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História Flamma Amoris - Ressaca


Escrita por: KarlaVieira

Notas do Autor


Boa noite galera! Gostei de mais gente estar aparecendo, mas ainda podia vir mais né? A sorte é que essa história tá toda pronta no meu word, porque do jeito que eu ando ocupada, eu iria demorar a escrever! Terceirão, um resto de vida social... Fica meio complicado, né? Queria agradecer a todo mundo que desejou melhoras pra minha irmã, obrigada de verdade! Tá, vou parar de falar e deixar vocês lerem. Espero que gostem!

Capítulo 9 - Ressaca


Niall Horan POV – Manhã de 26 de Março

 

Os raios de sol adentravam pelas frestas das cortinas, e um batia insistente e irritantemente em minha face, enquanto um estridente despertador tocava em algum lugar ao meu lado. Resmungando, alcancei-o e joguei-o na parede com força, e o som irritante cessou. Abri os olhos, em seguida tampando-os com as mãos. Minha cabeça latejava.

Maldita ressaca.

Levantei-me e fui me arrastando até o banheiro, onde tomei um banho. Ainda me arrastando, fui até a cozinha e procurei por um remédio para a dor insuportável, mas não encontrei. Depois de terminar de me arrumar, fui para a escola. Caminhei a passos lentos o tempo todo, sequer me importando se chegaria atrasado. Eu não me importava com a escola, sinceramente. Eu tinha mais o que fazer e o que pensar a respeito.

Quando entrei pelos portões, vi parada de costas para mim conversando com Lisa, Marie Jean. Ao vê-la, um desejo de tê-la novamente junto a mim se apoderou. Fiquei ponderando se deveria beijá-la ali mesmo, com todos olhando e julgando, ou não, enquanto caminhava em sua direção.

Bem... Eu já vou para o inferno mesmo.

Lisa me viu e coloquei o indicador em meus lábios. Aproximei-me de Marie Jean e a puxei, fazendo-a virar-se para mim. Não perdi tempo e a beijei, interrompendo uma exclamação de surpresa dela. Como de esperado, ela se rendeu em meus braços, aprofundando o beijo. Entretanto, o ar se fez necessário.

- Ficou louco? – Perguntou Jean aos sussurros, vermelha e risonha de vergonha. Eu ri maliciosamente. “Se você soubesse o nível da minha loucura... Fugiria” pensei.

- Uhum.

- Desculpem-me, mas acho que eu perdi alguma coisa. – Disse Lisa, cruzando os braços e nos olhando de sobrancelha erguida. Marie Jean não sabia onde colocava o rosto – que estava em um vermelhidão; mas ela sorria. Abracei-a lateralmente e pude perceber que as pessoas ao redor nos encaravam.

- É simples. Ela é minha. – Eu disse. Lisa sorriu. O sinal soou acima de nós, marcando o início das aulas do dia. Suspirei, já cansado, com a cabeça latejando por causa daquele som estridente e irritante.

- Você está bem? – Perguntou Marie Jean. – Parece cansado.

- Cansado e com dor de cabeça. Mal dormi noite passada.

- No cansaço, não posso dar jeito, mas eu tenho remédio dentro da bolsa. Quer?

- Quero.

Fomos até o bebedouro, onde ela pegou um copo e o encheu de água, e tirou uma cartela de comprimidos de dentro da bolsa, destacando um e me entregando. Engoli o remédio juntamente com a água, e Marie Jean me olhava preocupada. Ela colocou a mão na minha testa e beijou-a levemente.

- Quê...?

- Estou vendo se você não está com febre.

- Ah, não, fica tranquila. Não estou doente. – Tranquilizei-a.

- É bom que não esteja, não é? Vamos lá, antes que as aulas comecem mesmo.

Ela me puxou pela mão e de mão dadas fomos até a sala de aula. Quando entramos, as pessoas nos olharam e um burburinho começou – com certeza estavam falando de nós. Sentei-me ao lado de Marie Jean sentido, ainda, os olhares de todos sobre nós dois. Tento entender o que há de tão surpreendente em um casal.

 

Marie Jean POV – Manhã de 26 de Março

 

Depois de ter reconquistado a minha invisibilidade novamente, eu a havia perdido. Não havia um que não olhasse para mim e Niall, andando de mãos dadas pelo colégio, ou quando ele me beijava. Não me apetecia ser olhada por todos, mas pelo menos era por um bom motivo: certo irlandês dos olhos azuis. Se eu fosse uma pessoa totalmente diferente, eu estaria gostando daquela atenção toda. Por exemplo, se eu fosse Jasmin Everdeen. Mas não, eu sou apenas Marie Jean Lookwood, a garota esquisita, invisível, órfã que ninguém reparava. Porém Niall reparou. E isso fazia com que Jasmin me odiasse para o resto da mísera vida mesquinha dela.

Quando Niall e eu tivemos uma aula separados, tive a infelicidade de ser sorteada para ser o par de Jasmin no projeto em dupla.

