1. Spirit Fanfics >
  2. For Life -- Kim Minseok, Xiumin (EXO) >
  3. Sixty Four

História For Life -- Kim Minseok, Xiumin (EXO) - Sixty Four


Escrita por: Exoeternoxygen

Notas do Autor


Boa noite, babies 🥰

Estou aqui com mais um capítulo, como o combinado. Amanhã começam as minhas EAD's então eu não faço ideia de como estarão as coisas e se vou acabar me ocupando demais com a escola, mas me esforçarei para continuar com o cronograma. Enfim, vamos ver como as coisas serão...

Esse capítulo está ENORME, acho que é o maior da fanfic, na verdade 😂

Ele está bem cheio de detalhes e momentos variados. Sinceramente gostei do resultado, principalmente pelo fato de ter sido um capítulo pensado na hora, digamos assim. Espero que gostem também 😘

Boa leitura!

Capítulo 65 - Sixty Four


Fanfic / Fanfiction For Life -- Kim Minseok, Xiumin (EXO) - Sixty Four

Autora*

Coréia do Sul, Busan

Dezessete de outubro de 2017

Terça-feira, 6:20 A.M


Seguindo o treino intensivo e diário de Suho, todos milagrosamente estavam mais uma vez malhando na academia da mansão.

Na verdade, Kyungsoo era o único que apenas estava sentado em um sofá de couro no canto da grande sala espelhada tomando uma xícara de café, enquanto lia um livro extremamente grosso.

— Aish, não aguento mais — Baekhyun se deitou no chão ofegante. — Estou morto, hyung.

— Por isso mesmo deve voltar ao trabalho — Suho o olhou sério. — Ficamos relaxados nessas férias e temos que correr atrás agora para manter a forma.

— Recuperar, no meu caso — corrigiu batendo na própria barriga. Os outros não deixaram de rir.

— Anda logo, Baekhyun, deixa de moleza — Kai falou ofegante enquanto corria na esteira. — O Kasper não vai pegar leve quando voltarmos e você sabe disso.

— Aish, não importa. E de qualquer forma ele entende as minha limitações — resmungou por fim se levantando. — Suho que está ai todo animadinho se sentindo o personal trainer.

— Anda logo, seu ingrato, você só pegou uns pesinhos até agora — o líder retrucou deixando os halteres pesados no chão para se alongar um pouco antes de voltar a pegá-los.

— Claro, estou sedentário e não sou louco para voltar pegando o triplo do meu peso — revirou os olhos caminhando até a bicicleta finalmente desocupada quando Chen saiu já esgotado.

— Minseok — todos olharam para a porta que se abriu de repente revelando Chunghee.

— Alguém caiu da cama — Chen falou baixo para que somente os meninos ouvissem. Eles prenderam o riso.

— O que você está fazendo aqui? — ele largou os pesos ofegante e pegou uma garrafa de água de dentro do frigobar.

— Preciso falar com você — ele ergueu a sobrancelha em resposta. — A sós.

Deixou a garrafa no chão, segurando a vontade de revirar os olhos.

Esse pesadelo nunca tem fim.” — Pensou acompanhando ela até o lado de fora.

— Diga — suspirou tentando disfarçar a impaciência.

— Não vou dormir aqui hoje — fez um bico e ele quase comemorou descaradamente, mas se controlou para manter a expressão impassível. — Tenho coisas para resolver.

— Hm, tudo bem — deu de ombros.

— Não vai me perguntar onde vou? — fez uma careta.

— Não — respondeu simplesmente. — Você não me deve satisfações, sabe disso.

— Olha, Minseok, sabia que tudo seria mais fácil se você deixasse de relutar e aceitasse logo que daríamos um ótimo casal?

— Não vou voltar a falar disso — endureceu o olhar. — Faça o que quiser, não sou eu quem vou te impedir.

Se virou para sair, mas ouviu ela dizer:

— Não adianta negar, uma hora ou outra se renderá a mim.

Só nos seus sonhos.” — Ele pensou ignorando-a e entrando novamente na academia.

— O que ela queria? — Chen perguntou parado de braços abertos na frente do ar condicionado.

— Só falar que não vai dormir aqui hoje — fez pouco caso indo até a extensora desocupada.

Os meninos se entreolharam boquiabertos, compartilhando da mesma euforia e animação diante daquela notícia maravilhosa.

— Você está brincando comigo?! — Baek largou os pesos e correu parando na frente do mais velho. — Hyung, você acabou de dizer que a megera vai finalmente dar um dia de folga para essa casa?

Minseok não deixou de rir fraco enquanto concordava.

— Mas isso é o paraíso — o outro continuou. — E vocês sabem bem o que significa, não sabem? — olhou de esguelha os outros membros que concordaram na mesma animação.

— Na verdade, não — Lay apertou os olhos, sem surpreender ninguém ali com sua lentidão sempre tão presente.

— Festa, hyung — Chen foi até ele abraçando-o apesar de estarem suados. — Finalmente vamos poder comemorar o seu aniversário direito.

— Mas o meu aniversário passou faz dez dias — franziu o cenho se afastando com uma cara de nojo.

Chen riu sem se sentir ofendido e justificou:

— Exatamente, e mesmo assim não tivemos a chance de fazer uma coisa decente para você por causa daquela presença indesejável.

— Está decidido, vamos fazer uma festinha hoje — Baekhyun concluiu. — Pode convidar quem você quiser, hyung, mas decida logo, porque precisamos providenciar as comidas e bebidas.

— É sério mesmo? — Lay sorriu empolgado quando eles assentiram.

— Nem pense em agradecer, hyung, essa é nossa obrigação como família — Chanyeol interrompeu flexionando os braços enquanto se admirava em um dos espelhos. — Nossa, estou besta comigo mesmo. Olha só que pitelzinho.

Os meninos seguraram a risada.

