entrar no meu quarto pela primeira vez. Ela já tinha me deixado em casa várias vezes e já tinha cumprimentado os meus pais, mas nunca a convidei para entrar. Minha mãe nos flagrou enquanto nos despedíamos na caminhonete e a convidou para entrar. Ela tomou café e conversou alegremente mantendo todos com os olhos fixos nela, foi discreta quanto ao que tínhamos afinal não era nada ainda. Me acompanhou ao meu quarto e olhar dela parecia um transformador ela olhava cada canto como se já soubesse o que iria fazer. - Lançou um olhar para o mar ao longe.

- E ela sabia mesmo. Dinah me levou a encontros e eu comi tantos hambúrgueres durante todos eles que achei que fosse explodir. Eu não saia pra comer fora nunca. Não faltava comida em casa, mas sair para comer fora era um luxo do qual eu não podia desfrutar. Dinah aprendia mais sobre mim a cada dia e aos poquinhos ela tomou conta do meu coração. Me deu uma primeira vez incrível e me pediu em casamento logo depois. Não foi em namoro, nem em noivado, eu achei que ela era maluca e eu estava mesmo certa. Ela falou com os meus pais e reformou todo o meu quarto, revestiu, decorou, trocou os móveis, puxou internet do vilarejo por meio de uma antena e instalou um aparelho de ar condicionado. Meu pai só concordou porque ela justificou o investimento dizendo que era para que eu tivesse condições de estudar para conseguir a bolsa na universidade e que mandaria todo mês o dinheiro do consumo de energia do ar condicionado, já minha mãe via Dinah como um príncipe de saias. Ouvi muitos comentários maldosos sobre o nosso namoro. Alguns por conta da sexualidade, inúmeros por conta do dinheiro. Até então eu nem sabia quanto dinheiro Dinah tinha, sabia que ela tinha boas condições mas não fazia ideia de que era tão rica.

- Nossa, Mani. Eu imagino como deve ter sido difícil ouvir inverdades e crueldades a seu respeito.

- No começo foi sim, sobretudo quando Dinah foi embora ao final da missão. Ela partiu com a promessa de voltar para me buscar um tempo depois quando me levaria para apresentar aos seus pais. Sem ela por perto eu me sentia vulnerável diante das críticas maldosas e muitas vezes chorei em chamadas com ela, mas ela sempre tinha algo para me confortar nem que fosse uma piada. Com o tempo eu aprendi a filtrar os comentários e canalizar a minha energia para a dança e para os estudos. Eu tive de correr muito atrás. Minha formação escolar era de baixíssima qualidade e eu precisei ler muito em pouco tempo e contei também com o apoio de Dinah que muitas vezes estudou comigo via chamada de vídeo e fez questão de assinar pacotes de vídeo aulas e cursinho particular para mim mesmo sob os meus fortes protestos. Uma das minhas condições para que morássemos juntas no DC era que ela não pagaria pela minha faculdade, já bastava todo o resto. Por isso ela me incentivou e cuidou que eu tivesse plenas condições de conseguir uma bolsa integral. Sou muito grata a tudo o que Dinah me proporcionou.

- E o tio Hans, como te recebeu? - Perguntei entusiasmada com a história que nem me dei conta da gafe. Normani franziu o cenho estranhando. - Digo, a família dela como te recebeu?

- Isso é outra coisa pela qual sou muito grata. A família de Dinah, em especial os pais foram muito amáveis comigo, não me julgaram pela condição e me acolheram de braços abertos. Conversaram muito com a gente sobre as responsabilidades de um casamento e frisaram bem a questão da idade, mas apoiaram e abençoaram. Devo à Dinah toda a estrutura que tenho e parte de quem sou hoje, Mila. Mas prometi para mim mesma que nunca, jamais, em hipótese alguma me subjugaria a ela, nem me anularia.

- Quanto empoderamento, Mani. E você nem sequer tinha ouvido falar de feminismo, estou certa?

- Aprendi mesmo na marra vendo a luta da minha mãe. Casada com um agricultor familiar grosso que nem meu pai, muito subserviente lavando roupa para complementar a renda e conseguir vestir os filhos, mas se meu pai desse um passo errado ela cobrava. Ela sempre dizia "É ele quem bota a comida na mesa, mas isso aqui é negócio de dois. Tem que ser tudo conversado, tudo bem amarradinho." Trago isso comigo. No início eu demorei para me adaptar à nova vida. A interiorana que não tinha internet em casa, nem habilitação, de repente morando num apartamento duplex com elevador privativo e dirigindo carros importados. Eu acordava todos os dias e tinha que rememorar meu trajeto até ali. - Sacudiu a cabeça. - Dinah sempre foi espontânea e me apresentava a todos com orgulho e me ensinava tudo o que eu não sabia de forma muito eloquente.