- Então, é verdade que a esquisita anda com o irlandês. – Disse ela.

- Com ciúmes? – Respondi, pegando a tesoura, começando a trabalhar. – E eu não vou fazer tudo sozinha, então, comece a se mexer.

- Ciúmes? De você? Nunca!

- Pois não é o que está parecendo. – Eu disse indiferente, sem olhá-la. – Não sou eu quem disse que queria beijá-lo e ver como ele é por baixo dos lençóis.

- Ah, mas você quer sim. – Respondeu ela, abusada. Revirei os olhos. – Mas você não vai conseguir descobrir. Afinal, aquele irlandês me pertence.

- Interessante. Não sabia que Niall é um objeto, e ainda com alguma identificação de ser posse sua. – Respondi, ficando irritada; o que eu não podia, sendo que era justamente isso que Jasmin procurava. – Lembre-se que o mundo não gira ao seu redor.

- Você verá, querida, Niall será meu.

- Estou esperando. Talvez seja melhor eu sentar enquanto espero.

- Algum problema, meninas? – Perguntou o professor, olhando para nós duas. Forcei um sorriso.

- Não senhor. Jasmin e eu estamos somente conversando. Trabalhando em grupo.

O professor fez uma expressão de quem não estava convencido, mas assentiu e foi ajudar outra dupla. Fuzilei Jasmin com o olhar antes de voltar a trabalhar.

 

Niall Horan POV – Meio dia de 26 de Março.

 

Aproximei-me de Marie Jean que estava entretida com o armário. Quando cheguei perto, pude ouvi-la resmungando palavrões e mais palavrões.

- Aquela filha de uma... – Disse ela. – Quem ela pensa que é?

- Alguém insignificante. – Eu disse em voz alta, respondendo a sua pergunta retórica. Jean deu um semi grito e fechou a porta do armário com força, sobressaltada, virando-se para mim.

- Niall! Que susto!

- Quem é que te deixou tão irritada?

- Ah, como você disse, alguém insignificante.

- A Everdeen, não é? – Presumi.

- Você leu meus pensamentos?

- Não!

- E aí casal? – Lisa perguntou, chegando ao nosso lado com Peter. – Vocês sabiam que estão todos comentando de vocês dois?

- É, sabia. – Disse Marie Jean, azeda.

- Que bicho te mordeu? – Perguntou Peter.

- Um chamado Jasmin Everdeen. – Respondi. Segurei a mão de Jean enquanto nós quatro andávamos para o refeitório. Hoje seria um dos dias em que teríamos aula no período da tarde. Insuportável.

- O que essa garota fez agora? – Perguntou Lisa.

- Falou de Niall como se ele fosse um objeto e pertencesse a ela, e que iria roubá-lo de mim. – Disse Marie Jean. Eu ri.

- Você ficou com ciúmes de mim?

- Não! – Apressou-se em responder, corando levemente. – Não mesmo!

- Aham. – Peter, Lisa e eu dissemos em uníssono, descrentes no que Jean dizia.

- É sério.

- Aham. – Dissemos novamente.

- Não dá para conversar com vocês.

- Aham. – Repetimos pela terceira vez, adorando o fato de deixá-la irritadiça. Marie Jean ficava bonita irritada, com seus olhos mais escuros e brilhantes devido ao sentimento. Fora o fato de que ela diz mais coisas engraçadas – seus xingamentos não são os mais violentos do mundo. A não ser que chamar alguém de filhote de cruz credo, monstrengo e algo do tipo seja violência. Marie Jean é tão violenta como um filhote de pinguim.

Entramos no refeitório e fomos à fila do Buffet. Mais a frente, estava Jasmin com Melanie, e Jean fuzilou-as com o olhar. Jasmin nos viu e acenou debochadamente para nós, e Jean bufou ao meu lado. Apertei sua cintura, mas ela não relaxou. Continuou olhando Jasmin, até que alguém que estava passando com um prato de macarrão cheio de molho a bolonhesa passou em sua frente, tropeçou e fez com que o prato voasse em Jasmin, sujando-a de molho avermelhado e a fazendo cair com sua bandeja de comida sobre si. Todos no refeitório a olharam e riram. Marie Jean sorriu vingativa, e o escárnio brilhava em seu olhar.

- Isso não foi justo. – Eu sussurrei em seu ouvido. – Fazê-la cair com magia.

- Que? Eu não fiz nada! – Respondeu ela, fingindo-se de desentendida.

- Claro, fui eu que fiz.

Marie Jean riu completamente divertida. Pareceu-me que aquela vingança era esperada há anos.

- Você é má. – Afirmei ainda sussurrando.

- Você ainda não viu nada.

- Uh, agora fiquei com medo. – Disse ironicamente.

- Bom que fique. Assim você não me provoca.

- Que tipo de provocação? – Perguntei, e em seguida beijei seu pescoço de surpresa, e ela se arrepiou. – Esse tipo?

