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História Fire N Gold - O Bar


Escrita por: CovenCult

Notas do Autor


Hey! Esse capítulo não demorou para sair :D Espero que gostem bastante dele como eu gostei. Algumas coisas acontecem, então se preparem..
Me desculpem por erros que passam despercebidos.
Enjoy it! ♡

Capítulo 6 - O Bar


Estou em frente a porta da casa de Nate enquanto seguro seus presentes com uma mão, e com a outra tiro pelos de Kali que se prenderam em minha calça preta. Já toquei a campainha duas vezes e nem um sinal de Nate. Eu disse que viria aqui para que pudéssemos ir juntos até o bar onde a banda de Steve tocaria. Eu não sabia onde era o bar, mas Nate disse que fazia ideia de onde ficava, então espero chegar lá e não me perder em alguma rua.

- Já vou – Nate grita da janela do seu quarto.

Ele havia passado o dia fora com seus pais no cinema ou algo assim, por isso não trouxe seus presentes mais cedo.
O calor havia continuado como cedo. Um vento quente andava pelas ruas dessa noite. Passo a mão pela pequena esfera de meu colar e admiro novamente os pontos brilhantes de seu interior.
Nate abre a porta e nem mesmo me olha, apenas encara o presente que seguro e minha mão e pega-o.

- Acho que estamos atrasados, mas muito obrigado pelo presente. Abro quando voltarmos para casa.

Ele vai até sua sala e joga o presente sobre o sofá, então volta para a porta, a fecha e me abraça. Logo estamos andando pela calçada em um passo apressado.

- Reparou que estamos de preto? – Nate pergunta.

Ele estava certo. Eu usava uma camiseta preta sem estampa e Nate usava bermuda e camiseta preta, mas a sua tinha alguns detalhes pequenos.

- Ah, é a noite de “Rock e Cerveja”, achei que combinaria...

- É, eu também.

Nós rimos e continuamos andando. Antes de sair de casa eu havia recebido uma mensagem de Adam e falava sobre isso para Nate.

- Ele disse “Se cuide, Caleb” – digo.

- Poxa, ele realmente se preocupa com os funcionários – Nate diz com uma careta. – Isso é estranho.

- É, acho que sim...

Eu não sabia o porquê da preocupação de Adam. Ele era muito atencioso, mas eu não faria nada que tivesse que se preocupar. E ele nem mesmo deveria se preocupar tanto! Nem mesmo tio Jack ficou assim, eu disse que dormiria na casa de Nate e ele apenas concordou com a cabeça.
Chegamos em uma parte da cidade que não conheço, não é tão movimentada como o centro e muitas lojas da rua estão fechadas. Enquanto caminho com Nate, vou percebendo que ele esconde algo, olha muito para os lados e coloca suas mãos no bolso.

- Você não sabe onde estamos, não é mesmo? – Pergunto cruzando os braços.

- Claro que sei, só acho que confundi algumas ruas... – Nate olha um mapa em seu celular e confirma com a cabeça. – Estamos em outra rua, vamos.

Eu sabia que devia ter procurado o caminho, não devo confiar tanto em Nate, ele é muito atrapalhado. Enquanto andamos mais pelas ruas, vou percebendo que o lugar é um pouco estranho. Não conheço nada dessa parte da cidade, mas já ouvi falar de algumas lojas que foram fechadas anos atrás em uma rua, e acho que estamos nela. Prédios de dois andares tem suas portas e janelas fechadas com tábuas. Se não fossem algumas pessoas andando na rua, eu acharia o estávamos em algum cenário de The Walking Dead. Quando descemos mais por uma rua, podemos ver um grande grupo de pessoas sobre uma calçada.

- É ali! – Nate diz isso e parece aliviado. Tenho certeza de que ele ficou feliz em achar o caminho, assim como eu. – E decorei o caminho, sei como voltaremos para a casa.

Dou um fraco tapa em sua nuca e andamos até a calçada com uma pequena multidão em sua frente. Era realmente o bar. Era grande e dava para ver que nos vestimos assim como as pessoas, a maioria usava preto.
Assim que entramos no lugar, somos recebidos pela iluminação amarelada. Um grande salão com muitas mesas e cadeiras estava em nossa frente. No canto direito ficava um enorme balcão e atrás dele uma gigantesca prateleira com tipos de bebida que eu nunca havia visto. Do outro lado do salão ficava um pequeno palco, onde algumas pessoas arrumavam equipamentos.
São 21:30 e o lugar está bem cheio. Eu já havia ido em um bar uma vez com a minha mãe, não porque ela queria que eu bebesse, mas porque o bar era de uma amiga e fomos na noite de inauguração, mas fora isso, eu não conhecia mais nenhum e não fazia ideia do que fazer para me enturmar.
Nate e eu vamos até o balcão e ele imediatamente pede uma cerveja. Ele já havia bebido antes e adorava, enquanto eu odeio cerveja com todas as minhas forças. O homem bigodudo atrás do balcão pede a identidade de Nate para confirmar sua maioridade e isso o incomoda um pouco, mas no segundo seguinte Nate segura um enorme copo de cerveja em sua mão. Eu não fazia ideia do que pedir, então pergunto ao bigodudo se ele não tem alguma bebida doce.

