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História Fogueira-DRARRY - Caminhos traçados


Escrita por: FlahMalfoy

Capítulo 9 - Caminhos traçados


Fanfic / Fanfiction Fogueira-DRARRY - Caminhos traçados

Por Harry Potter

Quando ele abriu a porta da frente da casa o cheiro de comida já estava no ar. E por sorte eu ainda não havia jantado. Perfeito.

A casa de Draco não era grande e nem pequena. A sala e a cozinha eram conjugadas e a mãe dele estava mexendo uma panela no fogão.

- Cheguei mãe. - Draco chamou a atenção dela. - Acho que você já conhece Harry Potter não é?

Ela se virou na mesma hora.

- Draco, porque não me contou que seu amigo era Harry Potter? Por Merlin! - ela veio apressada até nós.

- Porque eu contaria? Ele é só o Harry Potter, nada demais. - Draco resmungou.

Narcisa me olhou assustada.

- Me perdoe por isso Harry. Eu tentei educar esse menino mas pelo visto não tive muito sucesso. - ela deu um beliscão no braço dele.

- AI! - ele reclamou. - Ele sabe que eu estou brincando.

- Tenha modos. - ela ralhou com ele.

Aquele jantar seria melhor do que eu poderia imaginar. Só a mãe de Draco para fazer ele parecer um menininho em vez de um homem.

- Venham, o jantar já está quase pronto. - ela nos chamou para a cozinha. - Fique a vontade Harry.

Agradeci a ela e os segui.

- Eu também preciso puxar a cadeira para ele ou ele pode se sentar sozinho mãe? - Draco perguntou a ela mas foi completamente ignorado.

Ele revirou os olhos e acabou por puxar a cadeira para mim.

- Nossa, quanta gentileza. Obrigado. - falei só para provocá-lo.

- Não vá se acostumar. Você sabe que eu não sou gentil no que realmente importa. - ele sussurrou no meu ouvido para que só eu escutasse. Fiquei vermelho na hora. Droga.

- O jantar já está pronto. - Narcisa colocou uma travessa na mesa. - O que foi querido? Está com calor? - ela perguntou para mim.

- É Harry. Você está vermelho. Está tudo bem? - Draco fez a maior cara de inocente ao me perguntar isso.

- Estou. - olhei para ele com cara feia.

Draco sorriu com maldade enquanto a mãe dele começava a nos servir.

- Mas então meninos, como vocês viraram amigos? Acho que perdi esse capítulo da história. - Cissa puxou uma conversa quando começamos a comer.

- As coisas simplesmente aconteceram mãe. Por causa do trabalho. - Draco respondeu rápido.

- Harry querido, você sabia que o sonho de criança do Draco era ser seu amigo? - Cissa me perguntou.

Aquilo me deixou surpreso.

- Mãe, não comece. - ele a repreendeu.

Sorri com aquilo.

- Não, não. Pode continuar. Quero saber dessa história. - olhei para Draco com um sorrisinho debochado.

- É verdade. Uma vez eu entrei no quarto dele durante as férias e ele estava brincando com dois bonecos novos que havia ganhado. Era a dupla de bruxos que combatia o mal e ele os chamava de Draco e Harry. - ela contou.

Não acreditei naquilo que eu estava ouvindo.

- É mesmo? Porque nunca me contou isso Draco? - o provoquei.

- Porque eu era uma criança idiota. - ele resmungou. - E mãe, pare de contar meus segredos sujos.

Ela riu dele.

- Draco também ficou impressionado quando você matou aquele basilisco maluco. Disse que queria ser que nem você Harry. Admito que eu fiquei um pouco irritada ao saber que você não quis ser amigo dele mas também sei que meu filho não é uma pessoa fácil de lidar. - Draco já havia desistido de interromper a mãe e estava concentrado em seu jantar. - Ele falava tanto de você que até cheguei a pensar que dali poderia sair um namoro.

Eu não estava me aguentando de rir ao descobrir tudo aquilo.

- Olha Cissa, posso lhe chamar assim? - ela assentiu sorrindo. - Eu confesso que poderia ter tentado um pouco mais uma amizade com Draco, mas ele realmente me tirava do sério.

