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História Fire N' Ice - Dreaming


Escrita por: wthjulha

Capítulo 6 - Dreaming


Depois de algum tempo chegamos a Londres e o ônibus estava estacionado na porta do hotel, e em volta do mesmo, separados por uma grade, haviam muitos fãs e bastante seguranças.

A van estacionou ao lado do ônibus, e tivemos que descer correndo e entrar no lobby do hotel para encontrar Danny e Harry que estavam terminando de se arrumar, enquanto Fletch e o resto da produção passavam nossas malas para o ônibus. Sentei-me no sofá do lobby e observei atentamente o lugar.

Duas meninas estavam me encarando como se eu fosse um ET, e pareciam discutir. Logo uma delas veio em minha direção enquanto a outra andava rápido para acompanhá-la.

Tive vontade de rir.

- Thalia? - a encarei, estranhando. Qual é, ainda era muito novo pra mim ver pessoas estranhas me chamando pelo primeiro nome. - Pode tirar uma foto conosco?

- Claro! - me levantei, passando a mão levemente em meus cabelos a fim de ajeitá-los e sorri para o iPhone da menina e logo depois repeti o ato com a outra. - Se não for pedir demais, pode assinar essa foto aqui? - entregou uma foto minha com Jazzie e eu arregalei os olhos me perguntando onde ela havia a encontrado. - O facebook de Jasmine é liberado, me desculpe por isso, mas eu sou muito sua fã e adoro fotos pessoais.

- Ahn… Ok - sorri, um pouco assustada - Como é o seu nome? - assim que ela me disse, assinei a foto e escutava barulhos do iPhone tirando fotos. Aquilo era completamente bizarro. - Prontinho.

- Você é linda, e eu te amo. - a outra menina se pronunciou e eu estava cada vez mais assustada com a situação. Eu sorri e agradeci e fiquei besta ao notar que elas realmente tiravam fotos de todos os meus movimentos. - Eu tenho que ir agora, está bem? - as duas começaram a... Chorar! Sim, chorar, como se eu tivesse dito a coisa mais triste do mundo.

Eu já fui fã, mas a situação vista de outro ângulo é completamente e assustadoramente diferente.

- Ei, não chorem! – eu pedi abraçando-as. Logo, Fletch me viu e tratou de me mandar entrar para o ônibus, fazendo as meninas chorarem ainda mais.

Me despedi delas com o coração na mão, eu sabia o que elas estavam sentindo e fui com as meninas, que estavam no quarto dos caras, escondida de Fletch.

- Vocês não sabem o que acabou de me acontecer! - disse, enquanto via eles saindo do quarto. - Duas meninas me viram, pediram foto, e quando eu tive que me despedir porque Fletch quase surtou quando me viu falando com elas, elas começaram a chorar! - entrei no elevador, ouvindo as gargalhadas dos meninos. - Eu achei que ia ter um treco, porque eu odeio ver alguém chorando e elas estavam chorando por mim, cara!

- Isso é normal, Tha. Você vai ter que se acostumar. E olha que você nem ouviu os gritos ainda - Danny disse, rindo. Estávamos saindo do hotel, quando começou a gritaria. Muitos e muitos gritos agudos, e eu estava prestes a ficar surda. Um brutamontes me puxou pelo braço, fazendo-me correr e passar pelo meio das duas grades. Eu estava assustada demais para falar com os fãs, aquilo era aterrorizante!

Danny estava do meu lado, e me abraçou de lado, fazendo-me sentir um pouco mais segura.

Entramos no ônibus e Poynter e Tom já estavam lá. Como eles haviam chegado lá sem ninguém notar eu não tinha nem ideia. Minha respiração estava falha e eu sentei no sofá.

As meninas estavam bem e pareciam até se divertir com tudo aquilo. Elas só podiam ser malucas!

- Fica calma, Tha! - Tom disse. - Uma hora você acostuma.