- É a noite do rock e cerveja, não temos bebidas doces.

- Bom, está tocando country – Ele presta atenção na música que soava pelo lugar enquanto as bandas não começavam a tocar e faz uma careta. – Country não é rock, então acho que poderia trocar a cerveja por uma bebida doce.

Nate me encara com os olhos bem abertos e o homem passa sua mão pela barba do queixo, então concorda com a cabeça e começa a preparar algo.

- Desde quando você é assim? – Nate pergunta tomando um grande gole de cerveja.

- Acho que desde agora.

- Adorei.

Ele tinha razão, eu não costumava ser assim com as pessoas, mas gostei de como funcionou agora. Preciso continuar com isso.
Não era somente a banda de Steve que tocaria no bar, a dele seria a segunda ou terceira da noite. A primeira banda subiu ao palco e começou a se apresentar, ela era formada por cinco caras e todos tinham longos cabelos que chegam em suas cinturas. O vocalista não cantava muito bem, mas todos do bar acompanhavam a versão rock de uma música pop que a banda apresentava.
Enquanto conversava com Nate e tomava a bebida azul clara que consegui (que por sinal tinha gosto de bala e eu já havia pedido mais duas porque Nate disse que pagaria todo nosso gasto da noite), Steve chega e nos cumprimenta. Ele usava um boné virado para trás que escondia seu cabelo curto e uma camiseta de sua banda, onde estava escrito “Ultra Dumbs”. Ele também segurava um enorme copo de cerveja, assim como todos no bar. Eu não entendia como conseguiam gostar daquilo.

- Que bom que você veio e trouxe seu amigo, prometo que gostarão de nossa apresentação. Só cantaremos cinco músicas, mas são originais e as melhores.

- Que nada, isso está sendo ótimo para descansar da semana que tivemos no trabalho.

Três pessoas se aproximam de nós. Um garoto muito magro de cabelo platinado em um topete, uma garota que parecia muito a Anne Hathaway por causa de seu cabelo bem curto e outra garota, também magra, com um coque no alto da cabeça e lábios vermelhos de batom. Os três usavam piercings dourados no nariz.

- Esses são Bob, Bella e Brenda. São irmãos e meus companheiros de banda.

Cumprimento todos que são muito simpáticos. Logo o bar começa a encher e as pessoas precisam pedir licença para atravessar o lugar. Nós seis continuamos no nosso canto, bebendo e conversando. Os três irmãos da banda eram muito legais e faziam de tudo dentro dela. As garotas também cantavam e não se limitavam apenas à bateria ou o baixo. Muitos dos amigos que Steve havia convidado apareceram e passavam por nós para cumprimenta-los. Eles realmente tinham o mesmo corte militar de Steve e era engraçado ver como se pareciam.
Nate não parava de beber cerveja e enquanto conversava e acompanhava a música que a segunda banda tocava. Enquanto socializava, eu também procurava ver se Caleb aparecia pelo bar, mas tudo o que eu via eram pessoas vestidas de preto enquanto dançavam e bebiam. Alguns rostos estranhos faziam minha nuca se arrepiar, não pareciam pessoas confiáveis.
Eu não fazia ideia de quanto da bebida azul eu tinha tomado, mas com certeza não foi o bastante para me deixar um pouquinho bêbado. Eu continuava normal e sentindo seu gosto doce. Quando a banda de Steve disse que a hora de se apresentarem havia chegado eu resolvi ir ao banheiro, estava muito apertado. Antes de entrar no lugar pude ouvir ele no palco agradecendo pela presença de quem convidou e o começo da primeira música.
O bom do banheiro masculino é que não tinha fila como o feminino, mas isso não tornava ele melhor, era horrível e tentei não ficar lá por mais de dois minutos. Quando termino e empurro a porta do banheiro para sair de lá, vejo que a porta bate em alguém que reclama.

- Me desculpe – logo digo.