- Muito leonina que ela é. - Ri e fui acompanhada por Normani.

- Sim, demais. E é aí que mora o perigo também. Todo esse exagero me assustou e eu quase voltei para casa no nosso primeiro mês juntas. Ela prometeu melhorar e vinha melhorando até a compra atropelada daquela mansão faraônica com capacidade para hospedar um batalhão de pessoas e uma academia privativa para ser muito sucinta. Um absurdo de condomínio por mês, tive de conversar com o pai dela para deixar claro que também achava aquilo um exagero. Ela como sempre persuadiu a todos nós com a desculpa de que era uma presente de casamento adiantado e que queria criar nossos filhos ali. Isso! E assim ela começou a falar sobre a possibilidade de termos um bebê a curto prazo. Os planos são: casamos e encomendamos o baby instantaneamente depois da graduação dela.

- Awn! Que lindas. Eu quero ser madrinha! - Exclamei eufórica, mas ao ver a expressão tensa no rosto de minha amiga vacilei. - Você não quer ter filhos? Mas você me disse uma vez que queria muito ser mãe e que... - Arregalei os olhos. - Espera.. Você não quer que ela seja a outra mãe, é isso?

- Eu quero muito ter filhos com Dinah, mas não quero que meus filhos cresçam deslumbrados e sem noção do que é a vida da maioria das pessoas. - Respirou fundo. - Dinah é muito aloprada nos gastos. Agora na proximidade das férias então, ela desenfreou. Lembra daquele churrasco que ela deu na casa nova? Não me comunicou, ligou avisando que o buffet de garçons já estava a caminho, e você pode pensar " que lindo, Mani não teve que cozinhar", mas se você visse a conta detalhada daquela brincadeira você cairia da cadeira.

- Ela queria comemorar a casa nova...

- E o que ela queria comemorar quando me fez estornar a compra de uma bicicleta de 40 mil, Camila? - Desafiou. Eu fiquei muda. - Quem por Cristo compra uma bicicleta desse valor? Eu conversei com o dono da loja e descobri que nem atletas profissionais de ponta compram bicicletas desse preço. Fora outras situações nas quais eu tive de intervir. Não quero desautorizar a minha esposa e nem ter de repreendê-la na frente das minhas crianças, entende?

- Entendo sim, mas acho que você tem de ter uma conversa franca com ela e explicar seus motivos para estar agindo assim. Seja aberta, Mani. Se você mostrar sua vulnerabilidade talvez ela se sinta confortável para mostrar a dela também. - Ponderei.

- Falando assim até parece que você conhece a Dinah há muito e que são amigas.

Tive vontade de abrir o jogo para Mani e contar a ela que se não fosse por minha competitividade extrema e imaturidade para lidar com isso na adolescência, Dinah e eu seríamos melhores amigas até hoje, mas ela não precisava de mais um motivo para balançar sua relação com a namorada. Contar a ela esse segredo era colocar lenha numa fogueira que já queimava em chamas bastante altas. Sorri e arrematei.

- Mas todos sabem que não nos suportamos.

- Vocês são como cão e gato. - Sentenciou.

- Como cão e gato! - Concordei.

- Obrigada por me ouvir, Mila. Desculpa se falei demais. - Me abraçou e eu fiz um carinho em suas costas nuas.

- Sempre que quiser, Mani. Conte comigo! Agora vem já estamos geladas desse ar, vamos voltar para a areia.

- Você tá muito gostosa nesse biquíni, Mila. Aliás, esse short detonado e esse boné também... Maravilhosa, você não tem noção.

- Tira uma foto minha. - Pedi.

Fiquei fazendo poses no banco do carro, depois na mureta de proteção da estrada. Com boné, sem, de óculos, de vários ângulos e depois trocamos. Mani parecia ter nascido para a câmera, sempre pronta. Voltamos para a areia e observamos algumas das meninas se arriscando no mar.

- Gente, mas o que é esse abdômen da Vives, hein? - Comentei com Mani.

- O porta malas é que saiu pra passear! - Normani riu rolando na areia. - A bichinha é desprovida de comissão traseira.

- Não se pode ter tudo, minha cara. Vir completa assim que nem você é pra poucas, meu amor. - Cutuquei suas costelas arrancando uma risada escandalosa dela.

- Você também veio. - Tentou.

- No, no, no... No meu caso faltou a comissão de frente. - Fiz bico.

- Sempre se pode colocar uma prótese de boa qualidade, ainda mais quando seu pai é o rei da cirurgia estética. - Deu de ombros. - Acho eles ótimos! - Ela tocou meus pequenos seios.

