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História Flower Four - The Way - One Shot


Escrita por: SanYuRa

Notas do Autor


Suposta continuação para o drama coreano "Boys Over Flowers".
Feito de fã para fã.

Capítulo 1 - One Shot


Fanfic / Fanfiction Flower Four - The Way - One Shot

Jan Di

Olhar para alguém e ver que o tempo passou, mas que nada mudou , é um tanto reconfortante. Como se o tempo não tivesse nenhum poder sobre nós mesmos.

Era uma manhã como qualquer outra, e depois da noite turbulenta de enjoos, eu já me sentia bem melhor. Jun Pyo ainda estava dormindo ao meu lado. Como sempre, ele era o último a acordar. Sua expressão era tão doce e serena que comecei a fitá-lo sem mesmo perceber. Cada parte do seu rosto que eu conhecia bem parecia emanar alguma energia que me fazia querer apenas admirá-lo. Antes que eu pudesse me aproximar para beijá-lo, seus olhos abriram-se e atingiram minha zona de conforto, ele olhou nos meus olhos e permaneceu em silêncio. Quando passei a amá-lo? Quando aquele rosto se tornou o único que eu gostaria de olhar ao acordar?

– Bom dia, querida! – ele disse ainda sonolento com um sorriso afetado. – Admirando o amor da sua vida? – ele riu. Ainda era o mesmo garoto cheio de si, mesmo depois de cinco anos.

Eu de fato não saberia dizer quando todas as coisas aconteceram, mas eu realmente era grata por terem acontecido.

– Você escovou os dentes ontem antes de dormir? – disse com tom de provocação, mas a brincadeira o fez levantar da cama em um pulo, assoprando as mãos fechadas em formato de concha, tentando sentir seu próprio hálito.

Aishiii!!! – ele gritou antes de correr para o banheiro. Eu apenas ri da grandiosa cena de Jun Pyo sendo apenas o velho e bom Jun Pyo.

– É melhor já começar a se arrumar ou vamos chegar atrasados ao casamento! – eu gritei. – E tente não se destacar mais que o noivo.

Era o grande dia da minha adorável amiga Chu Ga Eul, e eu deveria estar ajudando nos preparativos, mas Yi Jung contratou tantas pessoas para grande dia que não haveria espaço para mim. Eles ficaram namorando escondido por todo esse tempo, e finalmente iriam se casar. Uma celebração gigantesca com a presença do antigo F4. Yoon Ji-hoo voltou para Seul, depois de dois anos no Sudão, trabalhando nos hospitais do país como médico voluntário. Ele disse que não poderia perder a ocasião. Além disso, Yi Jung insistiu para que ele tocasse violino no casamento, o que eu acredito ter deixado a grande muralha de Ji-hoo um pouco abalada. Song Woobin, depois de se desligar da sua família por ser contra as relações com a máfia coreana, abriu seu próprio negócio, uma joalheria que segundo Jun Pyo, tem rendido o suficiente para que ele seja tão rico quanto antes. Mas, a grande surpresa foi descobrir que ele e Ha Jae Kyung, a noiva arranjada de Jun Pyo, estão juntos! O mundo é realmente um lugar pequeno. Pelo que soube, eles se reencontraram enquanto Woobin fazia uma viagem de negócios pelo Japão e ela estava participando de um concurso de comer mais tigelas de lámen, o que por algum motivo não me parecia estranho.

Começo a rir sozinha ao relembrar de todo o passado e das loucuras de Jae Kyung quando Jun Pyo volta do banho.

– O que há de tão divertido?Aishii! Não diga que está pensando naquelas coisas numa hora dessas? – ele olhou para mim e depois para si próprio que estava de cabelos molhados e apenas uma tolha presa a cintura. Seu sorriso estava preenchido por sarcasmo.

Eu segurei o riso e tentei parecer séria.

– Na verdade, estava pensando que hoje verei Ji-Hoo sunbae depois de tanto tempo e estou me perguntando com que roupa eu deveria ir. Será que ele gosta de tons claros ou escuros?

O QUÊ? – ele parecia furioso. – Que diabos Ji-Hoo tem haver com isso? Eu sou o seu esposo. Eu!  Você deve se preocupar comigo e não com aquele cara. – ele disparou todas essas palavras euforicamente, e eu comecei a rir. – Aishiii! Qual é a graça?

– Você é a graça! – levantei, passei por ele e beijei seu rosto. – Meu querido e adorável esposo, Go Jun Pyo.

[...]

Yi Sung

Tenho certeza que meus olhos lagrimejaram ao vem Ga Eul tão linda entrando pela porta da igreja. Por muito tempo não quis aceitar que realmente estava amando uma garota tão fora dos meus antigos padrões.  Ga Eul era a típica garota antiquada que estava o tempo todo em perigo fazendo com que eu me aproximasse para ajudá-la, sempre se metendo em assuntos que não cabiam a ela, e novamente fazendo com que não fosse apenas mais uma entre as outras garotas. Meu amor por ela cresceu na mesma velocidade que leva uma cerâmica ao forno para estar pronta, de forma lenta e gradativa. Foi sem perceber que me vi apaixonado por uma garota totalmente fora dos padrões.

– Você está brilhante! – eu sussurrei em seu ouvido assim que ela chegou até mim. Seu sorriso era a resposta que eu desejava.

Depois da cerimônia, nos juntamos numa roda, com copos de champanhe na mão, todo o F4, Jan Di e Gan Eul. O sorriso bobo estampado no rosto de Jun Pyo revelava que ainda era mesmo apaixonado por Jan Di, e eu começava a me perguntar se também carregava esse sorriso. Depois de algum tempo de conversa, as garotas afastaram-se e restou apenas o velho Flower Four.

