História For so long - Apaixonado?

Capítulo 3 - Apaixonado? 

❝Talvez eu devesse olhar em teus olhos e te dizer

o quanto estou apaixonado por você, mas... Hoje não.❞

- Augusto Branco

Fazia algum tempo desde que Alexander e Magnus se conheceram. Tiveram seu primeiro beijo, e inclusive primeiro beijo do Alec, e o primeiro encontro que foi um desastre! 

Ainda saíam as escondidas as vezes, encontros casuais, e cada vez mais Alexander se sentia atraído e encantado com o feiticeiro! 

Mas ainda sentia medo.

Medo do que seus pais falariam quando soubessem que ele era gay, e pior ainda, estava tendo um caso com um certo ser do submundo... Por que ter medo? Eles não tinham nada demais, não era? Era apenas um caso... certo? Ele era apaixonado por Jace... não é?

Contraiu os lábios, apoiou o braço no saco de pancadas da sala de treinamento do Instituto, por que se sentia tão confuso agora? 

– Alexander? 

Alec se arrepiou dos pés até a cabeça ao ouvir a voz do feiticeiro, se virou para trás, olhando o mesmo na porta da sala de treinamento.

– Magnus?! – estava visivelmente surpreso, Magnus nunca ia ao Instituto, principalmente quando Robert e Maryse estavam, era sempre o jovem Lightwood que ia para o apartamento do mais velho. – O que faz aqui? 

O mais velho riu baixo, se aproximando do garoto em passos lentos.

– Não está feliz em me ver, Alexander? Esperava uma recepção melhor! – deu um sorriso de canto, vendo o garoto ruborizar. – Robert e Maryse me chamaram, queriam falar comigo antes de partirem para Idris. – gesticulou, olhando o caçador de baixo pra cima. 

❝Céus, que homem é esse?❞ – pensou o feiticeiro. 

Não tinha culpa de estar observando! O garoto estava sem camisa e tinha um físico maravilhoso! O que é bonito é pra ser olhado, afinal! O garoto corou ao perceber o olhar do Magnus, foi rapidamente vestir sua camisa.

– Algum problemas? – perguntou assim que terminou de se vestir.

– Apenas queriam confirmar algumas suspeitas. – suspirou frustrado por não poder mais admirar o peitoral maravilhoso e o abdômen estupendo do garoto. 

Então o caçador olhou para o feiticeiro e o silêncio reinou.

Não era um silêncio bom, um silêncio reconfortante, era um silêncio constrangedor, onde trocas de olhares eram feitas como se eles tivessem dizendo tudo que queriam um para o outro, Magnus se aproximou mais do garoto, indo roubar um beijo, mas o mesmo desviou, deixando-o perplexo. 

– Aconteceu alguma coisa, Alexander? – murmurou, se sentindo mais frustrado, encarando o caçador de maneira confusa. – Eu fiz algo?

– Não, é só quer... Se alguém ver...

– Alguém chamado Jace.

Alec o encarou, contraindo os lábios. 

– O que tem Jace? – perguntou.

– Você tem medo que ele descubra que você é gay, Alexander. – o feiticeiro tinha um tom tranquilo, mas ao mesmo tempo magoado. – Porque você gosta dele. 

– Magnus, eu...

– Vim com a intenção de chama-lo para dar um volta, mas vejo que não estamos mais em condições para isso, com licença. – e assim saiu da sala de treinamento tão rápido como quando chegou.

Alexander sentiu seu coração apertar, eles haviam acabado de brigar? Saiu rapidamente da sala para ir atrás do Magnus, mas ele já havia saído através de um portal, deixando o caçador desolado. 

Sentou no chão, apoiando a cabeça com as mãos, suspirando. O que iria fazer? Lacrimejou, queria ir desesperadamente atrás dele, mas não sabia o que fazer! Era totalmente novo nesse ramo de relacionamentos! 

– O que foi, Alec? – sentiu Izzy sentar ao seu lado, suspirou aliviado. 

– Ainda bem que você chegou! 

– Eu sei que eu faço falta, mas eu só sai por cinco minutos! 

Alec revirou os olhos e sorriu fraco, contou o ocorrido para a irmã. Isabelle era a única que sabia do seu caso com Magnus mesmo que não tivesse contado! Isabelle era muito observadora. 

– Vai atrás dele, Alec! Anda! Por que não foi antes?! – a irmã falou rápido e levantando, arrastando o irmão para a porta do Instituto.

– Talvez porquê eu não saiba o que falar, Izzy! 

– Apenas diga o que sente, maninho. – falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, parando na frente da porta do Instituto.

– O que eu sinto...? – murmurou, perguntando mais pra si que para a irmã.

– Que você é absurdamente apaixonado por ele, dã! 

Apaixonado.

Essa palavra ecoou por sua cabeça.

Seria verdade? 

Balançou a cabeça como se afastasse esse pensamento.

– E-eu não e-estou apaixonado por ele! Eu sou apaixonado p...

– Por Jace? – Izzy o interrompeu. – Você fala isso como se fosse um robô programado, Alec! 

Ele ficou calado, como se tivesse levado um banho de água fria. 

Repetia isso para si por tanto tempo como se fosse um mantra que nem sabia mais
se ainda era verdade.