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História Follow the stars - Baú Vermelho.


Escrita por: Orlanna e Carol_Calvinho

Capítulo 2 - Baú Vermelho.


Ben veio almoçar aqui em casa depois da prova e estamos todos na cozinha.  Minha mãe está fazendo lasanha e está usando seu avental vermelho. Ainda estou pensando com o pensamento longe, principalmente sobre aquelas frases sobre estrelas, ainda não entendo o sentido delas.

  -Venha Senhora Jane, se senta aqui a mesa e venha comer conosco. Ben sempre foi atencioso e generoso, mas só com minha mãe porque comigo ele é totalmente diferente.

-Está certo Bern. Deixe-me tirar esse avental por que está muito quente aqui na cozinha. Quando minha mãe tirou o avental, ela está usando uma blusa que nunca tinha visto antes, é um azul quase preto cheios de estrelas e com uma frase bem no meio:

Venha atrás de respostas,

Siga as estrelas.

Elas lhe darão a oportunidade

De saber a verdade.

Porque essas frases? Estou tendo certeza que são coisas da minha cabeça. Todos já me falaram que não sou normal, agora estou vendo coisas, acho que vou procurar um especialista, não entendo o que está havendo, ou é imaginação, ou é efeitos colaterais hormonais de uma adolescente 

  - O que aconteceu Ana? Está tão calada e pálida.

- Não é nada mãe, só acho que estou com fome.

     Mas não deixa de ser verdade.

-Bonita sua blusa senhora Jane- Ben  tirou as palavras da minha boca.

-Obrigada meu querido, faz tempo que tenho essa blusa guardada. -Como é que é? Faz tempo? Eu nunca a vi vestida! Que guarda roupas foi esse que ela escondeu? Tá vendo? Estou ficando doida.

- Estranho mãe, nunca vi a senhora usando essa blusa.

- Tinha comprado faz tempo, mas só agora deu vontade de usar.

- Vamos comer, estou desejando faz tempo provar essa lasanha- disse Ben segurando os talheres e com uma cara que vai devorar um bufalo.

           Depois do almoço, chamei o Ben para assistir um filme comigo no quarto, o que é de costume nos finais de semana. O problema é que não estou prestando atenção no filme, e ele está percebendo isso. Não quero contar nada a ele, por que não quero ser chamada de doida, mas aquelas mensagens  estão  quebrando a minha cabeça. Olho para todo o meu quarto, mas nada me interessa, tento olhar as imagens do filme na tevê, mas continuo com a cabeça longe.

  -Ana, o que você tem? Desde a hora do almoço você está toda esquisita. Perguntou Ben segurando as minhas mãos.

-Não é nada, na hora do almoço é por que estava com fome, mas agora já passou. Esbocei um sorriso e continuei segurando as mãos dele.

-Ana, vamos fazer alguma coisa para animar. Vamos ao cinema? Perguntou já se levantando.

-Ben já estamos assistindo um filme aqui. Pagar para assistir em outro lugar?

-Está certo, vamos passear de carro? Vamos comer alguma coisa? Aninha não quero lhe ver pra baixo.

 Ben é uma ótima pessoa, faz tudo pra me deixar feliz, tenho um carinho enorme por ele. Não gosto nem de assumir para mim mesma que tenho certos ciúmes, não gosto de vê-lo  namorando ninguém, mas não me vejo tendo alguma relação com ele. Desde que eramos pequenos nós eramos inseparaveis, até agora. Ele sempre foi meu grude, nos conhecemos tanto um ao outro, que sabemos quando o outro não está bem até pela respirada.

 -Já sei. Vamos ver nossas fotos quando éramos crianças?

- Sim vamos, vamos ver como você não era esse cara bonito de hoje em dia. Falo empurrando o ombro dele

-Não é para tanto Ana. Não era tão feio assim. Ele se levantou e foi atrás do baú vermelho em baixo da minha cama.

- Vamos começar! - Pegou  o primeiro álbum de fotos e parou na primeira página.

-Olha como você era gordinha! –Ele ria da minha cara, dando altas gargalhadas.

Ben me mostrou uma foto minha que estou sentada no jardim da minha casa com a boca cheia de chocolate e minha cadela do lado, a baleia , eu era muito gordinha, agora sou razoável, nem muito magra, mas também nem chegando a ser gordinha.

-Olha quem fala. Você era muito magro, não era atoa que os meninos da escola zoava com você, sofremos muito Bullying na escola por conta disso. Tentei disfarçar minha vergonha.

Peguei uma foto que ele estava em pé ao lado da roda gigante comendo algodão doce.

-Mas melhorei muito. Olha só os meus músculos. Falou flexionando o braço - Revirei os olhos. Machão.

 Ficamos por muito tempo relembrando aqueles momentos, contando histórias que só nós conhecemos. Em uma das fotos me vi com meu pai três meses antes do seu acidente, ele estava com uma camisa social branca, com calça jeans, seu cabelo estava meio bagunçado, eu estava nos braços dele, estava muito feliz.  Meu pai Albert morreu faz um ano e cinco meses, ninguém sabe exatamente como aconteceu o acidente, só sabemos que o carro onde ele estava pegou fogo e disseram que o corpo foi carbonizado e no velório não velaram o corpo, pois não existia mais.

  Não gosto de relembrar essa história, por que eu era muito apegada com meu pai, gostávamos muito das mesmas músicas, saíamos para pescar o lago Léman, íamos ao cinema, fazíamos quase tudo juntos, amava e ainda amo o meu pai, não aceito a morte dele, para mim ele fez uma viagem e voltará para casa, mas minha mãe sempre diz que essa viajem não tem volta. Ainda sinto a presença dele, toda vez que é 5h da tarde, eu olho a porta de entrada da minha casa para ver se vejo ele chegando do trabalho. Mas, sinto que esse vazio que estou sentindo agora pode ser preenchido, mas não sei como. ninguém poderá substituir a presença do meu pai.

 Continuamos ver outros álbuns e vi uma folha dobrada bem lá no fundo do baú. Quando vi, é uma mensagem do meu pai:

 

Sempre gostei das estrelas, ao observar,

Elas me levavam a imaginar um mundo diferente,

Elas me mostravam respostas, e uma delas encontrei no lago Léman,

Aonde eu e minha filha íamos pescar.

                                                       Albert Macon.

 

 Fiquei por muito tempo relendo a mensagem, não entendia o motivo. Por que meu pai estava falando das estrelas? Todas as frases que recebia tinham as palavras Estrelas e Respostas. O que meu pai queria dizer com: “uma delas encontrei no lago Léman”? Será se é uma pista? Mas para que? O que tenho que saber?

Sim, nós iamos bastante lá. Mas aquele lago é muito parado, sem graça. Quase ninguém vai lá, só alguns moradores que tinham ainda o costume de ir pescar lá como o meu pai também ia. Mas agora, em relação a essas mensagens, irei imediatamente procurar alguma ajuda, não é possível que comecei a enlouquecer.

 

 


Notas Finais


Está aí mais um capítulo. Beijos.


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