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História Flames In The Heart. - Quadragésimo.


Escrita por: xwanyag

Notas do Autor


oi menines, perdoem a demora :)

boa leitura

Capítulo 40 - Quadragésimo.


De maneira lenta, Jackson se levantara da cama aquela manhã, encarando uma última vez o namorado adormecido antes de rumar porta a fora. Sentia-se agitado imenso, como se estivesse prestes a fazer algo que não era indicado e muito menos bom, algo estado. Todavia, não era bem daquela forma. Esconder de Mark que estava indo encontrar Jinyoung não tinha tanto cabimento, mas faria como fora pedido pelo Park e apenas iria. O loiro não queria questionar o outro em nada e apenas tiraria a manhã para ouvi-lo e tentar ao todo o ajudar. 

 O vento gélido bateu contra seu rosto, fazendo com que o chinês fechasse os olhos. A manhã estava fria, contrastando com seu humor, que não se encontrava um dos melhores. Na tarde do dia anterior, havia tido uma briga feia com sua mãe, que pedia incansavelmente para que o loiro fosse vê-lá. Jackson iria, mas isso somente se não tivesse que pisar novamente em seu país natal. Sua mãe sempre ia te visitar, por que daquela vez tinha de ser diferente? O que havia mudado? Frustrava-se por não ter tirado nada mais que palavras vagas da mais velha, que o enrolou a ligação toda e no final, usou da desculpa que estava com saudades para tentar convencer-lhe.

Suspirando, o chinês perdera o olhar em um casal que discutia mais ao longe. A mulher parecia irritada com algo e o homem a segurava pelo braço, parecia irritado também. O bebezinho que estava no bebê conforto ao lado chorava agoniado, todavia, seus possíveis país se quer lhe davam atenção. O loiro fez uma careta, desviando o olhar profundamente incomodado. Por quê as pessoas tinham de se apegar a brigas e situações ruins quando haviam milhares de outros motivos para serem felizes? Como aquele casal, que voltavam a atenção a discussão entre si e ignoravam totalmente o filho. Não viam que a criança sairia mais afetada, ao final? 

Negando com a cabeça, o loiro por entrara na cafeteria, procurando a cabeleira escura do cunhado por entre as pessoas. Achou-o em uma mesa mais afastada e após suspirar, caminhou até o mesmo, sentando-se à mesa a sua frente. Jinyoung deu atenção a si por curtos segundos antes de novamente, voltar a atenção ao copo com alguma bebida quente. O Wang mexeu-se desconfortável, passando a brincar com o guardanapo que estava sobre a mesa.

 — Eu pensei que não fosse vir. — o Park admitiu após um suspiro pesado. — Obrigado por estar aqui.

 — Ah, não precisa agradecer. — Jackson piscou lento, acanhado. — Confesso que estou curioso, Jinyoung. Por quê me pediu para vir aqui?

 — Eu preciso conversar com você, Jackson. — o moreno suspirou, passando as mãos no rosto em um gesto agoniado.

 — Sobre o quê, exatamente? Se for sobre o que aconteceu aquele dia, tudo bem, já passou. Você estava confuso e fora de si, eu já entendi.

 — Não, eu não estava. — Jinyoung resmungou após um suspirar, atraindo o olhar confuso do chinês para si, suspirou. — Eu realmente gosto de você e não, não te fiz vir aqui para fazê-lo enxergar o que não há ou para que se sinta culpado, eu apenas quero conversar, está bem?

 — Eu não entendo. — Jackson suspirou, unindo as mãos sobre as coxas. — Se te faz mal, por que insiste em remexer neste assunto, Jinyoung? Eu não quero realmente ser a causa da sua melancolia e menos ainda que fique triste por algo que eu o disser, então, é melhor isso acabar aqui.

 — Talvez, eu seja idiota demais, sabe? Deveria ter bloqueado esse sentimento assim que ele se manisfestou, mas eu não o fiz, pensei que passaria. Eu me sinto horrível por sentir o que sinto, sabe? Mark é meu irmão e melhor amigo, cara, eu realmente não queria sentir. 

 — Você não pode mandar em seu coração, mas pode tentar fazer com que ele se prenda. Você sabe, eu amo o Mark, nós namoramos há tanto tempo e eu nunca, em hipótese alguma, olharia para outra pessoa. — o loiro suspirou, sorrindo curto. — Mas, eu não te julgo, não tenho esse direito. Você deveria conversar com o Mark, o mostrar como se sente. Ele é compreensível, poderá chegar a entender.

 — O Mark muda totalmente quando se trata de você. — o Park riu, sem humor. — Você para ele: é uma jóia rara e preciosa. Se eu o contar que estou apaixonado por ti, ele me tacharia o pior ser humano do mundo e certamente sairiamos no soco. Eu o conheço, Jackson. Mark é um alguém calmo, mas quando testado e ameaçado, se mostra uma fera.

