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História Flames In The Heart. - Quadragésimo nono.


Escrita por: xwanyag

Notas do Autor


olaaaaaa como estão? e se eu disser para vocês que esse é o penúltimo, vocês acreditariam?

leiam as notinhas finais!

boa leitura!

Capítulo 49 - Quadragésimo nono.


Mark seguia inquieto. Haviam dias que coisas comuns aconteciam e aquilo de certa forma acabava por agitar algo em si. A sensação ruim que o perseguia parecia pequenina diante as coisas boas que aconteciam e o americano não sabia bem se aquilo era apenas algo da sua cabeça ou se realmente algo de muito errado estava para acontecer. A contradição o perseguia incansavelmente, causando denso conflito. Talvez estivesse ficando paranóico ou algo assim, não sabia. Mas, pensava bem que imaginar que algo aconteceria não era totalmente saudável. Sua cabeça colocava hipóteses e o carregava. Como poderia afirmar que algo daquele tipo poderia ser real?

Sem contar que já acontecia o que tanto temia, não conseguia simplesmente disfarçar sua inquietação mais de Jackson e o chinês a todo instante questionava-lhe se algo estava acontecendo. Odiava mentir, mas o fazia com frequência quando falava que tudo corria bem consigo e mantinha-se agitado. Mas, Mark sabia bem que o baixo, esperto como era, não engolia aquela história. Sentia certo receio quanto a falar algo para o acastanhado e o deixar ainda mais assustado. Era incomum aquilo.

Na última semana, após o casamento de Youngjae, Tuan praticamente presenciou o chinês em meio a uma crise de ansiedade e não soube o que exatamente fazer. Mas, sentiu-se mal. Não pouco, mas muito mal. Jackson o garantia que estava bem, mas como podia acreditar totalmente quando ele próprio encontrava-se agitado daquela forma e negava estar? Claire os distraía, mas a apreensão ainda rondava bastante, tornando-se quase palpável. Não era algo que pudesse ser simplesmente eliminado da noite para o dia. Haviam plantado a semente da dúvida e como dissipá-lá tão repentinamente?

Suspirando, o loiro encostou a testa contra o estofado, resmungando baixinho. A cabeça encontrava-se cheia demais. Não tinha muito o que fazer e assustava-se por pensar em possibilidades que podiam ou não serem reais. Alguém havia plantado o medo ali e desde então aquilo acontecia. Sabia que não devia deixar-se levar por coisas tão aparentemente banais, mas, não conseguia ignorar totalmente. Não quando essa coisa o perturbava tanto ao ponto de tirar-lhe a estabilidade, o sono e parcialmente o bem estar.

— Mark. — a voz de Jackson adentrou seus ouvidos completamente baixa. Tuan o encarou, tentando não passar através da expressão a bagunça que instalava-se em si continuamente. — Por que você não está na cama?

— Perdi o sono. — resmungou baixo, tentando sorrir. O chinês concordou, sentando-se ao seu lado. — E você? Não deveria estar dormindo?

— Eu não consegui. — mordeu o lábio inferior ao sentar-se próximo ao loiro, que tocou-lhe o joelho. — Você estava longe.

— Não conseguiu dormir por que eu não estava na cama? — Mark perguntou baixo. O Wang concordou, deitando a cabeça por sobre o estofado. O mais velho sorriu fraco. — Você quer que eu vá para a cama?

— Não. — disse o baixo, suspirando. Os olhos fixaram nas mãos, que descansavam sobre o próprio colo. — Eu estou preocupado, Mark.

— Ei. — Tuan sentou-se corretamente, trazendo o namorado o máximo para próximo de si. Beijou-lhe os lábios rosados. — O que houve, uh?

Jackson fechou os olhos, escondendo o rostinho contra seu ombro. Aparentava estar perdido, tal como se encontrava. Sentia-se imensamente afetado pelos comportamentos incomuns do americano. Ele sempre estava avoado e aquilo era um tanto incomum. Era Mark quem o estabilizava, quem o protegia quando as coisas desandavam e seus medos cresciam. Mas, como o outro poderia fazer aquilo quando encontrava-se tão cercado por bagunças extensas. O Wang preocupava-se imensamente e de certa forma, não conseguia lidar.