A mãe dele riu.

- Eu imagino querido. Mas olha agora para vocês dois. Não adianta meninos, quando as coisas tem que acontecer elas simplesmente acontecem. - Narcisa sorriu e deu de ombros.

Eu nunca tive oportunidade de realmente conversar com a mãe de Draco no passado. Mas agora, eu podia perceber o quanto ela era simplesmente fantástica.

- Não fique bravo com sua mãe querido. Só queria mostrar para Harry como a vida é engraçada. - Cissa cutucou Draco.

- Ficar bravo? Nem sei do que está falando. Parei de prestar atenção na conversa já faz um tempo. - ele resmungou.

- Harry porque não ajuda Draco a arrumar um namorado? Não vou aguentar esse mau humor dele pelo resto da vida. Eu já falei para ele sair mais e conhecer gente nova mas ele só tem tempo para os elfos. - ela entregou Draco de novo.

Observei ele sorrir e revirar os olhos pelo canto do olho.

- Ah Cissa, mas os elfos exigem tempo mesmo. - ajudei.

- Vocês, vocês... Na minha juventude as coisas eram bem mais animadas. - ela riu sozinha.

Eu e Draco trocamos um olhar divertido. Terminamos o jantar maravilhoso em apenas alguns minutos.

- Vou servir a sobremesa. - Cissa se levantou e voltou logo depois com uma forma na mão. - Uma torta Abóbora a la Merlin, especialidade das mulheres Black, passada de geração para geração. Espero que goste Harry.

- Com certeza eu vou gostar. - disse a ela.

- E Draco também colaborou. Ele levantou cedinho para comprar as abóboras na feira. Só não entendi porque ele voltou rindo de lá. - e ao ouvir isso Draco riu mais uma vez. O que será que tinha acontecido?

Narcisa o olhou como se ele fosse maluco.

- Está vendo? Cheirou pó de abóbora, só pode.

E dessa vez fui eu quem desatei a rir. Aquela mulher era ótima.

Ela nos serviu a torta e realmente era deliciosa. Nunca havia comido outra igual. Quando terminamos ela tirou os pratos da mesa e nos mandou ir se divertir. Acho que ela ainda pensava que éramos aqueles meninos de Hogwarts. Ou talvez, lá nofundo, ela desejasse que ainda fôssemos.

- Venha conhecer o meu quarto. - Draco me chamou e eu o segui pelo corredor até uma porta.

Seu quarto não era tão grande quanto o que tinha no Longbottom House mas ainda era a cara dele. Sua cama era grande e no meio dela tinha um dragão verde de pelúcia.

- Dragon Green? - tirei sarro dele.

- É. Ganhei de uma cliente fixa quando ela decidiu se casar. Um presente de despedida. - ele deu de ombros.

- Você já ganhou muitos presentes dos seus clientes? - perguntei curioso.

- Harry você não faz ideia de quanta coisa já ganhei. - ele começou a rir. - Dinheiro, jóias, ingressos para eventos, convites para jantares importantes. Muita coisa mesmo.

- E sobre as coisas que você já fez. Qual foi a mais estranha? - quis saber.

- Não tenho como escolher uma só. Já fiz muitas coisas estranhas. - ele riu.

Continuei observando seu quarto até avistar um violão preto parado em um canto. Apontei para ele.

- Você toca? - eu não podia acreditar que Draco Malfoy tocava violão. Que coisa mais sexy.

- Toco. Bom, eu tento pelo menos. - ele foi até o violão e o pegou. Então foi até a cama e se sentou na ponta. - Quer ouvir uns acordes?

Assenti, me apoiei no batente da porta e cruzei meus braços. Ele começou a movimentar as cordas do violão, para afinar. Reparei em seus dedos longos se movimentando. Obviamente pensei em besteira mas tentei empurrar esses pensamentos impuros para longe da minha mente. Ouvi os primeiros acordes de uma música e em seguida sua voz incrivelmente afinada e.... linda.

 

"Love of my life, you've hurt me

(Amor da minha vida, você me machucou)

 

You've broken my heart

( Você partiu meu coração)

 

And now you leave me

( E agora me deixa)

 

Love of my life, can't you see?