 — E o que fará? — o baixinho resmungou, retraído. Jinyoung balançou os ombros, passando o olhar ao redor. 

 — Eu irei aceitar a proposta de emprego, passarei dois anos fora e se tiver sorte o suficiente, irei conhecer alguém legal ou deixar de ter um interesse maior por você. 

 — Eu sinto muito, de verdade. 

Jackson murmurou baixo, completamente desconfortável com a situação. Era normal sentir-se culpado pelo sentimento maior que nascera no coreano? Era normal desejar ao todo fazer com que o outro não saísse magoado? O perturbava bastante saber que Jinyoung iria sofrer por sua causa, o deixava triste. O que havia em si que cativara o moreno?

 — Você contou para o Mark? — Jinyoung perguntara, baixinho. O chinês negou. — Por quê? 

 — Você pediu para eu não fazer. — o Wang piscara confuso, meio perdido.

 — Eu pedi para não avisar que viria me encontrar, nada mais. — o Park sorriu mínimo. — Por que não o contou que eu assumi estar apaixonado por você? Te assusta?

 — N-Não, eu só penso que não é exatamente da minha conta e eu não queria acabar sendo o causador do clima ruim entre vocês. Preferi deixar por sua escolha. Eu sei que não é certo esconder as coisas dele, somos namorados, mas, não está completamente ligado à mim, portanto, eu não devo acabar com o laço de vocês. 

 — Obrigado por isso também.

 O loirinho acenou, levando o olhar a garçonete, que se aproximava, perguntando a si se desejava alguma coisa. Jackson negou, sorrindo cordial a mesma antes de voltar a atenção ao moreno, que o avisou que se desejasse, já podia ir. O problema maior estava no receio; e se as coisas não passassem, perderia a amizade do cunhado devido à um sentimento maior que havia nascido no âmago do coreano? Gostava imenso dele! O considerava tão seu amigo quanto Namjoon ou Youngjae.

 — E como ficarão as coisas depois? Iremos perder contato? Você irá se afastar de mim? 

 — Por agora será necessário, mas, não quando tudo isso passar. Não se preocupe, você ainda será cunhado soneca. Agora vá, o Mark já deve ter acordado. 

 No mesmo segundo, Jackson sentiu o celular vibrar no bolso, franzindo as sombrancelhas ao notar o número desconhecido que brilhava no ecrã. Deu de ombros, erguendo-se da cadeira minutos após. Jinyoung o beijou nas bochechas, dizendo que sentiria sua falta, o que de certo, deixou o baixinho meio tristonho. Também sentiria falta do Park.

 Ao sair da cafeteria, o Wang voltara a andar, verificando as horas no celular antes de entrar em uma padaria. Pediu os pãezinhos que Mark tanto gostava, acrescentando também o bolo de cereja e dois cafés. Ao pagar tudo, voltou a andar por entre as ruas disperso. Sua cabeça mantinha-se agitada, todavia, ao mesmo tempo, mantinha-se neutra. Era confuso ao demasio para o baixo acompanhar. 

Quando passou pela portaria, Jackson acenou ao porteiro com a cabeça, piscando confuso quando este o disse que havia algo para si. Acompanhando o senhor rechonchudo até os fundos, o loirinho o agradeceu ao ter o embrulho e o envelope em mãos, adentrando o elevador curioso. A caixa quadrada em suas mãos pesava bastante e conter a curiosidade para somente abri-lá no apartamento estava sendo algo completamente difícil. 

Suspirando pesado, o loirinho deixou que a atenção se prendesse ao chão, confuso como estava. Quem o tinha mandado aquilo e por quê parecera tão estranho ao ponto de deixá-lo com uma pontinha de medo? O envelope estava escrito o nome de Mark, todavia, a caixa em suas mãos era direcionada a si. Talvez, fosse algo bom.

 Quando abriu a porta do apartamento, o chinês teve de conter o grito que desejou escapar de seus lábios ao ter o corpo pressionado contra porta e mesmo que assustado, encarou as orbes preocupadas do namorado com um leve sentimento de culpa. Deveria contar a Mark que havia saído com Jinyoung? Por que o parecia tão errado a possibilidade de desejar esconder algo do americano? Ele merecia saber, certo?

 — Puta que pariu, Jackson. — o Tuan resmungou, puxando o loiro para um abraço. — Você me preocupou, sabia? Que droga de mania é essa? Por que não avisa que irá sair?

— Desculpe. — Jackson sorriu fraco, plantando um beijinho sobre os lábios gelados do namorado. Fez uma careta ao vê-lo se afastar. — O que houve? Eu não posso mais sair sozinho na rua agora? 