A pessoa sai de trás da porta com a mão em sua testa. Era quem eu queria que fosse. Caleb me olha surpreso e sorri.

- Achei você! – Ele diz

- Pensei que não viesse – Falo indo para a frente e lhe dando um abraço. Se ele fez isso na primeira vez, eu poderia fazer isso agora.

Coloco meus braços ao seu redor e ele faz o mesmo. Estava bem quente dentro do bar, mas tenho certeza que nosso abraço era mais ainda. Seu cabelo estava solto e fazia cócegas em meu nariz. Assim como muitos do bar, ele usava calça e camiseta preta. Com o mesmo perfume de sempre ele estava perfeito. O solto mesmo querendo ficar abraçado para sempre.

- Faz tempo que cheguei com David – O amigo de infância de Caleb. – Te procurei, mas não achei.

- Ótimo, preciso conversar com você – digo olhando profundamente em seus olhos. Acho que devo tentar contar tudo para Caleb...

- Também preciso conversar com você, muito. Mas antes... – Caleb indica o banheiro com a cabeça e me dá um grande copo de cerveja para que eu segurasse.

Eu concordo rindo e ele entra no banheiro. Fico ao lado da porta enquanto olho para o palco onde a banda de Steve estava. Já era a segunda música que tocavam, animada como a primeira, mas dessa vez uma das meninas cantava enquanto Steve estava na bateria.
Seguro o copo de cerveja em minha mão enquanto tenho um sorriso bobo em meu rosto. Ele está aqui. Ele veio porque chamei e quer conversar comigo. Eu preciso contar para ele, preciso acabar com minha dúvida e tirar esse peso do meu coração.
Ainda sinto o gosto doce da bebida azul em minha boca, acho que quero mais um pouco dela. Quando penso em pegar outra, Caleb sai do banheiro e pega sua cerveja de minha mão, agradece e sorri.

- Você quer conversar, certo? – Caleb pergunta próximo a minha orelha. O som estava realmente alto, então esse era o jeito de se conversar.

Concordo com a cabeça e então ele segura meu braço e me leva para um canto do bar, abre uma porta e logo estamos em algum cômodo escuro. Demora alguns segundos para que ele ascenda a luz e eu perceba que estou em um pequeno escritório. O cômodo era pequeno mesmo, apenas uma mesa e uma cadeira ficavam em seu centro e uma estante com alguns enfeites ficava atrás.

- Nós podemos ficar aqui?

- Sim, podemos. Lembra que eu disse que conhecia o bar? Então, ele é de um tio meu.

Concordo com a cabeça e ando até a mesa, me sentando sobre ela e o encarando em frente à porta fechada. Ainda dava para ouvir claramente a música que tocava lá fora, mas agora podíamos conversar melhor. Ele se encosta na porta atrás de si e cruza os braços, me olha com um fraco sorriso e parece pensativo.

- Eu fui até a cafeteria em frente ao seu trabalho – ele começa com uma voz calma e distante. – Fiz uma rápida entrevista e disseram que entrarão em contato. Não estou muito confiante, mas obrigado mesmo por isso. Bom saber que se importa.

Hoje cedo conversei com Caleb por mensagens e contei sobre a vaga de emprego na cafeteria e ele pareceu bem contente. Eu teria ligado, mas Caleb não gosta de falar no telefone. Fico feliz em saber que ele foi atrás disso.

- Não foi nada demais – digo.

Caleb anda em minha direção e coloca seu copo de cerveja sobre a mesa em que estou sentado. Ele chega bem perto e reparo que seus olhos estão um pouco vermelhos. O fraco sorriso continua em seu rosto. Eu acho que Caleb está bêbado. Ele sempre fala calmamente, mas seu rosto não nega que ele não está normal. Tento focar seus olhos, mas acabo olhando para sua boca. Sinto um pouco de tontura que me faz segurar firma na beirada da mesa e respirar profundamente, sentindo o cheiro de seu perfume e um fraco cheiro de cerveja.

- Não sabia que gostava de cerveja – digo fazendo uma careta que arranca uma risada dele.

- Eu gosto um pouco... não é algo que adoro.

- Você não tinha algo para me contar? – Digo segurando minha respiração. Ele estava tão perto que eu poderia beija-lo agora mesmo.

- Você também tinha algo para me contar.

- Pode ir primeiro.

- Não é bem algo para contar, mas sim para fazer. Quero fazer isso há muito tempo e não acho que está valendo a pena esperar.

- Você está bêbado, sabe disso, não sabe? – Digo tentando não rir. Ele parecia esconder que havia bebido, mas seu jeito de falar não negava.

