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História Floresta- 1 temporada - Eu nunca vou te perdoar


Escrita por: jelenastazz

Capítulo 61 - Eu nunca vou te perdoar


Fanfic / Fanfiction Floresta- 1 temporada - Eu nunca vou te perdoar

 FBI

Quando leio a minha carta de reemissão, solto uns gritos e uns pulinhos de felicidade por ter finalmente conseguido. Oh meu Deus! Depois de seis meses consegui ter o meu trabalho de volta. É bem na hora que Justin vem chegando, jogo-me em seus braços, quase o derrubando.

— Calma, babe. — afasta-me um pouco.— Por que essa felicidade toda, Selena? Nunca te vi assim.— indaga, estranhando a minha euforia.

Justin anda-se em passos vagarosos, com ajuda de muletas para irmos até o seu escritório. É assim que o meu marido vem tentando se locomover, após o médico afirmar que o próprio ficaria paraplégico. 

— Nada está vendo?— o amostro a carta. Seus olhos crescem ao ler a medida oficial enviada da casa branca. Logo, ele esboça um sorriso maroto em seus lábios, baita orgulhoso por mim. 

— Parabéns, babe!— abraça-me, com o tom surpreso.— Como você conseguiu?— o ajudo abrir a porta, passando na frente.

— Dei o meu jeitinho.— dou de ombros, entregando na minha fala que tive que recorrer para meios extremos. 

— Selena...— soa, me repreendo, dando um de mais correto possível. No entanto o ignoro, estando toda para frente e sentando-me na sua cadeira giratória, já me sentindo a própria chefe. — Você sabe que usando meios ilegais não são métodos seguros, isso pode manchar a sua carreira.— ouço o sermão. 

Ultimamente Justin anda tão chato. Não aguento e acabo revirando os olhos, entediada. 

— Queria o quê? Que eu ficasse a vida inteira na fila de espera,  esperando voltar oficialmente para cá? Tenha santa paciência, Bieber! Você sabe o quanto é difícil entrar pro FBI. Eles sempre escolhem os melhores. Não que eu não seja a melhor. — falo super convencida, dando ênfase no finalzinho. 

Não aceitando muito bem, ele rola os olhos, pela minha arrogância de proferir as palavras. Dane-se! Deve ser ego ferido, Justin sempre disputou comigo o cargo de liderança. 

— Você sabe que é apenas uma agente, certo, Selena? E deve respeito aos seus superiores.— informa-me todo sem jeito, receoso que eu acabe me irritando.

Bingo! O próprio está se cagando de medo que eu acabe roubando o seu lugar. 

— No caso, eu devo obediência a quem? A você?— o fito sarcástica, analisando-o de cima a baixo.— Fica tranquilo, eu não vou querer disputar a chefia com você, Justin. Não, por enquanto.

— Como assim, não por enquanto?— fica tenso, com o som que sai das minhas palavras.

— Estou com um projeto que desenvolvi, e foi aprovado pela casa branca, sabia?— lhe digo, só o avisando agora que passei na sua frente e fiz o pedido usando o seu nome. Até falsifiquei a sua assinatura. 

— Como você fez isso?— seu tom emite incrédulo, com os olhos arregalados.

— Fiz a proposta usando o seu nome. Me desculpa, amor, mas não tinha outro jeito.— encolho os ombros. Essa será a hora que o meu marido soltará o maior berro nos meus ouvidos...

— Como você faz isso sem a minha permissão, Selena? Quantas vezes eu te falei para não me enfiar no meio disso? — anda de um lado pro outro, nervoso. Sei que agi mal, e se caso o projeto der errado, será a sua cabeça que irá rolar no FBI. — Você arriscou a minha carreira, por capricho?

— Capricho, não! Vontade própria.— o corrijo, deixando-o mais irritado.

— Vá a merda, Selena! Vá.— xinga-me — Saía daqui e me deixe sozinho!— manda, expulsando-me da sua sala. Fico sentida, nunca fui destratada por ele dessa forma. 

— Biebe..— tento falar, aproximando-me. Mas recebo um grito:

— Saía!— exige, apontando para porta. 

