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História First (Limantha) (Cancelada) - Capítulo 4


Escrita por: lmjstro

Notas do Autor


Oi gente, como vocês estão? Eu não iria postar capítulo hoje, mas como consegui terminá-lo, resolvi postar pra vocês não ficaram esperando.

Eu estou muito feliz mesmo com todos os comentários que vocês estão fazendo, então muito obrigada! ❤ Se vocês tiverem alguma sugestão, ou alguma dica, qualquer coisinha mesmo que queiram me dizer, me mandem ou aqui pelos comentários, ou podem me chamar no meu twitter (jsguar), fiquem a vontade para conversarem comigo.

Espero que gostem desse capítulo, boa leitura!

Capítulo 4 - Capítulo 4


Poin't View Heloisa Gutierrez

Mesmo depois do momento maravilhoso que tive com a Samantha na Kombi, eu não estava preparada para tudo aquilo. Eu tinha decidido que iria correr atrás dela, que iria fazer ela se apaixonar por mim, mas eu literalmente não conseguia. Eu sabia que daríamos certo, de certa forma, mas eu não tinha a coragem necessária para fazer dar. Samantha é uma garota incrível, merece uma pessoa que seja menos problemática que eu. Eu sou toda errada, faço tudo errado, não quero acabar sendo o motivo do seu futuro coração partido ou algo do tipo, eu quero continuar com ela, mas não podia, para o próprio bem dela e para o meu também. Não sou boa em relacionamentos, e pelo o que eu sei, ela muito menos, embora pudéssemos dar certo, a porcentagem de darmos errado era milhões de vezes maior.

- Então Lica, tomou alguma decisão em relação a Samantha depois de ontem? - Pergunta Tina, assim que chego na escola.

- Tomei. - Eu infelizmente tinha tomado uma decisão, e havia acabado de descobrir que sou a própria contradição em pessoa, pois uma hora estou decidida em ficar com ela até ela se apaixonar por mim, e em outra decido desistir dela de vez.

- Você vai me contar? - Pergunta.

- Não. - Saio andando até a sala de aula, deixando ela para trás. Eu não queria conversar sobre aquilo, não queria nenhuma das meninas envolvidas nessa situação, pois logo o clima entre Samantha e eu não estaria dos melhores.

Mandei uma mensagem para a Samantha pedindo para que ela me encontrasse na sorveteria depois da escola, pois precisava urgentemente conversar com ela. Ela estava sentada no fundo da sala, então a olho, apenas para averiguar se ela havia visto a mensagem, mas ela estava me olhando com uma cara de interrogação, mas confirmou com a cabeça. Eu estava nervosa, pois iria terminar tudo com a garota que eu mais amo no mundo, eu literalmente devo ter algum problema muito sério para estar fazer isso, mas eu não conseguia enxergar outra solução para o meu problema. tudo bem que meu problema não era muito grande, mas eu o enxergava enorme, e na minha cabeça, o que eu estava sentindo não faria bem para mim e muito menos para a Samantha, já que eu magoo todos a minha volta, ela não seria uma exceção.

Assim que as aulas terminaram, eu saí da escola sem falar com ninguém, indo direto para a sorveteria, eu precisava resolver tudo de uma vez, e me livrar desse sentimento.

- Oi. - Cumprimenta, chegando perto de mim e se sentando na minha frente. Estávamos sentadas em uma mesa mais afastada das outras pessoas, então poderíamos conversar calmamente sem ninguém atrapalhar a gente.

- Oi. - Eu não estava conseguindo olhar para ela direito, pois eu sabia que se eu o fizesse, eu desistiria de acabar com tudo. - Eu só quero dizer uma coisa bem rápido. - Ela assente, para que eu continue falando. - Bom, o que nós duas temos uma com a outra é maravilhoso, mas... - Paro por um segundo, apenas para olhá-la, mas na mesma hora me arrependi, ela estava com um sorriso maravilhoso no rosto.

- Mas? - Suspiro, eu teria que fazer aquilo.

- Mas eu não posso mais ficar com você. - A olho. Seu sorriso vai morrendo aos poucos.

- Por que não? - Ela estava magoada, dava para perceber, mesmo que ela não quisesse que eu percebesse.

- Porque não está funcionando mais pra mim, eu sinto muito. - Pego em sua mão que estava em cima da mesa, mas ela na mesma hora se afasta.

- Não tem problema nenhum, Lica. - Sorri. - Você sabe que não ligo para essas coisas, estava divertido ficar com você, mas se pra você não está mais, tudo bem. - Se levanto, a acompanho.

- Mesmo? - Ela parecia magoada, mas ao mesmo tempo dá a entender que pra ela tanto faz o que tínhamos ou deixávamos de ter.

- Mesmo. - Sorri, me dando um beijo do bochecha em seguida. - Mas eu preciso ir, tenho ensaio. - Eu apenas concordo com a cabeça e ela vai embora, como se tivéssemos acabado de ter uma conversa casual.

Eu realmente havia feito a coisa certa, Samantha nunca seria capaz de sentir alguma coisa por mim.

1 mês depois.