- Para de frescura, você tá agindo como menininha que tem medo do escuro - Poynter deu o ar da graça.

- Cala a boca. Você deve amar tudo isso, muitas meninas gritando por você, todos os holofotes na sua direção... - rolei os olhos, notando logo para quem eu estava respondendo.

- Realmente, tenho que concordar com você.

Otário. Ignorei-o com um sorrisinho de “foda-se” e finalmente parei para reparar no ônibus.

Era perfeito. Tudo com tecnologia avançada, e isso que só estavamos no que parecia ser o início.

- Vem, vou te mostrar onde a mágica acontece - Tom me puxou pela mão, me mostrando inicialmente o primeiro andar.

Havia uma pequena cozinha com tudo que tínhamos direito, um pequeno banheiro e uma sala onde havia tudo de mais moderno que pudéssemos precisar.

Subimos uma escada e chegamos ao quarto dos meninos. Tinha duas beliches, uma televisão e um banheiro com apenas um box.

Depois subimos mais uma escada e chegamos finalmente em nosso quarto. Também havia um banheiro com um box e nossas coisas já estavam ali, cada uma em sua cama. Minha mala estava na beliche de cima, e eu coloquei minha bolsa ali. Eu estava apaixonada, e de fora, jamais imaginei que o ônibus pudesse ser tão grande.

Desci as escadas com Tom e as meninas já estavam agarradas a uma garrafa de vodca junto com Harry, Poynter e Danny.

- Vocês são loucos, já iniciaram os trabalhos? – Tom disse rindo e se jogando ao lado de Danny. Sentei-me ao lado de Ju.

- Wright, essa é pra você. – Poynter me estendeu um copinho cheio de vodca. – Ou vai se portar como uma menininha de novo? – não acreditei no quanto ele estava me provocando.

Minha vontade era de virar minha mão n acara daqiele serzinho.

E acreditei ainda menos quando cedi.

- Tem algum tipo de veneno nesse copo? Quero deixar bem claro que se eu morrer, faço questão de vir puxar seu pé quando estiver dormindo – abri um sorriso irônico enquanto todos riam e arranquei o copo de sua mão, virando-o goela abaixo.

Encarei Dougie com um sorriso vitorioso, juro qur foi mais forte do que eu.

- É só isso que sabe fazer? – ele provocou de novo com a voz debochada – Toma mais um então - Peguei novamente e virei o copo, fazendo Danny pular de animação. – Vou te poupar de um coma alcóolico, estamos apenas no inicio da viagem, Wright.

- Você acha o que, meu amor? Só porque eu sou a mais nova daqui não significa que nunca enchi a cara – peguei a garrafa de sua mão e coloquei na boca, sentindo o conteúdo queimar minha garganta. Depois de tomar longos goles, devolvi a garrafa para Poynter, que estava de boca aberta. Levantei, colocando a mão em seu queixo e fechando sua boca e ainda mandei um beijinho.

Não me aguentei e gargalhei, porque sua cara foi maravilhosamente esplêndida.

Certo, eu não era tão forte para bebida assim, mas jamais deixaria Poynter pensando que não aguentaria o tranco. Sentei de volta no meu lugar e Dougie me olhou franzindo as sobrancelhas, como se tentasse me decifrar.

Ignorei novamente.

Dougie's POV

Afinal, até quando eu ia ficar me portando feito um idiota toda vez que essa menina me surpreendia?

Puta merda!

Ela acabou de beber do gargalo de uma garrafa de vodca, e não posso negar que isso me deixou duro.

E aquela cena com certeza se repetiria em minha cabeça pelo menos pelas próximas semanas.

- Que foi, Dougie?! - Harry começou, com um sorriso zombeteiro. - Ficou excitado, é?!

Me lembrem de bater nesses caras que eu chamo de amigos mais tarde, por favor?

Obrigado.