Seu surto estragou toda alegria que eu estava sentindo.  Droga! 

Com o nó engasgado, cuspo as malditas palavras que venho engolindo há meses:

— É engraçado, você nunca me apoia em nada. Mas fica defendendo uma mulher que te deixou sem andar durante meses. E uma filha ingrata que visita presidiário na cadeia. Por sua cota de caridade já está cheia, né, Bieber. Por isso que você solta os cachorros em cima de mim. Quer saber? Vá para merda você!— retruco a ofensa, lhe vendo cabisbaixo.— Você não quer apoiar a sua filha com um psicopata? Então apoia! Mas se ela morrer, escuta bem, eu nunca vou te perdoar.— jogo a ameaça, sentindo uma imensa mágoa.

Após, retiro-me saindo o mais rápido possível. Fui praticamente enxotada, não mereço passar por isso, não mesmo! 

Ele defende assassino, protege a sem vergonha que o deu o tiro. E eu que saio como a ruim? Quero que todos eles se explodam!

(.......)

Na manhã seguinte....

Departamento do FBI.

Washington DC. 

07:30 AM

Justin não dormiu nem em casa na noite passada. É bem provável que esteja lá adulando a Mabel. 

Desde que a expulsei de casa, nosso casamento vem enfrentando uma crise. Ficamos mais tempo brigando, do que mesmo juntos. Nunca pensei que Justin ia preferir apoiar essa sem vergonhice, ao invés de ficar do meu lado. 

Não quero mal para ela, longe disso. Estou fazendo o meu papel de mãe que é ensiná-la. Se Mabel quer continuar namorando um psicopata, que fique. Mas uma hora ela vai quebrar a cara e precisa quebrar a cara sozinha, para saber valorizar a sua família de verdade. 

Eu sei como é se apaixonar, fazemos loucuras que até mesmo não nos reconhecemos depois. Mas essa garota me decepcionou muito, em preferir passar a mão na cabeça de um assassino, em vez de receber os meus conselhos.

— A gravidinha do ano. Awwn! Veja, mami!— Annabelle estica o celular pro meu lado, querendo me mostrar os vídeos que a minha outra filha manda todos os dias.

Mabel acha que em algum momento vou me comover e aceitá-la de volta. Mas não vou mesmo!

— Guarde isso, Annabelle, aqui é proibido ficar mexendo no celular.— a repreendo desconfortavelmente, batendo um certo remorso em não acompanhar a gravidez de perto. 

Nem falamos mais uma com a outra. 

— Poxa, mami!— resmunga, fazendo uma cara de chateação.

— Se você quer trabalhar no FBI, a primeira coisa que você deve aprender, é nunca contrariar as ordens da sua chefe. Ok?— já lhe dou a primeira lição. 

Destranco a porta, colocando o meu nome na fachada de entrada. Puxo a maçaneta, ligando à luz no canto. Está tudo muito monótono neste cômodo; não tem cor, é um escritório neutro, as paredes são de cores cinzas. Vou deixar este ambiente do meu jeito depois. 

Coloco a caixa que trago das minhas coisas em cima da mesa. Noto a presença do meu distintivo e da arma. 

Justin esteve aqui. De alguma forma ele quis me parabenizar, deixando uma caixa de bombons e um buquê de flores vermelhas. Por um momento chego a me arrepender por ter o xingado ontem, mas estávamos de ânimos alterados. Mesmo ele sabendo que sou alérgica a flores, acho fofo a intenção. 

— Olha, mami!

Annabelle me tira dos devaneios, gesticulando com o dedo:

— Estou vendo.— fico tocada e mexida, com as demonstrações carinhosas que o meu esposo deixou para mim. 

— Mami, você não vai mais pedir o divórcio ao velho, não é?

— Quem foi que falou em divórcio?— a questiono, confusa.

—É porque vocês nem vivem mais como um casal.— constata, o que vem transparecendo lá em casa. — Ele vive mais morando com Mabel. 

— Não cite o nome dessa garota aqui.— dou as costas, um pouco hostil, direcionando-me para ir agradeço-ló.— Seu pai e eu temos nossos desentendimentos, mas essa fase vai passar, igual que passou das outras vezes. — a garanto, confiante de que o meu casamento não irá acabar. 

