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História Flames Collapse - Insanidade de Lágrimas


Escrita por: Bloodie

Notas do Autor


Olá, amiguinhos! Vocês devem estar cansados de eu chamá-los de amiguinhos todo santo capítulo, ksksksks. É um costume meu.

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Vocês já estão de férias? As minhas começam só dia 12. Momento dramático... Vou chorar... Alguém me socorre!

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Capítulo 4 - Insanidade de Lágrimas


Fanfic / Fanfiction Flames Collapse - Insanidade de Lágrimas

Len

Acordei com o frio que a floresta faz quando o dia começa a nascer, só então fui perceber que Rin, minha irmã gêmea, havia puxado toda a coberta para si mesma. Não liguei muito a princípio, já que tinha coisas mais sérias para se resolver no momento. Oliver tinha sumido. Procurei ele por toda a casa, com a cara cheia de olheiras, mas ele não estava em lugar nenhum. Essa não era a primeira vez que ele sumia e, quando sumia, só aparecia duas semanas depois.

Então pensei em olhar no quarto da minha avó, quarto que nunca deveria ser aberto, não importava a situação. A porta estava entreaberta, por isso presumi que ele tinha entrado lá. Porém, quando abri a porta, dei de cara com um caixão encima da cama. A primeira coisa que pensei foi que Oliver havia sido pego pela louca da nossa avó e enterrado vivo. Fui me aproximando aos poucos do caixão, coloquei minhas mãos na tampa e, quando abri, tive uma surpresa que nenhum adolescente deveria ver!

— Vó?! — Gritei ao ver ela deitada no caixão. Talvez isso explicasse o motivo de fazer mais de dez anos que nós visitamos a casa dela e nunca a vimos. — Você está bem?

O que eu estava falando?! Óbvio que ela não estava bem! Seu corpo estava coberto por um plástico incrivelmente denso, nem teria reconhecido ela se não fosse pelos seus óculos favoritos encima do corpo. Caí para trás com essa imagem terrível da minha avó e ouvi alguém correndo para o andar de cima, onde eu estava. Era Rin, ela parecia desesperada e seus olhos estavam literalmente sem luz nas retinas... Ela estava cega? Mas como? Isso é impossível! Até pouco tempo estava bem.

— Você não deveria ter visto isso, Len — Murmurou ela. Então caiu a ficha, ela sabia de tudo e nunca me contou. — Nossa avó não está morta, apenas congelou seu corpo, para viver eternamente e acordar no século futuro. Ela diz que logo haverá uma grande catástrofe nesse mundo e quer estar aqui para destruir ela.

Ah, sim... Esqueci que nossa avó era uma feiticeira reconhecida por todos que já moraram na floresta, até aqueles que já morreram. Deveria ter desconfiado. Levantei brevemente, fechei seu caixão e fingi que nada daquilo tinha acontecido... Apesar de ter acontecido mesmo. Rin e eu saímos daquele quarto e trancamos a porta, para que ninguém caia na mesma tentação que eu de abrir a porta misteriosa.

— Mas por que você estava lá? Desde que visitamos essa casa, você nunca teve curiosidade em entrar no quarto dela — Perguntou Rin, com a cara toda marcada de dormir encima de uma folha de papel. Segurei meu riso.

— Ele sumiu, novamente — Falei com um olhar meio triste.

Apesar de não estarmos sempre juntos e que não somos muito ligados, Oliver é nosso amigo. Então que eu me toquei que o que estava escrito no rosto de Rin não era um papel comum.

— Rin! Você dormiu encima de um papel, certo? Onde ele está? — Perguntei ansioso, quase surtando.

— Papel? Não me lembro de ter dormido encima de nenhum tipo de papel... — Ela pareceu não saber mesmo do que se tratava. — A não ser que alguém tenha colocado propositalmente lá!

Vasculhando o papel entre a coberta, encontramos um tipo de carta com a caligrafia de Fukase, um outro amigo nosso. Lá, ele dizia que pegou Oliver emprestado. Esses dois estão sempre juntos! Parecem até que nasceram juntos... Mas, espera... Eu e a Rin nascemos juntos e nem por isso vivemos grudados! De qualquer forma, fiquei feliz por ele não estar sozinho nessa floresta. Como será que eles estão agora?

Fukase

Depois de tirar o garoto da casa daqueles "cópias", levei ele para comer algo na lanchonete que costumava ir com os meus amigos, Flower e Piko. Bom, eles não estavam lá hoje, mas, se estivessem, ficariam falando sobre a nova loja que abriu no centro da cidade. Mal sabem eles que eu que lidero todas as lojas daqui e sempre sei de tudo antes deles. Aposto que ficariam furiosos. A garçonete nos atendeu rapidamente e anotou nosso pedido, mas Oliver estava meio para baixo.