- Não... eu só tomei um pouco de cerveja – mentiroso. – Mas isso não importa – Ele dá mais um passo para a frente, ficando entre minhas pernas e deixando um palmo de distância entre nossos rostos. – Caleb...

Eu não faço ideia de como meu coração não explodiu no segundo seguinte. Seus lábios tocaram os meus e suas mãos pararam em minha cintura. Demorei outro segundo para entender o que tinha acontecido e responder do jeito que sempre quis. O beijo de Caleb era algo surpreendente, a calma que ele mostrava conversando ia embora durante o beijo e isso era maravilhoso.
A banda de Steve agora tocava uma música lenta e calma, também cantada por uma das garotas. A letra falava algo sobre amor, mas eu não dava a mínima atenção para aquilo no momento. Estava totalmente focado no que eu mais queria.
Coloco minha mão direita na nuca de Caleb e o puxo devagar para perto enquanto minha outra mão está em suas costas. Minhas pernas estão em volta das suas e sinto outro arrepio quando suas mãos tocam minhas costas embaixo da camiseta. Seu beijo era tão bom como eu imaginava e mesmo que eu precisasse parar para respirar um pouco, não queria para não interromper.
Sinto que Caleb começa a se afastar e me inclino para a frente, mas só consigo morder devagar seu lábio inferior, o que faz um pequeno sorriso surgir nos lábios que acabei de beijar. Mesmo depois do beijo, o gosto da bebida azul continuava em minha boca. Suas mãos ainda estão em minhas costas e ele me puxa para frente, mesmo não tendo mais como ficarmos tão juntos. Ele coloca sua testa contra a minha e respira rapidamente assim como eu.

- Agora é sua vez de contar algo – Ele diz com sua voz distante.

Ok, era minha chance. Sinto um pouco de tontura novamente e agradeço por ele estar me segurando. Não é possível que as bebidas azuis estejam fazendo efeito só agora. Eu quero beija-lo novamente, mas foi ele quem fez isso agora há pouco, e acho que isso deve ser no tempo dele. Certo, preciso dizer.

- Eu gosto de você – As palavras finalmente saem da minha boca.

Fecho meus olhos e continuo respirando com sua testa junto a minha. Suas mãos saem de minhas costas e eu sorrio. Finalmente eu havia contado, foi tão bom tirar isso de dentro de mim. Ele afasta sua cabeça da minha que mantenho abaixada. Quando a levanto e abro meus olhos, vejo Caleb me olhando sérios e com uma cara confusa. Ele se afasta do meio de minhas pernas e passa a mão por seu cabelo, parecia preocupado com algo.

- Não... não, Caleb – ele diz.

- O que houve? – Não gosto de como ele está. Morde seu lábio inferior e anda de um lado para o outro da pequena sala. Me levanto e coloco as mãos em seus ombros. – O que houve?

- Não.

É a única coisa que ele diz antes de balançar a cabeça negativamente e abrir a porta da sala, saindo do pequeno cômodo. Minha cabeça gira e respiro fundo. O chão parece me puxar para baixo e seguro com força a maçaneta da porta. Droga! Eu estraguei tudo! Só pode ter sido isso. Ele foi embora pelo o que contei. Mas ele tinha acabado de me beijar, o que aconteceu? Fecho a porta do cômodo após sair de dentro dele. Ando no meio da multidão que pulava animada com a quarta música da banda, agora cantada por Steve. Vejo Caleb mais a frente e grito seu nome, mas era apenas mais um grito no meio do bar. Piso no pé de algumas pessoas e peço desculpas. Meus óculos quase caem quando tropeço e me apoio no ombro de alguém. Continuo andando, mas não vejo Caleb, ele já deve ter saído do bar.

Quando saio pela porta, recebo um ar mais fresco do que o que tinha lá dentro. Não havia percebido que estava suado e passo as costas de minha mão em minha testa. Muitas pessoas estão na calçada e continuo pedindo licença enquanto ando. Acho Caleb entrando em seu carro do outro lado da rua. Tento correr até lá, mas meus pés estão pesados e logo e sai pela rua em alta velocidade. Ele está bêbado, não pode ir para a casa assim.
Droga! Droga! Droga! Eu com certeza fiz algo errado. Me encosto na porta de uma camionete prata e respiro com as mãos em meus joelhos. Em um minuto eu estava beijando-o como sempre quis, e no outro estava correndo atrás dele pelo bar. Minha cabeça parece querer explodir e logo sinto algo em minhas bochechas. Estou chorando? Limpo minhas bochechas com as costas da mão e me encosto reto na porta da camionete. Não faço ideia de por que estou chorando, não estou triste, estou confuso.