— Tem certeza que não?— insinua meio tensa. De imediato, balanço a cabeça em negação.

— Seu pai é tudo para mim. Assim como vocês.— afirmo, colocando a minha família acima de tudo, enquanto saio para ir vê-lo. 


(....)

Bato na porta da sala de Justin, pedindo permissão para entrar. Ele não está, pois ninguém  responde nada, então resolvo adentrar para esperá-lo lá dentro. 

Tudo está um silêncio e sento na cadeira, cruzando as pernas. Para o meu primeiro dia, vim super elegante; uso um salto preto fino, com um vestido colado da mesma tonalidade. Os meus cabelos estão soltos e pus uma maquiagem bem forte, com um batom vermelho nos lábios. 

— Eu vou me separar, acredite. Não está dando mais certo.— escuto a  voz rouca percorrendo e, com o coração ofegante em estar a um passo de ser pega no flagra, resolvo me esconder no banheiro. — Não está dando mais para aguentar, Selena. Está cada dia mais insuportável aguentar uma pessoa que o tempo todo só reclama. Ela resolveu passar por cima de mim e montar uma equipe, sem pedir a minha autorização. Você acredita?

O quê? Com quem ele está conversando no celular? 

Espio da pequena brecha, seu movimento corporal de está parado próximo da mesa. Uma coisa que me deixa afetada, é que avisto que nem usando a aliança de casamento Justin está usando mais. 

— Já estou até com os papéis de divórcio em mãos— o vejo pegar uma papelada. 

Isso só pode ser uma piada. Como esse filho da puta está pretendendo se divorciar, sem ao menos me avisar? O tanto que eu já fiz por esse homem. Me sinto completamente deixada de lado. 

Pensei que depois das flores e dos bombons aquilo fosse um pedido de desculpas, mas... 

— Eu não sei quando ela vem trabalhar. Estou a aguardando chegar.

Então não foi ele que deixou as flores e nem os bombons na minha mesa? Deve ter sido Mabel.  

Algumas lágrimas escorrem pelas minhas bochechas, quando me dou conta da realidade que está se passando. Por mais que eu queira segurar o choro, sinto o nó entalado na garganta, em receber uma apunhalada nas costas da última pessoa que eu esperava receber na vida. 

Hoje está sendo um dia horrível.

............


Sala de reunião. 

FBI.

10:30 AM.

Ele adentra e nem o olho, ignoro sua presença permanecendo no meu canto. Estou arrasada por tudo que ouvi nesta manhã, já nem sei como será daqui para frente. 

A minha vontade mesmo é de confronto-ló do porquê está fazendo isso comigo.  Até o momento estou fingindo que não sei de nada, mesmo que por dentro, eu queira explodir e jogar tudo para fora. 

Me sinto enganada, porque nunca imaginei que esse momento chegaria um dia. Nunca nos vimos separados. E agora, de repente ele toma a atitude de pôr um fim em todos esses anos de relacionamento. 

— Quero falar sobre a equipe.— se achega, sentando na cadeira da ponta. 

— Pode dizer, chefe.— lhe reverencio com formalidade, havendo uma mágoa em meu tom.

Annabelle percebe o quanto eu não estou bem. Enquanto Justin continua fingindo as aparências, até o vejo de aliança. 

— Convoquei os membros. Espero que não aja problema nessa questão.— fala, meio apreensivo, achando que vou me impor e querer passar por cima do seu veredito. 

— Não, por mim, tudo bem.— o olho por um instante, fungando o nariz. Foram anos me iludindo, por um homem que quer me descartar, como se eu não valesse mais nada. — Se não for haver problemas, queria que o chefe colocasse Annabelle, como estagiária. — minha voz ecoa submissa, sumiu até o espírito de liderança depois do baque que recebi. 

— Certo, posso acrescentar ela na equipe.— anota no papel. 

Por mais que queiramos agir como dois profissionais, há um clima estranho pairando no ar. Justin já está notando o quanto estou fria  pro seu lado. É bom que perceba e bote a cabeça para raciocinar o quanto está sendo injusto em agir pelas minhas costas. 

