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História Flores e Armas - O Grande Museu


Escrita por: moon-8

Notas do Autor


Alerta de Gatilho.

Capítulo 23 - O Grande Museu


Fanfic / Fanfiction Flores e Armas - O Grande Museu

Deagu Coreia do Sul, 23:54 da noite


- Felix? O quê faz aqui fora? - Jisung perguntou, aproximando-se do louro que fumava na frente da casa, olhando para o portão da jardim como se estivesse vendo alguma coisa.

- Estou esperando Hyunjin, até agora ele não voltou para casa. - Falou, tragando fumaça e assoprando depois.

- Hyunjin não apareceu em casa hoje? - Jisung apertou as sobrancelhas. - Que estranho. Mas pode estar na casa de Rosé. 

- Caralho, esqueci completamente disso. - Felix jogou o cigarro no chão e pisou no mesmo.

- Se quiser, eu pergunto a ela. 

- É, faça isso. Eu 'tô desconfiando de alguma coisa... Não sei porquê. - Lix entrou de volta em casa, deixando Han sozinho e confuso.

O garoto mandou mensagem para a loira, mas ao menos a mensagem chegou, tempo depois viu que notificações dela haviam chegado.

Roseane: Oi, Jisung 

ele não está comigo

Jisung: Obrigado por responder

Jisung achou estranho, onde será que Hyunjin estava...?


Deagu Coreia do Sul, meia noite


Hyunjin estava tremendo, as mãos amarradas atrás do corpo, os pés juntos a uma corda que cortava seus tornozelos.

S/N estava sem fala, imóvel, parecia estar em choque.

Os dois estavam no mesmo quartinho apertado, era tão escuro que não viam os rostos um do outro, apenas o brilho dos olhos chorosos.

- Você está bem? - S/N perguntou, estava preocupada com o loiro, que na verdade estava em condições piores que ela.

O tal do Jungkook tinha dado uma surra nele antes de jogá-lo em cima da garota.

Hwang estava tão mal que quando caiu amarrado nas pernas de S/N, começou a cuspir sangue e gemer alto de dor.

- E-e... Eu. - Parou de falar. - Eu vou ficar bem. - Sussurrou no final tossindo um pouco.

- Não fale. Descanse, pelo menos o quanto puder. - S/N falou, sentindo as cordas machucarem seus pulsos. - Eu nunca quis tanto que Felix me encontrasse, quanto agora. - Riu baixinho sem humor, encostando a cabeça na parede atrás de suas costas.

- Ele está vindo. - Hyunjin falou baixo. - Que desgraça... - Riu debochado. - Acho que ele te ama.

- Que? Não fala besteira.

- Ele faria tudo por você, quando souber que sumiu, ele vai aparecer como o diabo encarnado. 

- Nada a ver. Para de inventar essas coisas, Hyunjin. - S/N fez bico.

- Quer apostar?

- O quê você vai me dar?

- Eu te conto um segredo. E se eu ganhar, quero que dê uma chance a ele.

- Por que se importa tanto com isso? Nada vai mudar se eu não gostar dele.

- É claro que vai. Me importo porque você é a garota certa 'pra ele, e você 'tá mentindo o tempo todo 'pra si mesma. - Hyunjin tossiu no fim de sua fala, sentindo uma dor enorme em seu peito.

- Para de falar.

- Você... Sente algo por ele. Eu s-sei que... Você pensa nele toda hora. 

- O quê?! Nada a ver, Hyunjin.

- Você dormiu por uma hora mais ou menos, e começou a chamar por ele, você está estudando psicologia e sabe o que isso significa. 

As palavras de Hyunjin eram como faca no corpo da garota, depois de ter ouvido aquilo, percebeu que estava fazendo sentido, mas não queria aceitar.

- O que eu sei é que você precisa se calar e descansar. - S/N falou nervosa.

- 'Tá bom, já falei o suficiente 'pra você ficar refletindo. Vou tentar dormir, não chame Felix de novo 'pra não me acordar. - Hyunjin se mexeu para procurar um jeito mais confortável. Fechou os olhos e tentou descansar.

S/N ficou pensando em tudo que foi dito, juntamente com seus estudos, percebeu que algo estava realmente acontecendo com sua mente.

Será que estava ficando louca? Ou... Estava realmente gostando de Felix? Não podia fazer isso com Seungmin, ele a amava e a tratava muito bem. 

Ah... Não sabia o quê fazer.

Longe dali, Felix estava em seu quarto, sua mente já estava se esvaindo, sentindo seu corpo mole em sono pesado.

Felix corria rápido em direção a sua mãe, os dois entraram no museu grande e bonito.

- Mamãe, vamos nos divertir muito, não é? - Felix gritou ao abraçar a mãe.

- Claro que sim, meu filho. Vamos entrar logo. - A mãe falou, beijando o topo da cabeça do loirinho.

Entraram no local e começaram a ver os bonitos quadros e as grandes esculturas, Felix estava animado, bebendo seu suquinho de laranja por um canudinho fino, enquanto lia as histórias que havia em grandes painéis.

Juntaram-se com o grupo de turismo do museu, o homem que parecia ser o líder começou a guiá-los.

Felix animado esbarrou em alguém, olhou para a direção da pessoa e viu uma garotinha de cabelos cacheados.

- Desculpa! - Falou, tentando se desculpar pelo descuido.

- Tudo bem... Qual seu nome?

- Pode me chamar de Lix. E você?

S/N. Veio com a sua mãe? 

- Sim, e você?