( Amor da minha vida, você não entende?)

 

Bring it back, bring it back

( Devolva-me, devolva-me)

 

Don't take it away from me

( Não tire isso de mim)

 

Because you don't know

( Porque você não sabe)

 

What it means to me

(O que isso significa para mim)"

 

Ele sorriu e deixou o violão em cima da cama.

- Uau Draco, você toca bem. E canta bem também. - admiti.

- Eu treinava bastante na minha adolescência. Mas minha mãe era a única pessoa que eu deixava me ver tocar. Eu morria de vergonha. Hoje que já sou adulto não me importo mais de tocar para os outros, mas faz um bom tempo que não pratico. - ele explicou.

Eu estava realmente surpreso com aquela novidade.

- Se eu soubesse que você tocava violão teria te dado moral antes. Que coisa mais atraente. - confessei.

Ele gargalhou.

- Você é muito bobo Potter! Vamos, vou te levar para casa. - segui ele novamente até a sala. - Mãe, vou levar o Harry embora, logo estou de volta.

- Claro querido. - ela veio até mim. - Foi maravilhoso ter você conosco essa noite Harry, volte sempre que quiser.

Ela me deu um abraço afetuoso e mandou Draco não demorar. Logo já estávamos a caminho da minha casa.

- Espero que não tenha achado a minha mãe maluca. - Draco me disse.

- Imagina. Ela é ótima. Quem diria que eu algum dia jantaria com a mãe do Malfoy. - ri comigo mesmo daquela situação.

- O carma é uma vadia má Harry Potter. - ele brincou.

Sem que eu me desse conta já estávamos em frente a minha casa.

- Obrigado pela carona Draco. - agradeci.

- Não tem de quê. Eu é que agradeço por você ter aceitado jantar comigo. Você me salvou essa noite Harry. De verdade. - ele foi sincero.

Assenti e abri a porta do carro para sair mas na hora de fechá-la ela acabou escorregando da minha mão e bateu com força.

- Meu carro não é uma geladeira Potter! - Draco ralhou comigo.

Eu sabia que ele só estava querendo me atormentar então nem dei bola. Apenas revirei os olhos.

- Boa noite Malfoy. - disse a ele.

- Espere. - ele pediu. Continuei parado onde estava. - Passe lá no Longbottom amanhã, para eu, bem, te pagar.

- Pode apostar que eu passarei. - pisquei para ele e finalmente entrei em casa.

***

Fui trabalhar no dia seguinte meio contra a vontade. Estava morrendo de sono e só queria dormir até o anoitecer. Eu estava torcendo para o dia passar voando.

Mas é claro que a vida de Harry Potter nunca é fácil.

Durante a tarde, enquanto eu estava no meu escritório lendo uma papelada alguém bateu na minha porta.

- Pode entrar. - eu disse.

Um dos guardas do ministério abriu a porta e duas corujas vieram voando até a minha mesa carregando um enorme buquê de rosas vermelhas. O que era aquilo? Por Merlin.

- Arrasando corações heim Potter. - o guarda comentou. - Uma pena que rosas não servem para nada. Você só vai assistir elas morrerem lentamente.

Nossa, que animador. O pessoal que trabalhava aqui era bem positivo com a vida.

Revirei o buquê de cima a baixo mas não tinha nenhum cartão. Suspirei. Obviamente não eram de Draco, nem sei porque esse pensamento invadiu minha mente. É lógico que não seriam dele. Mas então de quem?

Decidi deixar as rosas para lá e voltar a trabalhar. Só torcia para que nenhuma outra surpresa indesejada aparecesse no meu trabalho. Eu tinha uma reputação a zelar.

Mas é claro que a vida de Harry Potter nunca é fácil.

Quase no final do expediente uma sirene muito alta começou a tocar. Me levantei depressa da cadeira e fui até o hall ver o que estava acontecendo. Vários funcionários fizeram o mesmo que eu, mas eles não estavam preocupados, estavam rindo.

- O que está rolando? - perguntei a um deles.

- Alguém recebeu uma Coruja de Som Harry. - ele respondeu, ainda rindo.