— Já falei que você tem que voltar a usar seus óculos — Kyungsoo falou sem levantar os olhos do livro. — Não acho que as lentes de contato estão resolvendo o problema.

Chanyeol o olhou ofendido, mas não ousou falar nada, afinal tinha amor pela própria vida.

— Eu até calava a boca depois dessa — Suho provocou rindo, ignorando a cara feia do outro.

— Enfim, voltando ao assunto da festa — Chen pigarreou, logo deixando um sorriso sacana transparecer. — Você bem que podia convidar a Cheng Xiao, em. Ah, não teria problema ela trazer alguma das meninas também.

— Mas que saco, Jongdae, porque continua insistindo? — Lay bufou terminando a sua sessão de flexões.

— Não custa tentar, né — coçou a nuca. — Mas falando sério, se vocês são mesmo amigos, seria sem graça não chamar.

— Hm, talvez eu chame, não sei — fez pouco caso, se levantando e indo guardar o colchonete.

Jongdae sorriu maldoso para os outros que negaram com a cabeça prendendo o riso diante da inocência de Yixing.

— Enfim, vamos terminar os exercícios e depois pensamos nisso — Suho interrompeu, olhando-os severo.

Chen e Baek não deixaram de revirar os olhos enquanto obedeciam, mesmo a contra gosto.


• ────── ✾ ────── •


— Não acredito que teremos um dia de paz — Renata sorriu largo quando Chanyeol contou tudo assim que voltou da academia.

Ela estava deitada na cama dele, enquanto ele ia tomar um banho.

— Pois é, os meninos até resolveram comemorar o aniversário do Lay — ele tirou a blusa suada expondo propositalmente o corpo malhado.

— É uma ótima ideia — ela pigarreou controlando os olhares indiscretos. — Até pensei em reclamar antes pelo descaso de vocês, mas imaginei que fosse por causa daquela jacaroa.

Ele riu concordando.

— Vem cá, acordou cedo por quê? Que milagre foi esse? Tinha formiga na sua cama? — ele brincou pegando a toalha e indo até o banheiro.

— Ha ha, engraçadinho — revirou os olhos. — É que eu combinei de sair com a Somin hoje, ela inventou de querer ir fazer compras e me obrigou a acordar cedo.

— Faz sentido — ele a olhou brevemente. — Espera aqui, vou tomar banho rapidinho e descemos para tomar café.

— Mas você não já comeu? — o olhou desconfiada quando ele se aproximou.

— Já, mas não custa nada te fazer companhia e comer de novo — se inclinou ligeiro e roubou um selinho dela, se virando na mesma rapidez e correndo para o banheiro.

— Yah, seu babaca — ela gritou, arracando-lhe gargalhadas. — Mereço.

Enquanto esperava que ele saísse, resolveu mexer um pouco no celular e viu que Baekhyun havia mandado uma colagem de um convite sobre a noite de hoje no grupo conjunto com as meninas.

— E ainda insiste em dizer que não é emocionado — riu sozinha negando com a cabeça.

Leu as mensagens rapidamente e viu que Yeon havia dito que não iria por conta de Anny e tudo mais. Riu novamente quando viu que Minseok logo disse que iria ficar com ela.

Tadinho, não pode perder as chances de ouro que a vida dá.” — Pensou terminando de ler o curto diálogo.

— Chan, você acha que eu deveria chamar a Somin? — Renata perguntou assim que o mais alto saiu do banho secando os cabelos e vestindo somente uma box preta.

“Essa peste gosta de me provocar, em.”

— Espera, você me chamou de Chan? — parou para olhá-la esboçando um sorriso animado.

— Aish, responde logo, idiota.

— Ok, adeus meiguice, já entendi — revirou os olhos. — E respondendo sua pergunta, eu realmente não sei. O Lay ficaria feliz se ela viesse, mas tem o Baek, lembra?

— Nossa, assim fica difícil — mordeu o lábio pensativa. — Ela reclamou que tem se sentido sozinha, os pais mal ligam para a presença dela, sabe? E sei lá, tenho a impressão que tem alguma coisa errada. Por isso que eu não neguei sair a essa hora da manhã. Estou preocupada com ela.

— Hmm, devia falar com o Kyung sobre isso, ele merece saber que ela não se sente bem, de qualquer forma — aconselhou retomando o seu caminho até o closet e ela concordou.

— Vou falar com ele antes de sair.

Depois que Chanyeol estava devidamente vestido, desceram para a sala de jantar, onde Chen e Lay comiam um pouco da salada de frutas posta na mesa de café da manhã.

— Hmm, adoro uma saladinha de frutas — Renata logo se serviu, pegando também um pedaço de bolo de cenoura com cauda de chocolate e um copo de suco de laranja. — O Pietro é um anjo, sério.

— Para onde vai toda essa comida, em? — Chanyeol franziu o cenho pegando uma maçã enquanto ela comia.

— Você sabe bem para onde, queridinho — piscou um olho e Lay riu sem disfarçar, atraindo uma careta do mais alto.

— Já soube da novidade, Renatinha? — Chen perguntou animado e ela murmurou com a boca cheia de bolo para que ele prosseguisse. — Vamos fazer a festinha do Lay hoje e você acredita que ele chamou a Cheng Xiao?

Renata prendeu o riso com a cara perdida de Lay, só para variar.

— Mas eu não chamei, esqueceu? Estou considerando ainda, seu assanhado — bateu no outro que resmungou.

— Vou fingir que não desconfio dessa agonia de Chen em querer conhecer essa fulana — a loira continuou comendo.

— Não gosta dela, Renatinha? — Chen franziu o cenho.

— Sei lá, nem conheço a garota — deu de ombros.

— Ah, ela é bem bonita, isso temos que admitir — Chanyeol provocou, esperando alguma reação da outra que apenas se manteve concentrada em sua comida.