- Quê? Não! Tá maluco? - dei uma risada de escárnio. - Acho que você é que ficou viu cara, e tá tentando desviar o foco pra mim; desde o maldito dia da audição que você tá defendendo essa aí! - apontei na direção de Wright com a cabeça, que se mostrava indignada com as minhas palavras. Engoli em seco para o que ia dizer em seguida. - Por que vocês não sobem e se divertem? – aproveitei e bebi mais uns três goles da garrafa que estava em minhas mãos.

Thalia's POV

O que esse maldito tinha dito? Ele tinha mesmo me mandado ir transar com o Harry? Isso era sério?

- Cara - Danny deu um tapa no ombro de Poynter, como se tentasse desviar sua atenção da garrafa, - acho que você já bebeu muito. E a gente nem começou.

Eu devia estar vermelha de raiva. Minhas mãos estavam fechadas em punhos, as unhas cravadas nas minhas palmas, tentando controlar o ódio que explodia em mim, e que me mandava gritar e tacar coisas em Poynter.

Mas mais uma vez me controlei, sabe-se lá como, tirando forças dos pensamentos dos sorrisos de coisas aleatórias no fundo da minha mente.

Respirei fundo, fechando os olhos, abrindo-os em seguida. Observei todos me encararem, esperando pela minha reação, que tenho certeza não ser a que esperavam quando me viram sorrir.

Me levantei com toda a calma que ainda restava em mim, encarando fixamente os olhos de Dougie. Sua feição era puro sarcasmo, mas seus olhos transbordavam luxúria. Sorri ainda mais assim que me abaixei para ficar de sua altura sentado e seu olhar seguiu meu decote antes de engolir em seco e direcioná-lo para meus olhos.

- Só quero que fique claro... - comecei, pondo as mãos em suas coxas e sentindo os músculos dali retesarem - que não sou uma das groupies que você está acostumado a comer e depois dispensar. Não sou brinquedo e nem mesmo descartável, e só transo com alguém se estiver afim. Já você...  - dei um sorriso torto e subi um pouco como se fosse levantar, levando as mãos pras suas bochechas, dando tapinhas leves em sua bochecha esquerda. - Saudades escrúpulos, né meu bem? - me levantei a fim de subir, e continuei a falar sem me virar pra trás. - Foi um dia longo demais e eu quero dormir, boa noite para vocês - um silêncio e uma tensão quase palpáveis pairavam no ar enquanto eu subia as escadas lentamente. Eu não ligava. Minha missão do dia havia sido cumprida.

Dougie's POV

Aos poucos, eu voltei a ouvir as vozes ao meu redor. Sabia que gargalhavam, mas não sabia de quê. E, sinceramente, não queria saber.

- Cara... - ouvi Harry falar - eu não consigo respirar! Essa foi a melhor! Ganhei a noite vendo a cara de panaca do Dougie - quando ele citou meu nome, eu virei meu rosto para ele, com as sobrancelhas arqueadas. Após perceber os garotos quase roxos de tanto rir e as meninas soltando risadas espaçadas mas tentando esconder, eu entendi. Eu era a piada.

- Ótimo! - murmurei sob minha respiração. - Idiotas.

Levantei como um foguete e subi as escadas, indo pro meu quarto. Me joguei na cama e bufei em frustração.

Wright, você vai me pagar.

 

Estava tudo escuro, e tudo não passava de borrões aos meus olhos, mas de repente as coisas ficaram claras. Eu estava num quarto, porém não era um quarto comum. Era um quarto de um motel de luxo, com direito a cama redonda e espelho no teto.

Encarei a cama e avistei uma mulher, cuja qual eu só via o corpo, coberto por uma lingerie preta. E devo comentar, que corpo! Eu já estava ficando excitado só de olhar.

Fui andando lentamente em sua direção e quando enxerguei seu rosto quase engasguei com a minha própria saliva.

Era ela.

Era a Wright.