Poin't View Samantha Lambertini

Eu não fazia ideia mais do que estava acontecendo. Lica havia se afastado de mim, sem mais nem menos, apenas se afastou, me cumprimentava apenas por educação durante a aula. Eu estava mal, triste, e todos perceberam isso, mas aparentemente, ela não. Saia apenas de casa para a escola, e da escola para a minha casa. Não sentia mais animação para ficar para os ensaios dos Lagostins, não queria sair para festas, queria apenas ficar na minha cama.

O amor é um forma abstrata de interpretar a relação entre duas pessoas. Você diz que ama uma pessoa, ou que gosta dela, mas essa pessoa nunca acredita cem por cento em você, e eu acho isso ridículo. Você deve acreditar nos sentimentos das outras pessoas, deve levar eles em conta, mesmo que você não sinta o mesmo.

Eu a amava. Amava mais do que tudo. Mas não tinha coragem de dizer, justamente por esse pensamento das pessoas sobre o amor. Todos acham que eu sou incapaz de gostar ou amar alguém realmente, acham que eu sou inabalável, que nada me deixa pra baixo e que o meu único objetivo na vida é beijar o máximo de pessoa que eu conseguir, mas não era. Meu objetivo era achar um amor, alguém que me fizesse sentir frios na barriga quando chegasse perto de mim, alguém que ficasse ao meu lado até mesmo nos meus piores dias. Eu achava que tinha encontrado essa pessoa. Eu não fazia ideia do que eu fiz de errado para ela, pra mim estava indo tudo ótimo e acabaríamos entrando na conversa tão esperada por mim, mas nunca entramos, ela simplesmente acabou com tudo de uma hora pra outra. Eu não conseguia entender. Ninguém conseguia.

Eu tinha acabado de chegar na escola e fui direto para a sala de aula, não quero falar com ninguém, não quero ver ninguém, não quero responder se estou bem ou não, afinal, era óbvio que eu não estava bem. Eu já estava sentada na sala a alguns minutos, até que os alunos começam a entrar, incluindo meus amigos e ela. Lica estava linda, como em todos os outros dias.

- Pensei que você não viria. - Diz Guto, sentando ao meu lado. Lica passa por mim e senta atrás de mim, como de costume, mas não diz nada.

- Eu não vinha. - Eu não estava olhando pra ele, continuava com meu olhar fixo no quatro, se eu me virasse de lado, iria querer falar com ela, mas do que já quero.

- Você está bem? - Eu estava cansada de responder à essa pergunta. A sala estava quieta demais, parecia que todos estavam apenas ouvindo minha conversa com Guto, mas não me importei.

- Não, eu não estou bem, e se você puder parar de me perguntar isso, eu agradeceria. - Eu fui rude com ele, sem ele merecer, mas eu realmente não estava aguentando mais tudo isso. Ele se calou ao meu lado, e logo ouvi todos a minha volta começarem a conversar, eles realmente estava ouvindo minha conversa com o Guto, mas eu não ligava.

Eu não estava ligando para mais nada, queria apenas ficar quieta na minha, sem conversar com ninguém. Eu estava sofrendo por uma pessoa que não estava em aí pra mim, mas mesmo assim, queria continuar sofrendo.

Pensar na Lica me machuca, me dilacera por dentro, mas eu não ligava, eu gostava de pensar nela, e em como ela amadureceu nesse último ano, e de como ela é linda. Gosto de pensar nos ótimos momentos que tivemos juntas. Ela parece ser forte, ser inabalável, mas eu sabia que não é bem dessa forma, e ela sabe a mesma coisa sobre mim. Eu abaixei minha muralha pra ela, eu me entreguei, mesmo indiretamente, eu sou completamente dela, mesmo sem ela se dar conta disso.

Queria entender em que momento desse último mês, ela simplesmente decidiu que não queria mais nada, queria entender também o porquê, eu estava começando a pensar que ela também gostava de mim, como eu gosto dela, mas acabei quebrando a cara feio.

"A dor precisa a ser sentinda". Esse está sendo o meu mantra. Eu li uma vez, que se você deixa a dor entrar totalmente, você a sente por menos tempo do que deixando ela entrar aos poucos, eu estava fazendo isso, encarando a dor de não ser amada pela a garota que eu amo, de uma só vez. É mais doloroso do que aos poucos, mas "a dor precisa ser sentida".

- Ei, Samantha. - Chama MB. Ele provavelmente quer que eu ensaie hoje, mas eu não estava nem um pouco afim.

- Eu não estou afim de ensaiar, MB. - Olho pra ele sem animação nenhuma, eu só queria ir embora, mas ele, por outro lado, parecia muito animado, estava faltando sair pulando pelo pátio da escola.

- Não estou pedindo pra você ensaiar, apenas para ir até o galpão comigo. - Ah não, eu não iria naquele lugar nunca mais, me trazia várias lembranças com a Lica, e embora eu goste de lembrar, ir aos lugares era outra história.

- Obrigada pelo convite, mas não. - Volto a andar em direção a saída da escola. Tina e Ellen entram na minha frente, MB estava bem atrás de mim, sorrindo abertamente. Que merda estava acontecendo?