Merlin do céu! Corujas de Som eram o auge da vergonha alheia. Ninguém em sã consciência gostaria de receber uma. A Coruja de Som era uma coruja falsa, feita de um material mágico. Era enorme, do tamanho de um elfo. Ela vinha voando e pousava na frente da pessoa que estava destinada a recebê-la. Dentro dela havia uma espécie de som que recitava versos, cantava músicas e até fazia declarações de amor. Era muito brega.

- Quero só ver quem é o azarado que vai receber esse negócio. - comentei, já rindo do pobre coitado.

A Coruja apareceu voando pelo alto, olhando para baixo em busca do seu refém. Ela começou a descer perto de onde eu estava e então parou bem na minha frente.

- É PARA O POTTER! ELE RECEBEU A CORUJA DE SOM! - alguém ao meu lado gritou bem alto para que todo mundo que estivesse no hall pudesse ouvir.

Ah não. Aquilo não estava acontecendo. Por Merlin! Alguém devia estar zoando com a minha cara. Um murmurinho começou a tomar conta do lugar.

 

"Harry Potter, o homem do saber

Eu só quero é te querer

Descubra quem eu sou

E te darei o meu amor"

 

Minhas bochechas não poderiam estar mais vermelhas. O que era aquilo? E que poema ruim era aquele? Até Duda escreveria um melhor.

A Coruja piou e foi embora voando enquanto uma salva de palmas irrompeu pelo salão.

- Isso aí Potter! - falou um.

- Esse aí é um bruxo de mel. - disse outro.

- Cheio de admiradores secretos. - comentou mais um.

Que vergonha. Meu Merlim. Eu queria me esconder na minha sala e não sair nunca mais de lá.

Assim que deu o horário do fim do expediente saí correndo daquele lugar. Tentei não ser visto por ninguém mas isso era impossível já que eu estava levando aquele buquê gigante comigo. Eu só queria ir para a minha casa, tomar um banho, cobrar a dívida que Draco tinha comigo e esquecer daquele mico todo.

Mas é claro que a vida de Harry Potter nunca é fácil.

Quando estacionei o carro na frente da minha casa vi pétalas de rosa jogadas no chão. Bufei. Seja lá quem fosse a pessoa que estava fazendo isso eu já estava perdendo a minha paciência. Saí do carro e olhei para os dois lados da rua, mas não havia ninguém por ali.

Quando enfiei a chave no buraco da fechadura ouvi acordes de violão. Mas não eram de um violão só. Pareciam vários. Lentamente virei para trás e encontrei três músicos um ao lado do outro produzindo acordes em sintonia. E então Gabe saiu de trás deles usando um terno e segurando uma rosa vermelha na mão. Então era ele o responsável por toda aquela situação constrangedora.

- O que é isso? - foi o que eu perguntei.

- Isso, meu caro herói do mundo bruxo.... - ele fez uma pausa dramática. - É amor.

Nossa, que porcaria de amor. Suspirei. O que eu diria agora?

- Vamos lá rapazes. - ele fez sinal para o trio de músicos e eles mudaram o ritmo da melodia.

Ah não, ele não iria cantar. Merlin diga que ele não vai cantar.

- Eu vou cantar Harry. - ele avisou.

É claro que vai. Precisei fazer uma força fora do normal para não revirar meus olhos. E então ele começou.

 

"Baby, baby, baby, ooh

Like baby, baby, baby, no

Like baby, baby, baby, ooh

I thought you'd always be mine "

 

Tá legal, eu precisava interromper aquele fiasco antes que a rua enchesse de curiosos. Fiz sinal para ele parar.

- Porque você não entra? Assim a gente pode conversar. - fui obrigado a convidá-lo.

Ele abriu um sorriso enorme, dispensou os músicos e me seguiu para dentro de casa. Fiz sinal para que ele se sentasse no sofá ao meu lado.

- Gabe, foi você quem me mandou as rosas e a coruja? - perguntei mesmo já sabendo a reposta.

- Sim. Você adorou? - ele perguntou animado. Céus!

- Eu gostei sim. - menti. - Mas qual o motivo de tudo isso? Qual é o seu objetivo?

- Te conquistar Harry. Achei que tivesse deixado bem claro. - ele fez uma cara esquisita. - Quando Draco me disse que você gostava de demonstrações públicas de afeto eu......