— Você está mal, Mark. — o chinês soltou baixo, encarando-o. — E isso me preocupa bastante. Eu me sinto impotente quanto a fazer algo, porque não sei exatamente o que te aflige, anjo. Você precisa me falar, poxa. Estamos perto de fazer um juramento para a vida toda! E como eu poderei acreditar que isso vai se levar quando você me esconde as coisas? Quando me poupa de saber as coisas que te aborrecem? Somos nós, Mark! É uma relação mútua. Por que você está assim? Por que não me diz o que há de errado?

— Amor... — o loiro ponderou, ajoelhando-se a frente do baixo, que mantinha o olhar preso as mãos. As bochechas eram duramente banhadas pelas lágrimas que escorriam-lhe a face.

— Você vê? Eu estou aqui, contando-o o que está me fazendo triste. Mas, por que não há reciprocidade, Mark? — Jackson suspirou, fungando. Tuan o abraçou, trazendo-o para si. — Você está escapando de mim, sabe? Eu sinto que estou perdendo-lhe lentamente e isso me assusta tanto, tanto. Eu me sinto preocupado quanto a ti, hyung. E me sinto ainda pior por não estar sendo um bom namorado, por não estar conseguindo apoiá-lo como devia.

— Jackie, ei. — Mark suspirou, tomando o rostinho febril em mãos. Os olhos pequeninos do chinês voltaram a si. — Você não precisa ter medo de me perder, meu anjo. Você me tem tanto e isso é até idiota de falar, mas, eu me tornei um completo dependente. Me desculpe por estar assim, são apenas preocupações. Meu amor, você está sendo um ótimo namorado sim e eu não tenho dúvida alguma de quê quero firmar uma relação fixa contigo! Eu não estou indo a lugar algum, estou aqui. Eu teria de me largar primeiro para deixar você, pequeno.

— Então, o que foi? O que causa-te tanta preocupação assim, Markie? — a pergunta soou baixa, chorosa.

O Tuan beijou as bochechas do rapaz, mantendo-o junto a si. O mais velho suspirou profundamente, encarando os olhos dóceis de Jackson. Carregavam imensa dor. Tuan poderia ver a si próprio nele. A empatia para com o chinês era imensa. Temia que aquilo se elevasse. Não sabia exatamente como falar para Jackson o que acontecia, tinha medo que ele se perturbasse por algo assim.

Não queria passar suas preocupações ao acastanhado também. Jinyoung já encontrava-se tão envolvido naquela coisa que havia até adiado a volta para os Estados Unidos e não, o loiro não gostaria que mais ninguém sentisse-se mal com aquela situação que podia ou não ser coisa de sua cabeça.

— Você lembra das ameaças? Aquelas que surgiram do nada para tirar-nos a paz? — questionou-o baixo. Jackson concordou em um meio aceno. — Logo após elas, eu me senti certa sensação ruim, sabe? Pode parecer bobo, mas isso anda me perturbando de uma forma grotesca. Eu não posso afirmar que essa sensação signifique algo, mas também não posso afirmar que não e isso anda me tirando o sono.

— Você acha que pode ser algo? — o acastanhado torceu a boca, questionando-o. Mark deu de ombros. 

— Eu não sei, Jackie. — o americano sorriu curto, acariciando as bochechas do baixo. — Eu apenas estou carregado demais.

— Você acha que Yujin pode fazer algo, Mark? — a pergunta pegou-o desprevenido. Atordoado, Tuan deixou que o olhar se perdesse em qualquer ponto. — Ou você a descartou totalmente de suspeitos?

— Não sei. — fora sincero ao falar, exasperando-se ao suspirar. — Por que ela iria querer fazer algo?

— Porque ela está com raiva, Mark. Você tirou a guarda da Claire, por assim dizer e ela arrependeu-se de ter te largado no altar. A rejeição pode mudar completamente uma pessoa. — o chinês fechou os olhos, tombando a cabeça para o lado. Mark mantinha a expressão dispersa. — Não importa o que eu diga, você não irá acreditar de toda forma, não é?

— Jackson... — soltou agoniado, observando o namorado se levantar e olhar-lhe com os olhos espremidos. As orbes brilhavam pelas lágrimas e uma fúria mesclada.