- Minha mãe está comigo também. A gente se vê por aí. - A garotinha falou, indo em direção a mãe que estava por perto.

Minutos depois ouviram gritos por todo lado, o portão do museu foi fechado causando um pânico na garotinha ao lado da mãe.

Felix apertou a coxa da sua mãe, olhando ao redor assustado.

Alguns caras apareceram começaram a atirar em algumas pessoas, fazendo com que a maioria inclusive Felix fossem ao chão e colocassem as mãos na cabeça.

A mãe de Felix sussurrou algo em seu ouvido, para que ficasse quieto.

- Todos, calem a porra das bocas. Se fizerem tudo que mandarmos sairão vivos, talvez. - Um dos homens pousou a arma grande no ombro, enquanto falava.

Os seus capangas começaram a pegar tudo que as outras pessoas tinham, bolsas e joias, quando então chegou na vez da mãe de Lix.

- Ei! Não toque na minha mãezinha. - Felix gritou com o homem.

- Felix, silêncio, filho. - A mãe falou de modo calmo.

- Garoto, se não quiser que eu estoure sua cabeça, cala a boca agora. - O homem apontou a arma para a cabeça loira.

- Por favor, não. Tome tudo. - A mãe falou, desesperada.

- Pode atirar, seu cuzão. - Felix se rebelou, havia escutado isso em um filme de ação, e por ser tão criança achou que o homem iria agir como nos filmes, iria pedir desculpas e sair dali.

Mas é óbvio que o que recebeu em troca foi uma pancada na cabeça fazendo-o gemer de dor.

A mãe levantou e tentou pedir para que o cara parasse com aquilo e se desculpar também.

Felix levantou do chão e chutou as bolas do homem que gritou de dor e consequentemente apontou a arma para a mulher e atirou em sua cabeça.

A mãe de Felix caiu no chão morta, deixando o mar vermelho de sangue escorrer no piso de mármore.

Felix gritou, chorando alto e pedindo que sua mãe acordasse.

Nunca iria se perdoar por ter se rebelado, tudo tinha sido sua culpa, sua mãe morreu por sua culpa.

- Seu desgraçado! Eu vou te matar! - Felix gritou com muito ódio no coração, sentindo as lágrimas finas molharem a camiseta azul marinho.

- Opa, opa. Esse garoto é bom... - O cara que parecia ser o líder apareceu no meio da confusão.

As pessoas estavam paralisadas com tudo aquilo, simplesmente em um silêncio mortal.

- Dê a arma para ele, Mark. - Falou olhando para o homem que acabara de atirar em sua mãe.

O garoto estava assustado, acabara de perder sua mãe, estava perdido, chorando e querendo sua mãe de volta.

Segurou a arma de prata pequena na mão, era uma arma de bolso.

- Você, levanta. - O homem agarrou o braço de uma mulher e a levantou do chão.

Mandou que ficasse quieta e mandou que fechasse os olhos.

- Garoto. Atire nela. - Mandou.

- O quê?! Mas por quê? Ela não fez nada.

- Fez sim, sua mãe morreu por causa dela.

- Ahn...? - Felix ficou confuso.

- É sério! Ela fez tudo isso, olha como o sangue da sua mãe escorre em seus sapatinhos brancos, essa desgraçada aqui, é a culpada. - O homem apertou o braço da mulher com força a fazendo tremer e chorar de medo.

Queria fazer com que o garotinho ficasse com raiva, para ver do que ele seria capaz.

- Ela.. Fez isso mesmo? - Felix perguntou baixo.

- Sim, garoto. - Mark, o que havia matado sua mãe apareceu ao seu lado, confirmando o que seu chefe tinha falado.

Felix sentiu algo diferente em seu corpo, sentiu um ódio imenso crescer dentro de seu peito, viu a mulher chorando e parecia que estava vendo o ser mais imundo do mundo.

Atirou perfeitamente bem no meio da testa da mulher, a fazendo cair no chão como sua mãe. 

A garotinha que Felix havia conhecido minutos atrás começou a chorar alto e gritar por sua mãe.

S/N... - Felix paralisou. - Eu sinto muito. - Falou baixinho, sentindo as lágrimas saírem de seus olhos. - Foi necessário, ela matou a minha mãe.

- Mãe! Não! - S/N gritava, sentia uma dor imensa em seu peito.

- Garoto, você vem com a gente, vamos morar na Coreia. A Austrália está ficando um pouco estreita para nós.Tem pai? 

Felix soltou a arma no chão, enquanto balançava a cabeça em negativo respondendo a pergunta do homem, paralisado ao ver a garota chorar perto do corpo da mãe.

- Ótimo! Você vai ser muito feliz com a gente. Somos sua nova família, huh? - O homem abraçou o loiro, que não tirava os olhos da pequena garota de cabelos cacheados.

Quando os homens mencionaram sair do museu, Felix olhou para sua mãe uma última vez, vendo os olhos cheios de sangue e o mar vermelho que a cobria.

- Mãe... Me desculpe.

Felix acordou do pesadelo outra vez, sentindo seu coração quase parar.

Lembrou pela milésima vez de seu passado, mas dessa vez algo estava mais claro, a garotinha que estava naquele dia... Achava que a conhecia.

Seu sangue congelou em seu corpo, vendo o quarto escuro sentiu um medo que doía em seu peito.

Sentiu-se gelado com o que estava pensando, será que era aquilo mesmo?

- S/N? - Sussurrou para si mesmo.

Tinha sido ela? Felix matou sua mãe naquele dia?!

Puta que pariu.



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