- Todos os tipos, Sr. Horan. Agora pare.

- Por quê? Estou provocando demais? Beijei seu pescoço novamente enquanto ela tentava se servir de alguma coisa da qual não prestei atenção. E novamente, ela se arrepiou.

- Para, Niall! – Exclamou baixinho. – Todos vão ver.

- Olha como estou preocupado com todos.

- É sério, para.

- Com uma condição.

- Qual? – Ela revirou os olhos, impaciente.

- Me dá um beijo.

Marie Jean se aproximou e me beijou levemente nos lábios, afastando-se e continuando a se servir.

- Pronto.

- Isso não vale. – Reclamei.

- Vale sim. Agora para de reclamar.

- Meu Deus que garota mandona.

- Meu Deus que garoto insuportável.

Nós rimos, enquanto nos servíamos. Fomos até a mesa e senti meu celular vibrar no meu bolso. Puxei-o e o olhei: uma nova mensagem recebida de Zayn Malik. Abri-a. “Preciso falar com você. Ligue-me mais tarde. Z.”

- O que foi, Niall? – Perguntou Jean.

- Nada, mensagem da operadora telefônica. – Menti. Se Zayn queria falar comigo, algo importante estava acontecendo. Eu precisava saber o quê. Quando cheguei em casa, cansado e esgotado, lembrei-me que Zayn pedira para que eu ligasse.

Larguei-me no sofá e disquei seu número na lista de contatos. Chamou uma, duas, três vezes, e na quarta, ele atendeu.

- Achei que não ia me ligar! – Disse ele imediatamente.

- Olá Zayn. Tudo bem com você? – Perguntei com tom irônico.

- Não tão bem como você deve estar aí, se divertindo com a garota. Mas você não vai ficar sozinho muito tempo.

- Não vou?

- Não. Eu estou indo para aí em uma semana.

- Por quê? Ele acha que não estou dando conta sozinho?

- Não. É que ficamos sabendo que tem mais caçadores atrás dela, e que estão indo para a cidade. Você vai precisar de reforços. Marie Jean fica com você, os caçadores comigo e com Liam.

- Liam também vem?

- Vem. E acho que ele vai mandar um caçador de lobisomens, também.

- Caçador de lobisomens?! – Exclamei. – Para quê?

- Para quê servem caçadores de lobisomens, Niall? Colher cogumelos? – Perguntou ele em tom sarcástico.

- Eu sei para quê servem, seu babaca. – Respondi, levantando-me do sofá e indo até a cozinha. – Mas o que ele faria aqui nessa cidadezinha pacata e no fim do mundo?

- Dizem que um grupo de caçadores recrutou um lobisomem. E que é perigoso, muito perigoso.

- E ele vai mandar qual caçador, você sabe? – Perguntei, abrindo a geladeira.

- Ele quer o melhor. O Styles.

- Harry Styles?! – Exclamei. – O cara que tentou me matar naquela missão em Roma?

- O próprio.

- Você só pode estar brincando.

- Não mesmo.

- Esse cara vai tentar me matar novamente!

- Ele só tentou aquela vez por achar que você era o lobisomem que ele estava caçando.

- Não, foi porque eu fiquei com a garota que ele estava afim. Não tenho culpa se ela se rendeu ao meu charme irlandês.

- Cínico.

- Obrigado. – Eu disse, sorrindo. – Mas desta vez ele vai tentar novamente, com certeza. Só talvez vá arrumar outra desculpa, agora que sabe que eu não sou um lobisomem, e sim um caçador.

- Ah sim. Agora voltando a parte que me interessa... Ficarei na sua casa.

- Pedir ninguém se importa.

- Não, sei que não vais negar.

- Garoto inteligente. – Eu disse irônico. – É por isso que és meu amigo.

- Para com a viadagem. – Disse ele, e eu revirei os olhos. – Eu e o Liam vamos ficar aí.

- E o Styles?

- Preocupado, agora?

- Claro. Com a minha sanidade, dependendo do caso. Viver contigo e com o Liam não vai ser coisa fácil, mas pioraria com o Styles.

- Vou levar como um elogio o fato de você ter me chamado de insuportável, mas menos insuportável que o Styles. E não, o Styles não vai ficar na mesma casa que nós três, até onde sei.

- Até onde sabe... – Resmunguei. - Olha só, cara. Vou ter que desligar. Outra hora eu te ligo.

- Ok. Tchau.

- Tchau.

Desliguei o celular e larguei-o sobre a mesa, refletindo. Mais caçadores vindo, tanto que precisarei de reforços? Ainda mais com o caçador de lobisomens Styles por perto? Não é bom sinal. Não mesmo. O terreno anda ficando perigoso. Quem sabe, daqui para frente, estarei brincando com fogo. Literalmente. Sorri maquiavélico enquanto começava a fazer alguma coisa para eu comer.


Notas Finais


E aí? O que acharam?


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