– Você não veio com a Ha Jae Kyung? – perguntou Ji-hoo que provavelmente já estava a par do assunto. Woobin corou e desviou seu olhar para o copo de champanhe que para sua infelicidade estava vazio.

– Ei, cara! Não adianta fugir. Quando elas surgem para entrar na sua vida, então Game Off! –disse Jyo Pyo ao apontar para Jan Di que se encontrava no outro lado do salão.

Game over! – corrigi. – Mas, tenho que concordar. Ainda que seja a louca da Ha Jae Hyung, você não vai conseguir escapar. – dei tapinhas nas costas de Woobin que apenas retribuiu com um empurrão e uma risada.

– Mas e você Ji-hoo? Vive tão focado como médico que nem mesmo tem tido tempo para alguma diversão. – zombou Woobin.

– É, você tem razão. Olhando bem, Jan Di parece estar bem bonita. Estamos mesmo precisando de uma médica voluntária no Sudão...

– YA! Você enlouqueceu? – bravejou Jun Pyo ao impedir a visão de Ji-hoo, mas ele apenas riu.

Era bom ter um pouco do passado de volta, como se o tempo tivesse parado em nós e ainda fossemos os mesmos adolescentes de antes.

[...]

Jun Pyo

Na manhã seguinte, levantei cedo e preparei um café da manhã. Bom, vou assumir, apenas organizei a mesa. Pedi as cozinheiras para prepararem algo delicioso e arrumei tudo à espera de Jan Di. Confesso que estava ansioso, e não pude ficar apenas parado esperando, mas andei por todo lado, até por fim sentar em uma das cadeiras da mesa em frente a uma tigela vazia.

– Você acordado tão cedo? Aconteceu alguma coisa? – ela surgiu em minha frente e em um pulo fui até ela e puxei uma cadeira para que se sentasse.

– Tome seu café! Quero levá-la a um lugar. – tentei soar o mais misterioso possível, mas Jan Di apenas ergueu as sobrancelhas e sorriu, tomando em mãos uma colher e bebendo um pouco da sopa de legumes.

Pedi ao motorista para nos levar até a pista de pouso, onde pegamos um voo até a casa de praia. Estivemos lá há algum tempo, quando eu já gostava de Jan Di, mas ela ainda insistia em se esquivar. Queria estar com ela naquele lugar mais uma vez, queria mostrá-la novamente o lugar que eu mais amava.

– Não acredito que estamos aqui! – ela disse ao correr pela praia enquanto o vento levava seus cabelos, agora mais longos que antes, e a água do mar molhava seus pés. – Isso é mesmo incrível! – ela certamente estava feliz e aquilo me fazia rir sem mesmo perceber.

– Ei! Ainda tem mais um lugar que quero mostrá-la. Venha comigo!

Em alguns minutos tomamos o helicóptero, que nos guiou até o coração marinho. Ele ainda era o mesmo. O lugar que eu mais amava e o lugar que eu prometi a mim mesmo voltar com Jan Di. Pensei que ela fosse sorrir, mas ela começou a chorar. Lágrimas pesadas escorriam do seu rosto enquanto ela olhava fixamente para o coração.

– Jan Di! O que foi?

– Acabei de me lembrar que em algum tempo precisaremos trazer outra pessoa aqui. – ela desviou o olhar para mim e sorriu, mesmo que com o rosto coberto por lágrimas.

– De jeito nenhum! Esse é um lugar apenas nosso. Não faz sentido trazer alguém que não tem nada ver com isso aqui. – eu certamente não permitiria aquilo.

– Mas, eu acho que você vai querer mostrar isso a essa pessoa. Não é o seu lugar favorito?

– Sim! E por isso apenas você sabe disso.

– Bem, Jun Pyo. Você deveria reconsiderar isso para uma pessoa que tenha os seus cabelos, seu sorriso, e a minha inteligência. – ela riu ao destacar a última parte.

– Hã? – por um breve instante, apenas ouvíamos as hélices em movimento, e então tudo fez sentido. – Ah, meu Deus! Não me diga que... – aquele, certamente, se converteria no dia mais feliz da minha vida.

– Eu estou grávida!  – suas palavras eufóricas acompanhadas pelo seu sorriso deixaram-me paralisado e por um instante senti lágrimas quentes percorrem o meu rosto.

Beijei-a, e finalmente percebi que estava completo. Era como se toda a minha vida tivesse alcançado o grande ápice da felicidade. E por fim, senti-me grato por cada escolha. Pela tarja vermelha no armário, pela arrogância da juventude, pela mudança que a chegada de Jan Di proporcionou e por todo tempo que delongou nossa união. Por tudo isso, eu finalmente pude ser grato. Afinal, a vida é um único caminho, e mesmo que o tornemos mais distante ou mais difícil, ainda assim, sempre chegaremos ao mesmo final. As escolhas, todas elas, nos transformam, e contribuem com nosso crescimento de alguma forma.  Mas, nem tudo são nossas escolhas, mas apenas consequências das escolhas que outras pessoas fazem. Eu nunca havia escolhido amar Jan Di, apenas estava disposto a tornar sua vida um caos, mas por ter escolhido enfrentar-me, ela acabou entrando na minha vida, mudando minha galáxia e desalinhando meus planetas. Eu permaneceria sendo a estrela, e ela a lua. Jan Di nunca escaparia da sua grande estrela, e agora, um pequeno sol estava a caminho para iluminar nossas vidas.

FIM.

 


Notas Finais


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Até a próxima!


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