— Até quando você irá ficar idealizando que ela é perfeita, Mark? É impossível! Ela nos ameaçou, mostrou-se uma cobra e você continua achando impossível ela desejar fazer algo? Pelo amor! — o baixo riu sem humor, negando com a cabeça a seguir.

— Não é dessa forma. — o mais velho também se colocou de pé, encarando o rosto do acastanhado. — Não faz isso, poxa.

— Você só vai acreditar que ela pode fazer algo quando algum de nós estiver em um hospital? Ou pior, em um caixão? — negou, afastando-se. — Ela não é perfeita! Keith afirma que ela está sem juízo algum e você prefere acreditar na farsa que a cerca do em nós! Inferno, Mark.

— Eu nunca, em momento algum, descartei a possibilidade, Jackson. Eu apenas não posso afirmar absolutamente nada. — soltou, impaciente. — Tente entender. Porra.

— Eu não consigo. — o chinês mordeu o lábio, balançando a cabeça para os lados. — Parece surreal demais.  

— Tente. — Mark sorriu ao abraçar o corpo alheio, plantando um sutil selar sobre o emaranhado de fios castanhos. Jackson suspirou. — Confie em mim, Jackie. Você pode fazer isso?

— Claro. — o baixo sorriu, embora por dentro, algo agitasse-se continuamente, causando-lhe mal estar.  

(…)

— Bambam! — o chinês chamou pelo amigo tailandês, que o encarou rapidamente antes de voltar a atenção a garçonete. A moça também o olhou, deixando-o levemente envergonhado. Seguidamente, perguntou qual seria seu pedido e após o fazer, o acastanhado distraiu-se com um bebê que chorava a duas mesas mais a frente, tentando dissipar a ansiedade que sentia. — Bambam, você sabe o que o Mark foi fazer no clube?

— Você quem é noivo dele, ué. — o magricela balançou a cabeça, passando as mãos pelas madeixas recém tingidas de um cinza fraco. — Por que eu teria de saber?

— Porque ultimamente Mark conta as coisas mais para Jinyoung ou Yugyeom e eu sei que você tem ligação direta com ambos. — Jackson apoiou os cotovelos na mesa, inclinando-se minimamente para frente. Fez uma careta. — Então, isso me faz pensar que talvez, você saiba de algo.

— Não, Jackson. Eu não sei de nada. — revirou o olhar, sorrindo mínimo a Yugyeom quando este aproximou-se da mesa e sentou-se ao seu lado.

— Eu não acredito que vou segurar vela. — o Wang fez bico, encarando os mais novos que o olharam de volta, risonhos. — Jinyoung não ia trazer a Claire?

— Ele teve um contratempo. — o Kim dera de ombros, sorrindo leve. — Não se preocupe, Mark disse que a pegaria na escola mais tarde.

— O.k, vocês estão estranhos. — Jackson torceu a boca, colocando-se de pé. O segurança que o acompanhava encarou-lhe, mas um movimento bastou para que ele entendesse que não precisava seguir-lhe. — Irei ao banheiro, caso Mark chegue, diga-o que eu estarei o esperando por lá.

— Mark não vem. — Yugyeom ditou baixo. Jackson cessou os passos, cruzando os braços seguidamente. A expressão fechou-se.

— Como é? — perguntou apenas para ter certeza. Queria pensar que havia escutado errado.

— Ele não vem. — o moreno voltou a falar, baixo. — Ocupou-se com algo na empresa.

— Ah, sim, o.k.

O Wang negou, sorrindo sem graça antes de se encaminhar para o banheiro. Frustrava-se por Mark não ter telefonado para avisar que não iria, zangava-se. Por que ele tinha de ter aquelas manias imprevisíveis? Ultimamente andava desmarcando mais encontros do que podia contar e quando não tinha alguma desculpa esfarrapada, inventava um compromisso que não existia apenas para não ter de sair consigo. Chateava-se. O que exatamente havia mudado? Por que o noivo evitava de sair consigo? Havia algo de errado? Havia feito algo? 

