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História Fixed - 23


Escrita por: ALouise

Notas do Autor


Hey, amores!
Sei que estou há mais de 1 semana sem postar e peço desculpas por isso.
Mas eu estava em transição de emprego.
Estou acordando as 4h30 de segunda à sexta agora, pois é em outra cidade.
Mas está tanto tudo certo e desejo que continue assim, amém!

Demorou, mas aqui está mais um cap... Com um hotzinho, para quem estava com saudades!

Obrigada por estarem aqui! De todo coração! <3333333333
E, excepcionalmente, na 5a feira terá outro cap quentinho, já que no domingo não poderei postar.

Bjão! =*

P.S: Playlist nas notas finais! <3

Capítulo 24 - 23


Fanfic / Fanfiction Fixed - 23

Mercy – OneRepublic

 

O restante da noite foi de comemoração. Anne se juntou a nós trocando conversas sobre as entidades que ajuda e procurando saber um pouco mais sobre cada um da empresa. Scott, Pierre e Right se deram muito bem e marcaram de assistir um jogo de futebol americano. Harry e sua namorada foram embora logo depois que ela saiu do banheiro. A garota não fez questão de se despedir e ele apenas deu um tchau geral. Eu não admitiria em alto e bom som, mas não gostei de vê-los juntos.

 

~~~#Fixed~~~

 

- E então? Como foi o jantar ontem? – Perguntou minha irmã por chamada vídeo. Haviam, enfim, concertado a rede de seu apartamento. Eram 19h30 da noite e eu havia tirado o domingo para fazer vários nadas com meu gato de estimação.

- Deu tudo certo, ainda bem! O senhor Carter é bem legal. Já a mulher e a filha... Salem, isso não é pra você! – Disse tirando meu gato de cima da mesa, que estava comendo uma fatia de salame que eu havia cortado para colocar no meu sanduíche.

- Ele está com fome, coitadinho!

- Não está. Acho que é lombriga mesmo. Preciso comprar remédio contra vermes para ele. Hoje de manhã o peguei com a cabeça dentro da minha xícara de café puro, o bebendo.

- É, talvez ele esteja precisando de um remédio mesmo. – Ela riu – Mas as mulheres eram chatas?

- A mulher dele é bem indiferente a tudo. O modo que ela te olha é como se não importasse. Mas pareceu gostar quando falaram sobre os textos motivacionais e de ver a satisfação do marido.

- Isso é algo bom, não?

- Sim. Já a filha deles ficou o tempo todo babando ovo da namorada do Harry. – Revirei os olhos.

- Ah, ele também foi? E a levou?

- Sim. Parece que ela veio da Alemanha para ficar com o “beau petit ami”. Bleh! – Ju deu risada.

- Eu não te vejo falar francês desde que parei de te encher o saco para estudar comigo, eu acho.

- Pois eu te devo uma por entender o que a modelo falou durante o jantar.

- E o que ela disse?

- Desmereceu todos os que trabalhavam com Gem, além de se direcionar a mim como folgada e vulgar, como todo brasileiro, segundo ela.

- E quem aquela despeitada pensa que é pra falar assim de você?? – Minha irmã se alterou.

- Ju, a Luz acabou de dormir!

- Ela está no quarto e eu estou puta com essa... Essa... Puta francesa com cara de cavalo!!! – Eu comecei a rir demais – Eu tô falando sério!

- Eu sei, por isso é tão engraçado!

- E aquele imbecil do namorado dela não teve o mínimo de senso ao ouvir isso?

- Ele não ouviu. Pelo menos não algumas partes. Na verdade, nem sei se ele entendeu as coisas que ela disse.

- Eles que fiquem juntos. Devem se merecer!

- Pois é. – Suspirei.

- E você vai encontrar um homem de verdade, Aria. Eu sinto isso!

- Eu já encontrei um emprego e tenho um gato. Obrigada. – Ju deu risada.

- Você é difícil, viu?!

 

Tomei apenas um lanche para dormir. Eu ainda estava me sentindo mentalmente exausta. Queria dormir logo, pois sabia a pilha de e-mails e revisões que me aguardavam no trabalho.

Me deitei pensando na frase de minha irmã sobre Gucci e a modelo “Eles que fiquem juntos. Devem se merecer".

Não sei se eles se merecem... Mas não tinha dúvidas de que estavam juntos, mesmo Harry tendo negado dias atrás. E, de alguma forma, eu a invejava por isso.

 

 

Without You Here – The Goo Goo Dolls

Acordei e fui fazer meu ritual de todo dia, mas estranhei quando não vi Salem entre minhas pernas na cozinha. Ele sempre me acompanha depois que me troco no banheiro e venho preparar o café.

- Salem? – Olhei pela sala e nada – Salem, cadê você? – Também não estava em cima da minha cama. Olhei em sua casinha no chão e ele estava lá, em cima de uma poça de vômito, desfalecido – AI, MEU DEUS! – O tirei de lá rapidamente. – Salem! Acorda, por favor! – Eu corri para o banheiro e o limpei com um pano úmido. Seu nariz estava morno e respirava com dificuldade – Salem! – Ele apenas ressonava muito baixo. Liguei para a veterinária e ela me pediu para levá-lo com urgência para a clínica dela do outro lado da cidade. Não pensei muito, apenas o enrolei em uma toalha, peguei minha bolsa e saí, entrando no primeiro taxi que vi em minha frente.

