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História Floresta- 1 temporada - Por que você fez isso, sua maldita?


Escrita por: jelenastazz

Notas do Autor


Essa é a Laura

Capítulo 60 - Por que você fez isso, sua maldita?


Fanfic / Fanfiction Floresta- 1 temporada - Por que você fez isso, sua maldita?

  POV's Selena Gomez.

Sala de interrogatório.

07:45 AM.

Brincar de silêncio comigo, não cola e só irá piorar o estado de raiva que alastra em meu sangue. Se ela acha que pode me passar a perna, não irá funcionar.  Estamos cerca de mais de duas horas nessa sala de interrogatório, e até agora essa ordinária não abriu a boca para falar um "a". 

Levanto da cadeira, entediada de está com a bunda sobre ela.

— Vamos fazer diferente.— falo com desdém, chamando atenção da acusada. Aproveito que Mabel acabou de sair da sala, para ter um momento a sós de mulher para mulher, com “Laura".

Ela ergue o olhar cabisbaixo, algemada. Há alguma coisa de diferente em seus olhos negros. Justin é atraído por mulheres morenas, a ex que arrumou se encaixa perfeitamente  no perfil. 

Que irônico...

— Foi por que ele chamava a mim, quando estava com você?— faço a insinuação, no intuito de fazê-la confessar e de repente a tiro do transe, fazendo a suspeita encara-me confusa. — Ou porque a minha presença era tão forte, que você não suportou ser apenas a  outra e quis se vingar matando todas aquelas mulheres.

— Que mulheres?— soa com o  tom perdido, dando uma de vítima que não sabe de nada.

— Hum... interessante, você não assisti noticiário?— a interrogo, sarcástica, dando alguns passos para próximo a mesa, onde a detida está.

— Não tenho tempo para isso. 

— Ah, não? E como é que você saí pesquisando os lugares, para encontrar aquelas strippers? É por força da natureza, ou você calcula antes os trajetos das vítimas, até assassina-las friamente?

— Eu não sei do que você está falando. E muito menos o que estou fazendo aqui.— se defende, dando uma de inocente

Perco a paciência e escancaro, colocando em cima da mesa fotos da cabeça humana que foi deixada na porta da minha casa. 

— Isso não é familiar?—para confronta-lá das acusações, propositadamente esfrego as fotos de todos os ângulos em seu rosto, para que ela veja o estrago que causou em mais uma.— Ah, você me perguntou o que está fazendo aqui, né. Deixa eu te relembrar... — bem irônica, aproveito para recordar a criatura que se faz de sonsa.— Você está presa por ter atirado em Justin e ter tentado me matar. Ou eu preciso desenhar para que a princesa entenda?

— Eu não quero ser interrogada por você. Tenho direito a um advogado.— protesta e acabo não me segurando e ironizo a sua exigência. 

Ainda por cima, quer ter direitos? Nossa... essas são as piores, faz tudo articulado. 

— Nessa merda, você não tem direito a nada!— bato a mão em cima da mesa, a assustando.— Você atirou no homem que "aparentemente" estava amando. — faço aspas com os dedos, indignada. 

Sua reação, após as minhas palavras, é abaixar a cabeça e começar a chorar. É bom que chore mesmo. Se ele tivesse morrido, nessa hora essa vadia não estava nem viva para contar a história.

—Não acha um pouco doentio, da sua parte? Ter um transtorno compulsivo que não consegue lidar com a rejeição. — crio um padrão do tipo de assassina que essa Laura seja.—  É trauma de infância? Foi decepções amorosas? O que te motivou de fato, a matar a sangue frio aquelas strippers?

A fito, com todo desprezo do mundo, ao estar na presença de uma pessoa perversa que é capaz de esquartejar até uma cabeça para ameaçar outra pessoa.

— Eu não matei ninguém!— choraminga, e sua confissão me faz por um momento duvidar de que estou realmente interrogando a pessoa certa.— A minha arma disparou, eu não quis atingi-ló. Eu juro! Eu acordei com o barulho dos tiros e fui checar, foi aí que vi vocês dois juntos...

— E com raiva por ter sido abandonada no altar, você achou a oportunidade perfeita para se livrar de mim.— concluo, tirando as palavras da sua boca. 