- Peraí, o Draco o que? - o interrompi.

- Me disse que você gostava de demonstrações públicas de afeto. Encontrei ele na feira e o assunto sobre você acabou surgindo. Então ele me deu essa dica. Achei muito bacana da parte dele. - Gabe explicou.

Eu não estava acreditando no que eu estava ouvindo. O que foi que aquele estúpido do Malfoy fez dessa vez? Lembrei do que a mãe dele disse, sobre ele voltar da feira dando risada. Era por isso! Ele havia feito de propósito. Sabia que Gabe iria seguir seu conselho e que eu detestaria tudo o que ele fizesse. Draco iria me pagar bem caro por aquilo.

- Gabe eu acho que Draco entendeu errado. Eu gosto de você, mas gosto como amigo. Aquele dia em que você veio aqui foi um erro. Eu não estou pronto para um relacionamento sério. - essa era a desculpa mais antiga desse mundo mas eu a usei mesmo assim. - Espero que não fique com ressentimento da minha pessoa.

Ele ficou em silêncio durante alguns minutos, absorvendo a novidade.

- Eu fiz papel de idiota, não é? - ele me olhou meio triste.

Nossa eu iria matar o Draco. Ele fazia toda aquela confusão e ainda deixava o homem triste, sobrando para mim a tarefa de consolá-lo. Ele ia me pagar muito caro por aquilo tudo. E eu até já sabia como.

- Não fez, não. As flores são lindas e a Coruja alegrou o meu dia. - eu já estava dando um fora no coitado não poderia magoá-lo ainda mais zoando suas atitudes. - Você merece alguém que queira tudo isso de você. Alguém que faça essas coisas por você. E essa pessoa está a caminho, ela está vindo o mais rápido possível. Mas essa pessoa não sou eu.

Ele assentiu e depois de um momento sorriu.

- Está bem. Eu não vou mais incomodar você. Me desculpe se fiz algo que não gostou. E obrigado pela sinceridade Harry, isso está em falta nos dias de hoje. - ele disse.

- Você não tem do que se desculpar. Fica tranquilo. - eu apertei seu ombro.

Então Gabe partiu. Da minha casa, da minha rua, do meu bairro.

Da minha vida.

E Draco Malfoy me esperava em um outro lugar.

***

- Eu quero ver o Dragon Green. - disse a moça da recepção. - Por favor me diz que tem um horário vago.

- Tem. Draco avisou que você viria. Mas eu recomendo que você comece a reservar seus horários um pouco antes. Sabe como é, a casa vive cheia. - ela me alertou.

Assenti e assim que ela me deu a chave tomei o caminho já conhecido para o quarto de Draco.

Eu iria dizer que não poderia mais frequentar o Longbottom House. Que Gabe havia me feito uma surpresa fantástica e que eu não pude resistir. Que estava ali para agradecer por tudo e para me despedir. Ele não havia zoado com a minha cara? Pois eu também queria ter a chance de fazer o mesmo com ele.

Nem bati na porta. Apenas entrei.

Hoje Draco estava usando apenas uma cueca vermelha. Só. Mais nada. Ia ser muito difícil falar com ele sem deixar que meus olhos se perdessem no meio de suas pernas.

- Harry, você veio mesmo. - ele sorriu de um jeito travesso, já se aproximando de mim.

- Draco, nós precisamos conversar. - olhei sério para ele e ele apenas concordou, um pouco preocupado.

- Aconteceu alguma coisa? - ele me perguntou.

- Aconteceu sim. - suspirei para ajudar na encenação. - Eu tive um dia maravilhoso. Primeiro eu recebi um buquê de rosas no trabalho. Depois uma Coruja de Som, você acredita? Esse sempre foi o meu sonho mas nunca achei que encontraria alguém que fizesse isso por mim. - exagerei nos meus movimentos.

Draco estava chocado, ele nem disfarçava. Sua boca estava escancarada.

- Você gostou de ganhar uma Coruja de Som? Logo você? - ele perguntou.

- Mas é claro, é tão lindo. E aí quando eu cheguei em casa recebi uma serenata. Acho que encontrei o homem da minha vida. Gabe é fantástico, eu estava errado sobre ele. - sorri animado para Draco.