Renata disfarçava bem, por fora era puro desinteresse, mas por dentro enfrentava uma luta desenfreada de questionamentos sobre o motivo que justificasse o incômodo que sentiu quando ele disse aquilo.

— Então — Lay pigarreou. — Pensei em chamar a Somin.

Chanyeol e Renata se entreolharam sem reação, e o outro ficou imediantamente confuso.

— Não é uma boa ideia? Pensei que seria, já que ela está aqui em Busan e tudo mais — justificou.

— Não, hyung, não é isso — Chanyeol coçou a nuca, indeciso se contava a merda que estava a relação dela e Baekhyun ou calava a boca. — Enfim, faça o que achar melhor.

Renata sorriu amarelo e concordou.

“Calar a boca era de fato a opção mais sábia no momento. Baek mostrava normalidade, mas quem sabia da história, tinha certeza de que isso estava longe de ser a verdade.”

Depois de terminar de comer, Renata resolveu subir e procurar por Kyungsoo, para esclarecer suas preocupações a respeito da amiga.

— Eu estou mesmo preocupada com ela, oppa — ela resmungou depois de explicar tudo.

— Percebi, até me chamou de oppa — brincou fazendo-a revirar os olhos. — Fazia um tempo que não me chamava assim.

— Mas é claro, não queria morrer cedo — ele a olhou confuso. — Jungha, esqueceu?

A expressão perdida dele se iluminou quando entendeu e logo soltou um risinho.

— Ah, nem te disse o quão feliz estou por saber que agora são amigas — ele a olhou brevemente, terminando de arrumar sua estante de livros. — Isso é um grande alívio.

— Sei disso, corujinha, por isso fiz um esforcinho — piscou. — Ela é mesmo ótima, fez uma boa escolha.

Ele concordou.

— Enfim, vai fazer o que a respeito da Somin? — voltou a perguntar.

— Acha que seria estranho se eu fosse com vocês nesse passeio? — perguntou pensativo e ela negou.

— Claro que não, acho que até seria bom. Você poderia tentar conversar com ela — sugeriu. — Apesar de tudo que ela me conta, sinto que tem algo a mais por trás da vinda dela para cá, não acha?

— Ah, acho sim — suspirou. — Sei que meus tios são duros com ela, aposto que tem um dedo deles nisso.

— Talvez…

— Enfim, vou vestir algo mais apresentável, me espere lá embaixo — ela concordou se levantando da cama. — Ah, avise ela que eu vou também, ok?

— Pode deixar — garantiu. — Mas não demore.

— Sabe que eu não vou — piscou se levantando chão e indo até o closet.


• ────── ✾ ────── •


Os três estavam no shopping já fazia algum tempo.

Aproveitando a oportunidade, Chen pediu que eles trouxessem algumas bebidas para mais tarde, já que a comida ficaria na responsabilidade dos outros.

A tal festa seria uma coisa bem simples, então não haveriam preocupações com decoração nem nada disso. Séria apenas uma noite para beber e comer muito em meio a risos e muita gritaria.

No fim das contas, Lay sem saber de toda a história que envolvia Baekhyun e Somin, acabou convidando-a, até porque eram amigos.

— Acho que não vou — Somin suspirou enquanto almoçavam na rede de lanchonetes bem famosas da Coréia, Lotteria.

— Por quê? Sabe que o Lay vai ficar encucado se recusar, considerando que não tem nada melhor para fazer — Kyung a olhou rapidamente antes de dar mais uma mordida no lanche.

— Quem disse que não tenho? — provocou, mas ele apenas deu de ombros. — Enfim, acho melhor não ir.

— Se for por causa do Baek… — Renata começou, mas se interrompeu ao se deparar com o seu olhar tristonho da morena.

— É por causa dele sim — suspirou. — Ele deixou bem claro que não quer me ver, não vou invadir o espaço do garoto.

— Você está certa, mas não quer dizer que essa seja a escolha certa, entende? Vai fazer o quê? Cortar contato comigo e com os outros meninos por causa dessa situação mal resolvida? — Kyungsoo a olhou preocupado.

— Kyungsoo — ela o repreendeu com o olhar. — Não é tão simples assim. E da forma que você fala, parece que eu sou a monstrenga da história.

— Os dois estão errados e você sabe disso — sustentou o olhar. — Mas enfim, não vou insistir na sua decisão, só pense bem, ok?

Ela assentiu mordendo o lábio, enquanto sentia o peito apertar ao lembrar de toda aquela confusão e do porquê havia feito o que fez.

— Somin — ela olhou para o primo que parecia mais sério que o normal. — Por acaso tem mais alguma coisa que não está me contando, mas deveria?

— O-o quê? Claro que não, oppa — sorriu amarelo.

— Sim, tem — ele empurrou sua bandeja agora vazia para o lado e apoiou os braços cruzados na mesa. — Você gaguejou e me chamou de oppa.

— Aish, deixa de paranóia, Do Kyungsoo — ela resmumgou terminando de comer sua batata frita.

Renata intercalava seu olhar de um para o outro. A amiga mostrando desconforto diante do rumo da conversa e o outro bem certo e desconfiado de que havia mais por trás de toda aquela história.

— Vou te deixar terminar de comer, mas vai ter que me explicar tudo depois — ele mantia o olhar duro. — E vou querer ouvir apenas a verdade, Do Somin.

— Aish — ela resmungou enchendo a boca de comida e mastigando mais devagar que o normal, como uma forma de adiar aquela conversa eminente.

Kyungsoo olhou para Renata que parecia muito preocupada e piscou para que ela relaxasse, afinal ele tinha certeza que resolveria tudo aquilo.

Conhecia a prima melhor do que ela mesma, e sabia que algo estava errado.

“E ele estava mesmo certo nesse pré-conceito.”