Ela me encarava com aquela expressão de deboche, mas mordia o lábio inferior provocantemente. Assim que cheguei e parei em frente à cama, ela em veio ao meu encontro e eu não aguentei e a puxei-, sentindo finalmente seus lábios macios e carnudos nos meus.

Deitei-me em cima de seu corpo apoiando o peso em um de meus braços, enquanto passava a outra mão por todo seu corpo. Massageei seu seio, sentindo-a suspirar entre o beijo, e logo ela parou o mesmo, invertendo as posições.

Thalia mordeu meu lábio inferior com certa força, mas meu desejo era tanto que eu já nem sentia nada além do meu membro latejando dentro de minhas calças. Ela foi descendo seus beijos pelo meu abdômen, fazendo-me engolir em seco e, quando me dei conta do que estava por vir, senti minhas mãos suarem frio. Não era possível que ela iria fazer aquilo, eu só podia estar... De repente, ela me encarou com e mordeu seu lábio inferior, me dando um susto.

 

Foi quando ouvi um grito estridente, que me fez voltar para a dura realidade.

- DOUGIE! – abri os olhos lentamente, desejando ver Thalia deitada sobre mim – CARALHO CARA, ACHEI QUE VOCÊ NÃO ESTAVA MAIS RESPIRANDO! – Tom gritava enquanto eu me tapava, notando que estava duro por causa do sonho.

- Eu tava dormindo porra, tá maluco? – respirei fundo, tentando pensar na coisa mais broxante do mundo pra ver se conseguia esquecer aquela cena. Era só o que me faltava mesmo, ter sonhos eróticos com a insuportável da Wright. – O que aconteceu de tão urgente para você me gritar desse jeito?

- Chegamos em Bristol, já está todo mundo no hotel.

- Certo, vai indo que tenho que guardar umas coisas na mala – Tom concordou, deixando-me sozinho no ônibus. Respirei fundo, troquei de roupa e joguei uma água no rosto. Peguei minhas coisas e deixei o ônibus, passando pela barreira de seguranças e pelas grades, ouvindo milhares de fãs gritarem o meu nome. Nem olhei para os lados, entrei direto no hotel com cara de poucos amigos. Peguei a chave do meu quarto, ignorando Harry e os caras que falavam com algumas fãs junto com as meninas.

Adentrei o quarto como um furacão, indo direto para o banho. Flashes do inferno do meu sonho rondavam a minha mente e, como estava muito frio, nem a ideia de tomar uma ducha gelada eu consegui considerar. Entrei na água quente, relaxando embaixo do vapor, fechando os olhos não conseguindo mais evitar as imagens.

Wright.

Cama.

Lábio.

Mordida.

Meu Deus...

Quando terminei meu banho, bem mais relaxado do que antes, houve uma batida fraca na porta.

- Entra! - falei alto o suficiente pra que a pessoa do outro lado ouvisse.

- Dougie? - era voz de mulher, mas graças a Deus não parecia a da Wright.

- Oi? - respondi aparecendo na porta do banheiro, de toalha na cintura - Ju? - perguntei confuso. Ela deu um sorriso envergonhado.

- É... O Fletch mandou eu vir te avisar que daqui a 5 minutos ele quer todos no segundo andar, no restaurante privado.

- Ah... Obrigado - ela sorriu e saiu andando, enquanto eu fechava a porta. Caralho, vou ter que encontrar com a maldita muito antes do que eu pensava, já que nos meus cálculos, só sairia do quarto amanhã de manhã. Coloquei a primeira roupa que apareceu na mala e resolvi descer, antes que Fletch começasse a encher o meu saco por telefone.

- Olha quem apareceu! - Harry disse. - Já encontrou alguma presa e foi acasalar, huh? - sentei ao seu lado, rindo.

- Esse Poynter não perde tempo! - Danny comentou, dando batidinhas em minhas costas. Quando olhei para frente, meus olhos se cruzaram com os de Thalia e mais cenas do sonho ecoaram em minha cabeça. Eu iria enlouquecer!