 

Assim que cheguei à clínica perguntei pela doutora Jasie Gordon e a secretária me disse que logo viria, me pedindo para sentar e aguardar.

- Fica comigo, por favor! – Minhas lágrimas de angústia despontaram sem permissão enquanto olhava meu amigo em meu colo.

- Se acalme, senhorita. Ela está vindo. – Segui o olhar da secretária e a vi abrindo uma porta de vidro perto de nós.

- O que aconteceu com o nosso garoto? – Perguntou a doutora, abrindo com cuidado os olhos do Salem.

- E-eu não sei. Eu acordei, ele não me acompanhou até a cozinha como sempre faz e eu fui até a caminha dele, estava no meio de uma poça de vômito, quase desmaiado e eu...

- Calma, Aria. – A veterinária pediu, o tirando do meu colo – Eu vou examiná-lo. Fique aqui que logo darei notícias dele, ok? – Não me esperou responder e sumiu para trás da porta de vidro com Salem. Eu não conseguia tirar os olhos do corredor. Tinha medo de perder aquele que se tornou meu melhor amigo desde que chegou em minha vida.

- Tome. – Uma voz perto de mim me disse, oferecendo um copo de água e um sorriso compreensivo – A doutora vai cuidar bem dele.

- Obrigada. – Bebi um gole de água tentando me acalmar.

- Pode me passar os seus dados e os do seu gatinho, por favor? – Assenti. Disse a secretária tudo o que me pediu e me sentei para aguardar notícias. Meu celular tocou e foi quando me dei conta de que era segunda-feira e que não havia ido trabalhar.

- Aria, onde você está? Andrew disse que você passou correndo por ele com uma expressão estranha. Ele te chamou, mas você não ouviu. Estou preocupado.

- Ai, me perdoe, Right. Estou na clínica veterinária da Dra. Jasie Gordon. Salem estava desmaiado em uma poça de vômito quando acordei.

- Minha nossa! E como ele está?

- E-eu não sei. Já faz algum tempo que a doutora o levou e não saiu de lá com nenhuma notícia. – Voltei a chorar.

- Deus! Não chore, por favor. Eu gostaria muito de ir até aí, mas não posso.

- E-eu entendo. – Respirei fundo – Por favor, avise a Gem e a Hay para mim. Eu faço hora extra, trabalho no sábado, qualquer coisa, mas não consigo ir para empresa agora.

- Falarei agora mesmo. Estou ao lado da sala da Gemma. Tive esperança de que você havia vindo mais cedo a empresa para resolver algo. Me passe o endereço da clínica. – Eu falei –Fique bem e me dê notícias. Vou avisar o Mike para ir até aí e ficar com você.

- Não precisa, Right. Sei que Mike tem coisas para fazer.

- Eu vou falar com ele mesmo assim. Um beijo e, hey, Salem vai ficar bom! Tenho certeza.

- É o que eu mais desejo. – Suspirei chorosa – Obrigada.

 

Cada minuto parecia eterno sem notícias e eu tentava entender o que aconteceu com meu pequeno. A porta de entrada se abriu e vi Mike correndo em minha direção com os braços abertos, me acolhendo.

- Ah, docinho! O que ele tem?

- N-não sei. Quando o peguei estava cheio de vômito e mole em meus braços. Parecia quase morto. – Solucei.

- Oh, meu Deus! Mas ele vai ficar bom. Salem é forte e esperto.

- Eu não sei mais ficar sem ele, Mike.

- Shhhh... Não vai ficar. Você vai ver. – Quase uma hora depois, ela voltou. Levantei da cadeira antes mesmo dela chegar a mim.

- Como ele está?

- No momento, dormindo e no soro. Você lembra se ele comeu algo fora da sua dieta habitual?

- Não sei. Eu... – Os flashes dele com a cabeça dentro da minha caneca e mastigando salame vieram em minha cabeça – Na verdade, sim. Ontem de manhã eu o peguei bebendo meu café puro em minha caneca e de noite comeu uma fatia de salame enquanto eu estava no telefone com minha irmã. Até comentei com ela que ele poderia estar com vermes ou algo do tipo.

- Hummm... É provável que seja, pelo que me disse agora. Mas essas coisas são fortes demais para o estômago de um gato, ainda mais da raça dele. Podem ter gerado algum tipo de intoxicação. Fiz uma lavagem estomacal e alguns exames de sangue e saliva, mas os resultados demoram um pouco para sair.

- Mas ele está fora de risco?

- Acredito que sim. Mas preciso averiguar melhor o estado dele. Por isso quero deixá-lo em observação até amanhã. – Minha cara de pânico deve ter alertado Mike.

- É para o bem do Salem, docinho.

- E-eu sei. Mas... Queria ficar com ele.

- Entendo sua angústia, Aria. Mas te garanto que Salem está bem amparado. Não há o que você possa fazer agora. Eu entro em contato com você para te deixar a par do que está acontecendo. – Prometeu Jasie – Mas, no momento, o que ele precisa é de repouso e soro. –Eu não queria deixá-lo ali, mas não podia fazer nada.

- Posso vê-lo antes de ir?

- Claro! Me acompanhe. – Deixei minha bolsa com Mike e acompanhei Jasie até a ala de internação.