- Sai, sua safada. - Joguei areia nela. - Minha namorada é ciumenta.

- Só ela, né? - Riu debochada enquanto apontava com o queixo para Keana que corria com a prancha em direção ao mar.

- Sai. - Empurrei a mais alta pelo ombros. - Eu já entendi que Keana e Lauren não tiveram nada sério.

- Mas marcou bem o seu território ontem e eu aplaudi de pé. - Rebateu.

- Tá, talvez eu tenha um ciuminho dela sim. Ela é toda sensual e tem esse ar misterioso de veterana. - Admiti.

- Ela se forma esse semestre que vem, eu acho. - Mani pensou alto. - Ficou animada, né?

- Me erra, mulher da Dinah!

- Vem ni mim, mulher da Jauregui.

- Sei que já te agradeci mais cedo, mas vou agradecer de novo. Que noite, Mani! - Me referi ao ocorrido no bangalô.

- Ainda estou passada que ela não te disse de volta. - Mani ralhou sobre o fato de Lauren não ter dito que me ama também.

- Ela me diz todos os dias com atitudes, Mani. Isso vale mais que qualquer declaração.

- Por falar em declaração.. Presenciei uma cena ontem a noite, menina... - Seu rosto estava bastante expressivo. - Veronica aos prantos nos pés de Lucy. Eu pensei que toda aquela azaração fosse mesmo brincadeira.

- Ela tem um tombo enorme, mas a Vives não quer nem saber. Veronica disse que ela não suporta o jeito apresentado dela. - Comprimi os lábios. Eu gostava da companhia de Vero. Brincadeiras a parte ela era uma boa amiga. - Espero que tudo fique bem. E você, hein, Dona Normani? Uma fina fofoqueira!

- Me deixe, Karla Camila!

- Credo, não me chama assim que eu lembro de certas pessoas.

- Ave Maria três vezes, xô Sinu de Belém. - Fez o sinal da cruz e nós duas gargalhamos. - Vem cá, mija, deixa eu te dar um abraço pra espantar os fantasmas.

- A senhora é muito geminiana mesmo! - Ri e me joguei em seu abraço. Mani começou a mexer em meus cabelos e olhando para o mar comecei a pensar no que aquelas viciadas em bola estavam fazendo.


Lauren Pov

O Barcelona já havia tomado um gol do PSG e Dinah estava uma pilha por ter de usar a camisa do Real pelo menos uma vez. Ally tripudiava e bebia em ritmo acelerado, Jade estava concentrada no jogo, Veronica roía as unhas apreensiva pois apesar de torcer pro atlético ela estava ajudando Dinah a engrossar o coro pro Barça. Eu assistia o jogo e passava o olho nos arredores. Não demorou e o Paris meteu o segundo.

- Aaaaaa, papai te ama PSG! - Ally gritava enquanto dava pulinhos curtos ao redor da mesa. - Vou te dar uma bem bonita, Dinah. Pode ficar tranquila.

- A gente vai virar. Segura aí! - Dinah não recuava. - 4x2! Escreve aí.

- Ei, Jane, cadê o Leo? Sumiu, ninguém viu. - Alfinetei.

- Menino Messi foi pra Argentina visitar os parentes e esqueceu de avisar ao técnico. - Ally pisou.

- Olha o que corre esse menino, Neymar! - Vero amenizou.

- Mas também só tá correndo. - Cortou Jade ainda com os olhos atentos. - Olha só!

A bola explodiu de encontro as palmas do goleiro alemão que fechava o gol do time catalão como podia evitando uma goleada maior.

- Uuuuuh! - O bar inteiro explodiu!

- Chuta mais trinta dessas aí, tem goleiro nessa porra! - Dinah bateu na mesa. - É o vira! Bora Barça, porra!

- Cuidado com o que deseja, Jane. - Adverti.

Um rapaz alto e barbado com quem Dinah havia falado antes do jogo começar encostou na mesa. Coçou a barba meio sem jeito e fez sinal para ela.

- A aposta ainda tá de pé?

- Tenho palavra, Paco. - Apertou a mão do sujeito. - Pessoal, esse é o Paco e ele vai perder um jet ski pra mim. - Disse sorridente.

- Você que vai me comprar uma moto. Teu time já tá tomando de dois. - O rapaz riu simpático e nós da mesa acenamos com a cabeça.

- O dobro ou nada, Paco! Nós vamos virar! - Dinah desafiou e Ally e eu trocamos olhares.

- Do jeito que o Di Maria tá voando hoje vocês ainda tomam mais uns dois ou três. - Rebateu.

- As duas motos! Fechou. - Dinah apontou e ele assentiu voltando para sua mesa.