- Você está bem? – Uma garota de cabelo azul e vários piercings na orelha para em minha frente e coloca sua mão em meu ombro.

- Sim, sim. Não é nada. Obrigado.

Ele concorda com a cabeça e dá um sorriso consolador. Se ela percebeu que estou chorando, outras pessoas irão perceber, preciso ir embora daqui.
Apoio novamente minhas mãos em meu cotovelo quando curvo as costas e respiro profundamente. Sinto novamente uma mão em meu ombro, dessa vez apertando-o sem muita força.

- Eu já disse que estou bem – Falo cuspindo as palavras. Eu não quero conversar com ninguém, só quero respirar.

- Caleb, sou eu, Adam.

Aquela voz... Olho cima e vejo Adam me encarando preocupado. Sua mão aperta meu ombro e me arrumo, ficando reto e olhando diretamente para ele.

- O que faz aqui? – Pergunto.

Adam usava uma regata branca, bermuda de treino e tênis de corrida. Tinha fones de ouvido pendurados em seu pescoço. Estava um pouco suado e isso era visível em sua regata. Ele parecia querer dizer algo, mas apenas me olhava.

- Você não me parece bem, Caleb. O que aconteceu?

- Nada – minto. – Você não me disse como chegou aqui – Não saber como ele foi parar ali estava me incomodando. De onde ele veio?

- Caleb, por favor venha comigo. Estou de taxi – Ele aponta para o outro lado da rua, onde o veículo está estacionado e um homem careca segura o volante enquanto olha para a frente. – Deixe-me ajuda-lo.

- Não, Adam. Estou bem.

- Eu sei que algo aconteceu – Adam segura meu queixo e me olha muito sério, percebo um pouco de raiva em seus olhos. – Eu disse para se cuidar, olhe só esse lugar e veja como está! Não está nada bem!

Adam segura meu braço e me puxa com facilidade pela rua.

- Hey, o que está fazendo? – Grito tentando me soltar. Ele não estava me machucando, mas eu não podia ir com ele. Nem mesmo avisei Nate ou entendi o que havia acabado de acontecer com Caleb. Tudo girava e eu queria apenas respirar.

- Você vai comigo e ponto final. Não vou te deixar nesse lugar estranho.

Adam abre a porta do taxi e me coloca lá atrás como se não fosse nada trabalhoso. O taxista me olha pelo vidro retrovisor e logo Adam entra pela outra porta, ficando ao meu lado e me encarando.

- Pode ir, era mesmo quem eu pensava.

O carro começa a se movimentar enquanto olho para Adam. Ele respirava nervoso e balançava a cabeça negativamente.

- Tome – Ele me dá uma garrafa com água até sua metade que estava na porta ao seu lado. A pego e bebo, fazendo com que o gosto doce da bebida saísse de minha boca. – Você bebeu?

- Um pouco – respondo olhando-o com raiva. Sorte a dele que eu estou um pouco fraco, ou saía agora mesmo do carro. – Você ainda não me contou o que está fazendo aqui.

- Não preciso te contar nada agora, apenas beba a água e fique quieto.

- Mas... – Ele também me olha com raiva e aponta para a garrafa. Seria melhor ter ficado no pequeno escritório do bar, então não estaria aqui sendo silenciado por meu chefe que aparece do nada quando choro sem saber o porquê.

Tomo mais um gole de água e encosto minha testa na janela do carro. Uma garoa fina começa a cair e observo enquanto a água acaba com a noite quente que as pessoas do bar estavam tendo.
Eu não fazia ideia da hora, mas sabia que queria dormir. Queria estar em minha cama com Kali. Não queria ter entrado naquele escritório com Caleb. Queria apenas seu beijo, e não que ele fugisse de mim depois que eu dissesse que gosto dele.
Eu não estou bêbado, acho... só acho que a bebida com gosto de bala não foi uma boa ideia de ser repetida várias vezes.
Sei que o sono está chegando e sussurro minhas palavras enquanto continuo com a testa colada na janela e fecho lentamente meus olhos.

- Para onde estamos indo? – Pergunto.

- Para minha casa.


Notas Finais


E então? O aniversário de Nate não deu muito certo para o Caleb. Adam é meio mandão e Caleb² é muito perdido. Mas agora que Caleb está indo para a casa de Adam... Prometo que não demoro com o próximo cap para saberem o que acontece dps. Me digam o que acharam :D E me desculpem pela curiosidade do final uashuash
Espero que tenham gostado ♡
XOXO


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