 

Ele parecia fraco e indefeso, diferente do porte robusto e altivo que sempre tem. Havia um soro espetado em sua barriga, que se movia devagar.

- Como eu disse, ele está sedado apenas para que descanse. Fez muito esforço ao expulsar o que comeu para fora. Fiz uma limpeza oral nele e levei o que recolhi para análise. Quero colher urina e fezes para fazer o mesmo. – Assenti observando meu amigo desfalecido. Era doloroso vê-lo assim – Pode se aproximar. Vai ser bom para ele sentir sua presença. – Me aproximei e afaguei sua cabecinha.

- Me perdoe por não estar tão atenta a você ultimamente. – Disse em lágrimas – Você é o melhor companheiro que alguém pode ter. Gostaria de ficar aqui, mas não posso. Por favor, melhore. Eu amo você, Salem. Amo demais! – Dei um beijo em sua cabecinha e a afaguei mais uma vez. Jasie colocou a mão em meu ombro, chamando minha atenção.

- Ele vai ficar bom. Sabe que é amado. Isso faz toda diferença na recuperação, sabia? Volte para casa agora e fique tranquila. Salem será bem cuidado.

- Obrigada, Jasie. E não hesite em me ligar, por favor.

- Ok.

 

Quando saí pela porta de vidro, Mike estava no celular... No meu celular.

- Aria acabou de voltar. Quer falar com ela?... Ok. – Estendeu o telefone.

- Quem é?

- Gucci. – Meu peito se apertou – Ele ligou perguntando o que tinha acontecido. – Peguei o telefone.

- Alô?

- Meow, como o Salem está?

- Fraco. Está no soro. Vomitou demais durante a noite... E-eu não o ouvi. Eu me sinto tão mal por isso. – Disse chorosa.

- Hey, não fique assim.

- Foi culpa minha. Eu não devia ser tão desatenta com ele.

- Não foi culpa sua. Gatos são imprevisíveis. Não temos total controle sobre eles. Não se culpe e não chore mais por se sentir assim, ok?

- Vou tentar.

- Eu gostaria de ir até aí... Mas não posso.

- Tudo bem. Nem eu posso ficar aqui. A doutora disse que Salem vai ficar em observação até amanhã para mais exames e ver como ele passa a noite. Mas já agradeço por ter ligado.

- Não precisa agradecer. Estava com minha irmã ao telefone quando Right entrou em sua sala dizendo a ela o que aconteceu, que me contou logo depois. Fiquei preocupado. – Se fez um silêncio na linha e eu só ouvia sua respiração – Ele vai melhorar, você vai ver.

- Espero que sim.

- Amanhã eu ligo novamente para saber como vocês estão. Ok?

- Ok.

- Então... Até logo.

- Até logo. – E desligou. Meu coração se aqueceu com sua ligação. Me senti estranhamente confortável por ele ter se importado.

 

Liguei para Gemma enquanto entrávamos no taxi.

- Nossa, Aria! Que triste! Mas vai ser bom ele ficar em observação e fazer mais exames. Vai dar tudo certo.

- É o que eu mais desejo. – Suspirei – Eu vou em casa para limpar a sujeira, mas após o horário de almoço vou para empresa.

- Tire o dia, Aria. Sei o quanto é estressante essa situação.

- Obrigada, mas eu prefiro trabalhar, Gem. Se eu ficar em casa e não o ver, vou ficar mais angustiada. O trabalho vai me ajudar a manter a calma.

- Se é o que deseja.

- É sim. E muito obrigada por compreender. Depois conversamos sobre como posso repor.

- Não pense nisso agora, ok? E passe em minha sala quando chegar aqui. Quero te dar um abraço.

- Obrigada, Gem.

 

Limpei toda a caminha, os brinquedos e o quarto. Foi impossível não chorar novamente me lembrando do estado em que estava. Eu me sentia culpada por não ter acordado enquanto ele estava mal. Mike ficou comigo me ajudando e consolando todo o tempo até eu ir para o banho. Troquei a roupa que estava e passei apenas um perfume e desodorante para ir ao trabalho. Geralmente vou com uma maquiagem neutra, mas não sentia vontade de me arrumar mais do que isso.

Cheguei à empresa e fui a sala de Gem.

- Com licença.

- Entre, Aria. – Fechei a porta e Gem veio ao meu encontro, me abraçando – Como está?

- Tentando me acalmar. Mas a cena dele desmaiado quase sem respirar me volta a cabeça toda hora.

- Ah, amiga! Se pudesse, apagava essa cena de sua mente. Pense que ele está com a veterinária agora, se recuperando. Entendo o que está sentindo, pois já passei por isso com meus gatos. Vamos pensar positivo, ok? – Assenti – E saiba que qualquer coisa que precisar sobre o Salem, me avise.

- Ok. Obrigada, Gem. Obrigada, mesmo!

 

O dia passou se arrastando. O trabalho me ajudou um pouco a me ocupar, mas sempre me via com os olhos no celular aguardando uma mensagem ou uma ligação de Jasie sobre Salem. As meninas tentavam me animar e eu as agradecia em meu íntimo.

Right, como sempre, me esperou para irmos embora.

- Alguma notícia?

- Não. Não sei se isso é bom ou ruim.