• ────── ✾ ────── •


— Desembucha — Kyungsoo pediu assim que entraram no carro dele, onde ninguém estaria ouvindo ou prestando atenção.

— Kyung… — tentou negar.

— Escuta, Minnie — a olhou com carinho, enquanto via um sorriso surgir no rosto dela por ter sido chamada por aquele apelido que tanto amava. — Eu só quero te ajudar, sabe disso. Você é minha irmãzinha e eu não posso admitir que viva sem o mínimo de felicidade.

Ela ia argumentar, mas ele novamente interrompeu:

— E dane-se o Baekhyun, isso aqui não é sobre o que aconteceu com vocês. Estou preocupado com você e só quero te ajudar.

Ela assentiu prendendo o choro e se afundou no banco do carona enquanto pensava um pouco.

Talvez ele devesse saber… Preciso de ajuda, querendo ou não admitir.” — pensou tomando coragem.

— Está bem — suspirou fundo. — Eu não vim para Busan por causa de férias nem nada disso.

Renata observava tudo do banco de trás, em silêncio deixando que Kyungsoo assumisse todo o controle da situação.

— Você sabe, eu estava muito bem em Seul e minha carreira de arquiteta não podia estar melhor — sorriu nostálgica. — Mas de repente o meu chefe simplesmente me demitiu. Não fazia sentido, eu era a melhor da empresa e ele sempre deixou isso bem claro. Até parecia triste ao me entregar a minha carta de demissão.

— O que os seus pais fizeram? — Kyungsoo suspirou fundo buscando paciência e Renata arregalou os olhos ao entender tudo.

— No mesmo dia, minha mãe exigiu que eu voltasse, porque tínhamos que resolver algo muito sério — apertou as mãos, sem conseguir encarar o primo enfurecido. — Estranhei a coincidência, mas obedeci. Tinha em mente que faria uma visita e voltaria logo depois, procuraria um emprego e tudo ficaria bem. Mas…

— Mas… — o primo encorajou.

— O tal assunto que tínhamos para tratar era um casamento arranjado — Kyungsoo arregalou os olhos, assim como a loira logo atrás. — Meu pai concorria ao cargo de chefe de cirurgia no hospital que ele trabalha, lembra?

Ele concordou para que ela prosseguisse.

— E o Presidente da empresa estava atrás de uma esposa…

Renata tapou a boca escancarada com as mãos.

— EU NÃO ACREDITO QUE ELE TE VENDEU PARA UM VELHO ASQUEROSO — Kyungsoo não aguentou aquele absurdo e explodiu, socando o volante com raiva.

Somin assentiu abaixando a cabeça enquanto as dessa vez lágrimas desceram sem parar.

— Por isso eu preferi afastar o Baek de mim — mordeu o interior da bochecha, sentindo a garganta se fechar. — Não podia cumprir a promessa que havia feito, sendo que meus pais me jogaram bem no olho desse tornado. Eu até tentei contar tudo para ele no dia da festa do Chen, mas não podia envolvê-lo em toda essa confusão.

— Você… — ele suspirou fundo tentando se controlar. — Você está ficando onde?

— Antes eu estava em casa com eles, mas meio que fugi depois que tentaram me obrigar a sair com aquele… — fez cara de nojo secando as lágrimas com o braço. — Com aquele homem.

— E onde está ficando agora? — Renata insistiu, com a voz um pouco trêmula por se sentir impotente diante de tudo aquilo que amiga estava aguentando calada e sozinha.

— Em um hotel — ela deu de ombros.

— Vou te levar lá agora, você vai arrumar suas coisas e vai vir comigo — Kyungsoo deu a partida no carro.

— Kyungsoo… — ela arregalou os olhos.

— Nem pense em discutir, Do Somin, não vou te deixar sozinha nessa, não mesmo — respondeu mesmo concentrado enquanto manobrava. — Somos uma família, hm? Não vou deixar ninguém te obrigar a fazer algo que não quer, principalmente se isso significar se envolver com um homem que tem mais que o dobro da sua idade.

— O-obrigada — foi tudo o que ela disse enquanto fungava.

— Você vai ficar comigo no meu quarto — Renata se inclinou para apertar a coxa da amiga que sorriu fraco assentindo. — Não se preocupe com o Baek, quando você contar tudo…

— Não vou contar — ela cortou decidida. — Ele está seguindo bem sem mim, não vou voltar a atrapalhá-lo.

— Mas amiga…

— Renata, não insista, por favor — pediu suspirando fundo. — Não contem nada a ele, ok? Nada disso a ninguém, na verdade.

— Tudo bem, se acha melhor assim — Kyung concordou a olhando rapidamente. — Mas se quer um conselho, acho que deveria considerar essa possibilidade. Eu não vou deixar seus pais arruinarem sua vida e vou suportar com vocês as consequências de acabar com toda essa palhaçada, mas você também precisa ter em mente que talvez essa responsabilidade esteja em suas mãos.

— Está bem — ela falou simplesmente, sentindo um peso ser tirado dos ombros, ao mesmo tempo em que era substituído por outro ainda maior.

Amava o Baekhyun e não tinha dúvidas disso, mas talvez a maior demonstração de amor naquele momento seria deixá-lo ir. Não envolveria ele na confusão que estava a sua vida por puro egoísmo, não mesmo, preferia sofrer sozinha.


• ────── ✾ ────── •


Assim que os três atravessaram a porta principal da mansão, carregando as poucas malas de Somin, os membros que estavam na sala arregalaram os olhos, Baekhyun principalmente.

— O que ela está fazendo aqui? — se levantou eriçado.

— Como vocês devem saber, a Somin é minha prima e devido alguns acontecimentos ela ficará aqui na mansão comigo — Kyungsoo olhou mortalmente para Baekhyun que continuou com a cara desgostosa. — As bebidas estão no porta malas do meu carro, podem pegar.

