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História First friend, my only love - IV


Escrita por: pinkblooded

Notas do Autor


Terminei o capítulo ontem de madrugada, espero que gostem (> _ <) E.... O capítulo ficou maior! ~dança~ Tá, não muito, mas já melhorou :p
Gostaria muito de agradecer a todos os comentários, pois são eles que me fazem querer continuar escrevendo <3

Capítulo 4 - IV


Após toda confusão causada pelo irmão do moreno, Aiji me convidou para ir até o seu quarto. Claro que eu fiquei envergonhado, pois era a primeira vez que entraria em um quarto que não era meu, e sim de um amigo.

  O local era decorado com muitos pôsters de diversas bandas, e tinha uma guitarra preta encostada ao lado da cama. Era um lugar bem organizado, tudo estava posto em seu devido lugar. Em cima de uma escrivaninha branca com gavetas pretas assim como o armário, haviam algumas folhas que aparentavam ser  letras e cifras de músicas, o que me fez perguntar a mim mesmo se ele cantava. Aliás, eu nem sabia que ele tocava guitarra. Do lado da escrivaninha haviam dois puffs, dos quais as cores -como o resto do quarto- eram preto e branco, respectivamente.

  Aiji me convidou para sentar em sua cama ao lado dele, pedido que  consedi prontamente. Por alguma razão o clima estava estranho, então eu resolvi quebrar o gelo, mesmo que em 99% das vezes eu não tenha assunto algum, ou mesmo tendo não consigo começar a conversa.

 -Então,você toca? –olhei para a guitarra.

 -Sim, digamos que seja a única coisa que eu gosto de fazer –sorriu.

 -E você canta também? –eu estava realmente curioso sobre isso, sua voz é muito bonita e eu gostaria muito de ouvi-lo cantar.

 -Não gosto muito, mas quando se toca algum instrumento que não se faz necessário o uso da boca, fica meio que obrigatório. Mas se você quiser Maya, eu não me importaria de tocar e cantar –olhou para mim, dando um sorriso fechado.

  Não pude me conter ao escutar isso e acabei por dizer que sim, eu queria que ele fizesse isso. Então Aiji pegou sua guitarra, ligou na caixa de som e começou a tocar e cantar:

  [...]

“Por favor diga ‘eu amo você’,

 E me abrace como numa cena dramática...

 Mas eu não posso dizer essas palavras agora

 Se eu disser para você o que estou pensando

 O futuro será diferente de agora?”

  [...]

  Como o imaginado, sua voz era muito bonita, até mais do que eu esperava. O elogiei, o que para minha felicidade lhe arrancou um sorriso bonito como o de sempre. Eu realmente gostaria de tocar algum instrumento, mas nas condições que minha vida está, isso não se faz possível.

  Foi então que eu lembrei que pediria ajuda a ele sobre a aula de matemática. Levantei e fui em direção da mochila para pegar o caderno, mas não havia percebido que Aiji tinha vindo atrás de mim. Quando o achei em meio a todas as tralhas que tinha trazido na mochila, me virei. E quando fiz isso... Aconteceu algo que eu jamais imaginaria que aconteceria: meus lábios foram que encontro aos do moreno, e senti meu coração acelerar como nunca havia acontecido anteriormente, ao que o caderno caiu de minha mão. Rapidamente nos desvencilhamos do beijo. Meus olhos estavam arregalados e minha face corada, assim como a do mais velho. Nenhum dos dois falava uma palavra sequer, levando em conta o choque causado pelo momento.

  Virei-me de costas e passei o dedo indicador sobre meus lábios, aquele fora meu primeiro beijo.

 -M-me desculpa Maya... Eu não queria... –aproximou-se de mim, que continuava de costas para ele- Você deve me odiar agora, né? –falou baixinho.

  Virei, saindo do praticamente transe:

 -Não se preocupe, Aiji! –sorri- Eu não estou brabo com você, tampouco te odeio.

 -Mesmo?

 -Claro!

 -Que bom! –suspirou aliviado- Não sei o que eu faria se você ficasse com raiva de mim –disse me abraçando.

 -Isso seria impossível –o abracei de volta.

  Desvencillhamo-nos do abraço e sorrimos, silenciosamente dizendo um ao outro que estava tudo bem. Afinal, estava mesmo tudo bem, pois não me importava que meu primeiro beijo tenha sido com ele.

  Peguei o caderno que estava no chão, e como se nada tivesse acontecido, perguntei:

 -Me ajuda com a matéria de matemática?

----//-----------//----------

  Toda vez que ele chegava perto de mim, eu lembrava do beijo. Isso me atrapalhava seriamente no prestar atenção às explicações dirigidas a mim.

 -Maya!

 -Q-que foi? –gaguejei.

-Você entendeu o que eu te expliquei?

-...

-Parece que não... Olha, eu vou te explicar de novo, ok? E depois faço um caderno com anotações sobre o que estou te explicando, o que provavelmente vai te ajudar bastante.

 -Desculpa... –me desculpar é o mínimo que eu poderia fazer, pois acredito que dizer que eu não estava conseguindo prestar atenção por causa do beijo não seria muito conveniente.