- Mas e quanto ao fato de que ele não te satisfaz? Sexo também é importante para um relacionamento dar certo Potter. - a cara que ele fazia era impagável.

- Ele vai aprender, todo mundo aprende. - eu disse. - Então eu só vim aqui para me despedir de você e dessa casa. Não precisa me pagar nada por ontem. Fiquei sabendo que foi você quem deu a ideia para Gabe e isso com certeza foi o melhor pagamento que você poderia ter me feito. Obrigado Draco.

Me levantei como se fosse ir embora. Draco também se levantou e ficou me encarando por um tempo, sem reação.

- Ãh, de nada. - foi só o que ele disse.

Então acenei para ele, fui até a porta e saí para o corredor. Tive que rir baixinho para que ele não me escutasse. Olhei para os dois lados do corredor para ver se eu realmente estava sozinho. Estava.

Desabotoei minha camisa e me livrei dela. Em seguida tirei a minha calça e enfim bati na porta dele. Ele demorou um pouco para vir abrir.

- HARRY! - ele me puxou com tudo para dentro do quarto. - Você ficou maluco? Tirar a roupa no corredor?

- Fiquei. - joguei minhas roupas no chão. - Você me deixou maluco hoje.

Ele me olhou confuso, sem entender nada.

- Draco Malfoy, você mandou um homem que nem sabe foder alguém direito fazer demonstrações públicas de afeto para mim. Sabendo que eu iria detestar. Sabendo que ele faria exatamente o que você estava sugerindo. Qual era a sua intenção? Queria se livrar de mim ? - comecei o meu show.

- O que? Não, claro que não. Eu só estava.... brincando. - ele se apressou em responder. Continuei.

- Será que você não quer mais dominar o meu corpo? Não quer mais que eu venha até aqui e implore para você me dar um orgasmo? - lentamente tirei minha cueca e a joguei para longe. - Será que você fez isso porque..... não dá conta do recado?

Ele veio até mim, me puxou para a cama e me virou de frente para ele. Sua mão veio até meu rosto e apertou meus lábios, quase me forçando a fazer um biquinho.

- Nunca mais diga que eu não dou conta do recado. - e dizendo isso me empurrou com força para a cama.

Draco pegou um pedaço da cortina fina que rodeava a cama e simplesmente rasgou uma tira. Sorri. Ele estava especialmente selvagem naquela noite.

Então ele sentou em cima de mim, uma perna em cada lado do meu corpo, puxou minhas mãos para ele e com aquela pequena tira de cortina me amarrou.

Depois de me deixar um pouco imobilizado seus lábios vieram até meu pescoço e permaneceram ali por um tempinho. Nossa como aquilo era bom. Céus!

Então ele foi descendo pelo meu peito, pela minha barriga, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar. Seus beijos passaram para a parte interna das minhas coxas, me provocando ao máximo, me fazendo gemer baixinho.

Finalmente meu pau entrou em sua boca. Eu queria esticar meus braços e prender meus dedos no lençol mas aquela amarra me impedia. Então só me restava gemer sem controle algum.

Draco revezava seus movimentos, ora me chupando, ora me masturbando. Eu não pensava em mais nada. Só aproveitava aquelas sensações que explodiam dentro de mim. De repente ele parou e ficou com o corpo sobre o meu. Levou seu indicador até meus lábios e o enfiou dentro da minha boca. Aproveitei a deixa e movimentei minha língua em torno dele, olhando em seus olhos com a maior cara de depravado que eu conseguia fazer.

Ele tirou o dedo de dentro da minha boca e me olhou sério.

- Repete Harry. Repete o que disse antes. Repete que eu não dou conta. - ele sorriu presunçoso para mim.

Eu sabia que poderia me arrepender do que estava prestes a fazer. Sabia que ele poderia descontar toda a força que tinha em mim e que eu poderia sair dali com muita dor, mas eu não me importava nem um pouco. Só se vive uma vez.

- Você não dá conta Draco. Você não dá conta de me foder. - provoquei.

Com um puxão só ele desfez a amarra dos meus pulsos.