- Posso vomitar? - ouvi-a sussurrando.

- Algum problema, Wright? Isso tudo é vontade de ir pra cama comigo? - pisquei abrindo um sorriso sacana, vendo-a bufar.

- Nem se você fosse o último homem da terra – piscou um olho e eu dei risada.

- Ok pessoal, vamos parar com isso - Fletch se pronunciou. - Os shows começam daqui a dois dias, e vocês terão esses dois dias livres. Pode ser que role alguma entrevista em qualquer rádio local pra vocês, meninos. E aí, meninas, vocês terão que acompanhar. Até mesmo para se acostumarem e ver como é isso tudo de perto. Mas eu aviso. Estarei em meu quarto, se comportem – terminou, subindo.

- Ok... - Danny começou. - Eu pensei em irmos naquela boate aqui perto do hotel, sabem? - ele perguntou e todos nós concordamos - E amanhã levamos as meninas para um passeio por Swindon, o que acham? - todos concordaram também. Eu franzi as sobrancelhas para a última sugestão, mas graças a Deus ninguém notou - Nos encontramos aqui mais tarde, 9pm, ok? O hotel tá lotado de fãs e vamos ter que sair por trás se não quisermos nenhuma entrosada na boate.

Thalia's POV

"Qual é a porra do seu problema?", era o que eu queria gritar.

Dougie estava me tirando dos eixos, e ainda estávamos nos primeiros dias da tour! Primeiro foi o estresse de ontem, que mesmo vendo que deixou-o abalado, também me deixou estranha. Apesar de ter feito frio, eu senti calor boa parte do tempo em que fiquei na cama.

Depois ele me perguntou se "aquilo tudo era porque eu queria ir para a cama com ele". Fala sério! Que abusado!

E por último... A revirada de olhos quando Danny propôs que fôssemos passear amanhã.

Porra, que babaca. Nem disfarçar sabe.

Acabei dando uma risadinha, afinal, pelo menos eu conseguia mexer com seus nervos.

Isso era algo que eu já queria fazer há algum tempo.

Aproveitei que já estava no banheiro e escovei os dentes, em seguida deitando e me deixando levar pelo sono. 6pm eu teria que descer para jantar, ou ficaria com fome e acabaria passando mal com as bebidas.

Pouco antes de apagar, coloquei o relógio para despertar às 5:30pm. Daria tempo de lavar o rosto, comer, voltar e me arrumar. E, enfim, dormi.

 

Tentei puxar minhas mãos, mas quando olhei para elas, haviam algemas prendendo-as a ferros que eu não havia notado ali antes. Abri a boca a fim de gritar, e uma mordaça estava ali, impedindo-me de pedir socorro. O pânico estava começando a tomar conta de mim, até que vi uma silhueta. Bem conhecida, por sinal.

- Ora, ora... Veja bem quem resolveu acordar - Dougie falou, vindo na minha direção, saído da escuridão.

Somente em volta da cama estava claro, como se um holofote tivesse sido posto naquela direção. Dougie vestia nada mais que calças jeans, sem camisa ou sapatos, e o cós da mesma era tão baixo que deixava à mostra suas "entradinhas".

- Hmpfmfpmfpfm? - tentei falar, mas a mordaça não deixou. Dougie deu um sorriso diabólico, como se se divertisse com meu desespero, e puxou um pouco o pano. - O que você fez comigo?!

- Eu? - ele riu. - Eu, nada. Foi você quem me implorou que te amarrasse aí, e fizesse contigo o que eu quisesse - ele falou, presunçoso.

- TÁ MALUCO?! - gritei. Quando fiz isso, me arrependi quase no mesmo instante, porque ele veio na minha direção como um foguete. Parecia que acertaria a mão no meu rosto, mas parou a centímetros.

- Na verdade, eu tô bem lúcido... - confessou, olhando pros meus lábios, mordendo os seus próprios.