 -Não se preocupe com isso, eu não me importo. Gosto de ajudar as pessoas, principalmente você –sorriu.

 -É pra isso que os amigos servem, né? –concordou, meio cabisbaixo.

  Será que eu disse algo de errado?

 -Está tudo bem?

 -Hm? –levantou as sombrancelhas.

 -Eu perguntei se está tudo bem com você...

 -Claro que está! Por que não estaria? –sorriu enquanto revirava os olhos.

 -Nada –balancei a cabeça- Vamos continuar, certo?

  O tempo passou muito rápido, quando percebemos já eram quase onze horas e meia. Fomos até a cozinha, onde Aiji disse que esquentaria o almoço que sua mãe preparara. Ri, o acusando de não saber cozinhar, ao que ele disse que sabia sim, e só por causa da minha implicação cozinharia o jantar. E eu teria que ajudar, claro.

  Quando a comida já estava pronta, o moreno chamou seu irmão, que estava dentro do quarto. Quando Miyavi abriu a porta, ao invés de sair apenas ele, veio também um garoto que parecia ser mais ou menos da idade dele, e sinceramente, ele era muito bonito. Tinha cabelos negros e bem arrumados –bem ao contrário do dono do quarto de que estava saindo-, era magro aparentava ser simpático.

  Olhei para o moreno, indagando sem o uso de palavras quem era aquele garoto, e em resposta recebi apenas um sorriso, como quem diz “espere e verá”.

  Os dois sentaram-se á mesa, e eu fiz o mesmo. Aiji colocou os pratos, copos e talheres na mesma, e logo depois a comida, sentando ao terminar. Cada vez que Miyavi e o garoto se entreolhavam, parecia que... Bom, eu não sei explicar, mas havia algo que eu poderia descrever como “carinho” naquilo. Então, o irmão mais novo se manifestou:

 -Não vai apresenta-los, Miyavi? –indagou ao irmão enquando cortava um pedaço de bife e colocava na boca.

 -Ah, é mesmo, me desculpe –sorriu, corando –Hã... Eu não sei o seu nome.

 -Yamazaki Masahito. –sorri meio que fazendo bico.

 - Isso. Kai, esse é Yamazaki Masahito, amigo do meu irmão –nós dois fizemos uma pequena reverência com a cabeça –Yamazaki-kun, esse é Kai, meu namorado.

  Eu ia colocar uma colherada de arroz no prato. Ia.

 -N...Namorado? –acho que eu estava de boca aberta.

  Miyavi consentiu com a cabeça, sorrindo e olhando para Kai, que sorriu também. Só aí pecebi que ele tinha covinhas.

  Eu estava estático com a informação. Não que eu seja homofóbico, é claro que não sou. Mas...

 -Por que está tão vermelho, Maya? –perguntou-me Aiji.

 -Sei lá haha –se você pensou que eu lembrei do beijo, parabéns, acertou.

  Aiji chegou mais perto, e meu coração acelerou de novo. Depois do que aconteceu, toda vez que ele se aproximava eu me sentia estranho, não sei por que.

 -Você se engasgou?

 -Acho que sim, mas não foi nada de mais –tossi falsamente, e seu irmão me olhou com uma feição suspeita.

  Terminamos de almoçar, e fui ajudar o moreno limpar a louça, já que Kai e seu namorado já tinham se enfiado no quarto de novo.

  A tarde passou rápido, e sem eu ao menos perceber, o garoto de covinhas já havia ido embora. Por que será que quando as pessoas se divertem tudo passa tão rápido? Não é nem um pouco justo!

Por volta de sete horas, os pais de Aiji chegaram em casa. Eles eram muito simpáticos, principalmente sua mãe, que disse que era para eu me sentir à vontade, e qualquer coisa era só chama-la. 

  Subimos as escadas e fomos em direção ao quarto já conhecido. Como tinha um banheiro lá, já fizemos a higiene geral e nos vestimos para ir dormir. E não fique achando que eu apareci pelado na frente do Aiji, que isso não aconteceu.

-Maya... Má notícia.

-O que aconteceu?

-Não tenho futon extra, você vai ter que dormir na cama comigo. Se for muito ruim, você pode dormir nela que eu durmo no chão, sem problema. –sorriu fechado.

  Ele sempre pensa no melhor para mim. Mesmo envergonhado, respondi firmemente:

-Sem problemas, afinal você é meu amigo! –percebi seu olhar cabisbaixo novamente. Algum dia vou conseguir entender o que ele significa.

  Como a cama era de solteiro, não tinha muito espaço para nós dois, mas dava pra se acomodar, era só não se mexer muito.

  Ficando tão perto dele, o “me sentir estranho” piorou, tanto que até minha respiração estava mais pesada. E agora, como vou dormir? 


Notas Finais


O trecho de música era de LM.C - A Blueberry Night ^-^
Eu acho eles muito melosos x-x'' E aí, gostaram do beijo? Sim, teve participação especial do Kai, mas como ele não é realmente um personagem da história... Se bem que ele poderia aparecer de novo... Vou colocar a tag "the GazettE" xD
Comentem <3


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