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História Flames Collapse - Expulso


Escrita por: Bloodie

Notas do Autor


Olá! Aqui é B... Não sei se ainda se lembram de mim, mas sou aquela que acabou ficando muito preguiçosa e quase se esqueceu da história.

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Desculpem! Espero que aceitem esse capítulo como um pedido de desculpas por eu ter ficado fora por tanto tempo.

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Me senti um pouco desmotivada depois da última atualização do Spirit, um pouco antes de eu postar o capítulo anterior. Mas também estava ocupada, praticamente minha vida ficou muito corrida nesse tempo.

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Bom, sem mais delongas, vamos para o capítulo.

Capítulo 8 - Expulso


Fanfic / Fanfiction Flames Collapse - Expulso

  Fukase

Aquele havia sido o dia mais cansativo que tive em décadas do meu trabalho de dono do mundo. Tenho que admitir, amo ter todos no controle, mas, às vezes, parece que as peças não gostam muito de mim, esse é o caso dos gêmeos. Graças ao meu pensamento, só consegui chegar a uma conclusão. ERA TUDO CULPA DE OLIVER. Se ele não andasse com aqueles gêmeos por conta própria, eu não estaria fervendo de raiva agora. 

Poxa, ele é o meu melhor amigo, deveria andar comigo. Foi assim que, logo após as aulas, resolvi ignorar ele por completo no caminho do apartamento dele. Ele tinha que aprender uma lição. Será que fui longe demais?

— Então, como eu estava dizendo, amei a primeira aula aqui! Rin e Len me ajudaram em praticamente tudo, já que eu não estava entendendo muito bem — Disse Oliver, esboçando um sorriso enorme nos lábios, fazendo questão de me mostrar a alegria.

Não, eu realmente não estava pegando pesado com ele. Isso me faz sentir saudades do meu antigo melhor amigo, apesar de que ele também andava com os gêmeos chatos. Só conseguia ficar olhando para a cara de Oliver, demonstrando minha falta de empatia naquele momento. Acho que ele não tinha notado que eu não estava conversando nem falamdo nada. Talvez eu devesse pegar um pouco mais pesado na minha punição. Não, melhor ir aos poucos.

— Mas tem algo me incomodando até agora — Ele se virou para mim, com um olhar curioso. — Até depois de mortos temos que estudar? Isso é muito chato! Você não é o dono desse mundo? Poderia ter um pouco  mais de criatividade — Resmungou ele.

Do jeito que ele tinha parado de repente na minha frente, pensei que fosse algo mais importante, mas era só isso. Fiz uma careta superior e levei os dedos até a boca, simbolizando um zíper. Para a minha surpresa, ele tocou meus lábios, desfazendo o zíper que havia feito. Pude sentir meu rosto corando bruscamente e esquentando.

— Quando eu finalmente quero falar com você, não fala comigo? — Perguntou ele.

Droga! Queria deixar ele no vácuo por pelo menos cinco dias, mas daquele jeito não dava nem um dia direito.

— É sua culpa — Falei com um sorriso lateral. — Se você me desse mais atenção, não estaria te ignorando. 

— Você estava me ignorando?

Nem percebi. COMO?! Meu queixo caiu, estava realmente bravo com aquele pirralho. Como ele ousa desafiar a mim?! Era pedir para ser queimado mais do que tudo. Sorri friamente, com os olhos em chamas. Pude ver o medo espalhado em suas pupilas. Interessante.

— Enfim — Suspirei, desfazendo aquela sinistra versão de mim. — Eu sou o dono do mundo, não do equilíbrio dos mortos — Falei, mesmo que me negando a contar isso.

— Entendi... Então você não é o dono principal desse mundo, é isso que está me dizendo? — Ele disse sério, sem nenhuma brincadeira no tom.

— Além de mim, existe um grupo de pessoas que controla o equilíbrio dos mortos, mas eu sou o dono daqui! Disso posso garantir — Cruzei os braços um pouco ofendido. — Posso fazer o que eu quiser e quando quiser, só estalar os dedos.

— Então você pode destruir as casas de repente? — Oliver parecia pensativo.

Agora ele me pegou... Se eu fizesse isso, acabaria virando peça de outras pessoas. Ri superior para o loiro e dando-lhe um tapinha nos ombros. Ele estranhou essa reação, mas não disse nada.

— Já entendi o que está tentando fazer, não sou bobo — Disse eu. — Seria besteira eu aceitar conselhos de uma das minhas peças.

Ele engoliu um seco. Ficamos em silêncio durante o trajeto inteiro e, assim que chegamos no apartamento dele, Oliver me parou na porta com os dois braços, impedindo a minha passagem. 

— Aposto que você, sendo o dono desse mundo, deve ter um lugar muito melhor do que aqui para ficar — Ele sorriu. Como podia usar um sorriso tão calmo para palavras tão rudes? — Então, até amanhã.

Fiquei olhando para a porta com cara de trouxa. Fui enganado pelo meu melhor amigo... Incrível. Simplesmente flutuei para fora do prédio e comecei a observar as pessoas do mundo, em uma nuvem. Alguns achariam que eu era um anjo, já que, em algumas histórias mortais, anjos moram em nuvens. Eu estava longe de ser um anjo.

Em um lugar perto dali, na floresta, consegui avistar aqueles dois, Len e Rin, assistindo um tipo de trama policial. Finalmente, achei que eles não tinham bom gosto, mas parece que me enganei. Cheguei um pouco mais perto, no meu modo invisível e comecei a observar a trama junto com eles. Péssima ideia. Fui ver justamente a parte em que os dois detetives, aparentemente jovens, se beijam. Eram... dois homens?