- Vamos pensar que é bom. – Meu celular tocou e o nome “Dra. Jasie" brilhou na tela.

- Alô?

- Aria? É Dra. Jasie. Liguei para dizer que Salem está bem melhor. – Senti meu corpo inteiro se soltar em alívio.

- Verdade?

- Sim. Consegui colher urina e fezes dele e a análise saiu em poucas horas. Amanhã as 9hs ele estará de alta. Tenho algumas recomendações a fazer e lhe mostrar os resultados dos exames.

- Tudo bem. Estarei aí. Obrigada por tudo.

- Por nada. Até amanhã.

- Pelo seu sorriso, as notícias são boas. – Disse Right assim que desliguei o celular.

- Sim. Salem está melhor e vai ter alta amanhã as 9hs!

- Wow! Isso é ótimo!

- Sim! Preciso avisar a Gem e a Hay.

 

Contei a Mike assim que cheguei em casa e ele ficou tão feliz quanto eu. Ele ama Salem como se fosse seu. Hay me deu o dia todo de amanhã para ficar com meu pequeno e disse que depois acertaríamos de que forma pagar. Eve foi em casa quando chegou do trabalho dizendo que Mike o avisou. Ele me fez companhia até tarde da noite, jantamos e conversamos como há tempos não fazíamos. Foi ótimo. Me fez esquecer a angústia que passei durante todo o dia.

- Sua companhia é maravilhosa, mas preciso ir. Já são quase 1h15. – Disse olhando o relógio e depois para mim – Você vai ficar bem?

- Sim.

- Certeza? Vejo que hora o outra seus olhos vasculham por toda parte, o procurando.

- É a força do hábito. Estou realmente com muita saudade, mas sei que está na clínica para melhorar. E amanhã ele estará aqui comigo de novo. – Sorri desejando que o amanhã chegasse logo.

- Bom, se precisar de qualquer, me chame.

- Farei isso. – O abracei sem que ele esperasse, mas sendo acolhida em seguida – Obrigada por me fazer companhia, Eve. Foi muito bom e importante para mim.

- Vocês são importantes para mim, Aria. – Beijou carinhosamente meu rosto – Boa noite.

- Boa noite.

 

Ver sua caminha vazia me doía, mas repeti para mim mesma que era apenas por hoje.

Olhei para o celular pensando se deveria ou não avisar ao Gucci sobre a alta de Salem. Minha consciência estava dividida.

 

“Ele pode estar com companhia. Vai mesmo ligar?”

 

“Ele se importou em ligar para saber como Salem estava. Seria uma forma de demonstrar gratidão, que se importa.”

 

“Mais um motivo para não dizer nada. Demonstrar que se importa pode dar coisas a entender.”

 

- Amanhã, depois que Salem estiver em casa, eu aviso. – Decidi para pôr um ponto final nessa discussão mental. Pensei por mais alguns minutos em como Salem estaria e adormeci.

 

 

Acordei as 8hs, aproveitei para dormir o máximo possível. Tomei banho e coloquei uma camiseta, camisa de flanela, jeans e um tênis. Tomei um pouco de café ainda procurando Salem instintivamente pela sala e cozinha. Ele me faz tanta falta!

Pedi um carro pelo aplicativo e fui aguardar na entrada.

- Bom dia, menina.

- Bom dia, senhor Johnson. Tudo bem?

- Tudo bom. E com você e seu gatinho? Ryan me contou o que houve.

- Ele está melhor agora. Ficou internado e vai receber alta daqui a pouco, por isso não fui para o trabalho. Elas me deixaram folgar o dia de hoje para descontar mais para frente. Confesso que estou mais tranquila.

- Ah, que bom! – Meu carro chegou e eu fui ao seu encontro – Aproveite seu dia de folga com seu amigo felino.

- Vou aproveitar. Obrigada!

 

Adentrei a clínica ansiosa. Perguntei a secretária sobre Salem e ela disse que logo a doutora viria conversar comigo.

- Bom dia, Aria.

- Bom dia, Jasie. Como está o Salem?

- Está ótimo! Mas vamos conversar no consultório. Venha, por favor. – A acompanhei, adentrando o lugar com muitos quadros de partes de corpo caninas, felinas e de outros animais domésticos, animais de gesso e fotos de cães e gatos em cima da mesa. Me indicou a cadeira à frente da mesa e se sentou na sua – Salem ainda está um pouco sonolento devido aos medicamentos. Vai ficar assim o dia todo, por isso não estranhe. Pelos resultados dos exames, além de constar uma intoxicação alimentar devido a gordura e a cafeína, deu positivo para vermes. – Assenti me sentindo culpada. Fui muito desatenta com ele – Isso é normal. Aqui está o medicamento que ele deve tomar – Me passou o remédio – Eu já ministrei uma dose. Falta apenas mais uma para dar no horário marcado na caixinha. Recomendo que, por pelo menos mais seis dias, ele coma ração úmida. Seu estômago e garganta ainda estão sensíveis e não acho uma boa ideia forçar alimentos muito secos nesses dois lugares por um tempo.

- Ok.

- Agora, vamos pegar nosso pequeno travesso?

- Sim, por favor!

 

Ela me levou para outra sala, na qual Salem estava deitado em uma espécie de gaiola. Jasie me pediu sem fazer barulho para me aproximar.