Ficamos envoltos em uma tensão agoniante por tempo indefinido, sem nenhum dos dois falar nada, apenas um encarando os olhos do outro. Quando Dougie pareceu não aguentar mais, sua boca se chocou contra a minha violentamente. Foi impossível não gemer, tanto de dor quanto de prazer. Seus dedos se enroscaram na parte de trás de meus cabelos, puxando minha cabeça para cima, grudandoainda mais nossas bocas.

Senti o peso de seu corpo sobre o meu, sem realmente estar me prendendo. Afinal, estar presa ali eu já estava. Um de seus braços havia se apoiado do lado de minha cabeça, enquanto o outro puxou minha cintura para cima, na sua direção. Eu gemi em sua boca e ele me largou, indo para o meu pescoço, me deixando respirar.

Seu hálito vinha em lufadas na minha pele enquanto eu o sentia chupar a pele fina e sensível da minha garganta. Mordi fortemente o lábio pra que não saísse mais nenhum gemido. Minhas mãos se apertavam em volta das algemas, torcendo para que elas sumissem magicamente dali.

- Qual é, Wright - o jeito que meu sobrenome saía da boca dele era surreal - Geme para mim - e continuou a beijar a área, subindo cada vez mais, até chegar à minha orelha. Pegou o lóbulo entre os dentes e esfregou-o, o que me fez arfar. Enquanto ele descia novamente seus beijos e passava direto do pescoço pros seios, foi que notei que me encontrava nua. E, por incrível que pareça, não senti vergonha.

Dougie deu um chupão do meu seio direito e eu gemi alto. Quando ele ia por sua língua para funcionar...

 

"HERE'S ANOTHER SONG FOR THE RADIOOOOOO!" Dei um pulo da cama, arfando. O que diabos foi aquilo?

Embora a voz de Tom estivesse quase estourando meus tímpanos, eu praticamente não a ouvia. Eu sabia que "One For The Radio" no momento tocava como meu alarme, mas meus pensamentos estavam em outro acontecimento.

Todo o meu corpo formigava e ansiava por mais, inclusive minha boca. Mas, mais o que? Mais de uma coisa que nunca nem aconteceu, somente em meus sonhos? Me joguei deitada na cama de volta, pondo as mãos na cabeça e apoiando os cotovelos nas pernas. Eu tremia ligeiramente e não sabia o que fazer.

Resolvi esquecer essa porra de sonho e ir dar um jeito na minha vida. Ele me odiava, eu o odiava, e não tinha por que eu ficar mexida por um sonho erótico.

Adentrei o restaurante do hotel absorta em pensamentos e senti meu corpo se chocar com o de alguém com o dobro da minha altura.

- Não olha por onde anda, Wright? - ao escutar aquela voz rouca perto do meu ouvido senti um arrepio passar por todo meu corpo

- Desculpa, eu, er... - encarei aqueles olhos azuis, lembrando o toque de luxúria que continha neles enquanto ele acariciava lentamente meu seio e então me dei conta que ele não merecia que eu sentisse nenhum desejo por ele. - Vai se foder, Poynter! - acabei falando alto demais, despertando o interesse ao redor de nós.

Eu nem sequer sabia por que estava agindo daquele modo, porém toda vez que meus olhos se encontravam com os dele, parecia que ele iria me agarrar e arrancar minha roupa, como no sonho. Eu só queria me livrar daquela sensação de estar submissa a ele!

- Wright, que você é sem educação eu já sabia, mas não precisa mostrar isso para todo o hotel - ele abriu um sorriso irônico, caçoando de mim - Ou será que vou ter que te ensinar até como ter modos em lugares sofisticados? - senti meu sangue ferver, e encarei-o com o olhar mais furioso que eu sabia dar.

Resolvi ignorar deixei-o falando sozinho e fui ao bufet, me servir. Olhei de relance para o lugar onde estávamos discutindo, e Poynter já não estava mais lá. 



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