— Ei, o que ouve? — Perguntei, tentando não deixar muito claro que percebi a tristeza em seu olhar. Oras, todos iriam desconfiar se ele continuasse assim!

— Nada.

Ele parece não confiar muito em mim. Não que eu me importe com isso, claro que não. Coloquei meus fones de ouvido e comecei a ouvir minhas músicas favoritas, fingindo que não estava curioso com a resposta dele. Olhei pela janela da lanchonete e vi um erro no meu sistema. Tinha alguém que eu nunca tinha visto antes aqui, uma garotinha pequena, de olhos verdes e cabelos da mesma cor. Ela me lembrava muito a Miku, mas não era ela! Parecia uma criança de seis anos. A garotinha estava correndo atrás de outra, que aparentava ter a mesma idade, de cabelos rosas. Que estranho, também não me lembro dela.

— Ei, você conhece aquelas duas garotinhas? — Perguntei para a garçonete, quando ela trouxe nosso pedido.

Ela olhou atentamente para o vidro do local e sorriu ao ver as duas. Isso significa que conhece? Ela, nada disse, apenas foi para trás do balcão, rir de toda a situação. Dava para ouvir os risos dela, invadindo todo o estabelecimento. Oras, nunca vi essa reação antes! Tem alguma coisa errada acontecendo no meu mundo. Seria por causa de Oliver? Não, não é possível. Ele não é uma entidade como eu, não pode modificar um mundo. Com a suspeita, observei Oliver comendo seu hambúrguer, calmamente. Ele não me parece mal...

— Desculpe pela nossa garçonete, senhor! — Veio a dona do local, se desculpar pela garota que tinha nos atendido ainda pouco. — Ela achou graça porque aquelas garotas são duas adolescentes que acabaram mudando o DNA na aula do estágio dela sem querer. Nossa garçonete está fazendo estágio para professora de química.

— Então aquelas duas lá fora são realmente elas?! — Gritei levantando-me da cadeira e rindo freneticamente, tanto que chorei. — Certo, não precisa se preocupar.

Achei tão hilário ver as duas nessa situação, que até tirei uma foto de toda aquela cena. Foi muito engraçado, até que notei dois pares de olhos amarelados me olhando constantemente. Eu deveria me irritar com isso?

— Fukase, você está com febre? Está vermelho — Perguntou ele, um pouco risonho.

Esse sorriso... É idêntico ao dele... Não!! Ele não é o meu amigo, não posso baixar a minha guarda assim! Fiz o máximo de esforço possível e finalmente voltei ao meu tom normal de pele, resmungando baixinho.

— Não, acho que era apenas temporário — Minto. — Você sente falta da sua família? — Tento mudar de assunto.

— Na verdade... — Ele volta ao olhar triste de antes. — É exatamente por isso que eu estava triste... Não sinto falta, mas sinto que abandonei alguém muito importante. A minha irmãzinha. Ela ainda é muito nova, não sei como reagiu com a minha morte... Espero que não tenha se matado ou que alguém tenha matado ela.

Fiquei chocado. Esse assunto era realmente sério, mas a vontade de sorrir tomou conta de mim. Provavelmente porque eu nunca tive uma família, sempre fui uma entidade, que usou os outros como peças, para nunca ficar entediado. Eu... nunca fui um humano, mas essa é a primeira vez que a minha vontade de rir se transformou em um sorriso com lágrimas.

— Não se preocupe, ela ainda está viva e está feliz... — Eu disse, mesmo sabendo que era contra as regras revelar essa informação para alguém que já morreu... Espero que ninguém tenha ouvido... Os castigos são muito severos.

— Obrigado — Ele sorriu gentilmente.

Comecei a comer meu lanche, apesar de que não preciso comer para continuar vivendo... Ninguém daqui precisa, mas eles não sabem que estão mortos, então comem. Pelo menos ainda tem sabor. Que ótimo. Devorei meu lanche em segundos, paguei a conta e saímos da lanchonete. Acabei levando um chute no estômago da pequena Miku, fiquei tão bravo que me deu vontade de reverter o efeito daquela experiência que deu errado naquele exato momento. Mas, se eu fizesse isso, iriam desconfiar de algo. Oliver morreu de rir daquela situação. QUE RAIVA!!!!

Corri atrás da pequena Miku, mas a Luka me chutou de volta, pelas costas. Trapaceira! Deixa eu contar para as mães delas, quero ver se vão continuar fazendo isso. Por que eu criei esse mundo maluco mesmo?

Continua...


Notas Finais


Obrigado por lerem mais um capítulo da fanfic, pessoinhas!


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