— Não, não foi nada disso.— aos prantos, se defende, perturbada pela pressão que carrega. 

Não consigo decifrar se existe traços de que mostre de que seja uma sociopata. Porque há um remorso em seu semblante, mas não posso simplesmente me deixar enganar.

— Laura, pare de se lamentar. Acha mesmo que acreditando na própria mentira irá fazer você se sentir melhor? Só irá piorar, eu te garanto.— sôo, vendo o reflexo de mim, na assassina.— Um conselho por experiência própria, é melhor você admitir, do que guardar para si. Porque os crimes irão assombrar a sua mente, até você surtar.

Entro no seu psicológico e a porta é entreaberta, Mabel aparece ao lado do nerd que traz um notebook em mãos. 

— Conseguiu as filmagens?— os pergunto, ansiosa, para desmascara-lá.  

Outra prova que a faz ser a principal suspeita, é que descobri que a ex noiva do Justin mora no mesmo condomínio, o que aumenta mais indícios contra ela.  

Ambos se entreolham um pro outro. Minha filha está melhorzinha hoje, mas ainda assim, está com a fisionomia abalada e a cara inchada entregando que esteve chorando. 

— As filmagens foram apagadas, sumiu do prédio. O Will está tentando resgatar, mas vai durar dias, até ele conseguir recuperar as fitas que foram deletadas.

Minha filha me comunica e o sangue sobe pelo meu corpo, acabo me revoltando por estarmos em estaca zero. Fecho a mão em punhos e avanço para cima da mulher, perdendo o meu controle.

Ela não vai sair impune por esses crimes!

Por que você fez isso, sua maldita? Por quê?—  a pego pelos cabelos, enrolando-os em minhas mãos. Estou tentando fazer justiça por Justin, que está agora na sala de cirurgia sendo operado.

Eu deveria estar lá no hospital esperando o meu marido sair, mas estou aqui, fazendo de tudo para fazê-la pagar pelos crimes que vêm cometendo.

— Mãe, solte-a! Você não pode coagi-lá. Isso é crime!

Mabel se desespera, procurando me apartar da outra. Mas a revolta que sinto é tão grande, que a minha vontade é de fazer justiça com as próprias mãos. 

— Ela tem que admitir! Admita. Admita que você atirou em Justin de propósito. Admita que você tentou me matar. Admita também  que foi você que matou aquelas 20 mulheres.— a forço abrir a boca. No momento, não consigo nem me reconhecer direito. Tudo que eu mais desejo dentro de mim, é fazê-la pagar na mesma moeda. 

— O Will a tire daqui, agora!— Mabel manda, para me retirar imediatamente da sala de interrogatório. 

Foda-se se eu for presa, suspensa e o caralho que for, não vou deixar Laura sair pela porta da frente do FBI, só por ser uma agente dessa unidade e não haver provas suficientes que a comprometa. 

(......)

Minhas mãos tremem e o rapaz estende o copo com água para que eu beba. Procuro me acalmar, mas a minha vontade mesmo é de voltar naquela sala e bater a cabeça daquela mulher várias vezes em cima da mesa, até ela confessar tudo.

— Laura é uma boa pessoa. Por que você a tratou tão mal?— desvio o foco, indo em sentido a  voz que percorre ao meu lado. 

— Acha pouco o dano que ela causou?— rebato, sem paciência até mesmo pro garoto que não tem culpa nenhuma do meu estresse. 

— Você não pode acusar ninguém sem provas.

— Não posso, mas eu vou.— emito um tom confiante ao afirmar. Eu não sei como Mabel foi se encantar por esse nerd, ele não têm noção de diferenciar o lado bom e ruim das pessoas. 

— Por que está descontando a sua raiva em mim?— percebe a minha ignorância, todo sentido. Acabo me consertando, porque se a minha filha souber que estou implicando com o seu namorado no primeiro dia, irá brigar comigo.

— Tô morrendo de dor de cabeça.— passo a mão no rosto, para afastar o cansaço.— Nem dormi ontem a noite, o Will. Justin está no hospital, as meninas ficaram em casa cuidando do mais novo. Mabel também está cheia de problemas. 

— O que a minha namorada tem?— se preocupa. 

Se ele não sabe, imagina eu...