Jogou a chave do carro para Chanyeol que a pegou no ar ainda boquiaberto, e logo tratou de puxar Baekhyun e Kai para irem ajudá-lo.

Somin preferiu ficar de cabeça baixa, ainda sentindo o olhar do homem queimando em cima dela.

— Seja bem-vinda, Somin — Suho a puxou para um abraço e ela retribuiu um pouco acanhada. — Não ligue para ele, sabe que amamos tê-la aqui.

— Obrigada, Suho — sorriu sem ânimo.

— Ela vai ficar no meu quarto — Renata avisou e o líder assentiu. — Vamos.

Quando chegaram no segundo andar, encontraram Lay saindo do seu quarto.

— Ah, você resolve vir — ele sorriu mostrando suas fundas covinhas, para logo abraçá-la. — Fico feliz, mas e essas malas?

Ela e Renata riram baixinho quando Kyungsoo bateu a mão na própria testa.

— Ela vai ficar aqui agora, hyung, não está claro?

— Ah, faz sentido. Bom, fico mais feliz ainda — voltou a sorrir, arrancando risadas mais altas das duas.

— Só você para me fazer rir mesmo — Somin negou com a cabeça.

— Bem, vamos indo, deveria se apressar em cuidar da sua lista de convidados, não? — Renata ergueu a sobrancelha.

— Tem razão, o Chen está enchendo a minha paciência com isso — coçou a nuca. — Depois eu subo para ajudá-las com as malas caso precisem.

— Obrigada — Somin sorriu sincera.

Ele assentiu e continuou seu caminho.

— Ain, o Lay é um anjinho e eu não me canso de dizer isso — suspirou.

— Vamos logo — Kyungsoo revirou os olhos.

— Deixe de ciúmes, priminho — ela puxou ele para um abraço meio desengonçado por conta das malas que seguravam. — Sabe que você sempre foi o meu anjinho da guarda.

— São tão fofos, nossa até me emocionei — Renata fingiu chorar e Kyungsoo revirou os olhos. Deu um beijo na testa da prima e tomou a frente indo até o quarto da loira.

Elas riram logo seguindo os passos do outro.

— Renata, o que significa esse ninho em cima da sua cama? — Kyungsoo reclamou assim que entrou no quarto.

— Que eu não arrumei ela, uai — deu de ombros entrando junto de Somin que riu.

— Vou nem comentar — balançou a cabeça. — Onde deixamos as malas?

— Vamos colocar logo no closet — ela foi até a porta do cômodo, deixando a mala que levava lá dentro.

Os primos trouxeram as malas e colocaram ao lado da outra.

— Pelo menos aqui está arrumado — Kyungsoo provocou e a loira revirou os olhos voltando para o quarto.

Se jogou na cama e Somin imitou a amiga.

— Hm, vou deixar vocês ai agora, tenho que buscar a Jungha no trabalho — as olhou com um leve sorriso. — Se os meninos pedirem ajuda, finjam que não ouviram. Eles que inventaram de fazer festa, então que se virem sozinhos.

— Nossa, Kyung — Renata riu. — Que maldade.

— Você não viu nada — Somin balançou a cabeça se sentando. — Vai lá com a sua namoradinha, vai.

— Somin… — ele ficou sem graça e elas gargalharam alto da reação dele.

— Estou brincando, boboca, vai logo — jogou um beijo no ar e ele riu enquanto saía.

— Hm, vamos dormir um pouquinho? Você me fez acordar cedo, andar não sei quantos quilômetros em um shopping e eu estou moída — Renata se espreguiçou.

— Vamos — se aconchegaram nos lençóis bagunçados depois de terem as cortinas automáticas fechadas e o ar condicionado ligado. — Ah, depois eu quero saber tudinho sobre você e o Chanyeol, hm?

— N-Não tem nada para contar — pigarreou se virando de costas.

— Você não me engana, doninha — riu. — Vou te deixar dormir agora, mas depois, já sabe.

— Aish, cala a boca então, palhaça — resmungou.

Somin não deixou de rir se ajeitando na cama.


• ────── ✾ ────── •


Já se passava das quatro da tarde, as coisas estavam arrumadas na área externa e os meninos resolveram que ligar a caixa de som seria uma ótima ideia.

— Os vizinhos vão reclamar — Suho avisou, sendo obviamente ignorado.

— Ah, hyung, hoje temos que aproveitar. Finalmente, a doce e esperada liberdade — Kai sorriu.

— Olhando assim até parece que a Chunghee é um monstro.

— Mas ela é — Sehun arregalou os olhos. — Insuportavelmente insuportável. Não duvido nada que se fizéssemos qualquer coisinha errada, ela contaria tudo para os managers.

— Que exagero.

— Isso porque você quase não fica em casa para suportar aquilo — Baek revirou os olhos. — Aliás, como estão as reuniões a respeito do comeback, hm?

— Já disse — revirou os olhos. — Estão trabalhando nisso ainda.

— Hm, pelo menos isso significa mais alguns diazinhos de férias — sorriu e os membros negaram com a cabeça.

— Não vão entrar? A água está ótima — Lay falou da piscina, onde estava com Chen e Kai.

Chanyeol correu e deu um pulo espirrando água em tudo, para a infelicidade do líder que tratou de reclamar.

— MAS QUE PORRA É ESSA?! — Renata apareceu desgrenhada na porta de correr da cozinha.

— Do que está falando, Renatinha? — Chen perguntou bebendo um pouco da sua cerveja, apoiado na escada da piscina.

— Esse som infernal ligado essa hora da tarde, claro — se aproximou furiosa de onde os outros estavam. — Estava dormindo, caralho.

— Ô boquinha suja — Chanyeol provocou recebendo um gesto vulgar como resposta.

Ela foi até caixa de som e puxou o plug da tomada.

— Aaaah, Renatinha — Kai reclamou.