- Salem? – Suas orelhas levantaram rapidamente e ele olhou para mim.

- Rrow! – Seu miado saiu fraco, mas seus olhos sonolentos me diziam que estava feliz por me ver. Senti meus olhos marejarem instantaneamente.

- Meu amor, como está? – Afaguei sua cabeça como podia e ele se esfregou um tanto vagaroso.

- Vamos melhorar esse reencontro. – Jasie o tirou da gaiola e o entregou para mim. Seu ronronado de gratidão aqueceu meu peito e eu o abracei mais.

- Ah, que saudade de você, meu amor!

- Vamos esterilizar sua caixinha para que você possa o levar sem riscos. – Disse pegando a caixinha e a levando para fora da sala, voltando um tempo depois e eu o coloquei lá dentro. Eu queria ficar com Salem no colo, mas seria melhor para ele ir na caixinha até em casa.

- Obrigada. Eu fiz o mesmo com as coisas dele em casa ontem.

- Fez bem. Bom, se cuidem e qualquer problema, entre em contato.

- Muito obrigada por tudo! – Dei três passos e me lembrei de algo muito importante – Minha nossa, estava me esquecendo de lhe pagar! Quanto ficou todo o procedimento?

- Não se preocupe com isso. Já foi acertado. – Acertado?

- Como assim, já foi acertado?

- Já acertaram tudo. Não se preocupe.

- Mas, quem acertou?

- Eu não estou autorizada a dizer, Aria. Mas posso garantir que é alguém que não queria que se preocupasse com isso. – Deve ser a Gem.

- Eu já imagino quem pode ser. Depois falo com ela. Obrigada mais uma vez.

 

Voltei para casa e parei um pouco para falar com senhor Johnson e o Andrew, que ficaram felizes por verem meu gatinho bem, mesmo sonolento.

Tirei Salem da caixinha assim que me sentei no sofá, o deixando em meu colo. Afaguei sua carinha fofa e seu olhar preguiçoso, mas carinhoso, me encarou, miando fraco, porém parecendo feliz por voltar para casa.

- Está feliz por voltar?

- Rrow! – Esfregou a cabeça em minha mão dando vários miadinhos como se me disse “obrigado".

- Eu amo você, Salem. Amo muito!

- Rrow! – Miou me olhando com os olhos quase fechados.

- Prometo dar mais atenção a você e ao que você faz. – Ronronou – Vamos assistir filmes hoje. Mas preciso comprar sua comida. – Minha porta bateu e eu o peguei em meu colo para abri-la. Como sempre, ele entra na correria e falando rapidamente.

- Hey, docinho! Como ele está? AHHHH, MEU MENINO TRAVESSO E GULOSO! – O pegou de meu colo – Não faça mais isso com a gente, por favor! – Mike disse emocionado.

- Rrow!

- Vou entender isso como um ok. Mas o miado dele está tão fraquinho.

- É pelo esforço que fez. A doutora disse que ele ainda está se recuperando.

- Entendo. Bom, eu vim ver como ele estava e perguntar se você precisa de algo agora. Mais tarde terei que ir até um dos escritórios dos quais sou freelancer para uma reunião. – Rolou os olhos – Estou muito feliz por ir, dá para perceber, né? – Eu ri.

- Na verdade, eu precisava sair para comprar algumas latas de ração úmida para o Salem. Mas não queria ficar longe dele.

- Você está com uma carinha mais manhosa do que a dele. – Olhou de mim para Salem – Ok, eu vou.

- Você é maravilhoso! – Beijei seu rosto – Vou pegar o dinheiro. – Fui ao quarto e voltei com a quantia – Acho que dá para duas latinhas. Depois eu compro mais. Vou receber na quinta-feira.

- Ok. – Guardou o dinheiro e me devolveu Salem – Um salto e eu já volto.

 

Mike não demorou muito. Almoçou com a gente e depois foi para casa se arrumar. Salem comeu metade da ração que coloquei em seu potinho. Assisti dois filmes com ele em meu colo até que se levantou e saiu caminhando devagar pela casa e eu o segui com medo que se sentisse mal. Mas ele foi até meu quarto, olhou sua caminha, a amassou como bem queria e se deitou, ronronando em satisfação.

- Acho que estava com saudade do seu cantinho, não é?! – Sorri sozinha – Depois venho dar mais uma olhadinha em você.

 

Decidi ler um pouco para passar o tempo, atenta a qualquer barulho que Salem fizesse, mas o único que ouvi foi o da porta. E me assustei assim que a abri.

- Oi. – Camuflado como podia, sua voz verberou por meu corpo todo.

- Oi. – Respondi, surpresa. Dei um passo para trás abrindo mais a porta e ele entrou, retirando gorro e óculos assim que a fechei. Me olhou depois de bagunçar os cabelos.

- Por que essa cara assustada?

- Não esperava ver você tão cedo. Muito menos que viesse em minha casa em plena luz do dia.

- Eu ia ligar, mas... Sabia que precisaria disso, então... – Me estendeu uma sacola de papelão. Havia muitas latas de ração úmida. Isso só me fez pensar em algo.

- Foi você, não é? Quem pagou a veterinária?

- Foi sim. – Disse soltando os ombros – Dei um jeito e estive lá ontem à noite. Não queria que se preocupasse com isso.