— Você gosta desse tipo de coisa, Rin? — Perguntou Len, com as bochechas avermelhadas, tentando não deixar isso muito claro.

— Claro que gosto e não se faça de santo! Eu sei que você também gosta — Ela riu da falha tentativa do garoto de esconder aquilo. — Todo mundo sabe que você tem uma quedinha pelo Oliver. 

Arregalei os olhos. Eu realmente não deveria ter ouvido aquela conversa... Mas o que poderia fazer? As coisas estavam se tornando interessantes justo no momento que entrei.

Oliver, aquele pirralho não tem nem ideia de que seu amiguinho o vê dessa maneira. Eu deveria interferir? Ele não acreditaria em mim.

— Todo mundo?! Como assim? Você contou para alguém?! — Ele quase caiu para trás com a notícia da garota. — Me prometeu que não contaria nada!

— Calma, eu não contei para ninguém, mas está muito na cara — Rin levantou dando pulinhos de repente. Ela tinha ficado doida? — Ainda vou juntar vocês dois.

Era só o que me faltava, Len querendo roubar Oliver e Rin incentivando toda essa confusão. Não deixaria eles impune desse jeito, eles tinham que sofrer.

Todos são peças, até objetos inanimados. Controlei o urso de pelúcia de Rin, fazendo-o flutuar na frente deles, como naqueles filmes de terror.

— O-o que?! — Gritou a garota, pulando para baixo de uma coberta e espiando o urso. — Mas o que está acontecendo aqui?!

— Uma assombração?... — Disse Len, calmamente. Ele não teve reação?... 

Então todo o meu trabalho foi para nada? Raios! Quando penso que nada ia acontecer, vejo o garoto cair no chão, desmaiado. Eu acho... que peguei muito pesado.

Oliver

Minha mãe me recebeu de braços abertos, mas notei que ela se deu conta da falta de Fukase. Algo estava esquisito com ela, logo me abraçou, mesmo sabendo que soei muito na escola por conta da educação física. O que podia fazer? Só retribui aquele abraço que mais estava me esmagando do que ajudando.

— Vamos comer fora hoje, querido? — Perguntou ela, em um tom doce.

— Claro — Respondi, tentando parecer animado com aquilo.

Mas, de repente, uma loucura aconteceu; a imagem dela estava desaparecendo e aparecendo novamente, como se ela estivesse sumindo aos poucos. Não sabia bem o que estava acontecendo agora, só torci para que nada acontecesse conosco. Segurei sua mão, não sentindo nada material ali. Por sorte, ela logo voltou ao normal.

— Por que não jantamos em casa hoje? — Falei, quebrando o silêncio.

— Acho uma boa ideia.

Era para ser parecida com a minha mãe? Ela parece se importar mais com as minhas ideias do que com as dela. Isso é ser mãe? É um pouco diferente do que eu imaginava. Minhas emoções ficaram um pouco confusas por conta disso, mas não deixei me afetarem.

Depois de jantar, já estava pronto para dormir, até que percebi que expulsar Fukase do meu apartamento não tinha sido uma boa ideia. Esse lugar me trás lembranças boas, mas ruins também. Me encolhi no travesseiro e comecei a lembrar daquela cena em que eu morri, sentindo um aperto no coração. Queria chorar, mesmo que um pouco, então deixei que as lágrimas caíssem aos poucos, até que vi uma sombra na janela.

Eu reconheceria aquela sombra em qualquer lugar, era Fukase, me olhando com seus olhos avermelhados e adentrando no meu quarto pela janela que esqueci aberta. A primeira coisa que pensei era que ele estava chegando em um momento ruim, já a segunda, que eu deveria fechar aquela janela da próxima vez.

— Sabia que você estava apenas guardando isso para si — Falou ele, sentando na ponta da minha cama. — Sabe, eu não queria puxar esse assunto enquanto você chora, mas por que não me conta um pouco sobre isso? É agonizante?

O que ele sabia sobre aquilo? Ele pensou que só porquê estou em um momento ruim devo desabafar com qualquer um que aparecesse na minha frente? Eu só queria que aquela madrasta não existisse e que minha mãe verdadeira não morresse.

Comecei a chorar pesado, mesmo não querendo, parecia que tudo estava desabando. Eu devo ser bipolar, estava tão contente cedo, mas parece que o sono me deixa sensível.

Senti braços largos me puxarem rapidamente para perto e apertaram minha cabeça contra o peito de Fukase, de maneira gentil. Eu nunca pensei que ele poderia ter esse lado. Não conseguia parar de chorar e causar problemas, então, dessa vez, apenas aceitei um pouco de conforto.

— Tome cuidado com o Len — Ele disse baixinho, mas consegui ouvir. — Só isso.

Len? Por que ele estava mencionando isso agora? Não sabia. Não queria saber. Chegava a ser um pouco engraçado e eu achando que ele estava sendo legal.

Envolvi meus braços nele e apertei tão forte que consegui ver seu corpo inteiro ficando vermelho por falta de ar. Soltei-o rindo um pouco daquela situação.

— Obrigado — Falei, por fim, deitando-me de lado e fechando os olhos.

— Significa que posso dormir aqui? Aquelas nuvens me dão dor ba coluna! — Disse ele, quase gritando.

Então era por isso? Fechei a cara, franzindo as sombrancelhas e disse em alto e bom som:

— Que seja!


Notas Finais


Agradeço de coração por ter lido esse capítulo.


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