— Renatinha uma pinóia, agora vê se acalma esse fogo no rabo até no mínimo umas 7 horas — bufou voltando para dentro.

— Boa, Renatinha — Suho gargalhava, recebendo olhares entediados dos outros. — Eu avisei que acabaria incomodando.

— Claro que só essa velhinha reclamona se incomodaria mesmo — Baekhyun falou alto para ser ouvido.

Ela se virou bem a tempo de arrancar seu chinelo e jogá-lo com toda raiva no linguarudo Byun.

Ignorou o grito de dor e voltou para o quarto.

— Prontinho, já podemos voltar a dormir — falou com Somin que olhava para a área de uma fresta da cortina.

— Perdi o sono — se virou para amiga.

— Eu também — bufou. — Tudo culpa daquelas pestes.

— Por que jogou o chinelo? — riu fraco.

— O perturbado do Baekhyun me enchendo a paciência, só para variar.

— Hmm — coçou os olhos.

— Vamos descer um pouco? O sol não se pôs ainda, podíamos ficar na piscina — sugeriu abrindo as cortinas.

— Não sei se estou pronta para descer — respondeu voltando a olhar para a janela.

— Somin-ah, agora você mora aqui, é quase impossível evitá-lo e você sabe disso — se sentou ao lado da amiga. — E você não vai ficar trancada o dia todo nesse quarto, está ouvindo? Agora ande, vista um biquíni e vamos descer.

— Aish, já disse que você é uma mandona? — bufou.

— Ah, não precisa, eu já sei — piscou e elas riram.

Se trocaram rapidamente e desceram até a área externa. Os meninos continuavam do mesmo jeito, bebendo e rindo.

— Hm, a Bela Adormecida resolveu voltar? — Chen provocou.

— Você está pedindo, em — Renata deu língua, puxando Somin com ela até a área de churrasco onde Baekhyun, Suho e Sehun estavam sentados. — O Kyung ainda não voltou?

— Nop, acho que passou na casa da Jungha para ela se arrumar antes — Sehun deu de ombros.

— Sei — sorriu maliciosa, e olhou para amiga que tinha a cabeça abaixada. Voltou a atenção para Baekhyun que apertava a latinha de cerveja com mais força que o necessário enquanto olhava para o nada.

Ô desgrama.” — Pensou.

— Vamos entrar, Min — cutucou a amiga que assentiu desanimada. — Cuidem das nossas coisas.

— Pode deixar — Suho garantiu.

Elas tiraram as saídas de praia e deixaram junto com os celulares na mesa.

Somin não deixou de notar o olhar de esguelha de Baekhyun sobre si, e sentiu uma leve chama de esperança, que foi rapidamente apagada quando ele pegou o celular de cima da mesa e saiu pisando duro para dentro da casa.

— Eu disse que era melhor não ter vindo, Renata — sentiu a voz falhar.

— Yah, você não vai se isolar por causa de ninguém ouviu? — a olhou séria.

— Renata está certa — Sehun falou sorrindo para a outra que assentiu mesmo que não concordasse. — Deixa o Baekhyun, logo, logo ele esquece.

— Acho difícil — falou baixo para que ninguém escutasse.

— Agora vamos entrar logo — Renata arrastou a amiga para dentro da piscina. — Hm, a água está ótima — falou depois de um mergulho.

— A visão também — Chanyeol falou baixo para que só ela ouvisse.

— Saí daqui, tarado — bateu nele e os meninos riram, logo entendendo.

— E ainda diz que não tem nada para contar, em amiga — Somin prendeu o riso ignorando o olhar severo da outra.

— Fique shiu, doninha.

— Gente, já contei as news para vocês? — Chen falou animado e as duas negaram. — O Lay chamou a Cheng Xiao.

— Ô caralho, ainda nessa — Renata revirou os olhos.

— Quem é essa? — Somin perguntou confusa.

— Uma amiguinha idol do Lay — Renata respondeu entediada. — O Chen está com essa enjoança há meio século para conhecer ela. Puro fogo em um lugar oculto.

— Nossa, esculhamba mesmo, sua grossa — o outro resmungou e Somin riu baixinho.

— Mas você já sabe, Jongdae, se controle — Lay tinha um olhar sério, enquanto o outro aquiescia animado.

— Só ela vai vir? — Renata perguntou.

— Convidei uns outros amigos também, e provavelmente ela vai trazer alguma amiga — deu de ombros.

— Opa — a loira sorriu maliciosa. — Agora me interessei. 

Chanyeol a olhou boquiaberto e os meninos não perderam a chance de gastar com a cara de bocó dele.

— Calem a boca, saco — resmungou saindo da piscina.

Renata não escondeu a surpresa e se controlou muito para não rir, ao mesmo tempo que o seu eu interior comemorava por aquela demonstração gritante de ciúmes.

— Vish, alguém ficou bravinho — Kai riu vendo o mais alto indo se sentar com os outros.

— O Minseok já saiu? — Renata perguntou mudando de assunto.

— Desde que a bruxa saiu com a vassoura — Chen brincou arracando risadas de todos.

— Essa Chunghee é tão horrível assim? — Somin perguntou confusa. — Até o Kyungsoo reclamou dela comigo uma vez.

— Horrível é pouco, acredite — Chen terminou sua cerveja e deixou a garrafa na borda da piscina.

— Mas que ótimo — debochou.

— Relaxa, amiga, ela não seria doida de mexer com você — Renata garantiu. — Eu sou a louca da casa, esqueceu?

Elas riram.

Ficaram mais um pouco na piscina até que o sol começasse a se pôr.

— Vamos nos arrumar logo — Suho falou enquanto os outros se secavam para entrar na casa. — Ah, meninas, não demorem, em.

— Tenho só um banheiro no quarto, queridinho, paciência — Renata revirou os olhos e ele riu.