- Eu agradeço, mas quero pagar. A ração e a internação.

- Não precisa.

- Mas eu quero.

- Aceite como um presente, Meow. Por favor.

- Não posso. Salem já foi um presente. O melhor que já ganhei. – Esboçou um sorriso tímido que me fez segurar um suspiro – Mas, é meu, entende? Minha responsabilidade. – Rolou os olhos e pensou, pensou e pensou antes de me responder.

- Eu vou pensar em uma maneira de você me pagar, mas não vai ser em dinheiro. Ok?

- Harry...

- Ok ou nada feito.

- Ok. – Foi minha vez de rolar os olhos.

- Onde Salem está?

- No meu quarto. Assistimos dois filmes até ele cansar do meu colo e ir caminhando até sua cama.

- Posso vê-lo?

- Claro.

 

Fomos até o quarto e ele ficou observando Salem, agachado e afagando sua cabeça.

- Parece bem melhor.

- Sim. É um alívio o ver em casa novamente e tão tranquilo. – Gucci sorriu e se levantou, olhando ao redor, parando na cama. Seu olhar veio para mim e me senti incendiar – Ahm... Você quer um café? – Ofereci tentando esquecer o que se passava em minha mente.

- Sim. Obrigado.

 

Fomos para a cozinha e preparei uma caneca para ele e depois para mim. Após um tempo em silêncio, ele o quebrou.

- Como você está?

- Bem, agora. Mais calma depois de tudo. E você?

- Bem também. Aproveitando esse tempo de folga.

- Entendo. – Mais silêncio. Nossos olhares se cruzavam e se sustentavam. Prendíamos um monte de palavras; bom, eu sei que eu prendi. Mas sabia que não era certo dizer. Vi que sua caneca estava vazia – Quer mais café?

- Ahm? Ah, não. Obrigado. – Peguei-a e a levei para a pia junto com a minha. Quando me virei, mãos já me agarravam e seus lábios tomavam os meus. Sex On Fire – King Of Lion

Minha nossa! Como beija bem!

Seu corpo prensou o meu, devorando meus lábios de uma maneira que fervilhava todos os pontos do meu corpo. Encaixou meu quadril no seu e meu corpo respondeu da maneira mais atrevida que podia. Suas mãos viajaram pela minha camiseta, apalpando minha pele. As minhas adentraram seus cabelos o afagando, trazendo seus lábios o quanto podiam para mim. Suas mãos me abraçaram mais e me levantaram. Supus que estávamos caminhando para algum lugar até sentir minhas costas se chocarem com algo.

- Au!

- Desculpe. – Era a parede do corredor. Seus lábios voltaram aos meus e logo depois minhas costas se chocaram de novo com algo macio. Eu não ia parar para raciocinar, não agora. Meu corpo e meu cérebro só queriam uma única coisa.

As roupas foram retiradas rapidamente e seus lábios tomaram meus peitos, os chupando, mordiscando.

- Nossa! Nossa! – Grunhi. Sua mão foi até minha intimidade, a afagando com vontade, mas isso não me machucava. E sim me ardia de uma forma que não sentia desde a vez em que transamos. Com seus lábios em meu peito e sua mão me masturbando, o orgasmo veio tão forte que meu corpo convulsionava. Pegou rapidamente a camisinha, a colocando e penetrando em mim, estocando precisamente.

- OH, PORRA! PORRA, QUE DELÍCIA!

- Ah! Ah! Mmmm!

- PORRA! Você é tão gostosa!

- Ahh!

- Geme pra mim, Meow!

- Mmmmmmmm!

- Isso! Isso!

- Oh, Nossa! Nossa!

- Seu sexo está me queimando! Porra, que delícia!

- Ah! AH!

- Oh, Meow! OHHHH! PORRA! – Estocou mais e mais forte até eu explodir em mil pedaços no ar e ele gemer mais e mais no meu ouvido até gozar.

 

Pouco depois nós ainda estávamos trêmulos e ele não levantava a cabeça do meu peito. Quando parou de tremer, levantou a cabeça, olhando em meus olhos. Era muito forte a atração que eu sentia por ele. Quase insuportável.

- Eu... Senti a sua falta. – Falou em um fio de voz. Fechei os olhos por segundos. Oh, droga! Por que diz isso?!

- Não consigo acreditar nisso.

- Mas é verdade.

- Então por que não me mandou mais mensagens, como fazia antes? Você disse que nada mudaria. – Estalou os olhos.

- E-eu não sabia como falar. E você também não me mandou nenhuma mensagem.

- Também não sabia como conversar... – Murmurei olhando para o lado.

- Sem dizer que sentia minha falta? – Se retirou de mim, amarrando a camisinha e se sentando ao meu lado. Não o respondi.

- Nós tínhamos combinado que seria apenas por aquele fim de semana.

- Eu sei. Mas... – Pensou um pouco – Merda! Minha vontade era te mandar mensagem dizendo que eu queria de novo. Não só o sexo, mas tudo o que aconteceu. – E eu queria muito acreditar nisso, mas flashes dele com a modelo gritavam em minha mente.

- Você já tem alguém para o cargo. – Levantei colocando minha camiseta e procurando a calcinha.

- De quem está falando?