— Selena!— a voz alegre, nos interrompe do momento constrangedor— Vamos trabalhar juntas outra vez. Estou muito feliz em tê-la como minha chefe de novo.— sua colocação acaba gerando um certo desconforto no outro, que nos observa e escuta tudo que está sendo dito. 

— Igualmente.— respondo um pouco para baixo, sentindo os seus braços finos envolverem em volta do meu pescoço, enquanto ela me dá um abraço.

— Eu achei ótimo esse novo formato, Selena. E acho que o FBI tem grande potencial para elevar cada vez mais. — doutora Megan elogia a minha ideia, guiando-se para sentar em uma das cadeiras.

O chefe do FBI não pensa assim, Justin acha que fiz a pior burrice em contrariar as regras. A parte que errei foi ter usado o seu nome, mas de resto eu não me arrependo.

— Mabel!

Annabelle levanta-se de onde está, cumprimentando a outra que vem adentrando na sala. E viro o rosto pro lado, cheia de ressentimento. 

— Mana, o que você está fazendo aqui?— ouço a voz meiga indagar, depois de meses sem ouvi-lá. Bate um aperto no peito, porque sou mãe e me dói ficar tanto tempo afastada da minha cria. 

— A mami vai me contratar como estagiária. Tô gostando da ideia, vai ser maneiro. Mas quero ser mesmo é agente, para poder pegar numa arma, matar os bandidos.— solta na maior normalidade, sem poupar as palavras e jogando tudo que vem da sua mente. 

—Você acha que é uma boa ideia, em colocá-la como estagiária?— Justin sussurra ao meu lado, um pouco preocupado com as intenções da nossa filha.

— Ela precisa aprender ter responsabilidade e parar de agir apenas como uma adolescente inconsequente. Annabelle tem cabeça para ir longe, coisa que a sua outra filha não teve.— sôo, jogando a culpa um pouco no próprio.

Ao mesmo tempo, direciono o meu olhar, tomando coragem para encarar de frente a garota que engravidou tão nova e está perdendo a melhor fase da sua vida, bancando a mulher de um serial Killer. Isso é tão doentio! Às vezes chego a pensar que Mabel seja igual ele, ou pior

— Não fale assim da nossa filha, Selena.—  ele suspira fundo, defendendo a sua filhinha favorita, quando a destrato como se não fosse nada minha.  

Ela encara-me por um instante, desvio o olhar, olhando para o chão. Não sei se vou ter emocional em trabalhar na mesma equipe com Mabel presente. Como vou me segurar, sem dar uns puxões de orelhas nela?

— Mãe.— ainda tem a coragem de se referir a mim. 

Fito a sua barriga. Por mais que eu não queira admitir, ela está linda grávida.

— Não me dirija a palavra.— a interrompo, pondo a mão em sinal "pare, não se aproxime". Noto os olhos claros de Mabel se encherem de lágrimas, pela minha indiferença. — E não me chame de mãe.

— Que é isso, Selena?— sou repreendida mais de uma vez. E acabo perdendo a paciência:

— Você é outro!— o acuso.—  Você é o tipo de homem que eu desprezo. Sério, nunca pensei que você ia fazer essa sacanagem comigo. Eu não mereço de forma alguma.— o olho, profundamente magoada. 

Sem aguentar respirar o mesmo ar, levanto da cadeira. E antes de deixar a sala de reuniões, retiro o anel do meu dedo.

—Tome isso! Talvez você vai precisar para dar de presente a sua amante. — lanço com toda a minha raiva  a aliança sobre os seus peitos. Seus olhos se arregalam, com a minha atitude brusca.— Nosso casamento está acabado, Justin! Acabado.— dou game over para nós dois, aos berros, perante os demais que presenciam a discussão. 

Por mais que seja a decisão mais difícil que estou tomando na minha vida, preciso aceitar que chegou ao fim. Não é do dia para noite que alguém resolve se separar do nada. Quando acontece há duas coisas: ou é por causa da distância, ou é por causa que arrumou outra. Acredito que seja a segunda opção. Já que nem me procurar como antes, ele me procura mais.  



Notas Finais


O que acharam?


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