Ela e Somin entraram na casa depois de se secarem e deram de cara com Kyungsoo e Jungha assistindo abraçados no sofá.

— Ai que coisa mais linda, gente — Renata sorriu maliciosa atraindo a atenção dos dois.

— Ah, vocês estão ai — Kyung olhou envergonhado para Jungha que tinha a mesma expressão. — Amor, essa é a minha prima, Somin, lembra?

— Mas é claro, ela veio na festa do Chen — ela se levantou e fez uma reverência. — É um prazer conhecê-la.

— O prazer é todo meu — a outra retribuiu o cumprimento. — Espero que cuide bem do meu priminho, hm? O Kyung vale ouro.

— Não se preocupe, farei isso — sorriu simpática. — E você Renatinha, como está?

— Digamos que sobrevivendo — brincou e elas riram. — Estou bem sim, obrigada, e você?

— Melhor do que eu mereço — encolheu os ombros ainda rindo.

— Ah, Kyung, podemos usar o banheiro do seu quarto? Assim vai ser mais rápido e tudo mais — Renata pediu.

— Claro, só não baguncem mais que o necessário — elas concordaram se despedindo brevemente e seguindo seu caminho.

— Será que ela gostou de mim? — Jungha mordeu o interior da bochecha se sentando novamente ao lado dele.

— Claro que sim, anjo — tirou o cabelo dela do rosto. — Por que a preocupação?

— Ela é importante para você, oppa, temos que nos dar bem — respondeu óbvia.

— Não se preocupe, hm? — beijou os lábios dela. — Vocês vão se dar bem, sei disso.

— Espero — suspirou voltando a deitar a cabeça no ombro do namorado.

Enquanto isso, Suho ia até a porta principal para abrí-la para Minji que havia acabado de chegar.

Trocaram um beijo rápido e ela logo entrou.

— Boa noite, gente — cumprimentou o casal no sofá.

— Ah, Minji, como vai? — Jungha levantou a cabeça para olhá-la.

— Exausta, mas bem — se aproximou para sentar com eles no sofá. — O dia hoje foi corrido, mas pelo menos consegui sair mais cedo. Um milagre considerando que me avisaram em cima da hora, não é senhor Kim?

— Mas amor, os meninos que inventaram isso do nada — Suho resmungou se sentando ao lado dela.

— Sei, sei — riu. — Não vai tomar banho não?

— Estou fedendo? — se cheirou preocupado e os outros riram.

— Não, mas vai saber — achou graça.

— Hm, já estou indo, vai subir comigo? — ela assentiu.

— Já voltamos, gente — se despediu dos outros enquanto se levantava com a ajuda do namorado.

Deram as mãos e também subiram.


• ────── ✾ ────── •


Estavam todos sentados na área de churrasco, aproveitando a noite milagrosamente quente considerando que estavam no Outono.

Os amigos de Lay já haviam chegado. Nesse caso: Leo, Ravi e Hyuk do Vixx; Taeyong, Jaehyun, Mark e Lucas do NCT.

As meninas, mesmo debaixo do olhar de gavião dos namorados, não esconderam a animação diante das ilustres presenças, e os meninos logo começaram a odiar a ideia de fazer a bendita festa.

— É sério, eu digo e repito, Baby don't Stop é uma verdadeira obra de arte — Minji falou séria com Taeyong que ria mais do que o normal, deixando os nervos de Suho à flor da pele.

— Absolutamente — Jungha concordou depressa. — Aquela dança, nossa…

Kyungsoo estreitou os olhos para ela que nem se deu ao trabalho de olhá-lo.

— Ah, mas vocês também precisam admitir que a performance de Shangri-La é uma verdadeira preciosidade — a modelo continuou animada.

— Ficamos gratos por isso — Hyuk sorriu sincero e ela corou enquanto colocava o cabelo atrás da orelha.

— Mas e então, Lay hyung, está curtindo muito essas férias abençoadas? — Leo brincou.

— Você nem faz ideia — suspirou aliviado. — Esse momento tem mesmo sido uma verdadeira bênção na minha vida.

— Na de todos nós, acreditem — Baek acrescentou e todos riram.

Não demorou e Kai logo chegou com  Chris, que não disfarçou a euforia quando notou a presença dos convidados.

— Minha nossa, eu morri e estou no paraíso por acaso? — falou baixo, mas foi audível o suficiente para Kai que fechou a cara.

— Kai sunbae — Mark se levantou juntos outros para cumprimentá-lo.

— Boa noite, gente — repetiu o movimento puxando Chris pela mão. — Essa é a minha namorada, Christine.

— Podem me chamar de Chris — se apressou em corrigir enquanto sorria largo. — É um prazer conhecê-los.

— O prazer é nosso — Jaehyun se curvou, e Jongin jurou ter notado um tom de malícia, pura paranóia da própria cabeça.

— Vem, vamos sentar — puxou ela para sentar na outra ponta da mesa.

Não demorou e ela se afastou para se sentar com as meninas, próximas dos convidados.

— Mereço — bufou e Chen riu.

— Cala a boca, Chen. Fica rindo porque não está no nosso lugar — Suho bufou recebendo um olhar surpreso do mais velho.

— Só falta o Kyungsoo também estar com ciúmes — debochou e recebeu um tapa.

— Não provoca — recebeu um olhar de aviso do mais baixo.

Renata e Somin chegaram logo depois e novamente atraíram a atenção, principalmente dos “estranhos.”

— Quem são esses? — Renata fez uma careta se aproximando, sussurando para que somente Somin ouvisse.

— Os amigos do que o Lay convidou, esqueceu? — a outra se controlou para não surtar ali mesmo. — Amiga, eles são do Vixx e do NCT, não está reconhecendo?

— Deveria? — deu de ombros. — Pelo menos são gatinhos.

— Gatões — corrigiu a outra que soltou uma risada de escárnio.