- Você sabe de quem. – Não fiz questão de o encarar e nem de parar o que estava fazendo.

- Eu disse que não estou com ela.

- Ah, por favor, Gucci! Claro que está! – O encarei – Vai me dizer que não transou com ela esses dias em que ela estava por aqui? Ou talvez ainda esteja. Ou com outras escolhas também. – Suspirou bagunçando os cabelos.

- Sim, eu transei. E me senti vazio, ok? Todas as vezes, que não foram muitas. Mas todas as que eu tentei depois daqui, depois da nossa conversa, eu me senti vazio de novo. E com você não é assim. Eu não me sinto vazio quando a gente transa, não me sinto vazio quando conversamos. Eu me sinto... Eu mesmo. Sem holofote, sem cliques, sem filmagem... Sou apenas... Eu. – Ah, meu peito esmagado!

- Harry...

- Eu sinto falta disso e também do seu sexo. – Se aproximou de mim, nu e deliciosamente cheiroso – Aria, estou sendo honesto. Eu não vou conseguir ficar longe. Eu gosto da sua amizade, gosto da sua conversa e tenho um tesão enorme no seu corpo, no seu cheiro, no seu sexo. – Afagou meu rosto – Eu quero que a gente continue se vendo, conversando e transando quando quisermos. – Isso é insano!

- Você está com a modelo, Gucci.

- Ela é apenas uma fachada. Uma troca de favores.

- Uma fachada com a qual você transa.

- Ela é um pé no saco a maioria das vezes! – Enfiou as mãos nos cabelos, frustrado, andando pelo quarto – Eu só a suporto por conta das condições que sou obrigado a aceitar. Mas... É a sua companhia e o seu corpo que eu quero. Nossa amizade colorida me faz bem. Não faz a você? – FAZ... Faz demais! Mas é loucura!

- Eu não sei jogar esse jogo.

- Isso não é um jogo. – Respirei fundo depois de um tempo em silêncio e o encarei nos olhos.

- Talvez você não saiba de todos os meus defeitos, mas vou te dizer mais um deles: Eu sou egoísta, Harry. Eu não sei dividir quem está comigo, mesmo que mais ninguém saiba. Eu não sou liberal. Não sei ser assim.

- O que quer dizer com isso? – Fechei os olhos. Não acredito que vou dizer isso, mas ok.

- Que, se você quer que essa amizade colorida continue assim, vai ser sem mais ninguém, além de você e eu. E quando um dos dois cansar disso, seremos adultos o suficiente para dizer.

- Isso quer dizer que concorda? – Sorriu eviesado. Maldito sorriso!

- Depende da sua resposta. – Levantei uma das sobrancelhas. Ele fechou os olhos, suspirando.

- Sua condição é sermos fixos um do outro. – Assenti – Ok. Só nós dois e ninguém mais. – Assenti novamente e fui para a porta – Aonde você vai?

- Ver se Salem está bem. – Eu precisava sair dali para respirar um pouco sem o desejar. Me alcançou e me colou em seu corpo, dizendo com uma voz morna.

- Ele está bem. Eu que não estou.

- Isso era para ser uma cantada?

- Sim.

- Sinto muito, não deu certo. – Saí de seus braços e fui até o quarto. Salem continuava a dormir.

- Hey, ele está bem. – Disse um pouco mais baixo entrando no quarto, ainda nu.

- Eu sei. Mas fico tensa ao lembrar...

- Hey heey, já passou, hu? – Apertou de leve meu ombro – Vem, vou fazer você relaxar. – O olhei desconfiada – É só uma massagem. Não confia? – Não, mas decidi não comentar. Apenas o segui.

 

Permission – New Hope Club

Me pediu para retirar toda a roupa, me deitar de barriga para baixo e começou com uma massagem, apertando precisamente os meus ombros doloridos, descendo para as minhas costas, retirado a tensão. Deslizando com pressão moderada as mãos fortes por minhas coxas, retirando a tensão das panturrilhas e indo para os meus pés.

- Você não tem cócegas? – Perguntou distraído.

- Nos pés, não.

- Hum... E onde, então?

- Se depender de mim, nunca vai saber.

- Ahhh, Meow... Sinto lhe dizer, mas na maioria das vezes, eu sempre descubro. Pode demorar, mas eu descubro. – Pressionou um pouco mais no meio de um dos meus pés e isso começou a me excitar – Vire-se, por favor.

- Não era apenas nas costas? – Perguntei enquanto me virava. Subiu entre meus quadris e aproximou seu rosto do meu.

- Não faço nada do que gosto pela metade. Ou é tudo ou não é nada. – E continuou me encarando. Sua voz e seu olhar pareciam líquidos sobre meu corpo; verberavam em ondas fortes e deliciosas – Pode fechar ou manter os olhos abertos; é sua escolha. – Murmurou baixinho.

- O que vai fazer? – Apenas sorriu e foi em direção a minha orelha esquerda, sugando meu pequeno brinco e fazendo sucção, como faz em meu peito. A sensação pareceu escorrer até minha intimidade, me fazendo latejar.

- Tantas coisas... – Sussurrou em meu ouvido assim que soltou minha orelha – Quero que se lembre de todos os lugares pelos quais passeei em você até conseguirmos estar assim de novo. – MINHA! NOSSA!