Suspirando, o chinês apoiou-se contra a pia do banheiro de maneira que encarasse o próprio reflexo no espelho. A cabeça estava cheia demais. Sentia-se sufocado com as novas limitações impostas devido as ameaças que cresciam gradativamente. Perguntava-se se não se tratavam apenas de brincadeiras mal intencionadas. Mas, que propósito teria alguém para fazer justamente aquilo? Haviam doidos para tudo, entretanto, era ilógico pensar que as mensagens eram apenas brincadeiras de algum desocupado qualquer. Com qual propósito fariam aquilo?

Mark permanecia com aquela barreira imposta pelo próprio ao redor de si mesmo e o Wang sentia-se afetado. Como poderia ajudar o Tuan quando ele próprio fechava-se? O afastamento vinha cada vez mais intenso e embora o sentisse-se abalado devido ao que ocorria, sentia-se impotente.

O que poderia fazer quando nem Mark parecia perceber o que fazia? Alertá-lo não adiantava mais, sempre acabavam discutindo. Acontece que, o acastanhado sentia um medo enorme percorrendo seus poros. Como poderia acreditar em algo quando a pessoa que mais amava encontrava-se tão distante emocionalmente de si?

Distraído com os próprios pensamentos, Jackson só percebera que alguém o observava quando através do espelho, esbarrou com o olhar feroz de Yujin. A mulher tinha a expressão alegre e os olhos brilhantes. Um brilho doentio. Assustado, pensou em possibilidades e coisas que poderia fazer para sair dali, mas fora parado por um clique e uma dor latejante em sua coxa direita. As mãos apertaram o mármore da pia ao que lentamente, o rapaz abaixava a cabeça, buscando encarar a própria perna. Sangrava e doía. Não tanto quanto parecia devido ao choque. Mas, sensibilizava-se. Apertou os lábios.

— Tanta segurança para quê? — Yujin debochou, balançando o revólver no ar. Parecia fora de si. — É uma pena que eu não possa ficar para vê-lo agonizando até a morte.

E novamente, o estalo fora ouvido. A aglomeração ao outro lado da porta pareceu despertar a mulher e enquanto Jackson a observava se afastar, sentia as forças se esvairem de seu corpo lentamente. Seus sentidos iam aos pouquinhos sendo perdidos e mesmo que não sentisse, as lágrimas banhavam suas bochechas.

O grito de Bambam e a agonia do Kim fora a última coisa que ouvira antes de a escuridão dominar-lhe por completo. As vozes foram caladas e em sua mente apenas repetia-se o estalo de dois sons seguidos e três dores imensuráveis; uma na perna; outra em seu abdômen e uma última que desabrochava lentamente em seu interno.


Notas Finais


eu realmente não queria passar a fith uma pegada agressiva, todavia, como algo que saiu totalmente do meu controle, eu tive que fazer algumas mudanças.
eu espero que as coisas estejam claras, mas caso não, eu posso explicar perfeitamente;

1 - yujin é a ex de Mark, a mulher que o abandonou no altare embora ela tenha feito isso por vontade própria, sentiu-se rejeitada quando após quase dois anos, Mark apareceu com um novo relacionamento e feliz
2 - eu não sei se vocês já ouviram falar, mas em alguns casos, a rejeição provoca transtornos compulsivos no comportamento de uma pessoa e quando está já esta empenhada em algo, tornasse complicado pará-lá pois ela perde quase completamente as ideais das coisas e passa a viver obsessivamente em prol daquilo que ela acha correto, o que aconteceu com yujin. Quantos casos não vemos por aí de namoradxs que tornam-se obsessivos? "Se não é meu, não é de ninguém", "você tem que ficar comigo". Na cabeça de yujin, ela achou que se eliminasse o Jackson da vida do Mark, poderia tê-lo novamente; uma mente doentia e sem racionalidade alguma.
3 - ela o feriu totalmente porque sabia que se não conseguisse ter o Mark para si, o causaria imensa dor caso algo aconteça com Jackson; o que ainda não sabemos.

o próximo capítulo é o último, até lá bems

se alguém quiser ler essa fic minha, fique à vontade →
https://www.spiritfanfiction.com/historia/estupidamente-arrogante-adoravelmente-sexy-13920307

até mais, anjxs!


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