— Gente, essas são Renata e a minha prima Somin — Kyungsoo suspirou enquanto as apresentava respectivamente. — Meninas esses são…

— Já sabemos — Somin se curvou tímida.

— Na verdade, eu não sei, mas podem pular a parte das apresentações, provavelmente não vou lembrar o nome de ninguém mesmo — Renata falou sincera e eles riram, pensando se tratar de uma brincadeira.

— Você é engraçada — Leo riu alto.

— Mas eu estava falando sério — fez uma careta e Somin riu por ter sido a única a ouvir.

— Enfim, finalmente chegaram — Lay brincou. — Pensei que tivessem sofrido um acidente lá em cima.

— E ainda disseram que não iam demorar — Suho negou com a cabeça.

— Ê, saco, vai ficar enchendo a minha curta paciência mesmo? — Renata bufou se sentando entre Lay e Chanyeol, que continuava sem olhá-la.

Mentira que tudo isso é o ciúme?!” — Pensou animada. — “Ah, sendo assim não custa nada provocar mais um pouquinho, não é?”

— Então vocês também são idols? — perguntou e eles pareceram surpresos.

— Ah, você estava falando sério? — Lucas perguntou e ela concordou. — Somos sim. Nós quatro somos de um grupo da SM, chamado NCT.

— Ah sim, já ouvi falar — mentiu e Somin riu por saber disso, enquanto se sentava entre o primo e Suho.

— E nós do Vixx — Hyuk respondeu.

— Hmm, e a sua amiga Lay, ainda não chegou? — perguntou e o outro negou.

— Por acaso está vendo ela aqui? — Baek provocou bebendo um pouco de champagne.

— Tirou o dia para me pertubar foi, Byun? — revirou os olhos.

— Elas já estão chegando — Lay complementou.

— Elas? — franziu o cenho.

— Sim, a Cheng está trazendo uma das meninas do grupo dela também — coçou a nuca envergonhado. — Disse que ela queria me conhecer — sussurou somente para Renata, que deu um grande sorriso malicioso.

— Vê se larga sua lerdeza pelo menos por hoje, Zhang Yixing — falou séria. — Já tenho certeza que a menina está afim de você.

— Não, claro que não — recebeu um olhar entediado.

— Vocês são estrangeiras? — Mark perguntou para Renata e Christine.

— Somos — a loira se virou para sorrir simpática. — Somos brasileiras.

— Wow, já estivemos no Brasil — Hyuk falou animado. — É um ótimo país.

— É sim — concordou. — Foram em quais lugares?

— O preferido sem dúvida foi os Lençóis Maranhenses e Bonito no Mato Grosso do Sul — Ravi respondeu e as duas se olharam surpresas.

— Nossa, eu nunca fui lá — Renata fez um bico.

— É lindo mesmo — Chris concordou animada. — Por acaso experimentaram a comida brasileira?

— Obviamente? — a loira brincou e Chris revirou os olhos rindo.

— Sim, sim, é maravilhosa — Leo respondeu. — Amamos especialmente o pão de queijo.

— Ótima escolha — Renata sorriu, ouvindo Chanyeol bufar ao seu lado.

— Impressão minha ou a campainha tocou? — Taeyong perguntou.

— Deve ser as meninas — Chen se levantou indo atender.

Os meninos prederam o riso com a expressão incrédula de Yixing.

Esse abusadinho.” — Pensou.

— Tudo bem? — Renata perguntou a Chanyeol e ele suspirou assentindo sem olhá-la. — Então por que não me olhou ainda? Fala sério, fiquei uma gata nessa roupa.

Ele a olhou rapidamente, não deixando de notar a forma como  short jeans e o cropped preto de renda que ela vestia realçava as suas curvas latinas.

“Só pode estar me provocando, mesmo.” — Ele engoliu em seco antes de voltar sua atenção ao seu copo de whisky.

— Ficou sim.

— Hm — ela mordeu o lábio incomodada com aquele silêncio repentino, mas não disse nada.

Depois conversamos.” — Concluiu.

— Ah, que isso, não tem problema o atraso — Chen chegou acompanhado das duas mulheres.

— Cheng — Lay sorriu indo até a mais nova.

— Feliz aniversário, sunbae — ela retribuiu o sorriso se curvando e estendendo um embrulho.

— Nossa, não precisava — ele aceitou o presente agradecido.

— Claro que precisava, é o seu aniversário oras — brincou.

— Obrigado — a puxou para um abraço e ela assentiu sustentando o sorriso.

— Ah, como eu disse, trouxe uma das meninas, esse presente foi uma escolha conjunta — ela falou puxando a amiga tímida para o seu lado.

— Olá — a morena se curvou sorrindo meio envergonhada. — Sou Kim Jiyeon, mas custumam me chamar de Bona, afinal esse é o meu nome artístico — pigarreou sem graça com a atenção que recebia. — É um grande prazer te conhecer.

— O prazer é todo meu — Lay sorriu involuntariamente, encantado com o jeito meigo e o sorriso reluzente da mulher a sua frente.

“Talvez ter convidado a Cheng tenha sido mesmo uma boa ideia.” — Pensou ao sentir um frio na barriga.


Notas Finais


Genteee, quanta coisa, fico até perdida na hora de comentar brevemente 😂

Nossa, tadinha da Somin, a gente pensando que ela tinha sido covarde com o Baek 😪

Mano, não canso de rir da Renata 😂😂 Uma das personagens mais incríveis que eu já criei, sem dúvidas.

Chen assanhadinho 🌚 Será que vai rolar alguma coisa? O que acham da ideia?

Mas o foco, claro: O Lay e a Bona... Será galera? 😌

❗P.s: Atualizei a lista de fotos das personagens lá no pinterest, então se tiverem curiosidade, o link é esse: https://pin.it/5vR42Ki

Até o próximo capítulo 💕💕


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...