- Olha, sem querer ser rude, você vai até o galpão sim, por bem o por mal. Foi muito difícil convencer ela a fazer isso. - Convencer ela quem? Será a Lica? Será que ela pediu para eu ir até lá? Mas ela havia deixado bem claro que não queria nada comigo mais.

- Olha, vocês me perdoem, mas não, eu não vou para aquele lugar. - Eu estava sendo rude de novo, duas vezes no mesmo dia, o que um coração partido não faz com alguém. Logo sinto MB me pegar no colo e me jogar por cima do seu ombro. Eu não estava acreditando nisso.

Mesmo se for a Lica que pediu para eu ir lá, eu não queria conversar com ela. Estava magoada e tinha todo o direito de estar. Eu a amava, mesmo ela não sabendo desse pequeno detalhe, mas eu não a perdoaria ela tão cedo por ter terminado tudo sem ao menos uma boa explicação. Assim que chegamos no galpão, MB me colocou no chão e ela estava ela, sentada no sofá, mas no canto.

- Idiota! - Grito, batendo nele.

- A Lica quer conversar com você, por isso você tinha que vir aqui. - Sorri.

- Mas vocês ao menos me perguntaram se eu queria conversar com ela? - Pergunto, para Tina e MB que estavam na minha frente.

- Não quer? - Aquela maldita voz. Me viro para encará-la. Ela estava com uma calça preta, rasgada no joelho, uma camiseta branca e uma blusa xadrez por cima. Linda.

- Não, eu não quero conversar com você. - Digo, me virando de costas pra ela, mas os dois idiotas já haviam saído e fechado a porta do galpão.

- Eu só quero te dizer uma coisa. - Olho pra ela, que estava com os olhos fixos em mim.

- Eu não quero ouvir nada do que você tenha a dizer, Lica. Nada mesmo. Eu pouco me importo. - Saio andando pelo galpão, deixando ela parada na entrada sozinha. Me sento no sofá, e alguns minutos depois, ela se senta ao meu lado.

Eu queria abraça-la, beijá-la, e ao mesmo tempo queria bater nela por estar me fazendo sofrer por ela, por ter feito eu me apaixonar por ela e depois me jogado pra escanteio. Naquele momento eu a odiava, mas também a amava. Confuso.

- Ouve o que eu tenho a dizer, por favor. - Eu a olho. Ela realmente queria dizer alguma coisa, mas eu não estava afim de ouvir sermão da Lica, porque provavelmente ela só irá falar coisas que eu já ouvi dos meus amigos e coisas que vai me magoar ainda mais.

- Você já não me magoou o bastante? - Estava pouco me lixando se naquele momento eu havia dito, indiretamente que eu gostava dela, mas eu precisava liberar esse sentimento todo que eu estava sentindo.

- Me perdoa. - Chega mais perto de mim. - Eu estava tão confusa com tudo o que estava acontecendo, que acabei fazendo besteira. - Abaixa a cabeça.

- Você é uma idiota, Lica! - Digo, olhando para frente, não queria olhá-la. - Você só precisava ser sincera comigo, só isso. - Explico.

- Eu sei. - Me olha. - Eu sou assim, faço as coisas na impulsivodade, mas desde que você saiu daquela sorveteria eu me arrependi. - Pega em minha mão.

- Se arrepender não basta. - Encaro seus olhos. Como eu queria beijá-la.

- Então me deixa falar tudo o que eu tenho pra te dizer. - Pede, apertando sua mão sobre a minha. Eu concordo com a cabeça. - Você me leva ao céu e ao inferno em questão de segundos. - Sorri. Eu a olho. - Você não só completa tudo que faltava em mim como transborda tudo que existe em mim. Você sempre me levanta quando caio, mas não percebe que na maioria das vezes consegue me segurar antes mesmo que eu caia. - Ela estava me olhando intensamente nos olhos, aquilo estava me arrepiado dos pés a cabeça. - Você me abraça e me cuida só com o olhar. Você me faz acreditar que eu dei o meu melhor hoje e posso dar o meu melhor sempre. Você me faz querer dar o meu melhor sempre; pra você, pra mim, e pra nós. - Aquela altura eu já estava chorando e ela também, mas mesmo assim não tirava o sorriso do rosto. - Nem me lembro mais de como era minha vida antes de você chegar e nem se quer consigo imaginar minha vida se você se for e gostaria que soubesse, daqui pra frente tudo que eu quero e planejo pra mim não é mais só pra mim, é pra nós. Tudo que eu quero, penso e sonho, você está sempre lá juntinho de mim, eu levei um tempo pra descobrir, um mês pra ser exata, mas descobri que não preciso de mais nada se eu tiver você. - Termina de falar, continuando me olhando nos olhos. Eu estava chorando. Ela disse tudo o que eu sempre quis ouvir vindo dela, e ela disse no momento certo. Será possível eu me apaixonar ainda mais por ela? Sorrio. - Me dá mais uma chance?


Notas Finais


O que vocês acharam?

Um recadinho rápido: o que acontece no começo e no final, não é que eu estou indo rápido demais, ok? No próximo capítulo vocês vão entender melhor.

Até o próximo!


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