 — Não é isso. — o acastanhado suspirou, sentando-se no sofá ao que tirava o celular do bolso. — Eu recebi uma ligação anônima, número desconhecido. Não disseram muita coisa, mas o pouco que falaram me fez pensar que algo havia acontecido contigo. Sabe o desespero que me ocorreu quando te procurei e não achei? Céus!

 — Mark, calma. — largando as sacolas sobre o balcão, o baixinho caminhara para perto do namorado, sorrindo ao senti-lo abraçar sua cintura. — Eu estou bem, eu apenas fui... espairecer. Me desculpe por não ter avisado, é que você dormia tão bonitinho que eu tive pena de acordá-lo.

— Hum. — o Tuan fez uma careta, puxando o mais novo para sentar em seu colo. — Não faça mais isso, tá bom?   

— Sim, sim. — o chinês concordou, plantando um beijinho na testa do mais velho, que sorriu com o ato. — Está com fome? 

 — No momento, curioso.

 — Curioso com o quê?

 — O que são aquelas coisas que trouxe? 

 — Ah, nas sacolas tem comida e o embrulho eu não sei. — o chinês suspirou, sorrindo mínimo. — E o envelope é para você.

 — Para mim? — Mark piscou confuso, encarando o namorado que consentiu.

 — Tem o seu nome na dedicatória. — Jackson se levantou, pegando o objeto de coloração amarela nas mãos. — Você quer abrir?

 — Traz para mim.

 Concordando com a cabeça, o loirinho caminhara a passos curtos na direção do mais velho. Ao sentar-se outra vez no sofá, o Wang entregara o envelope ao namorado, sentindo-se momentaneamente ansioso quanto aquilo.

 — É do Jinyoung.

 Jackson emudeceu, levando o olhar ao rosto bonito e jovial do acastanhado, que por algum motivo, sorria. Não demorou para que Mark, ainda que meio melancólico o dissesse que o irmão havia por fim aceitado a proposta de emprego e que àquelas horas, já estava à espera do avião. O loiro acenou, mesmo que lentamente. Sentia-se mal por estar escondendo algo tão grande do namorado, entretanto, não sabia se devia realmente falar. Não queria destruir o relacionamento de ambos. 

 — Você está com fome? — o loiro voltou a questionar o Tuan, que sorriu concordando. — Então, vamos comer.

 — Jackie... — Mark o chamou baixo, agarrando sua mão. 

 — O quê? 

 — Você não entendeu? — confuso como era, o loirinho negara com a cabeça. — Eu queria comer outra coisa. 

— O que exatamente? 

 — Céus! — rindo fraco, o Tuan negara com a cabeça, plantando um beijinho na bochecha rósea do chinês antes de me puxá-lo para cozinha. — Iremos viajar amanhã.

 — Sério? Tão cedo?

 — Não é cedo. — o mais velho fez uma careta, abraçando o corpo do baixinho por trás. — Eu realmente me sinto ansioso quanto a isso, sabe? 

 — Eu entendo, amor. — Jackson sorriu. — Há muitas expectativas, não é? 

 — Bastante. — o americano suspirou. — Eu quero muito o conhecer, saber sobre ele. 

 — Por que fala no masculino? — o loiro se virou, passando os braços ao redor do pescoço do namorado. — E se for uma menina?

 — Irei gostar da mesma forma, a amarei igualmente. — o Tuan sorriu bobo, selando as bochechas alheias. — E de quebra, ela ainda ganha um segundo pai, ou mãe se preferir.

 — Ah, não. — o chinês negara, acanhado. — Acha que ela ou ele irá querer dois pais?

 — Eu tenho certeza que qualquer pessoa desejaria alguém como você na vida, amor. Então sim, ela ou ele irá querer dois pais. — Mark diante à face rubra do mais novo, beijando-o nos lábios. — Obrigado, uhh?

 — Por quê está me agradecendo? — o loiro piscara confuso, acariciando as bochechas do Tuan, que ainda sorria. 

 — Eu não sei exatamente. Imaginei que fosse ficar chateado por eu não ter te contado sobre as passagens ou algo assim. Então, somente aceite o meu agradecimento, está bem? 

 — Certo, certo. — Jackson sorriu, selando novamente os lábios aos do namorado antes de se encaminhar para perto do balcão, ainda com o sorriso bobo nos lábios. — Vem comer, Mark.

— Você irá?

— Irei sim. — o chinês sorriu. — Agora vem!

— Você está ficando muito mandão, não estou gostando.

— Ah, não?

O Tuan diante à face questionadora do chinês, caminhando para perto dele. Tocou a bochecha do chinês, fazendo uma leve carícia no local antes de se sentar na cadeira, sorridente como estava. As coisas pareciam estar andando corretamente e aquilo apesar de parecer um aviso, o agradava imenso.


Notas Finais


até


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