— Nada demais, coisas de garotas. — invento, para amenizar o que acabei soltando sem querer. — Aliás, o que foi isso na sua mão?— percebo a mão do rapaz enfaixada com atadura e alguns cortes em volta. Será que o nerd caiu?

— Bati ontem sem querer na porta. 

—Você sempre foi desastrado, viu. Quando trabalhávamos juntos, eu me lembro de você sempre batendo e derrubando as coisas. Aquela época era uma loucura, mais foi bons tempos.— recordo, voltando no tempo que eu era chefe deste lugar. Eu gostava de comandar a equipe, o FBI sempre foi a minha segunda casa.

(........) 

Hospital.

— Ela vai ser solta, mãe, não há nada que eu possa fazer. 

Continuo andando atrás da própria, que segue na frente, enquanto nos direcionamos para entrar no hospital. 

— Ela atirou no seu pai, isso não conta?— reclamo, injuriada. Não deu nem 24 horas direito e a criminosa já vai ser solta. 

— Foi em legítima defesa.

Reviro os olhos.

— Que tipo de agente você é?— a coloco contra a parede, porque estou vendo uma ingenuidade gigantesca em acreditar facilmente no que os suspeitos dizem.

— Competente.

— Porque não parece. — rebato.

— Eu não vou passar em cima da ética, para mantê-la presa, mãe. Laura é inocente, até que se prove o contrário. — dá as costas, para se virar. Contudo, a barro, segurando no seu pulso:

— Cai na real! Não é assim que funciona, Mabel. Ser certinha demais, só irá te derrubar. Eu já vi de tudo no FBI e sei como o sistema funciona. — alego, para que a mesma mude de ideia e não siga fixamente os trâmites legais. 

— Mãe, conheço Laura, há anos. Ela sempre foi uma ótima pessoa.

— Seu namorado disse a mesma coisa, acredita.— por um momento a vejo travar, quando eu o menciono. 

— O que o Will falou para senhora? — se desconserta na hora, desconfortável.  Aos poucos, vou meio que ligando os pontos. 

— Ele se simpatiza muito com Laura, nos minutos que tivemos conversando ele a mencionou várias vezes. — murmuro, um pouco desconfiada de há algo a mais por trás.  

Desnecessário sei que o nerd  sempre foi, mas acabei achando um pouco estranho a fixação dele em falar tão bem da ex do meu marido, de uma forma obsessiva

Não foi você que traiu ele, foi ele que te traiu.— confirmo a minha suspeita, enxergando a minha filha ficar  extremamente  incomodada. 

A seguro novamente, não a deixando prosseguir:

— O que você está escondendo, Mabel? — dou o ultimato, a olhando duramente. Ou essa garota abre a boca, ou as coisas ficarão piores.

— Ele me pediu uma vez para ficar igual Laura, mãe. Acho que o Will tem algum transtorno controlador e fantasia as outras mulheres na hora íntima.

— Em algum momento, ele já pediu para você ficar igual a mim?

Sei que é uma pergunta para lá de sem noção, não quero traumatiza-lá, mas acho que estou começando a entender tudo. 

— Apenas uma vez, porque o parei. Eu disse que se ele continuasse insistindo, eu terminaria tudo com ele. — dispara, imensamente afetada psicologicamente.

 Dá para sentir o quanto Mabel o ama e está quebrada por dentro em ter que abrir o jogo. Quando amamos muito alguém, nos tornamos cegos, já passei por isso antes. 

— Ele não tá obcecado por mim, e sim, por Laura.— revelo, conseguindo montar as peças do quebra-cabeça. 

Como eu não percebi isso antes? 

Ela não é a assassina, mas sim, será a próxima vítima

— Teu namorado é o sádico que vem causando terror nessas strippers, Mabel, e você sabe disso. Por que você está o acobertando? Acha isso justa com as vítimas?

Não, mãe, eu não acho. Me sinto culpada por ter entregado todo o passado do pai, para um louco

— Ele vai tentar matar Laura, porque o cerco está se fechando e ele está ficando cada mais paranóico. Peça que aumentem a segurança do FBI.— ordeno, entregando-a o aparelho celular.

Embora seja difícil estar caindo a ficha na cabecinha da Mabel, espero que ela consiga superar e aceitar no final das costas. No momento, ela precisa fazer o certo.