- Gooool! - Ally e eu explodimos no grito de comemoração mas logo nos controlamos e trocamos olhares cúmplices.

A derrota do nosso rival agora já não tinha o mesmo sabor. Não era mais doce como brincadeira. Era amarga como o fracasso de nossa amiga. Dinah cometera mais um erro, o de se agigantar. Normani já não estava muito amigável por conta do episódio no bar do hotel, quando Dinah aparecesse com as duas tranqueiras que ela teria de comprar segundo essa aposta era certo que Normani não ficaria feliz.

- Porra, Ter! - Dinah Bufou.

- Ter Stegen é o melhor jogador em campo. - Avaliou Veronica.

Dinah tomou o chope de sua caneca em poucos e longos goles. Bateu a caneca na mesa e pediu outra. Apoiei a mão em seu ombro e lancei um olhar confortante.

Logo veio o quarto e derradeiro gol pelo qual nem vibramos mais. Apenas assistimos a Dinah recolher a juba e pagar as pequenas aposta que fez. A pavoa que chegou ao fim da partida agora definhava. Ally aliviou e deixou para cobrar a sua depois.

Mas a minha melhor amiga não se entregava. Pediu uma caneta ao garçom e preencheu o cheque assinalando o valor de 6 mil pratas pelas duas motos e entregou a Paco que saiu satisfeito.

- Vem, Lauren, me ajuda aqui.

Sem apelidos. Xi... A coisa tá feia! Olhei para as duas motos e neguei com a cabeça. Uma Sahara e uma Nx, duas bombas, muito antigas e de difícil reposição de peças. Dinah me olhou como quem espera um parecer. Acho que o meu silêncio foi eloquente o bastante e ela baixou a cabeça. Apanhei as chaves e fiz um teste de força nas duas. A Nx esfumaçou sinalizando que precisaria refazer a parte de força logo a Sahara estava melhor conservada e dava um caldo.

- Dinah, como é que você vai fazer para contar a Mani?

- Você vai me ajudar.

- Como?

- Vai dizer que as motos são suas.

- Eu não vou mentir pra Camila, Dinah. Te ajudo a levar e encontramos um jeito de contar a ela, mas não vamos nos meter em problemas.

- Mais? - Ally apareceu junto com Veronica e Jade.

- Vamos, Ally! Me ajude aqui.

Ally foi na Nx, o que foi uma das cenas mais engraçadas porque ela não alcançava o pé no chão e eu tive um medo real de que algo acontecesse. Dei meu capacete a ela para prevenir e fui na Sahara. Jade não era habilitada e não quis se arriscar, voltou com Dinah e Vero no carro. Eu deixei minha moto no estacionamento do bar pois logo mais voltaríamos para a festa que aconteceria no arraial.

Chegamos ao hotel e depois de ajeitarmos as motos no estacionamento e explicar a situação ao gerente corri para o quarto encontrando Camila toda linda de branco. Impecável num conjunto de blusa e saia longa rendada, cabelos soltos e pele bronzeada exalando um cheiro de hidratante bom.

- Apareceu a margarida! - Ralhou. - Já pro banho. Ouvi dizer que a festa começa cedo e vai até o dia clarear, e eu quero dançar muito.

Sai do banho já de roupa íntima e me arrumei rápido graças à organização da mala feita por Camila. Puxei um pacote com um jeans branco e uma camisa de botões manga curta e com uma estampa bem alegre e colorida. Puxei o famigerado vans preto de solado caramelo da sacola higienizadora e meti os pés. Cabelo pra lá e pra cá, um perfume de caô e eu já estava pronta. Descemos e esbarramos com Dinah no saguão.

- Ei, Laurinda, tá tão bonitinha hoje. Tá parecendo um quadro do Romero Britto. - Me deu um sorriso de castor.

- Cadê a Mani? Já contou pra ela? - Perguntei aflita.

- Contou o quê? O que vocês aprontaram? - Camila quis saber.

- Eu não fiz nada, Camz. - Me defendi.

- Laur, pelo amor de Deus, se ela descobrir que eu comprei duas motos velhas numa aposta ela vai me matar. - Dinah confessou ofegante.

- Você o quê? - Camila perguntou chocada.

- Isso mesmo que você ouviu, Cabello.

- Ela já deve ter visto a movimentação na conta pelo celular. - Deduziu a latina.

- Eu passei um cheque. - Dinah atalhou.

- A Mani não vai acreditar. - Eu disse.

- No que eu não vou acreditar? - Normani surgiu no saguão carregando sua pequena bolsa.

Fodeu!


Notas Finais


E agora Dinah Jane? Quem poderá te ajudar?
Gatas da praia ou gatas do bar, já se decidiram?
Vamos manter o ritmo, logo mais estou de volta.


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