História Fonte Sagrada - Prólogo

Há muitos anos atrás em uma floresta abandonada apelidada de “Floresta Demônio”, havia um boato que lá havia uma fonte feita por lágrimas de dragões e quem beber a água dessa fonte iria adquirir poderes incríveis, que poderiam até mesmo trazer uma pessoa morta de volta a vida. Mas ninguém nunca conseguiu voltar vivo dessa floresta, dizem que tem seres infernais nela que matam sem piedade. Com isso, várias pessoas ainda tentam chegar a esse lugar que localiza-se em uma ilha no meio do imenso oceano.

Em um lugar bem distante dessa ilha chamado Effyen, um pequeno vilarejo pobre, os plebeus eram muito maltratados pelo seu Rei. A maioria morria com fome ou doenças.

Havia um garoto nesse vilarejo, cujo nome era Raffy, que tinha grandes cabelos negros, pele morena e grandes olhos escuros. Ele era uma criança de apenas oito anos e não entendia a grande magia que carregava dentro de sí. Sua família sempre escondeu esse segredo dos outros camponeses especialmente a nobreza.

Raffy adorava usar sua magia para criar pequenas flores de gelo, o pequenino adorava as belezas que existia na natureza, as arvores, os riachos onde gostava de brincar perto de sua casa e as borboletas que ele vivia a perseguir, por outro lado sua mãe era bem rígida as saídas do garoto, ela sempre o reprendia quando ele fugia mas ainda sim ele não conseguia se segurar, todo início de manhã o jovem despertava  antes que seus pais e fugia para próximo do pequeno lago próximo a sua casa, e colhia algumas flores para decorar sua pequena e humilde casa.

Raphael era seu pai, um homem humilde e desastrado, era bem desengonçado e sempre se atrapalhava quando cultivava sua pequena horta, já sua mãe Jeanne era uma mulher rígida, ela não desgrudava os olhos de Raffy e não o deixava brincar com as outras crianças do vilarejo, ela parecia sempre estar de mau-humor, mas no fundo ela era uma boa figura materna para o jovem.

O pequeno garotinho usava vestes comum como qual quer outro aldeão, uma roupa de pano marrom, com botas da mesma cor, o jovem carregava consigo uma bolsa feita de trapos que sua mãe lhe fez para carregar o cultivo.

Com o passar dos anos o jovem cresceu e virou um adolescente de dezesseis anos, Raffy estava com seus longos cabelos como de costume seus olhos estavam ainda maiores e seu tamanho não havia crescido o bastante ele ainda era um pouco menor que os outros jovens da aldeia.

Certa manhã o vilarejo estava um caos, o mago acordou aos gritos do povoado pedindo para que os guardas parassem, o jovem correu até o lado de fora de casa e viu sua mãe apertando os punhos com suas próprias unhas e mordendo o lábio.

— Vá para dentro filho, você não vai querer ver isso.

Raffy notou que os guardas do rei estavam recolhendo alimentos do povoado, devido à seca que arruinou toda região várias pessoas morriam por falta de alimento ou até mesmo agua “Será que o palácio está sofrendo com a seca? Por que será que eles estão pegando o que nos mantem vivos?!”

Um dos homens se aproximou da casa do jovem e resmungou.

— Onde está o responsável dessa porcaria de horta?!

— E-Eu... — Raphael saiu dos fundos e se aproximou.

— Como ousa ser tão desleixado com os alimentos para seu rei?

— Eu pensei...

O homem não conseguiu responder e levou uma chicotada no rosto.

— PARE! — Gritou o adolescente.

— Parece que alguém precisa de boas maneiras. — O guarda começou a se aproximar batendo o chicote no chão.

— LITIUM! — Raffy pronunciou tais palavras, seus olhos ficaram azuis e brilhantes, o jovem levantou o braço e uma estaca feita de gelo cristalizado penetrou o peito do homem fazendo o gelo claro se tornar velho de sangue.

— BRUXARIA! — Gritou um dos outros guardas correndo em direção ao palácio.

Todos do vilarejo se assustaram e correram desesperadamente para suas casas e o jovem ficou aterrorizado ao ver aquele homem morto na sua frente.

Jeanne segurou os ombros do garoto que tremia violentamente.

— Raffy você precisa sair daqui! — Sua mãe estava tão aterrorizada quanto o filho. — Vá até o outro lado da horta e entre na floresta fuja por lá não deixe ninguém te ver.

— Não posso deixar vocês.

— É uma ordem, agora obedeça a sua mãe. — Jeanne empurrou o jovem.

O mago de vestes marrom correu até a floresta mais rápido do que nunca. Ele parou no meio daquela floresta iluminada e deu um suspiro de tristeza, começando a chorar.

— Parece que te encontramos, garotinho... — Do meio da floresta surgiu vários guardas apontando suas lanças para o garoto. — Agora venha com a gente e ninguém irá se machucar.

— Co-como me encontraram? — Assustou Raffy.

— Antes de matar seus pais ouvimos que você fugiu para dentro da floresta. — Sorriu um dos guardas.

O Garoto de vestes negras nunca sentiu tanta raiva, seus olhos estavam cheios de ódio e tristeza, ele gritou no mesmo instante.

— LITIUM!

Mas nada surgiu naquele momento. Ele não parava de repetir essas palavras até levar uma pancada na cabeça, que o desmaiou.

Depois de algum tempo, Raffy recuperou sua consciência e se deparou em um cenário com várias pessoas gritando “BRUXO”. Ele estava amarrado em uma cruz feita de palha e os guardas seguravam tochas. No mesmo segundo ele surtou, fazia de tudo para sair da cruz que o aprisionava. O primeiro guarda jogou a tocha na cruz para queima-lo, o mago conjurou algumas palavras em total desespero. O vilarejo começou a congelar rapidamente, todas as pessoas viraram estatuas de gelo, as casas e o chão ficaram completamente congelados. Raffy saiu da cruz e foi andando até o final do vilarejo, se aproximou de sua casa e lagrimas caíram de seu rosto, o jovem não aguentava mais tanta desgraça, ele ajoelhou e orou para que os deuses tenham piedade enquanto ao mesmo tempo sentia alguma coisa diferente em sua magia, seu gelo não estava tão limpo como era, havia uma fraca e pequena cor negra.