O que vai ser de mim, mãe, daqui para frente?pergunta com medo, havendo um olhar de desespero. 

— Eu vou dar todo o suporte pro bebê, ele ou ela, será muito amado. O bebê terá muito orgulho de você, Mabel. Independente de tudo, você será uma ótima mãe.— exponho o seu segredo, fazendo-a inclinar a cabeça e me olhar surpreendida:

— Como v-você descobriu, mãe?

— Não me faça perguntas difíceis, filha. Só o prenda e faça justiça por essas 20 mulheres que perderam a vida. Faça o correto.

A incentivo como deve agir. E  minhas palavras dão um gás que a própria necessita, para denunciá-lo e pedir que uma equipe de agentes execute a prisão. 

(.......)

Hospital.

Depois de hoje, não sei mais o que pensar das pessoas. O ser humano definitivamente é um lixo. Observo através da televisão, o Will nos noticiários e passando o momento que foi preso. Quem diria... os mais calmos, se tornam os piores pesadelos. 

Fico mal por Mabel, mas minha filha irá saber se erguer. O bebê dará forças para fazê-la esquecer esse trauma.

Não é de hoje esse delírio desse maníaco. A primeira vez que percebi que ele tinha um fetiche por mulheres mais velhas, foi no dia que ele foi no apartamento da Sara e começou a ficar alucinado pelo porta-retrato dela. Ali percebi que o garoto não era apenas um sem noção, mas sim que possuía desejos proibidos. 

(....)

13:00 PM

Espero por notícias de Justin, ansiosamente. Há horas ele está na sala de cirurgia e estou uma pilha de nervos.  

Quando o médico adentra na salinha de visita, um frio percorre na minha espinha. É agora.... Levanto, junto com as meninas, que também aguardam notícias do pai. 

— E aí, doutor?— existe um nervosismo fora do normal no meu tom.

— Ocorreu tudo bem na cirurgia.— assim que ouço o comunicado,  abro um sorriso fraco, de alívio.  

— Graças a Deus!

— O papa é forte, ele vai se recuperar, mama. — a minha filha mais nova diz sorridente e acabo assentindo. 

— Sem dúvidas. 

Sou puxada para um canto, o médico me chama, até estranho ele não querer falar na frente das três. 

— E tem uma outra que gostaria de falar com a senhora. — olha-me sério e gelo, ficando tensa de que aja algo de errado.

— Pode dizer.

— E sobre a bala que perfurou a medula espinhal do seu marido. Foi uma cirurgia muito prolongada, tivemos que fazer séries de decisões. Na hora do procedimento, o paciente teve duas paradas cardíacas.— me conta detalhes do que aconteceu e acabo ficando com o coração na mão.

— Oh meu Deus! Como ele está agora? 

— O estado dele é estável, não se preocupe. As primeiras 48 horas são cruciais.

— E eu posso vê-lo, doutor?— indago, bastante preocupada. 

— Ainda não, ele está na UTI, mas amanhã será transferido pro quarto.

—Certo. 

— Ah outra coisa, senhora. — ergo o olhar atentamente, quando o médico molda as palavras.— Vai depender da cirurgia, mas diante dos exames que foram feitos e refeitos. É provável que o seu marido perca o movimento das pernas.

Como assim?

Tudo indica, que o paciente não poderá mais andar.

— Meu marido ficará paraplégico, é isso? 

Encho os olhos de lágrimas, enquanto faço a indagação para o especialista. Está doendo muito em saber que se Justin não tivesse se jogado na frente para me proteger, nada disso estaria acontecendo.

Me sinto de certa forma culpada.


Notas Finais


No começo eu até imaginei que a Laura era assassina, mas ela não se encaixava no padrão de uma serial killer. Tinha que ser alguém que desenvolveu isso muito tempo. Quem mais próximo do Justin, fora a Laura seria, o Will. Sempre achei uma coisa fora do normal nesse garoto, acho que ele sempre foi mais atraído por mulheres como a Selena, e como ele não podia ter Laura, começou a descontar suas frustrações em outras mulheres. A Mabel mais prejudicada nisso tudo, arrumou forças onde não tinha para entrega-ló. Porque no fundo, ela sabia. Quero saber o que vocês acharam dessa reviravolta?


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