- Fica de quatro. Agora. - ele ordenou.

Sorri. Me virei de costas para ele com a maior boa vontade do mundo, me apoiei de quatro no colchão, empinei a minha bunda, deslizei as mãos pelo lençol e abaixei meu tronco.

- Merlin do céu! Você só pode estar brincando comigo. - seu tom de voz já não era o mesmo de sempre. Era rouco, cheio de tesão, cheio de desejo. O tipo de voz que se alguém fala no seu ouvido você se derrete inteiro. Ainda mais se esse alguém é Draco Malfoy.

- Vai. Me fode com força. - pedi.

Ouvi ele suspirar atrás de mim, cheio de vontade. Ouvi seus movimentos para se livrar da sua cueca e logo em seguida seu pau já estava roçando a minha entrada. Lentamente senti ele enfiar a cabecinha. Não resisti em fazer mais uma provocação.

- Tá com dó? - perguntei.

E então ele enfiou tudo de uma vez só.

Droga. Eu não devia ficar provocando Draco desse jeito. Doeu. Mas foi bom. Muito bom.

Ele deslizou as mãos pela minha bunda enquanto começava um ritmo frenético de penetração. Céus aquilo era muito bom. Se tinha uma coisa que eu adorava fazer era dar de quatro.

Eu sentia mais prazer, mais pressão, mais intensidade. Draco entrava fundo em mim e rápido. Muito rápido. Ele não ia ser nem um pouco delicado hoje e eu adorava saber disso.

A cama começou a tremer e eu ouvia o som dos movimentos que os nossos corpos faziam. Ouvi ele ofegar atrás de mim, vez ou outra, deixando um gemido alto escapar. Meus dedos seguravam forte o lençol e minha boca nem fechava, de tanto que eu gemia.Aquela era a melhor sensação que eu já havia sentido na vida.

Como de costume senti um tapa sendo desferido na minha bunda com força. Depois mais um. E outro. E eu gemia cada vez mais.

Então dei uma olhada para trás e pude ver Draco com as duas mãos segurando meu quadril, indo para a frente e para trás, estocando em mim. Seu corpo estava inclinado um pouco para trás e seus olhos estavam fechados. Os fios do seu cabelo louro estavam desarrumados com o esforço e seu peito brilhava de suor. Que visão do paraíso. Eu queria poder guardar para sempre aquela imagem em minha mente.

Draco abriu os olhos e se curvou sobre mim. Senti o peso do seu corpo sobre as minhas costas enquanto ele apoiava uma mão no colchão e a outra masturbava meu pau com força.

Eu não ia aguentar muito mais tempo. E nem ele. Meu corpo estava quente, cheio de calor e eu só queria sentir aquele orgasmo intenso de uma vez. Senti sua mão ágil percorrer meu pau com rapidez.

- Draco.... eu vou..... eu vou gozar. - consegui dizer entre um gemido e outro.

- Isso. - e lá estava sua voz sedutora em meu ouvido. - Faz isso. Goza para mim Harry.

E então eu gozei, enquanto eu praticamente gritava. E logo em seguida senti sua porra escorrer dentro de mim.

Ele saiu de cima de mim e se jogou na cama. Eu fiz o mesmo. Ficamos em silêncio por um bom tempo.

- Você dá conta sim. - eu disse a ele, ainda ofegante.

- É claro que eu dou. - ele riu.

- Mas eu ainda vou me vingar de você pelo que fez. Um dia, quando você menos esperar, uma Coruja de Som irá até você. Ah se vai. - prometi.

- Estou ferrado então. - ele olhou para mim.

- Pode apostar que está.

- Você o dispensou? - ele quis saber. - Gabe.

- Dispensei. De uma forma carinhosa mas dispensei. E tudo isso é culpa sua. - respondi.

- Você devia é me agradecer. - ele começou enquanto levantava para se vestir. - Eu tirei Gabe do seu caminho. Agora está livre para outra pessoa. Livre para você encontrar alguém melhor.

Suspirei.

- Só espero que eu encontre mesmo. - eu disse.

Ele jogou minha cueca para mim e sorriu.

- Você vai encontrar.


Notas Finais


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Beijos ♥️♥️♥️


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