Sua língua passeou por meu pescoço. Seus dentes roçavam minha pele até que seus lábios se encaixaram no bico do meu seio. Me encarou enquanto o sugava e eu não aguentei mais manter os olhos abertos. Era intenso e delicioso. Seus dentes me mordiscavam, sua língua me lambia e os lábios me sugavam sem cessar. Minhas pernas se abriram instintivamente, enquanto eu grunhia e segurava seu corpo e seus cabelos como podia. Uma de suas mãos segurava meu outro seio enquanto a outra tentava me manter no lugar. Quando achei que gozaria, ele parou e eu soltei um muxoxo, o fazendo sorrir. Idiota!

Não feliz por já ter mordiscado um peito, foi para o outro e fez o mesmo. Cada vez que seus dentes mordiscavam meu bico, eu me contraía de tesão. Vez ou outra em que conseguia abrir os olhos podia ver sua bunda se contrair, procurando meu meio de alguma forma. Ele já estava excitado e eu louca para retribuir. Mas ele soltou meu seio, abriu minhas pernas e me tomou em sua boca, como se comesse um doce suculento. Suas pálpebras se apertavam e ele murmurava enquanto me sugava, acendendo mais o meu tesão.

- Oh, meu... meu... meu... – A frase era desconexa. A única conexão que eu desejava era de seu corpo com o meu. Até ele me sugar, uma, duas e a terceira vez ser explosiva demais para que eu segurasse, me deixando levitar em satisfação. Ele continuava a me lamber enquanto eu ainda tremia.

- Isso é muito bom! – Continuava a me sugar enquanto murmurava.

- Eu quero chupar você! – Murmurei ainda bêbada.

- Eu gostaria... Mas não hoje.

- Por quê? – Merda! Está me estimulando de novo... Oh, nossa, isso sempre vai ser bom assim?

- Porque quero gozar dentro de você hoje. – Me sugou mais uma vez e eu solucei – Sentindo você em volta de mim, me apertando.

- Merda! Coloca logo a camisinha! – Ele procurou outra camisinha em sua carteira, a colocou rapidamente e me penetrou, abraçando meu corpo, estocando rápido, fazendo meus olhos rolarem de um prazer o qual nunca tinha provado até o conhecer.

- Merda! Isso... Isso é tão bom, baby! – Meus lábios estavam presos entre os dentes porque eu queria gritar.

- Mmm!

- Seu cheiro me deixa acesso. Seu cheiro, seu ronronado. – Diminuiu as estocadas, encaixando-se até tocar meu fundo, lambendo meu pescoço, me fazendo soluçar por me sentir tão sensível.

- Deus! – Me contraí toda e isso o fez urrar.

- OH, PORRA! – Grunhiu, voltou a acelerar, agarrando meu corpo e falando ao meu ouvido – Você me dá um tesão terrível, baby!

- Ah! Ah! Ah!

- Isso... Goza, goza pra mim, minha linda! – E eu gozei anestesiada pelo que me dizia e me fazia sentir.

Quando acabou achei que iria se levantar e sair, mas não. Quis ficar na cama, de barriga para cima olhando o teto em silêncio com um aparente sorriso nos lábios.

- Está tudo bem? – Perguntei.

- Ótimo! – Ampliou o sorriso – Gosto do seu apartamento.

- Eu também gosto. É calmo e com vizinhos calmos também.

- É bom ter as paredes forradas também, hu? – Rimos.

- Besta! – O empurrei – Mike não está. Tinha uma reunião em uma das empresas nas quais é freelancer. Não estava muito a fim de ir, mas não tinha outro jeito.

- Mike escreve textos?

- Sim.

- Bons textos?

- Sim. Muito bons!

- Então por que ele não escreve para a Gem?

- Na verdade, eu não havia pensado nisso. – Não havia mesmo! Ele já estava tão atarefado com as empresas que escrevia, que nunca havia pensado. Me senti burra por um instante.

- Ele escreve para muita gente?

- Para três lugares. Mas em um deles disse que estava insuportável.

- Hum... Acho que ele deveria entrar na WE. É uma boa pessoa, escreve bem, seria ótimo.

- Vou falar com ele mais tarde. – Assentiu, mas se assustou.

- Que horas são?

- Não tenho ideia. – Vasculhou suas calças, que estavam ao lado da cama, até achar o celular, dando um suspiro.

- Preciso ir.

 

Coloquei apenas minha camiseta e a calcinha, indo com ele no quarto ao lado para que se despedisse de Salem.

- Então, estamos combinados. Somos fixos. – Ele afirmou enquanto se montava na sala, mas pareceu mais uma pergunta.

- Ok. Somos fixos. E ninguém vai saber. – Frisei.

- Ninguém mesmo, não é?

- Não, Gucci. E eu espero o mesmo de você. – Eu não queria realmente que ninguém soubesse. Ele, com certeza, muito menos. Mas prefiro ter uma pseudo-garantia.

- Sou muito bom em esconder o que quero, quando quero. Ninguém vai saber, Meow. – Piscou sorridente e se aproximou, selando meus lábios com demora, segurando meu rosto – E, só para constar, esse não é o pagamento. Vou pensar em algo. Até logo.

- Até logo.

E lá no fundo do meu ser, desejava realmente que fosse logo.


Notas Finais




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